Logo depois da vitória de seu time por 2 x 0 no clássico contra o Corinthians, o lateral santista Victor Ferraz confessou que é "horrível" ver pela TV os jogos dos rivais na Copa Libertadores da América. Pior ainda para o torcedor do Santos que, mais do que nunca, sabe que seu time tinha em 2015 e tem futebol para estar ali.
Pode ser que o jogador do time da Vila Belmiro tenha "agourado" a semana dos clubes paulistas que disputam o torneio sul-americano. Ou será que apenas algumas incertezas começaram a ganhar força?
Marcelo Oliveira é um técnico de resultados. Foi bicampeão brasileiro com o Cruzeiro, mais por méritos de um time eficiente liderado por Everton Ribeiro e Ricardo Goulart que pelo seu conceito de jogo. Quando perdeu peças importantes do elenco, o esquema tático baseado no excesso de bolas alçadas na área não funcionou. No Palmeiras não foi diferente. Marcelo Oliveira não mostrou nada de novo e o padrão de jogo (ou a falta dele) continuou sendo viver de "chuveirinhos". Sua saída do Palmeiras provavelmente teria acontecido no dia seguinte à final da Copa do Brasil do ano passado, não fosse o título conquistado (nos pênaltis) diante do Santos, o que deu sobrevida ao treinador. Até a página 3 da etapa de grupos da Libertadores, quando não suportou a pressão e sucumbiu à falta dos resultados esperados principalmente dentro de casa. Isso mostra que o "planejamento" de Paulo Nobre e Alexandre Mattos não foi suficiente para segurar um treinador que sempre viveu de resultados e que, dessa e mais uma vez, não aconteceram.
" - Ahh... mas se o Corinthians não tivesse dois jogadores expulsos não perderia.."
Talvez. Mas faltou malícia ao time de Tite enquanto vencia por 1 x 0. Segurar o jogo, tocar e manter a posse de bola. Ingredientes indispensáveis do Corinthians campeão brasileiro de 2015. Porém, hoje falta qualidade ao elenco. Tite até tentou usar o velho conhecido esquema tático do ano passado, mas o time é outro. As peças são outras. O Corinthians tomou o gol de empate, perdeu o meio-campo, se descontrolou emocionalmente com dois jogadores expulsos e levou a virada dos pés do esforçado atacante Beltrán. No fim do 2º tempo, ainda fez um gol de pênalti, mas o placar de 3 x 2 mostrou falta de maturidade da equipe para partidas como essa, típicas de Copa Libertadores.
No Monumental, o São Paulo respeitou o tradicional adversário, mas não teve medo de jogar. Diferentemente de antes, quando o time parecia jogar para não perder. Contra os temidos argentinos, mesmo que improvável e sob pressão de sua fanática torcida, o time jogou para ganhar. Concentrado, dominando as ações no meio-campo desde o início e com disposição de sobra, o time de Bauza não só conseguiu um bom resultado, mas principalmente deu esperança a quem não tinha: o próprio torcedor são-paulino.
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