Jornalista, apresentador e repórter esportivo da Rádio Jovem Pan desde 1977, Wanderley Nogueira é um dos nomes mais conhecidos do rádio brasileiro. É também colunista do portal Jovem Pan e comentarista do programa "Mesa Redonda", que vai ao ar todos os domingos a noite pela TV Gazeta.
Aos 64 anos de idade e com mais de 40 anos de carreira, continua apaixonado pelo que faz e confessa que "um dos segredos para manter o pique é não ter rotina, buscando sempre momentos profissionais emocionantes a cada jogo e a cada dia".
Wanderley trabalhou em 10 Copas do Mundo, já transmitiu mais de três mil partidas de futebol, fez milhares de entrevistas e por 12 anos escreveu diariamente a última página do jornal "A Gazeta Esportiva", além de já ter colaborado com outros jornais, entre eles "Diário de São Paulo", "Folha da Tarde" e "Diário Popular".
Paulistano nascido na Penha, inteligente e sempre bem-humorado, o radialista usa seu talento e sua imaginação para dar um "tempero especial" às transmissões, o que faz com maestria incomum.
Na entrevista abaixo, ele revela que "seu jogo inesquecível foi a conquista do tetra em 1994", diz que "é a favor de torcida única nos estádios em dias de clássico" e reconhece que "será preciso uma longa caminhada" para resgatar o respeito internacional pela seleção brasileira, depois do fatídico 7 x 1 na última Copa do Mundo.
- Como surgiu seu interesse e quando você começou a trabalhar com futebol?
Sempre tive interesse no jornalismo. Desde garoto. Gostava de ouvir noticiários, especialmente pelo rádio. Era o grande instrumento de comunicação no período da minha infância.
- Você é um dos rostos mais conhecidos do rádio esportivo brasileiro. Qual o segredo da longevidade na carreira?
Acho que é o trabalho, sou apaixonado pelo trabalho e pela informação.
- Tem ideia de quantos jogos de futebol você já transmitiu? Cite um momento marcante e um momento para ser esquecido em seus mais de 40 anos de jornalismo esportivo.
Acho que acompanhei trabalhando mais de 3 mil jogos.
Sempre tive interesse no jornalismo. Desde garoto. Gostava de ouvir noticiários, especialmente pelo rádio. Era o grande instrumento de comunicação no período da minha infância.
- Você é um dos rostos mais conhecidos do rádio esportivo brasileiro. Qual o segredo da longevidade na carreira?
Acho que é o trabalho, sou apaixonado pelo trabalho e pela informação.
- Tem ideia de quantos jogos de futebol você já transmitiu? Cite um momento marcante e um momento para ser esquecido em seus mais de 40 anos de jornalismo esportivo.
Acho que acompanhei trabalhando mais de 3 mil jogos.
Muitos momentos marcaram minha vida... Posso citar nesse momento a Copa de 2002 no Japão/Coréia. Para esquecer? Nada. Quero lembrar tudo...
- Qual é o seu jogo inesquecível como torcedor?
Brasil ganhando em 1994. O futebol nem agradou, mas ganhar um Mundial , vendo de perto e trabalhando é espetacular.
- Por que ainda hoje, mesmo com a forte presença da internet e da ampla oferta de canais de TV, o rádio mantém seu charme e a conexão com o torcedor?
A emoção é inigualável pelo rádio. Além da carga ampla de informação.
A emoção é inigualável pelo rádio. Além da carga ampla de informação.
- Como resgatar o respeito internacional pela seleção brasileira após o fatídico 7 x 1?
Vai ser uma missão bem difícil. E não será de uma hora para outra. É preciso melhorar muito a gestão e o surgimento de muitos bons jogadores, além de treinadores bem preparados. Portanto, será uma boa caminhada...
- Diego Maradona declarou certa vez que “no Brasil, Ayrton Senna é mais querido que Pelé”. Você concorda com tal afirmação?
Maradona sempre estilingou o Pelé. Virou tipo. O Ayrton é querido , o Pelé é querido. O Pelé merece todo o respeito e admiração. E deve ser aplaudido muito em vida.
Maradona sempre estilingou o Pelé. Virou tipo. O Ayrton é querido , o Pelé é querido. O Pelé merece todo o respeito e admiração. E deve ser aplaudido muito em vida.
