VICE-CAMPEÃO DA COPA PAULISTA, TÉCNICO DO XV DE PIRACICABA CONFIRMA CONVITE PARA TRABALHAR NO CORINTHIANS

Vitor Prates/ XV de Piracicaba

O XV de Piracicaba enfrentou o São Caetano neste sábado (16), no estádio Anacleto Campanella, pelo confronto de volta das finais da Copa Paulista, e empatou em 1 x 1. Com o resultado, o time do técnico Tarcísio Pugliese ficou com o vice-campeonato da competição, já que no jogo de ida, disputado uma semana antes no estádio Barão de Serra Negra, o Azulão venceu pelo placar de 3 x 2.

Depois da partida, Pugliese falou sobre a proposta feita pelo novo treinador do Corinthians, Tiago Nunes, para que ele seja integrante da comissão técnica do Timão na próxima temporada. Os dois profissionais já trabalharam juntos e o ex-técnico do Athletico Paranaense foi preparador físico e auxiliar do atual comandante do XV no começo da carreira.

"Tenho essa proposta. O Tiago Nunes é um cara que conheço há muitos anos, foi meu auxiliar e preparador físico por muitos anos. Tem essa possibilidade, tem esse convite, mas não queria que nada tirasse meu foco, nada atrapalhasse a final do XV. Devo definir nos próximos dias", declarou Pugliese ao "GloboEsporte.com".

A parceria entre ambos aconteceu no Nacional-AM na temporada de 2011. Tiago Nunes era auxiliar do então treinador Tarcísio Pugliese na equipe amazonense. Com a eliminação do clube na fase de grupos da Série D daquele ano, toda a comissão técnica foi dissolvida e os dois partiram para caminhos diferentes.

Vitor Prates/ XV de Piracicaba

Pugliese trabalhou em clubes como São José-RS, Ituano, Oeste, Volta Redonda e Guarani, além de passagem pelo futebol da Malásia, e chegou ao XV de Piracicaba há um ano.
Nunes seguiu a carreira por equipes do interior gaúcho e também pela Ferroviária, de Araraquara, até chegar ao Athletico Parananese em 2017 para treinar a equipe de aspirantes. Com a saída de Fernando Diniz, ele então assumiu o comando do time profissional e foi campeão da Copa Sul-Americana de 2018 e da Copa do Brasil deste ano.

Tarcísio Pugliese, no entanto, sinaliza que deve continuar seu trabalho no XV de Piracicaba que, condição de finalista da Copa Paulista, garantiu a participação em uma competição nacional em 2020, a Copa do Brasil ou a Série D do Campeonato Brasileiro. O campeão São Caetano tem a preferência pela escolha.

"O Corinthians é o Corinthians, é um time grande. Mas gosto muito daqui. Se fosse pensar só na questão financeira, eu iria para o Corinthians, mas não tem preço que pague estar com o coração em paz, fazer o que ama, no lugar que gosta e se sente bem. Estou muito feliz aqui. O Tiago é meu irmão, um cara sensacional. Trabalhar no Corinthians é um sonho para qualquer profissional do futebol, mas meu coração me pede para ficar em Piracicaba", destacou Pugliese.

Sob o comando do treinador, o XV de Piracicaba conquistou 21 vitórias em 43 partidas disputadas e chegou à fase semifinal da Série A2 do Paulistão e à decisão da Copa Paulista em 2019.


Adriano Oliveira

MEIA DO GRÊMIO PREVÊ "PÁREO DURO" EM DUELO CONTRA O VITÓRIA PELAS SEMIFINAIS DO BRASILEIRÃO DE ASPIRANTES

Rodrigo Fatturi/ Grêmio FBPA

O Vitória recebe o Grêmio na tarde desta quinta (5), às 15h00, no estádio Barradão, em Salvador, pelo jogo de ida das semifinais do Campeonato Brasileiro de Aspirantes. Dono da melhor campanha da competição com 11 vitórias, um empate e duas derrotas, o Tricolor gaúcho tem como um de seus pontos fortes a qualidade do elenco.

