quinta-feira, 30 de maio de 2013

FRASES

" - Fred ficou com a pior parte, nos revezamos para bater nele. O Manzur deu uma forte, menos mal que o árbitro não viu. Não precisa ser sujo nem mal intencionado, mas as manhas valem muito."
(Salustiano Candia, zagueiro do Olímpia-PAR, sobre a forte marcação feita por seu time no atacante Fred, do Fluminense, no 2º jogo das quartas-de-final da Copa Libertadores).
" - Miranda, Candia e Manzur esta semana não foram à manicure. Deixaram as unhas bem grandes para esperar por Fred."
(Iván Almeida, auxiliar-técnico do Olímpia-PAR, sobre a dura marcação de seu time em Fred, do Fluminense).
" - Libertadores é comum tomar uma porrada aqui, tomar outra ali.  Mas aí começou o antijogo, sumiam as bolas. O auxiliar deu um soco no rosto do Wagner. Dava impressão de que aconteceria algo grave se a gente conseguisse a classificação."
(Fred, atacante do Fluminense, sobre a partida diante do Olímpia, onde seu time foi desclassificado).

Nota: O Fluminense foi desclassificado da Copa Libertadores ao perder, de virada, por 2 x 1 para o Olímpia, no Paraguai. O jogo de ida, disputado no Rio de janeiro, acabou empatado em 0 x 0.

"CAIU NO HORTO TÁ MORTO!". ATLÉTICO-MG JOGA PARA SER CAMPEÃO.


Com a queda do Fluminense diante do Olímpia-PAR, o Atlético-MG é o único time brasileiro que ainda sobrevive na Copa Libertadores da América de 2013, a exemplo do que aconteceu com o Santos na edição de 2011 (a diferença é que o Santos representou sozinho o Brasil desde as oitavas-de-final). E as semelhanças não páram por aí. O time do técnico Cuca joga um futebol envolvente e bonito, exatamente como fazia o Santos do técnico Dorival Junior em 2010. Um time de branco que encantou o Brasil com um futebol intenso, total, que jogava absolutamente para frente, sempre. Poderia tomar 2 gols em 10 minutos, como também poderia fazer 4 gols em 15 minutos.
Torço para que o Atlético-MG possa conquistar o troféu dessa Copa Libertadores. O futebol bonito tem que prevalecer sempre. E torço por dois motivos principais: pelo técnico Cuca, que sempre monta boas equipes, competitivas, ofensivas, mas que sucumbem na hora mais decisiva. Cuca merece um título expressivo pelo bem que faz ao futebol, assim como Muricy Ramalho precisava de uma Libertadores e conseguiu com o Santos em 2011, ao continuar o trabalho num time que manteve a base e a filosofia deixada por Dorival Junior em 2010. E torço também para atestar mais uma vez que o futebol arte é maior do que o futebol de resultados. Mostrar que é possível conquistar um torneio difícil e catimbado como a Libertadores mesmo jogando um futebol vistoso e bonito. Na bola e não nas pernas.
Já a torcida atleticana é outro capítulo a parte. Sempre lotado, é difícil ganhar de seu time jogando dentro da Arena Independência. Ou dentro do "estádio do Horto", como preferem os torcedores. Desde que o estádio (que pertence ao América-MG) foi inaugurado, há um ano, o time de Cuca o acolheu como "sua casa" e jamais perdeu uma partida, sendo 48 jogos invicto como mandante.
Na noite do 2º jogo das quartas-de-final, contra os mexicanos do Tijuana, a torcida prepara uma festa inusitada: os 20 mil torcedores que vão comparecer ao estádio do Horto prometeram, através das redes sociais, utilizar 20 mil máscaras "da morte", idênticas às do filme "Pânico". Segundo matéria do site globoesporte.com, nas lojas especializadas em fantasias da capital mineira, o estoque das máscaras "da morte" para 6 meses se esgotou em 24 horas.Tudo para celebrar mais uma vez o jargão da torcida que já ficou famoso no Brasil inteiro: "Caiu no Horto tá morto!". Excelente e criativa a idéia da torcida. E é desse jeito mesmo que tem que ser no futebol. Vibração, festa, tiração de sarro, gozação, alegria, curtição, diversão. Senão vira jogo de tênis.
O primeiro jogo disputado no México acabou empatado em 2 x 2. Portanto, o time mineiro tem tudo para chegar às semifinais do torneio depois de 35 anos. E possui a melhor campanha da Libertadores de 2013.
Que o Atlético-MG de Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Jô e Bernard não perca a chance de, enfim, dar um título expressivo a seus torcedores e ao técnico Cuca. Para que o futebol bonito seja vitorioso e comemorado sempre.

