Alex, um dos destaques do Brasileirão |
Alex concedeu entrevista bastante interessante ao jornal esportivo "Lance!", onde falou sobre a Confederação Brasileira de Futebol, sobre a ingerência da TV Globo na condução do futebol brasileiro e sobre as categorias de base, entre outros assuntos.
O que se existe hoje, principalmente na seleção brasileira, é mesmo uma sala de reuniões, um balcão de negócios de empresários ávidos por negociações lucrativas mirabolantes. Todo mundo sabe disso. Até mesmo nas categorias de base, onde garotos chegam a receber ofertas de todos os lados do planeta, que infelizmente logo "seduzem" pais e empresários. Garotos que aos 16 anos já são integrados em seus clubes no elenco profissional para que não se perca tempo e nem oportunidades. Um menino de 16 anos atualmente já é profissionalizado e se exige dele a responsabilidade de jogar bem, de dar espetáculo, de estar na mídia e de conquistar títulos. Nem pensar em poupá-lo de algum jogo, claro. Tem saúde de ferro, não se machuca jamais.
Mas se existe a sala de negócios cuidando da vitrine da seleção brasileira, quem cuida do calendário e do futebol brasileiro? A televisão. A distribuição dos jogos é feita de acordo com a grade de programação. Por quê o jogo principal da rodada, aquele que é transmitido ao vivo, é sempre de um determinado time? Por causa da audiência, claro. E por quê esse jogo tido como o principal é exibido num horário tão tarde? 22h00? Mais uma vez de acordo com a grade de programação. O futebol vem colado na novela. E o árbitro não começa o jogo "antes do último beijo da novela", como bem disse o meia Alex. Se é ruim para quem assiste pela TV, imagina para quem vai ao estádio e precisa utilizar o ruim e escasso transporte público? Alex só errou em uma coisa: disse que no dia seguinte o cara que vai ao estádio tem que acordar "as sete horas da manhã". Na verdade, esse cara até que é feliz, porque muita gente acorda bem mais cedo que ele. As 4h00, 5h00, 6h00 da manhã. E mais uma vez tem que utilizar o precário transporte público para chegar ao trabalho. Como esperar bons públicos nos estádios com tudo isso? Além de que os ingressos são caros e não valem quanto custam, pois as instalações são ruins, geralmente não há estacionamento e tem que se lidar com a falta de segurança.
O futebol se tornou um enorme e lucrativo negócio. Menos para o torcedor comum, que é o verdadeiro torcedor. E também para jogadores conscientes, como o meia Alex.
fonte: Site "Lance!Net" http://nolance.net/1chB9Ae
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