O meia-atacante Guilherme Dantas, o Gui Dantas, é um bom exemplo. Nos últimos dois jogos, o jogador saiu do banco de reservas e balançou as redes nas vitórias diante do Avaí por 3 a 1, que garantiu a classificação da equipe para as semifinais, e na goleada por 4 a 0 sobre o Goiás, pela última rodada da segunda fase da competição.

"Temos um elenco forte e isso é ótimo para todos os jogadores, pois o nível diário de intensidade de trabalho é cada vez maior. Isso dá resultado nos jogos, onde quem entra mantém a mesma qualidade de quem estava no jogo. Precisamos estar focados nos treinamentos e estarmos sempre prontos para quando o treinador solicitar, tanto que nas últimas partidas tive a felicidade de poder ajudar com boas atuações e gols", declarou.

Rodrigo Fatturi/ Grêmio FBPA

Com passagem pelas categorias de base do Benfica, de Portugal, Gui Dantas foi contratado pelo Grêmio no fim do ano passado, após se destacar na disputa da Copa Paulista pelo Juventus-SP, da Rua Javari. Veloz e habilidoso, o atleta de 21 anos chegou ao clube gaúcho apontado como o “novo Luan”, por suas características semelhantes aos do meia campeão da Copa Libertadores de 2017.

Para a primeira partida diante do Vitória, o meia gremista alerta para um adversário perigoso jogando em seu estádio, onde possui quatro vitórias, dois empates e apenas uma derrota na competição.

"Sabemos da dificuldade que é jogar contra o Vitória no Barradão. Teremos que atuar com Inteligência para trazer um resultado interessante para nossa casa onde também somos muito fortes (...) Agora é mata-mata e acredito que quem errar menos sairá classificado. Nessa altura da competição o que vale são esses próximos dois jogos e não o que foi feito lá atrás", finalizou.

O segundo e decisivo confronto das semifinais do Brasileirão de Aspirantes acontece na semana que vem, na quinta (12), também às 15h00, no estádio Aírton Ferreira da Silva, em Eldorado do Sul-RS.


Adriano Oliveira

 

CUEVA E JOBSON ESTÃO EM LISTA DE JOGADORES NEGOCIÁVEIS NO SANTOS, DIZ SITE

Reprodução/ Twitter oficial Santos FC

O volante Jobson e o meia peruano Christian Cueva aparecem em lista de jogadores que podem ser negociados pelo Santos, segundo informa o site "UOL Esporte".

Além dos dois jogadores, outros nomes do elenco também fazem parte da relação, que foi elaborada pelo Centro de Inteligência e Estudo de Futebol do Santos. São eles: Fabián Noguera, Matheus Ribeiro, Guilherme Nunes, Bryan Ruiz, Alan Cardoso e Yuri Alberto.

Ainda de acordo com o "UOL Esporte", atletas que estão sob contratos de empréstimo em outros clubes também estão presentes na lista de negociáveis do Peixe. O goleiro Vladimir, que está hoje no Avaí; Cléber Reis, no Oeste; Daniel Guedes (Goiás); Yuri (Fluminense); Felippe Cardoso (Ceará) e Arthur Gomes (Chapecoense).

Jobson foi contratado pelo Santos em abril, após ser destaque do Red Bull Brasil na boa campanha do clube que chegou às quartas de final do Campeonato Paulista, sendo eliminado pelo próprio time da Vila Belmiro.

A contratação do volante foi um pedido da comissão técnica liderada por Jorge Sampaoli, que enxergava nele potencial para se encaixar dentro do estilo de jogo praticado pelo Santos. Eficiente na marcação e com qualidade na saída de bola, o jogador chegou para disputar posição com Alisson no meio de campo, mas até hoje nunca estreou na equipe titular.

Já o peruano Cristian Cueva é a segunda contratação mais cara da história do Santos (custou cerca de R$ 26 milhões), porém não joga há mais de dois meses e sequer tem sido relacionado, devido ao limite de estrangeiros em cada partida.