fonte: site globoesporte.com http://glo.bo/13kTi7H

terça-feira, 28 de maio de 2013

PALPITES DA 2ª RODADA DO BRASILEIRÃO

► São Paulo 2 x 1 Vasco
► Botafogo 0 x 1 Santos
► Flamengo 1 x 0 Ponte Preta
► Goiás 0 x 2 Corinthians
► Internacional 2 x 0 Criciúma

BAYERN É CAMPEÃO EUROPEU E A BUSCA DA "ORELHUDA" CONTINUA PARA O BORUSSIA.



Com direito de abertura glamourosa ao melhor estilo dos "guerreiros medievais", a final de 2013 da Liga dos Campeões da Europa foi caseira. Quando o planeta esperava por uma final espanhola, entre Barcelona e Real Madrid, eis que os alemães vencem com méritos e sucumbem com o favoritismo dos galácticos times de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Zebra? Não. Seriedade, determinação, vontade de vencer, de se atingir um objetivo.
Fanática ao extremo, a torcida do Borussia foi finalmente premiada com o direito de estar na grande final no estádio de Wembley, em Londres.
De um lado, a disciplina e a raça do Borussia Dortmund. E do outro, a técnica e o talento do Bayern de Munique, que pode ser considerado atualmente o melhor time do mundo. Evidentemente uma equipe que vence o Barcelona por 7 x 0, no placar agregado das semifinais, merece bastante respeito.
O Borussia começou com muita sede, desde o início foi para cima do time vermelho. Tamanha blitz deveria se consolidar em gol, o que não aconteceu. O atacante Robert Lewandowski não teve o mesmo brilho das semifinais, quando foi decisivo e aniquilou com o time do Real Madrid. E como eu sempre digo, a bola é impiedosa, caprichosa. E pune. Mesmo um pouco assustado pelo fantasma de duas derrotas nas últimas três edições do torneio, aos poucos o time de Munique foi se acertando e passou a equilibrar a decisão. E também como eu sempre digo, o talento sempre prevalesce e daí foi a vez do time amarelo se assustar. E neste caso um talento primoroso que vem dos pés do excelente Arjen Robben e do veloz e habilidoso Franck Ribéry, que é para mim um dos melhores jogadores do mundo, injustamente não reconhecido como tal nas eleições feitas anualmente pela FIFA. Do talento incomum desses jogadores saíram as principais jogadas para os gols do Bayern, que venceu por 2 x 1 e sagrou-se Pentacampeão Europeu (as belas imagens em slow-motion do video acima falam mais do que quaisquer palavras).
Isso é só o começo de um novo e certamente vitorioso ciclo no clube alemão, pois nada menos do que Pep Guardiola assume como técnico no lugar de Jupp Heynckes. E infelizmente para a fanática torcida do Borussia (conhecida como "Muralha Amarela"), a "busca pela orelhuda perdida" vai ter que continuar.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

MAIS UM MENINO DA VILA QUE SE VAI. BOA SORTE, NEYMAR.


