Lionel Messi, aos 26 anos, já
entrou para a história do futebol. É atualmente a grande estrela e o maior artilheiro dos 115 anos do Barcelona, com 340 gols marcados. Para se ter uma idéia do que isso
significa para o torcedor catalão, o 2º maior artilheiro do clube é César
Rodriguez, que atuou por 16 anos com a camisa azul-grená (entre 1939 e 1955) e
contabiliza “apenas” 232 gols, ou seja, 108 gols a menos que Messi. Em mais de
400 jogos pelo Barcelona, o atacante argentino tem a incrível marca de 0,82
gols por partida.
Pela seleção argentina,
Messi fez 37 gols em 83 jogos, média de um gol a cada duas partidas e meia. Nada mal. Ao contrário de uns anos atrás, a maior esperança dos hermanos para a Copa tem feito grandes partidas vestindo a camisa de seu
país, especialmente nos jogos das últimas Eliminatórias, onde a Argentina
navegou em águas mansas e obteve o passaporte para a Copa no Brasil de forma tranqüila.
Em janeiro deste ano, Messi
declarou que “2014 pode ser o ano da
Argentina”. Concordo parcialmente. Em todas as Copas, a seleção argentina
entra como favorita pela disputa do título, é claro que em menor ou maior grau
de confiança. O mesmo se pode dizer da Alemanha, da Itália e do Brasil. São
seleções tradicionais e, mesmo quando atravessam fases negativas, sempre serão respeitadas. A Argentina não é e nunca foi uma seleção coadjuvante, como eram
França e Espanha, por exemplo, até pouco tempo atrás.
A declaração de Messi pode
ser repensada da seguinte forma: “2014 pode ser o ano da Argentina campeã se
for a Copa de Messi”. Daí sim eu concordo. Se a Argentina for tricampeã mundial
e Messi for o protagonista dessa conquista, assim como foi seu compatriota
Diego Maradona na Copa do México de 1986, ele será definitivamente consagrado como o maior
jogador do século 21 até aqui.
Messi está a frente de Ronaldinho Gaúcho, Cristiano
Ronaldo, Wayne Rooney, Ibrahimovic, Drogba, Neymar, Schweinsteiger, Bale, Franck Ribéry, Sneijder, Robben, Van Basten, Balotelli e tantos outros craques. E pode ser que esteja no mesmo patamar de Zico
ou Johan Cruyff, por exemplo. Mas ainda está um degrau abaixo de
jogadores como Garrincha, Zidane, Ronaldo, Romário, Bobby Charlton, Beckenbauer, Matthäus, Nilton Santos, Pelé, é claro, e de seu compatriota Diego Maradona. Por quê? Porque esses
conquistaram Copas do Mundo levando nas costas suas seleções nacionais. Foram
protagonistas de Copas do Mundo e por isso tornaram-se gênios com certificados
de excelência. Maradona e Zico, por exemplo, foram os melhores jogadores que eu
vi jogar. E considero uma das maiores injustiças do futebol o fato de Zico
nunca ter conquistado uma Copa do Mundo. O maior camisa 10 brasileiro depois de Pelé não
conseguiu tal façanha. Assim como Messi, por enquanto, já que o argentino tem
muito caminho pela frente.
A questão é até quando Messi vai jogar em alto nível,
como tem feito nos últimos anos, sendo eleito quatro vezes seguidas o melhor do
planeta? Será que Messi já está vivendo hoje o seu auge no futebol? Será que na
Copa de 2018 Messi ainda vai estar desfilando em campo o mesmo talento brilhante de hoje?
Os grandes craques têm um período de esplendor que
geralmente não dura por muito tempo. Ronaldinho Gaúcho, que também brilhou pelo mesmo
Barcelona de 2004 a
2006, talvez seja o melhor exemplo disso.
Por quanto tempo Lionel
Messi ainda vai brilhar em alto nível? Por isso acredito que essa deveria ser,
para ele, a sua Copa do Mundo. Se Messi conseguir esse
feito, já poderá ocupar seu posto no seleto grupo dos gênios da bola. Sim, pois
o mundo do futebol diferencia os gênios dos craques.
Além disso, os gênios são decisivos. Especialmente para as suas seleções.
2 comentários:
Messi tem foco, conforme comentamos várias vezes ele é concentrado e é competitivo, gosta de ganhar, brilhará até ele próprio decidir que não quer mais, certamente não aceitará a imposição de qualquer um.
Sim. Ele possui uma capacidade de concentração incomum. Porém, o auge de um craque normalmente não dura por tanto tempo. E Messi precisa de uma Copa do Mundo para sua consagração final.
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