A última vez em que Cueva entrou em campo vestindo a camisa santista foi em maio, no empate em 0 x 0 diante do Internacional, na Vila Belmiro. Em nove partidas que atuou como titular desde que chegou ao clube, o meia levou dois cartões amarelos, um vermelho, não fez nenhum gol e não deu nenhuma assistência.


Adriano Oliveira

BALANÇO DO FLAMENGO APONTA MAIS DE R$ 135 MILHÕES EM REFORÇOS

Foto: Divulgação/ CR Flamengo

Rodrigo Caio, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel custaram R$ 135,7 milhões aos cofres do Flamengo, segundo balanço patrimonial divulgado pelo clube referente aos primeiros três meses deste ano.

Dos quatro jogadores, Arrascaeta não só custou mais como também foi a contratação mais cara da história do time carioca. Para tê-lo no elenco até 2023, o Flamengo desembolsou R$ 80 milhões por 75% de seus direitos federativos, sendo pago pouco mais de R$ 25 milhões ao uruguaio Defensor Sporting e mais R$ 55,3 milhões ao Cruzeiro.

Por 100% dos direitos do atacante Bruno Henrique, o clube da Gávea pagou R$ 23 milhões ao Santos, mais uma parcela de R$ 2,8 milhões a uma empresa de consultoria envolvida na transferência.

O São Paulo recebeu R$ 21,2 milhões do Flamengo por Rodrigo Caio e o time do Rio de Janeiro também teve de pagar R$ 3 milhões para outra consultoria que fez parte do negócio.

Gabriel Barbosa foi liberado pela Internazionale de Milão, da Itália, sem custos. No entanto, o Rubro Negro também precisou gastar pouco mais de R$ 4 milhões em luvas e intermediação.

A diretoria do clube não pretende parar por aí. Rafinha, ex-Bayern de Munique, da Alemanha, já foi contratado e novos reforços podem ainda ser anunciados para o restante da temporada, especialmente no setor defensivo.

O Flamengo está em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, com 17 pontos. Pela Copa do Brasil, o time do técnico Jorge Jesus enfrentará o Athletico Paranaense nas quartas de final. Já na Copa Libertadores da América, o Rubro Negro jogará diante do Emelec, do Equador, na fase de oitavas de final.


Adriano Oliveira

GUARANÁ ANTARCTICA LANÇA CAMPANHA POR APOIO AO FUTEBOL FEMININO

Divulgação/ CBF

Patrocinadora da seleção brasileira masculina e feminina há 18 anos, o Guaraná Antarctica decidiu criar um movimento para apoiar o futebol feminino no Brasil.

A marca de refrigerantes quer aproveitar a Copa do Mundo de futebol feminino, que terá início daqui a 30 dias na França, para incentivar outras empresas a dar mais destaque em propaganda para as jogadoras brasileiras, segundo informa reportagem publicada pelo "Lance!".

A própria patrocinadora admite na publicação da matéria que até hoje utilizou pouco as esportistas em suas peças publicitárias. E entende que, se o futebol é o esporte mais amado pelos brasileiros, não existe outro momento para mostrar que a seleção feminina é também “orgulho da nação”.

“Ou você ainda acha que as mulheres não sabem jogar ou até mesmo participar de uma propaganda?”, questiona o Guaraná Antarctica.

Ainda é comum enxergar no futebol uma valorização maior dos homens em relação às mulheres, diz a reportagem do site. E ressalta que, se a Copa do Mundo deste ano fosse a masculina, a quantidade de propaganda na mídia com os atletas homens seria bem maior do que se vê com as jogadoras da equipe feminina.

O movimento criado pelo Guaraná Antarctica busca assegurar que as jogadoras, além de talentosas dentro de campo, podem simbolizar e representar qualquer marca perante o público.

