(Romário, 50 anos)
Pela primeira vez na história, a seleção brasileira corria sério risco de ficar fora de uma Copa do Mundo. Um time cambaleante e sem confiança, cujo técnico, Carlos Alberto Parreira, era xingado de "burro" os sete dias da semana.
Dois meses antes, a seleção havia sofrido sua primeira derrota em Eliminatórias desde que o futebol existe. Um 2 x 0 para a Bolívia, na temida altitude de 3.600 metros acima do nível do mar, que se tornou, claro, a justificativa que normalmente os times brasileiros costumam usar quando jogam em La Paz e redondezas (porém, a verdadeira razão da vitória boliviana naquele jogo atendia por dois nomes: Marco Etcheverry e Erwin Sanchez. O resto foi conversa de perdedor).
Depois disso, veio então o momento em que o Brasil tinha de vencer o Uruguai para garantir seu passaporte para a Copa dos Estados Unidos no ano seguinte. A torcida brasileira precisava de um "salvador da pátria".