Um Choque-Rei de um time só.
Essa talvez seja a melhor definição para o clássico entre São Paulo x Palmeiras, com torcida única no estádio do Morumbi, pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O São Paulo se impôs em seu campo, atuou como o time que disputa a semifinal da Copa Libertadores da América e foi muito superior ao Palmeiras. O resultado foi justo e o placar só não foi mais elástico devido à pelo menos duas grandes defesas de Fernando Prass, que foi o destaque do time comandado por Cuca.
O gol que selou a vitória são-paulina por 1 x 0 aconteceu logo aos 11 minutos, com Paulo Henrique Ganso. A partir daí, o time de Patón Bauza controlou o jogo a seu favor até o minuto final. E não foi por falta de disposição da equipe palmeirense. Foi o toque de bola rápido e preciso que a cada investida dos laterais deixava Fernando Prass nervoso com sua defesa que não conseguia encaixar a marcação e oferecia duas avenidas aos contra-ataques são-paulinos, uma em cada lado do campo. Foram sete chances claras de gol criadas pelo São Paulo e apenas duas tentativas reais do Palmeiras. E se o palmeirense reclamar que no lance que originou o gol houve falta de Wesley em Dudu, no 2º tempo o árbitro deixou de assinalar um pênalti claro no atacante Rogério.
O São Paulo deitou e rolou na etapa final do confronto. Deitou até demais. Kelvin deu chapéu memorável em Zé Roberto, depois driblou, dançou e até se empolgou. Ganso voltou a incorporar o treinador de seis anos atrás e trocou sua própria substituição pela de Thiago Mendes que, segundo o camisa 10, "queria sair". Bauza o atendeu. Simples assim, quando o ambiente está favorável e as coisas vão bem. O time de Cuca até tentou assustar nos acréscimos, mas foi neutralizado pela própria falta de fôlego e inspiração.
O time do Morumbi voltou a vencer com propriedade, sem fazer o são-paulino sofrer como de costume em dias de clássico.