Assista ao vídeo da campanha:

As jogadoras Cristiane, Andressinha e Fabi, da seleção brasileira, ainda participaram de um ensaio fotográfico que simula a presença em publicidade de produtos e serviços ligados à moda, beleza, variedades esportivas e cartões de crédito, entre outros temas.

O objetivo é que o material do ensaio seja negociado com empresas interessadas. Todo o valor a ser obtido com a venda será dividido entre as atletas e o “Joga Miga”, projeto sem fins lucrativos destinado à mulheres que desejam ser jogadoras.

“É sempre muito importante quando uma marca abre espaço para o futebol feminino no Brasil. Mesmo com todo o sucesso nos últimos anos, ainda não existe muito espaço para as jogadoras. Com essa iniciativa, esperamos que essa situação mude”, relatou a atacante Cristiane ao “Lance!”.

Para ingressar na campanha, qualquer empresa pode escolher as imagens postadas no Instagram do Guaraná Antarctica e entrar em contato com a companhia de refrigerantes, até mesmo pelas redes sociais.

“Neste ano, o Guaraná Antarctica tem a proposta de valorizar tudo o que o Brasil tem de bom (...) E uma das coisas boas do país é o futebol feminino. Queremos mostrar para as pessoas todo o potencial dessas meninas”, declarou ao “Lance!” o gerente de marketing da patrocinadora da seleção, Daniel Silber.

Adriano Oliveira

AYRTON SENNA. ALÉM DA IMAGINAÇÃO.

Pascal Rondeau/ Getty Images

Me lembro perfeitamente daquele domingo de 25 anos atrás.
Era mais um domingo de Fórmula 1, o começo de uma temporada que prometia. Afinal, Ayrton Senna finalmente estava a bordo do carro que tanto queria pilotar. Era o melhor carro da categoria com o melhor piloto.

A combinação perfeita.

Me lembro da tal curva Tamburello, uma batida forte a mais de 300 Km/h. Do capacete amarelo se mexendo, talvez o último suspiro. Me lembro do almoço mais sem graça que um domingo já teve. Dos olhos lacrimejados de meu pai, triste, angustiado, como raras vezes eu vi. Daquela vinheta do "plantão" da TV Globo invadindo o começo da tarde, e o repórter Roberto Cabrini dando aos brasileiros a notícia que ele jamais gostaria de dar. Me lembro da maior comoção coletiva deste país. E me lembro que, naquele domingo, acabava o encanto da Fórmula 1.

Ayrton Senna se foi há exatos 25 anos. E, com ele, um pouco da alegria das manhãs de domingo. Com ele se foi a esperança e a certeza de um Brasil que dava certo ou que poderia dar certo. De um Brasil que era invejado no mundo inteiro, e não aquele Brasil cheio de árvores e gente dizendo "adeus". A cada vitória nas pistas (e foram tantas), Senna fazia questão de erguer a bandeira de seu país. Para mostrar ao mundo que, acima de todos os problemas e mazelas, aquele era também um país vencedor. O país do futuro.

Senna sentia orgulho de seu gesto e os brasileiros sentiam orgulho de Senna. Há 25 anos, a Fórmula 1 nunca mais foi a mesma, sem o encanto daquele capacete amarelo. Pelo menos não mais para a grande maioria dos brasileiros. Porque Senna era muito mais do que meras corridas de carros.

Michael King/ Getty Images

A maioria dos brasileiros não sabia a diferença entre um motor Renault, um Mercedes-Benz ou um Honda. Mas tinha a certeza de que Ayrton estava acima de qualquer motor, de qualquer equipe, de qualquer piloto. Talvez a maior sinergia entre ídolo e torcida que já existiu.

Outros pilotos já foram tricampeões mundiais como ele foi. Tantos outros foram campeões. E outros mais podem vir a conquistar sete, oito, nove, dez títulos da Fórmula 1. Mas e daí?

A certeza que fica é que jamais algum outro piloto vai ganhar uma só corrida como Ayrton Senna ganhou. Pilotar como ele? Jamais. Fazer o que ele fez? Nunca mais.
Me perdoem o trocadilho fácil, mas Senna nunca estará fora de cena. Porque Ayrton Senna foi além da imaginação.

