"Os Deuses da Bola ficaram loucos. Mas ainda deu tempo de salvar o futebol."
Essa frase, dita por um torcedor santista na arquibancada da Vila Belmiro, que permaneceu de costas para o gramado durante as decisivas cobranças de pênaltis, define bem o clássico entre Santos x Palmeiras que classificou o time da casa à sua oitava decisão consecutiva do Campeonato Paulista.
(foto: Flickr/Santos FC) |
Foi sofrido para os santistas? Sim, bastante. E sem necessidade.
Também não foi "heróico" para os palmeirenses, como tanta gente diz. Porque não existe "heroísmo" em se praticar o anti-jogo por quase 90 minutos de partida.
Ofensivo, o Santos fez o que se esperava dele dentro da Vila e pressionou o time de Cuca desde o início que, confuso e quase sempre recorrendo às faltas, deu apenas um único chute a gol em todo o primeiro tempo. Em sua jogada mais mortal, o contra-ataque em velocidade, o time de Dorival Júnior abriu o placar através de Gabriel, que recebeu ótimo passe em profundidade de Lucas Lima e fez um belo gol aos 39 minutos: 1 x 0. A vantagem seria maior se o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro tivesse assinalado pelo menos um dos dois pênaltis claros a favor dos santistas. Uma bola na mão do defensor palmeirense Roger Guedes e depois um chute de Victor Hugo no rosto do zagueiro santista Gustavo Henrique, ao tentar cabecear uma bola em direção ao gol dentro da área.