Domingo, 02 de Junho, 16h no Maracanã aconteceu o amistoso contra a Inglaterra. O mesmo time que derrotou o Brasil por 2 x 1 no primeiro desafio da "nova era" de Felipão em Fevereiro, chegou ao país com desfalques, fez um turismo básico e entrou em campo afirmando que os brasileiros iam correr atrás de uma possível revanche, jogando em casa e com toda torcida a favor.
Certo, jogando em casa sim. O novo Maracanã com ares europeu e padrão FIFA, mesmo com a reforma não concluída, foi ovacionado pela mídia. Mas já torcida a favor.. Bom, 65 mil torcedores estiveram presentes e cantaram o hino com entusiasmo. Os ânimos estavam exaltados com o reabertura do estádio e a esperança de que, o time escalado pelo Sr. Scolari, também estivesse no ponto.
Certo, jogando em casa sim. O novo Maracanã com ares europeu e padrão FIFA, mesmo com a reforma não concluída, foi ovacionado pela mídia. Mas já torcida a favor.. Bom, 65 mil torcedores estiveram presentes e cantaram o hino com entusiasmo. Os ânimos estavam exaltados com o reabertura do estádio e a esperança de que, o time escalado pelo Sr. Scolari, também estivesse no ponto.
Todos em posição, apito e rola a bola. Apesar das ausências, a Inglaterra tinha em campo Rooney e Lampard, "vilões" do ultimo confronto. Do lado de cá, na cara do gol, tem o menino com um novo número nas costas, vestida apenas uma vez, contra a Alemanha em 2011. A camisa 10 de Neymar veio junto com a responsabilidade de jogar bonito em casa. E foi assim no início.
O time de amarelo dominou a partida nos primeiros 45 minutos com chances desperdiçadas e jogadores ausentes. Dominou mas não brilhou. Viu Fred lá? Sumiu. Paulinho? Foi junto. Mas tudo bem, o time estava melhor (ou menos pior?) que os ingleses, assumiu a posse de bola e foi tentando. Passava do meio do caminho mas nada do gol, faltava tranquilidade. O tal (eterno) menino da Vila foi destaque, aproveitou falhas do adversário, arrancou aplausos da torcida (sei!) e elogios da turma que comentava na toda poderosa. Um cenário bem diferente do vivido em Abril, no amistoso contra o Chile, quando se referiram ao craque como "pipoqueiro". Segue o jogo, torcida crítica mas pelo menos agora aplaudia. Os ingleses surgiram com uma ameaça aos 40 minutos, mas bem posicionado, Júlio César pegou sem grandes dificuldades. O juiz apita, final do primeiro tempo e eu só consegui pensar naquela máxima do futebol: "Quem não faz, leva".
Vamos recomeçar. Mais 45 minutos. Retornam todos e trocam de lado. É a chance de mudar o placar. Brasil volta mas..e o ritmo? O que aconteceu? É. Como eu, a torcida ficou impaciente e começaram as vaias. Dessa vez o alvo foi Hulk, após dois erros de passe. Então, Fred, que até o momento permanecia escondido, aparece, aproveita a sobra do chute de Hernanes na trave e faz. 1 x 0. Não demora muito, a Inglaterra empata. Justo. E vira, com o perigoso Rooney. No gol, Júlio César, apenas acompanha a bola entrar quase no angulo. E aquele Brasil, digamos, mais animado, cansou? É o que parece. Pronto, a torcida começa a pedir por Lucas, mas quando Felipão decide tirar Oscar, a indignação toma conta: Burro, burro, burro!, gritam. A situação é amenizada com o belo gol de Paulinho (olha ele ai!) aos 37 minutos. Soa o apito final. Ficamos assim, 2 x 2.
Mas acabou? É. Emoção? Nenhuma. Eu, que adoro assistir à Seleção, só esperava o empate. Derrota na inauguração do Maracanã? Feio, mas no fim ficou elas por elas. A torcida se manteve em silêncio boa parte do tempo, gritou gol duas vezes, vaiou na medida, xingou o técnico, nada fora do normal.
Agora teremos mais uma chance de ajuste. Domingo, 09 de Junho, na Arena do Grêmio acontece o último amistoso contra a França. Dá para adptar? Sim, a curto prazo. Felipão já anunciou que irá manter a escalação que iniciou o jogo contra a Inglaterra, mas precisa tentar um (novo?) esquema. Quem sabe Cavalieri para segurar as bolas, Lucas como titular e Hulk no banco, dando uma oportunidade para Leandro Damião? E para 2014, um trabalho sério e firme. Não adianta o sábio (ironia pouca é bobagem!) Galvão Bueno dizer: "O Brasil precisa de uma vitória para tranquilizar a torcida.". Não. Precisa trocar a comissão técnica. Alguém traz o Dunga? Porque nos últimos 10 anos, ficamos melhor sobre seu comando. Lembra do reflexo? Dito e feito. O time não está preparado. Sem entrosamento e sem confiança.
A 10 dias da estréia na Copa das Confederações, todos os olhares estão voltados para o país. Os problemas são muitos e tenho a sensação de que só passaremos da primeira fase se for "aos trancos e barrancos". E não é para essa Seleção que eu torço.
(por Nayana Peres, 25 anos, entende e tem paixão pelo futebol com sua visão feminina crítica e inteligente. Escreve semanalmente no AL MANAK FC)
2 comentários:
Onde estão os modernos aeroportos, o eficiente sistema de transporte viário coletivo, a infra-estrutura que seria o legado do tamanho de uma Copa do Mundo? Já o "bom" futebol da seleção do Felipão eu já imaginava que não estaria em lugar nenhum. Ou melhor, está lá em 2002. Registrado no tempo.
Não temos mais tempo, nem para preparar o país, nem o time. Só resta torcer, sem expectativas.
Obrigada pelo espaço!
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