Foi o ídolo dos Joãos, dos Antonios, das Marias, das Lurdes, dos Zés, dos Martins, dos Souza, dos Oliveira, dos Santos, dos Silva... O Ayrton Senna do Brasil. Para sempre.


Adriano Oliveira

TÚLIO MARAVILHA FAZ SEU GOL 1.001 E SE TORNA, SEGUNDO ELE, "MAIOR ARTILHEIRO EM ATIVIDADE NO MUNDO"

"Gol Superação". Assim Túlio Humberto Pereira Costa, o Túlio Maravilha, definiu o gol de número 1.001 de sua carreira, segundo sua própria contagem. O jogador, de 49 anos, conseguiu o feito em cobrança de pênalti em sua última partida pelo Taboão da Serra, que em 2019 disputou a Série A3 do Campeonato Paulista. Apesar do gol 1.001, seu time acabou derrotado pelo São Carlos por 3 x 1 e ambos foram rebaixados para a Série B, que é a quarta divisão do torneio estadual.

Túlio havia feito o milésimo gol em 2014, quando defendia o Araxá, de Minas Gerais. Pelo Taboão da Serra, que foi seu 33º clube na carreira, o jogador disputou quatro jogos e fez somente um gol. O veterano atacante não entrava em campo desde o empate sem gols diante do Desportivo Brasil, pela quinta rodada do campeonato, em 3 de fevereiro. Antes, ele havia disputado outros dois jogos que também terminaram empatados em 0 x 0.

Veja o milésimo primeiro gol de Túlio Maravilha:

O contrato firmado junto ao Taboão previa sua participação em apenas cinco partidas, todas dentro de casa, mas o atacante disse, na assinatura do contrato, que poderia jogar mais vezes. "Estou com pique de garoto e entusiasmo de estreante", declarou em reportagem do site "FolhaPE.com.br" publicada em janeiro deste ano. E acrescentou: "Espero poder jogar até os 50 anos (...) Quero poder encerrar a carreira com 1.005 gols (...) Já virou notícia no Brasil e no mundo. Serei o maior artilheiro em atividade, superando Cristiano Ronaldo e Messi. Eles têm 600, 650 gols. Eu tenho mil".

Mesmo perto de completar 50 anos, Túlio Maravilha mostra grande entusiasmo e vai continuar jogando. Ele assinou contrato com o Botafogo, o de São José dos Pinhais, no Paraná, e vai disputar o Campeonato Cinquentinha, um tradicional torneio amador organizado pela Associação Paranaense do Esporte. Seu novo time, o Botafogo, é tricampeão da competição.

"No ano passado o Donizete (Pantera) e o Válber  jogaram esse campeonato e surgiu o convite. E na hora aceitei, ainda mais que o nome do time é Botafogo (...)  Vou jogar o campeonato inteiro e dentro do possível estarei em todos os jogos. Estou à disposição", disse o atacante em entrevista ao site "Tribuna do Paraná" há cerca de quinze dias.

Revelado pelo Goiás, em mais de 30 anos de carreira, Túlio Maravilha já passou por clubes como Corinthians, Fluminense e Cruzeiro, mas se destacou mesmo jogando pelo Botafogo, onde é ídolo até hoje e foi campeão brasileiro em 1995, marcando 23 gols. No mesmo ano, ele também disputou a Copa América pela seleção brasileira. É o único jogador brasileiro a ter sido artilheiro em três divisões do futebol nacional: Na Série A, em 1989, 1994 e 1995, na Série B em 2008 e na Série C, em 2002 e 2007.

Adriano Oliveira

MESSI REVELA: "SINTO FALTA DO CRISTIANO"

crédito: Facebook oficial FC Barcelona

"Sinto falta de Cristiano. Embora tenha sido um pouco difícil vê-lo vencendo troféus, ele deu prestígio para a Liga".

