Sim, está tendo Copa no Brasil. E ao melhor
estilo, como tem que ser.
Festa nas arquibancadas. União dos povos, das
pessoas, algo que somente o futebol é capaz de proporcionar.
O dono da casa ansioso, que tornou difícil uma estréia fácil, com direito
a gol contra, de bico, pênalti duvidoso, vaias para a presidente, olodum, 3 x 1.
O futebol "tic-tac" da temida Espanha sucumbiu
feio à tradição da escola
holandesa, que sempre se reinventa, embora jogue como nunca e perca como sempre. Mas o 5 x 1 sobre a atual e badalada campeã teve sabor especial de revanche.
Valdívia fez gol diante de uma
empolgante torcida chilena nas arquibancadas.
Luiz Suárez assistiu, do banco de reservas,
o seu Uruguai ser massacrado pelo "enriquecido" futebol da Costa
Rica.
"Jogando na selva", como disse o goleiro inglês, foi difícil segurar a Itália de Balotelli.
E Didier Drogba? Não foi brilhante, porém decisivo. Sua
presença em campo nos últimos 20 minutos
foi suficiente para a Costa do Marfim virar um jogo duro contra o Japão.
E essa é, finalmente, a Copa do chip na bola. Que pela
primeira vez na história mostrou ao vivo, no telão, que a bola ultrapassou a linha e
entrou de fato. O gol contra histórico do goleiro hondurenho,
dividido com o francês Karin Benzema.
A torcida argentina invadiu o Rio, lotou praias, bares e
o Maracanã, cantou o jogo inteiro como autênticos “barrabravas” e viu La Pulga
fazer um gol ao seu melhor estilo: com a bola grudada nos pés. Poderia ter
sido pior. Para a Bósnia.
No calor baiano de uma segunda-feira a tarde, na Fonte
Nova das goleadas, um jogo difícil que se tornou fácil. Quase um
treino de luxo: Amigos de Thomas Müller 4 x 0 Amigos de Cristiano
Ronaldo.
E teve jogo ruim também, afinal de contas, faz parte de
uma típica Copa do
Mundo. Irã x Nigéria apresentaram um futebol digno do placar de 0 x 0. O atacante
iraniano Reza foi a dica sugestiva do que foi a partida.
No 2º jogo do anfitrião, um clima nervoso, de uma incerteza inesperada. A obrigação de vencer que se sobrepõe ao
favoritismo. Contra o azarão México, que nunca chega a lugar nenhum, o Brasil poderia jogar dois dias
seguidos que não faria gol. No entanto, com 10 minutos a mais de jogo, tomaria
um gol dos mexicanos. Fred está mais para pescador do que para centroavante. Do tipo falastrão que diz após nova pescaria frustrada: “hoje não pesquei nada, mas da próxima vez será diferente”.
No jogo dos primos ricos x primos pobres, mais uma humilhação da Espanha. Nova derrota para o Chile e a eliminação precoce, com direito a jogo amistoso na última rodada contra a também eliminada Austrália. Para alegria do português José Mourinho. E para fazer essa geração "tic-tac" descer do enorme salto alto.
Na primeira semana de Copa, foram 55 gols, média de 3.05 por jogo, a maior de todas as edições. Média de público elevada: quase 50 mil espectadores por partida.
Isso é futebol. Isso é Copa do Mundo.
Está tendo.
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