Essa é a constatação pós-Copa de Vanderlei Luxemburgo, técnico recém-contratado (mais uma vez) pelo Flamengo, e de Dunga, o novo (de novo) técnico da seleção brasileira. Ambos pensadores do futebol com enorme carga de responsabilidade sobre as costas. O primeiro volta a comandar o time de maior torcida do país (ou do mundo, como dizem os flamenguistas). E o outro dirige nada menos que a seleção pentacampeã do planeta, única capaz de calçar chuteiras numa pátria que pára durante uma Copa do Mundo para ver os jogos.
Acompanhando as três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, realizadas logo depois do fim da Copa, é possível compreender o que nossos conceituados e atualizados comandantes entendem por já estarmos praticando um futebol tão moderno quanto o europeu.
Por exemplo: O bom e velho recurso do chutão pra frente não pode ser entendido como “lançamento em profundidade”? Por que o chuveirinho na área o tempo todo não pode ser classificado como “jogadas de linha de fundo”? O trabalho exercido pelos defensores brucutus, orientados para sempre parar de forma instantânea qualquer ação do ataque adversário, nada mais é do que a necessária “falta técnica de contenção”, correto? O empurra-empurra na área antes de uma cobrança de bola parada não é a tal da “marcação em zona”? O disputado rachão não é "treinamento tático coletivo"? E o tiro-de-meta cobrado pelo goleiro que faz a bola chegar quase na área adversária não é "jogada de bola aérea”?
Onde está a criatividade de quem assiste futebol neste país? O futebol contemporâneo está aí para qualquer um comparar. Só não vê quem não quer, não é Luxa?
Por exemplo: O bom e velho recurso do chutão pra frente não pode ser entendido como “lançamento em profundidade”? Por que o chuveirinho na área o tempo todo não pode ser classificado como “jogadas de linha de fundo”? O trabalho exercido pelos defensores brucutus, orientados para sempre parar de forma instantânea qualquer ação do ataque adversário, nada mais é do que a necessária “falta técnica de contenção”, correto? O empurra-empurra na área antes de uma cobrança de bola parada não é a tal da “marcação em zona”? O disputado rachão não é "treinamento tático coletivo"? E o tiro-de-meta cobrado pelo goleiro que faz a bola chegar quase na área adversária não é "jogada de bola aérea”?
Onde está a criatividade de quem assiste futebol neste país? O futebol contemporâneo está aí para qualquer um comparar. Só não vê quem não quer, não é Luxa?
(Vanderlei Luxemburgo, sobre a Copa do Mundo do Brasil de 2014).