A frase acima é de Lionel Messi em entrevista à rádio argentina Club Octubre FM 94.7, onde o craque do Barcelona afirma sentir falta de seu maior adversário na liga espanhola nos últimos nove anos.

Depois de conquistar quatro títulos da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid, em cinco anos, o português Cristiano Ronaldo, dono de cinco Bolas de Ouro, se transferiu para a Juventus, da Itália, em julho do ano passado. Mas continua a todo vapor. Há três semanas, o gajo foi novamente protagonista e fez os três gols da Juventus na vitória por 3 x 0 sobre o Atlético de Madrid, em jogo que classificou sua equipe para as quartas de final da Liga dos Campeões.

O tamanho do respeito de Messi por Cristiano é tão grande a ponto de o argentino declarar que "a Juventus é uma ótima candidata a vencer a Champions League desde a chegada de Cristiano, e a partida contra o Atletico deve ter dado muita confiança à equipe".

Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são dois dos melhores jogadores do planeta e dividem todas as atenções do mundo da bola na atualidade. O argentino tem plena consciência da importância de ambos ao fazer uma lista daqueles que considera os melhores que estão hoje dentro de campo. Ele cita Neymar, Mbappé, Hazard, Suárez e Aguero. Mas completa: "Não mencionei Cristiano porque o coloco fora da lista junto comigo".

crédito: Facebook oficial Juventus

A saudade, ao que parece, é recíproca. Cristiano diz não sentir falta de nada dentro da Juventus. Mesmo assim, em dezembro do ano passado, o português propôs uma espécie de "desafio" a Messi: que ele também jogasse no futebol italiano.

"Joguei na Inglaterra, Espanha, Itália, Portugal, na seleção, enquanto ele (Messi) ainda está na Espanha. Talvez ele precise mais de mim (...) Eu gostaria que ele viesse para Itália um dia, como eu. Que ele aceitasse o desafio (...) É um jogador fantástico, mas não sinto falta de nada. Esta é minha nova vida e estou feliz", declarou Cristiano na época em entrevista aos jornais La Gazzetta Dello Sport e Corriere Dello Sport.

Cerca de duas semanas depois, em entrevista ao jornal espanhol Marca, Lionel Messi rebateu: "Não necessito de nenhuma mudança, estou na melhor equipa do Mundo. Os meus objetivos renovam-se de ano para ano. Não preciso mudar de equipe ou de liga para fixar as minhas metas. Estou na minha casa, no melhor clube do Mundo e não tenho necessidade de mudar".

Sem Cristiano Ronaldo como oponente, Messi teve atuação discreta nos dois clássicos diante do arqui-rival Real Madrid na atual temporada. O jogador argentino não fez nenhum gol nos dois duelos. A última vez que Messi não balançou as redes contra o rival foi na temporada de 2015-2016. Por outro lado, a falta de Cristiano para o time de Madrid parece ser notória. Nos dois jogos, ambos disputados em pleno Santiago Bernabéu, os catalães conseguiram um placar agregado de 7 x 0. Algo talvez inimaginável quando havia a presença do português em campo. Sem ele, parece que o Barcelona sentiu-se bastante a vontade jogando no estádio merengue.

Adriano Oliveira

A SELEÇÃO DA COPA DE 2018

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4-3-3: Courtois, Pavard, Godín, Mina e Marcelo; Kanté, Phillipe Coutinho, Hazard e Mbappé; Griezmann e Lukaku.

Monte a sua no globoesporte.com:
http://interativos.globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/especial/selecao-da-copa-2018

* Adriano Oliveira tem este Blog desde 2009, mas a paixão pelo futebol nasceu bem antes disso. É um apaixonado que vibra pelas 11 posições, mas sempre assume uma, pois jamais fica em cima do muro. Aos 45 anos, o futebol ainda o faz sentir a mesma coisa que ele sentia aos 10.

FRANÇA, A INCONTESTÁVEL BICAMPEÃ

Moscou, domingo, 15 de julho de 2018.

