*por Adriano Oliveira
O jogo mal havia começado e os santistas já comemoravam o primeiro gol no Pacaembu.
O jogo mal havia começado e os santistas já comemoravam o primeiro gol no Pacaembu.
Afinal, era dia de clássico contra o Santos. E, há algum
tempo, somente isso já é o suficiente mesmo para o mais otimista dos
são-paulinos. A diretoria também dá mostras dessa realidade que incomoda quando, em comum acordo, decide realizar as duas partidas do clássico no campeonato em estádio considerado neutro, como o
Pacaembu, talvez por não querer jogar na Vila Belmiro. E também quando no ano anterior contrata um treinador (Doriva) somente para tentar
superar o rival em decisão de mata-mata na Copa do Brasil.
O placar do clássico foi 3 x 0 para o Santos, que dominou
amplamente o jogo.
Mas Paulo Henrique Ganso não jogou?
Não, mais uma vez foi “poupado” diante
de seu ex-time, o que está se tornando rotina. Contudo, e se Ricardo Oliveira
tivesse jogado do outro lado? Seu suplente e novo reforço santista, Rodrigão, uma mistura de
Walter com Durval, é o bom e velho trombador fazedor de gols, aquele jogador que, mesmo a contra-gosto, todo torcedor gosta de ver em seu time. Porém, visivelmente fora de forma, se
cansou na etapa final. Faltou o fôlego que o veterano Ricardo Oliveira teria de
sobra.
Para o são-paulino, talvez fosse melhor que o goleiro Dênis tivesse sido “poupado” ao invés de Ganso. Menos para aquele que escala o time, Patón Bauza.
Para o são-paulino, talvez fosse melhor que o goleiro Dênis tivesse sido “poupado” ao invés de Ganso. Menos para aquele que escala o time, Patón Bauza.
Ainda assim, o "remendado" São Paulo tinha em campo Calleri, Maicon, Michel Bastos e ele, “Díos”
Lugano que, destemperado, acabou sendo expulso. Não foi por mal. Lugano
quase sempre será o destemido "xerifão Pablo Guiñazu" quando estiver diante de um time jovem, leve e
muito rápido como o Santos de Lucas Lima, Vitor Bueno, Gabriel e Thiago Maia.
E a expulsão também será quase sempre certa quando ouvir o grito de olé da
torcida adversária, a provocação que mais dói no ouvido de um jogador. Lugano ouviu
e sentiu essa dor desde os 20 minutos do 2º tempo, tamanha era a superioridade
santista no clássico, o que ele mesmo confirmou em entrevista após a partida. E o que o ídolo uruguaio pediu para a diretoria? Reforços.
O argentino Calleri também poderia ter sido expulso após entrada desleal no goleiro santista Vanderlei. Mas o árbitro, fraco, não quis “incendiar” ainda
mais os ânimos já acirrados dentro de campo. Afinal, aquele era também o “San-São da Paz”.
Enquanto isso, o meia Lucas Lima deu resposta à desconfiança
da torcida dentro de campo. Comandou o time, deu chapéu, driblou, fez lançamentos.
Pintou e bordou. Deitou e rolou. O protagonista do jogo que “enlouqueceu” os defensores adversários. No fim, aos 44 minutos do 2º tempo, para coroar sua grande atuação, ainda fez um
belo gol de falta, ao melhor estilo de Lionel Messi, que selou a merecida
vitória por 3 x 0, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O Santos, de novo, não tomou
conhecimento do São Paulo. O time sobrou em campo, como tem acontecido ultimamente. Na Vila Belmiro, no Morumbi ou no Pacaembu.
Ao contrário do futebol
cinzento mostrado pelos comandados de Bauza, o time de Dorival Júnior jogou de forma leve,
para frente, atacando, mostrando capacidade de vencer e convencer. Os
jogadores se divertem em campo, um time que sorri enquanto dribla e dá risada
quando faz gols. Porque futebol é, acima de tudo, diversão. E a torcida do Santos
se divertiu mais uma vez contra o São Paulo. Com direito a olé.
2 comentários:
Que jogo! Que emoção! Que torcida!
Foi um "baile" do SANTOS. Jogou à vontade. Lindo para nós, para quem curte um bom futebol.
É a vez dos "novinhos" rsrs..
Parabéns pelo texto!!! Informação e opinião juntas e somando.
Sou fã do blog!
Beijos!
O Santos mereceu o placar de 3 x 0 porque buscou o gol desde o começo. Um time jovem com ímpeto ofensivo.
Muito obrigado e beijos.
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