- Mata-mata ou pontos corridos?
Eu gosto de mata-mata. Dizem que não é justo. No esporte, prefiro a emoção do que a justiça...
Eu gosto de mata-mata. Dizem que não é justo. No esporte, prefiro a emoção do que a justiça...
- Qual é o maior clássico do futebol brasileiro?
Vale o momento. Existem clássicos que valem mais do que os outros. Depende da classificação, daquilo que está em disputa, alguma declaração provocativa...
Vale o momento. Existem clássicos que valem mais do que os outros. Depende da classificação, daquilo que está em disputa, alguma declaração provocativa...
- Em quem você teria votado para receber a Bola de Ouro em 2015: Cristiano Ronaldo, Neymar ou Messi?
Messi.
Messi.
- A Primeira Liga, com a presença de clubes paulistas e nordestinos, é a alternativa ideal para ocupar o lugar dos torneios estaduais?
Eu gosto do Campeonato Paulista. Acho que funciona, mas deveria ter 12 clubes.
Eu gosto do Campeonato Paulista. Acho que funciona, mas deveria ter 12 clubes.
- Como um dos principais profissionais de mídia esportiva no Brasil, você tem algum novo projeto para o futuro?
Tenho muitos. Depois eu conto...
Tenho muitos. Depois eu conto...
- Uma figura pública e formadora de opinião deve expor seu pensamento nas redes sociais sobre assuntos considerados polêmicos ou é melhor se preservar junto ao público?
Eu uso muito as redes sociais. E expresso as minhas opiniões sobre vários temas. É bom que as pessoas saibam o que você pensa...
Eu uso muito as redes sociais. E expresso as minhas opiniões sobre vários temas. É bom que as pessoas saibam o que você pensa...
- Haveria Copa do Mundo e Olimpíada em Nogueirópolis?
Não. Nogueirópolis tentaria ter ótimas equipes para participar de uma Copa do Mundo ou de Jogos Olímpicos em outros países.
Não. Nogueirópolis tentaria ter ótimas equipes para participar de uma Copa do Mundo ou de Jogos Olímpicos em outros países.
- Tite acertou em recusar o convite para ser técnico da seleção brasileira? Com a negativa, as portas da CBF podem se fechar para ele?
Acho que acertou. E um dia ele será treinador da seleção.
Acho que acertou. E um dia ele será treinador da seleção.
- Pep Guardiola e Jorge Sampaoli. Qual dos dois você escolheria hoje para treinar a seleção brasileira?
Um dos dois seria ótimo e diferente.
Um dos dois seria ótimo e diferente.
- Você é a favor dos contratos por produtividade para técnicos e jogadores?
Sim, sou favorável.
Sim, sou favorável.
- É verdade que o narrador de TV Milton Leite “roubou” de você o jargão “Que Beleeeeeza”?
Não roubou nada. Ele usa e muito bem. É meu amigo, competente, um cara especial. Eu brinco com ele dizendo que ele usa muito melhor do que eu.
Não roubou nada. Ele usa e muito bem. É meu amigo, competente, um cara especial. Eu brinco com ele dizendo que ele usa muito melhor do que eu.
- Você é a favor de torcida única em dias de clássico. De que forma essa medida pode resolver ou pelo menos amenizar o problema da violência dentro e fora dos estádios?
Nem vou esticar a resposta... De cara levará mais crianças, mulheres , idosos e famílias aos estádios em dias de clássico.
Nem vou esticar a resposta... De cara levará mais crianças, mulheres , idosos e famílias aos estádios em dias de clássico.
site oficial: wanderleynogueira.com.br
* Adriano Oliveira tem este Blog desde 2009, mas a paixão pelo futebol nasceu bem antes disso. É um apaixonado que vibra pelas 11 posições, mas sempre assume uma, pois jamais fica em cima do muro. Aos 43 anos, o futebol ainda o faz sentir a mesma coisa que ele sentia aos 10.
2 comentários:
Muito muito bom, parabéns Almanak FC pela entrevista.Parabéns Wanderley Nogueira pela carreira! Na torcida por mais como essas!
Valeu! Obrigado pelo incentivo.
Postar um comentário