"A forma como a equipe está se apresentando me deixa feliz. A equipe resgata o que eu sei de futebol, porque mistura a efetividade em ganhar jogos com a beleza. Dá para jogar bonito e ganhar. Tenho que reconhecer que o grupo de atletas está apresentando esse bom futebol."
(Tite, em entrevista coletiva após a vitória do Brasil por 3 x 0 sobre o Chile, no último jogo das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018).
O que você prefere?
Ver seu time perder a jogar mal? Ou o que de fato importa são os três pontos?
Caso você tenha nascido há mais de três ou quatro décadas e acompanhou futebol durante todo este tempo, sua resposta certamente será a primeira opção.
Porque mais do que ganhar os três pontos, o futebol precisa dos aplausos, dos olhos vidrados, do encanto, do reconhecimento e, principalmente, da admiração do torcedor. Para que, depois de uma inesperada derrota, venha a pergunta que demora a se calar em sua mente:
- Por que perdemos esse jogo?
Afinal, há times na história do futebol que nunca mereceriam perder.
A Hungria de Puskás? A Holanda de Cruyff? O Brasil de Zico, Falcão e Sócrates?
Seleções que, embora derrotadas e órfãs de um troféu de Copa do Mundo, alcançaram um lugar de honra e prestígio na galeria do esporte mais popular da Terra. E são lembradas até hoje.
Agora, caso você tenha nascido neste século, muito provavelmente deve escolher a segunda resposta para a pergunta que abre esse texto.
E deve ter na cabeça uma figura ilustre do nosso futebol que representa bem essa nova realidade: Adenor Leonardo Bacchi. Ou simplesmente Tite.
Mais que um treinador, um estudioso do futebol. O homem que conquistou tudo pelo Corinthians e que levou o time paulista ao topo do mundo, mesmo adotando um estilo de jogo sem brilho, sem plástica, talvez até sem graça, porém bastante eficiente.
Tite não é um técnico de futebol. É um técnico de resultados. E, sendo assim, o mais importante sempre serão os três pontos.