Mano Menezes retornou ao
Parque São Jorge com a missão de criar algo novo e motivador para um time que
ganhou tudo e que passou a não ganhar nada. Diante de uma torcida
ainda mais exigente, insatisfeita com a “empatite” de 2013, o técnico
provavelmente está perdendo noites de sono.
Mas o que
Mano Menezes tem de diferente em relação ao Tite? Por que acreditar que, com o Mano,
o time voltaria a dar resultado, mesmo jogando feio? O quê Mano poderia
acrescentar na continuidade de um projeto que Tite teve tanto êxito?
Tite e Mano são retranqueiros de ofício, mais ou menos equivalentes no jeito de pensar o jogo. Praticam um futebol de forte marcação, defensivo, com excesso de volantes, que prioriza o resultado no lugar do futebol bem jogado. Com o Tite, o Corinthians jogava sem brilho, sem plástica, sem graça, mas era eficiente. As vitórias eram magras, sofridas, mas engrenavam e faziam o time se sobressair. Com o Mano, o time que era difícil de se vencer passou a ser o time difícil de vencer. Mas por quê?
Tite e Mano são retranqueiros de ofício, mais ou menos equivalentes no jeito de pensar o jogo. Praticam um futebol de forte marcação, defensivo, com excesso de volantes, que prioriza o resultado no lugar do futebol bem jogado. Com o Tite, o Corinthians jogava sem brilho, sem plástica, sem graça, mas era eficiente. As vitórias eram magras, sofridas, mas engrenavam e faziam o time se sobressair. Com o Mano, o time que era difícil de se vencer passou a ser o time difícil de vencer. Mas por quê?
Porque
para um time funcionar (e isso não significa necessariamente ter de jogar
bonito), é preciso mais que um desenho tático na prancheta. É preciso ter um
ambiente de cooperação, uma relação de confiança entre comandante e comandados.
Tite era “paizão”
e Mano parece ser o “sargentão”. Tem jeito que fala pouco, que pede poucas
opiniões, que prefere o estilo totalitário. Talvez por isso somente ele seja o
exímio conhecedor de um “conceito de futebol” que nenhum jogador terráqueo seja
capaz de compreender.
As
passagens frustradas pela seleção brasileira e pelo Flamengo tornou o fardo
pesado demais para Mano Menezes carregar. Para treinar e fazer seus times
jogarem como quer, é preciso mais que um brilhante conceito de futebol na
cabeça. É preciso ter diálogo, jogo de cintura, a confiança do vestiário, que é
um ambiente sagrado no mundo dos boleiros. Sem o controle do vestiário, o
treinador perde o comando. E sem comando não se acrescenta nada de novo ou motivador. Não se chega a lugar nenhum.
Porque o técnico
não consegue fazer um time jogar pela autoridade. Mas pela influência que
exerce sobre o elenco. E percebe-se dentro de campo se essa influência é positiva
ou negativa.
Na postura
do “sargentão” de cara sempre amarrada, sem conversa e sem estabelecer uma
relação de confiança mútua, será difícil para o Mano fazer um time, qualquer
um, assimilar seu “conceito de futebol”. Jogando feio ou bonito.
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