segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

SELEÇÃO BRASILEIRA: QUEM PODE DECIDIR E QUEM NUNCA DECIDIU

Bastante gente "especialista em futebol" criticou a convocação do técnico Dunga para o amistoso contra a Irlanda, no dia 2 de março, que praticamente fecha o elenco que deve ir à Copa do Mundo da África do Sul. Mas será que ainda tinha gente acreditando numa possível convocação de Roberto Carlos e Ronaldo, do Corinthians, e de Ronaldinho Gaúcho, do Milan-ITA? Dunga tem sido coerente com a filosofia de trabalho que adotou desde que assumiu a seleção brasileira depois do fiasco na Copa da Alemanha de 2006, ou seja, renovar a seleção brasileira teoricamente com jogadores que estejam comprometidos com o trabalho, e não jogadores que se tornaram produtos comerciais da mídia, como os três que foram citados acima. Chamar Julio Baptista e deixar Ronaldinho Gaúcho de fora? Mas basta ver o histórico de ambos pela seleção brasileira: Ronaldinho só fez uma ou duas boas partidas oficiais pelo Brasil, como no jogo contra a Inglaterra na Copa da Ásia há 8 anos atrás. E só. Já Julio Batista sempre teve boas atuações e principalmente sempre fez gols jogando pelo Brasil, basta ver suas participações na Copa América e nas últimas Eliminatórias. Ou seja, Julio Baptista joga com seu futebol discreto e decide jogos pela seleção, enquanto Ronaldinho Gaúcho só joga pelo nome, efeito do marketing esportivo, e nunca decidiu um resultado favorável para a seleção, pelo contrário, decepcionou o mundo inteiro com a frustrante participação na última Copa. Ronaldinho Gaúcho só justificaria sua convocação se voltasse a jogar o futebol mágico e primoroso que o consagrou no Barcelona-ESP entre 2004 e 2006. Hoje definitivamente não. E pior ainda para as esperanças de Roberto Carlos e Ronaldo, que sequer jogam pelo Corinthians, ficam tempo demais afastados ou no departamento médico. Ronaldo, por exemplo, mesmo visivelmente gordo, é craque indiscutível, tem história no futebol, maior artilheiro das Copas, mas hoje é muito bom para o Corinthians, no ano de seu centenário, na Copa Libertadores, mas de forma alguma pode ser útil para a seleção brasileira numa Copa do Mundo. Não morro de amores pelo Dunga, aliás, sempre o considerei um jogador mediano, mais conhecido pelo seu jogo violento do que por suas poucas habilidades com a bola nos pés. E também não acho que seja treinador de seleção brasileira, sendo que gostaria do retorno de Felipão ao posto. Mas Dunga está sendo coerente e seu trabalho, contestado ou não, tem dado bons resultados.

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