Já tive vários ídolos no futebol. Afinal, dos mais de 40 anos vividos, são mais de 30 anos acompanhando esse esporte fascinante. E jogando também, claro, desde moleque até a "aposentadoria" há alguns anos.
Porém, desde sexta-feira dia 24/05 estou tentando encontrar algumas palavras, alguma coisa para falar sobre a despedida de Neymar da Vila Belmiro. Me faltam palavras. E não que me falte inspiração, pois sua trajetória no Santos já seria motivo de total inspiração. É como se fosse alguém muito próximo, da família, talvez até um filho, que nos deixa para morar sozinho no exterior. É melhor para ele? Pode até ser. Mas não se dá as costas para a família jamais. Diante disso, acredito que falar de sua trajetória sejam as palavras mais sensatas para o momento.
Neymar da Silva Santos Jr esteve por 9 anos no Santos, desde os 12 anos de idade, das categorias de base até o dia 26 de maio de 2013. Estreou pelo time profissional em 7 de março de 2009, contra o Oeste pelo Campeonato Paulista, no estádio do Pacaembu, vitória santista por 2 x 1. Uma semana depois da estréia, marcou seu primeiro gol com a camisa santista, contra o Mogi Mirim, placar de 2 x 0, no mesmo Pacaembu. Fez 230 jogos pelo Santos e tornou-se o 62º atleta que mais vestiu a camisa do clube. Marcou 138 gols, que o consagraram como o maior artilheiro da Era Pós-Pelé e o 13º da história do Santos. Em pouco mais de 4 anos como profissional, conquistou 6 títulos: 03 Paulistas, 1 Copa do Brasil, 1 Copa Libertadores da América e 1 Recopa Sulamericana, além de mais 2 vices-Paulista e 1 vice-Mundial. Recebeu da FIFA o Troféu Puskás pelo gol mais bonito do mundo de 2011. Também recebeu todos os prêmios individuais possíveis nos torneios que disputou, de revelação, artilheiro e melhor jogador. Há 2 anos é titular absoluto da seleção brasileira.
Muito se fala sobre valores. Maior transação da história do futebol ou nem tanto. Saiu barato agora para não sair de graça depois? 40 milhões de euros ou 120 milhões de euros? Na verdade, isso nem importa tanto. O que importa de fato é a história que fica e os projetos que vêm.
A torcida santista sentirá a falta de mais um craque revelado que se vai em busca de novos ares e novos desafios, porém certa de que novos "Neymares" estão por vir. Por que na Vila Belmiro o raio está sempre caindo no mesmo lugar. Que sua passagem pela Europa acrescente mais em sua vida, seja financeira e/ou culturalmente, seja de qualquer forma. E que você se torne um homem cada vez melhor. Mas que Deus nunca permita que você deixe sua essência, sua alma de menino. Um menino da Vila.
Que Deus lhe abençõe e lhe dê bastante sorte. Obrigado de todos aqueles que amam o futebol-arte. Sua casa estará sempre de portas abertas. Por que nossos craques são revelados em nossa casa.

MENSAGEM DE NEYMAR AOS SANTISTAS


" Galera !! Tô aqui reunido com amigos e familiares e eles me ajudaram a escrever algumas coisas aqui... É que não vou aguentar até segunda-feira... Minha família e meus amigos já sabem a minha decisão. Segunda-feira assino contrato com o Barcelona. Quero agradecer aos torcedores do Santos por esses 9 anos incríveis. Meu sentimento pelo clube e pela torcida nunca mudará. É eterno !! Só um clube como o Santos FC poderia me proporcionar tudo o que vivi dentro e fora de campo. Sou grato a maravilhosa torcida do peixe que me apoiou mesmo nos momentos mais difíceis. Títulos, gols, dribles, comemorações e as canções que a torcida criou pra mim estarão pra sempre em meu coração... Fiz questão de jogar a partida amanhã em Brasília. Quero ter a oportunidade de mais uma vez entrar em campo com o "manto" e ouvir a torcida gritar meu nome... como diz o hino, "é um orgulho que nem todos podem ter..." É um momento diferente pra mim, triste (despedida) e alegre (novo desafio). Que Deus me abençoe nas minhas escolhas... E estarei sempre em Santos !! #Toiss "
(Mensagem do atacante santista Neymar publicada no Instagram e lida por ele próprio no programa "Esporte Espetacular", da TV Globo, em 25 de Maio de 2013).

sábado, 25 de maio de 2013

NEYMAR AO SANTOS: "EU VOU...MAS EU VOLTO"


Frase escrita pelo atacante Neymar no vestiário do CT Rei Pelé, em Santos.

fonte: site Globoesporte http://glo.bo/136D5Da

UM MENINO POBRE. UM MENINO RICO. UM MENINO DA VILA.

Eu conto um conto...: Um menino pobre. Um menino rico.: Ele era um menino pobre. Em sua infância paupérrima e desesperada nunca soube, na prática, o que era um videogame. Apenas sabia o que de longe se anunciava nas entradas das lojas e nas propagandas da TV, mas desde cedo entendeu que o valor da mercadoria era quase o montante dos salários dos pais, já tão ínfimos. Mal tinha comida em casa todos os dias. Não os culpava. Via o esforço diário, via o suor na testa, via a falta de ambos durante o dia. "A vida não é fácil", dizia a mãe, repetindo a ladainha diária.

