Se a campanha dos
paulistas em 2013 foi fraca, em 2014 foi vazia. Ao contrário do ano anterior,
quando o Corinthians ainda conquistou o Paulista e a Recopa Sul-Americana, nenhum
dos quatro grandes foi campeão na temporada de 2014. Algo que não acontecia
desde 1925, quando o São Bento foi campeão paulista, o Palmeiras ainda era
Palestra Itália e o São Paulo sequer existia. Pior: Em 2014, nenhum time
paulista disputou a Copa Libertadores da América, o que também não acontecia há quinze anos.
Nessa temporada, o Corinthians passou vergonha ao não conseguir chegar ao G8 do Campeonato Paulista. O Santos chegou à sua sexta final consecutiva, mas sucumbiu diante do esforçado, porém modesto Ituano, o campeão.
Nessa temporada, o Corinthians passou vergonha ao não conseguir chegar ao G8 do Campeonato Paulista. O Santos chegou à sua sexta final consecutiva, mas sucumbiu diante do esforçado, porém modesto Ituano, o campeão.
Na Copa do Brasil, o
São Paulo foi eliminado dentro do Morumbi pelo Bragantino, então o 18º colocado
na Série B do Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG desbancou o Corinthians ao
aplicar uma sonora goleada por 4 x 1 quando o time de Mano Menezes podia até
perder por dois gols de diferença. E o Santos surpreendeu e chegou mais
longe, mas foi castigado pelo Cruzeiro nas semifinais.
Assim como em 2013, na
Copa Sul-Americana o São Paulo foi novamente eliminado dentro do Morumbi nas semifinais, dessa vez não para a então rebaixada Ponte Preta, mas para um time
colombiano, o Atlético Nacional de Medellín. E agora com o "quarteto mágico" de Muricy Ramalho.
No Campeonato Brasileiro, o
insinuante São Paulo foi o melhor dos paulistas, porém passou o torneio inteiro sendo observado a uma distância segura pelo campeão Cruzeiro. Uma espécie de "redenção", já que o time quase foi rebaixado no ano passado. O Corinthians,
sempre eleito o favorito pela mídia, pode até sentir-se vencedor com a vaga na Copa Libertadores de 2015,
às custas de um futebol manjado e feio com vitórias magras pelo placar mínimo.
O Santos de novo permaneceu na metade da tabela, inofensivo e quase sem rumo, uma campanha bem aquém dos investimentos feitos
em Leandro Damião e Robinho, culpa das mentes brilhantes de seus dirigentes. Apenas um breve suspiro ao chegar nas semifinais da
Copa do Brasil (mas quem tem Cicinho, Rildo e Souza, jamais vai conseguir mudar
a lógica e passar pelo Cruzeiro, por exemplo). E o Palmeiras, que
disputou a Série B em 2013, passou o ano de seu centenário na chamada “zona da
confusão” e mais uma vez agoniza contra o rebaixamento até a última rodada. A
Portuguesa foi além. Falida em todos os aspectos, foi rebaixada para a
Série C nacional com várias rodadas de antecedência e segue sendo investigada pelo Ministério Público por supostamente ter vendido sua vaga na Série A na
última rodada do ano passado. A Ponte
Preta voltou para a Série A, porém ainda não conseguiu inaugurar sua sala de troféus
e o Guarani, na Série C do Brasileiro e na Segunda Divisão do Paulista, acaba de vender o estádio Brinco de Ouro para sanar
dívidas.
No Rio de Janeiro o
cenário também não é nada animador. Flamengo e Fluminense fazem pálidas campanhas, enquanto o Botafogo, beirando a falência, é de novo rebaixado. Ainda teve a cereja do bolo com o retorno de Eurico Miranda
ao Vasco, que voltou para a Série A, mas fez sua torcida passar vergonha na Série B.
E Belo Horizonte agradece ao time paulista que seguiu lutando até o fim para ser "vice-campeão" brasileiro (com 7 pontos de diferença para o campeão). Afinal, Cruzeiro e Atlético-MG, bem lá na frente com uma Copa Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros, uma Recopa Sul-Americana e uma Copa do Brasil conquistados nos últimos dois anos, se mantém a vontade nessa festa pobre de seus concorrentes.
E Belo Horizonte agradece ao time paulista que seguiu lutando até o fim para ser "vice-campeão" brasileiro (com 7 pontos de diferença para o campeão). Afinal, Cruzeiro e Atlético-MG, bem lá na frente com uma Copa Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros, uma Recopa Sul-Americana e uma Copa do Brasil conquistados nos últimos dois anos, se mantém a vontade nessa festa pobre de seus concorrentes.
Enquanto isso, o futebol do eixo Rio-São Paulo toma distância, corre, escorrega e cai. Literalmente.
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