Logo no início da manhã, centenas de pessoas já estão circulando nos arredores do estádio Luzhniki, o palco escolhido pelos russos para a grande decisão da Copa do Mundo de Futebol.
No ar, uma pergunta que não se cala:

A França vai confirmar todo o favoritismo sobre a Croácia?

Afinal, a Copa de 2018 teve o imponderável como um de seus principais ingredientes. Foi a Copa das surpresas, desde a eliminação precoce da favoritíssima Alemanha, surpreendida na estreia pelo México. O futebol pífio da Argentina. A campanha do Japão, que por muito pouco não surpreendeu a Bélgica, que surpreendeu o Brasil.
E a mais revolucionária das surpresas: o árbitro de vídeo, que mostrou o quanto ainda é difícil empregar tal tecnologia no futebol.
Por que? Porque, em muitos casos, continua prevalecendo pura e simplesmente a interpretação do ser humano. Um exemplo? Foi ou não foi pênalti no lance que originou o segundo gol da França na final da Copa?
Quando o francês Matuidi subiu para cabecear a bola dentro da área após cobrança de escanteio, o croata Perisic pulou ao mesmo tempo e a bola resvalou em seu braço. Após reclamação dos franceses, o árbitro Nestor Pitana paralisou a partida e solicitou o assistente de vídeo. Após longos minutos checando inúmeras imagens, o argentino entendeu que houve mão na bola e assinalou o pênalti, o que gerou bastante polêmica.
E então? De que adiantaram as imagens?
Diferentemente de como acontece no vôlei ou no tênis, por exemplo, onde o árbitro de vídeo verifica e constata se a bola tocou fora ou dentro da linha da quadra ou se o jogador encostou ou não a mão na rede, no futebol continua sendo uma questão de interpretação. De quem? Do homem. Não da tecnologia.

A seleção da Croácia surpreendeu mais do que tudo nesta Copa, ao chegar pela primeira vez em sua história a uma final de Mundial. E num momento extremamente conturbado fora dos gramados, onde o futebol do país está atolado na lama sob fortes denúncias de corrupção, manipulação de resultados e extorsão na venda de jogadores para grandes clubes europeus.

DE QUEM É A CULPA? DA BÉLGICA.

“É um momento de parar para pensar (...) tem muita coisa pra melhorar. Uma vitória na Copa não melhora os problemas muito sérios do país”.

Essa frase é de um abatido Galvão Bueno, depois de transmitir a eliminação do Brasil nas quartas-de-final da Copa do Mundo disputada na Rússia.
Pode soar como hipocrisia. Afinal, o futebol é um dos principais produtos comerciais da televisão. Por outro lado, se não resolve os problemas “muito sérios” do cotidiano, da política e da economia, o futebol é um fio condutor de alegria para a grande maioria da população. Sim, o povo brasileiro, que tanto sofre com a falta de emprego, de moradia, de segurança e de saúde, precisa de pelo menos um pouco de alegria, que lhe dá coragem para seguir vivendo, para seguir adiante.
Com a eliminação na Rússia, a patrulha da moral e dos bons costumes, sempre em alerta nas redes sociais pela busca incessante do fracasso do brasileiro, finalmente pode dizer agora em alto e bom som:

- Eu avisei, não avisei?

- O povo todo parou para ver futebol e o país sem educação e sem saúde. E agora? Cadê os canarinhos? Vão continuar vendo a Copa enquanto o país continua sem emprego e sem segurança?

A SELEÇÃO DO TITE PODE JOGAR BONITO E GANHAR?

"A forma como a equipe está se apresentando me deixa feliz. A equipe resgata o que eu sei de futebol, porque mistura a efetividade em ganhar jogos com a beleza. Dá para jogar bonito e ganhar. Tenho que reconhecer que o grupo de atletas está apresentando esse bom futebol."

(Tite, em entrevista coletiva após a vitória do Brasil por 3 x 0 sobre o Chile, no último jogo das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018).

O que você prefere?
Ver seu time perder a jogar mal? Ou o que de fato importa são os três pontos?

Caso você tenha nascido há mais de três ou quatro décadas e acompanhou futebol durante todo este tempo, sua resposta certamente será a primeira opção.
Porque mais do que ganhar os três pontos, o futebol precisa dos aplausos, dos olhos vidrados, do encanto, do reconhecimento e, principalmente, da admiração do torcedor. Para que, depois de uma inesperada derrota, venha a pergunta que demora a se calar em sua mente:

- Por que perdemos esse jogo?

Afinal, há times na história do futebol que nunca mereceriam perder.
A Hungria de Puskás? A Holanda de Cruyff? O Brasil de Zico, Falcão e Sócrates?
Seleções que, embora derrotadas e órfãs de um troféu de Copa do Mundo, alcançaram um lugar de honra e prestígio na galeria do esporte mais popular da Terra. E são lembradas até hoje.

Agora, caso você tenha nascido neste século, muito provavelmente deve escolher a segunda resposta para a pergunta que abre esse texto.
E deve ter na cabeça uma figura ilustre do nosso futebol que representa bem essa nova realidade: Adenor Leonardo Bacchi. Ou simplesmente Tite.
Mais que um treinador, um estudioso do futebol. O homem que conquistou tudo pelo Corinthians e que levou o time paulista ao topo do mundo, mesmo adotando um estilo de jogo sem brilho, sem plástica, talvez até sem graça, porém bastante eficiente.
Tite não é um técnico de futebol. É um técnico de resultados. E, sendo assim, o mais importante sempre serão os três pontos.

ENTREVISTA: RICA PERRONE, DOENTE POR FUTEBOL E SEM PAPAS NA LÍNGUA

Rica Perrone é jornalista e blogueiro, mas gosta de frisar que é mais blogueiro que jornalista. Ama, escreve e fala sobre futebol e outros assuntos com seu estilo próprio, inconfundível e bem-humorado. O cara que se orgulha de "ter peitado o óbvio e ter feito do seu jeito"escolheu a internet para se fazer notar, enxerga o futebol como puro entretenimento e jamais deixa de lado a paixão do torcedor.
Rica, o paulistano mais carioca do Brasil, orgulhoso de ser o que é, apaixonado pelo seu país e sem nenhum complexo de vira-lata, concedeu a entrevista abaixo ao AL MANAK FC.

- Como surgiu seu interesse e quando você começou a trabalhar com futebol? Quais os projetos e veículos em que trabalhou?
Eu sempre amei futebol, Fórmula 1, vôlei, MotoGP...
Queria ficar perto do esporte. Mas não sabia jogar nada, aí virei jornalista, que nada mais é do que um atleta frustrado. Passei por poucos veículos. Fui logo pra criar os meus mesmos. Não concordo com a forma que a imprensa vê futebol, não quero ser parte dela.

- Como surgiu a ideia do canal do Youtube "Cara a Tapa"? Quanto tempo leva a preparação de uma entrevista?
Faz 3 anos. Eu queria fazer algo simples, curto e grosso. Errei na elaboração. Demorava 10 dias para organizar uma entrevista e 3 dias para editar. Agora eu convido num dia, gravo no outro e edito em 3 horas. Era muito bem feito. Não precisava tanto.

- Como foi estar frente a frente para entrevistar um de seus maiores ídolos, o Zico?
Eu já tinha estado com ele muitas vezes. Ele é uma pessoa incrível. Foi um sonho entrevistá-lo.

- Em algum momento de sua vida, você sonhou em ser jogador de futebol?
Quem não?

- Muito provavelmente você foi o primeiro jornalista fora da televisão a se tornar famoso na mídia. Mesmo assim, você já pensou em trabalhar na televisão? Aceitaria um convite para ser comentarista no canal ESPN, por exemplo?
Não. Já tive diversos convites no passado. Mas quanto mais eu me posiciono contra a mídia tradicional mais me afasto disso. Só aceitaria se fosse algo meu. Escrito por mim. No que tem hoje, nem pensar.