Não, não era.

Tinha que estudar e ser alguém na vida. Quem sabe chegar a ser doutor que nem o filho da vizinha, que agora só aparecia no subúrbio pra mostrar a nova moto (e na verdade não era mais que um técnico em qualquer coisa, que se gabava do que podia e não podia ter). Estudar era salvação e deleite: estudava as imagens dos livros de escola pública, usados por mais de mil alunos antes dele, e sabia de coisas de outros mundos. Se não sabia, imaginava. Se não imaginava, sonhava. E assim vivia.

Era um menino tão pobre, mas tão pobre, que nunca andara de carro. Nunca. Só os via passar. No entanto, conhecia todas as marchas e manhas do ônibus. Sabia qual pegar para qualquer canto da cidade. Era um menino esperto. Outro dia espantou a vizinha fazendo o cálculo de um troco e lendo um pedaço do jornal. Falava sobre política, algo assim que ninguém entende. Mas fingiu entender bem. Estufou o peito. E o povo da comunidade foi ao delírio.

Era tão pobre que já teve todo o tipo de vermes existentes na face da terra. Culpa da terra em frente à casa. A mãe sempre reclamava dizendo que só tinha "porcaria" no chão. Mas era lá que brincava de ser melhor. Era lá que galopava desejos indomáveis como corcéis de fogo e era lá que podia se imaginar num lugar diferente, que não tivesse aquele mau cheiro insuportável de sonho destruído.

Não entendia muito de ciências ou de geografia, mas sabia caçar gafanhoto como ninguém! Também aprendeu a entender a lua cheia e saber quando ia chover. Sua avó ensinou. Um dia ela morreu mas ele nem soube: a vida já era por demais triste naquele lugar e seus pais não achavam certo que o mundo lhe tirasse uma das únicas coisas boas que tinha. Não contaram e ele acreditou que a avó estivesse doente das pernas.

Era um menino tão pobre que não tinha livros. Só os da escola, que recebia por causa de um programa de governo e que, via de regra, ninguém fazia muita questão. Sua maior diversão ao receber o livro da série correspondente era justamente ler os textos que estavam na parte de português, ainda que não tivesse uma leitura correta de todos os pontos e vírgulas.

Um dia perguntou à mãe o que significava uma palavra no livro. Mas ela não sabia. De fato nunca ouvira falar em "Dádiva" nenhuma. Talvez, se frequentasse a igreja. E o menino colocou esse nome na cachorra, que antes quase se chamara "xulinha".

A maior ambição desse menino pobre era ter um armário. Sim, um armário desses que todo dia estão em queima de estoque nas lojas de eletrodomésticos. Possuía, na verdade, um projeto de guarda-roupa que desabou e ficou inclinado. Não tinha portas e as coisas se amontoavam na diagonal, o que criava cada vez mas bagunça. Um dia compraria um armário para si e para os pais.

O sonho deste menino era morar numa novela. A velha televisão mostrava lugares maravilhosos e casas luxuosas, com pessoas sorrindo pra lá e pra cá. Em nada se pareciam com o barraco onde morava. E tinha tantos armários! Uma vez a mãe disse que pra conseguir tudo isso ele tinha que sair dali, tinha que deixá-la e deixar também o pai, e ouviu desse menino pobre:
- Então não vou. De que adianta ter tanto armário se não tiver vocês pra colocar roupa dentro?
Não entendeu porque a mãe chorou e, tão logo ficou envergonhado, saiu pra se sujar de terra.

Era um menino muito rico.
Uma dádiva.

(Escrito por Mariana Laborda)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

FRASE

" - Se pudesse, compraria Neymar para deixá-lo no Santos".
(Pelé, sobre as negociações entre o Santos e clubes europeus envolvendo o atacante Neymar).

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CORINTHIANS IMPEDE TETRA DO SANTOS E É CAMPEÃO PAULISTA


O técnico Vanderlei Luxemburgo, apesar de estar num longo jejum de títulos, certa vez declarou que "numa disputa de mata-mata, o primeiro jogo é mais importante que o segundo". E que na visão dele, "fazer o primeiro jogo em casa é melhor do que a decisão". Concordo. Se o time que fizer a primeira partida das finais em casa já consolidar o resultado, terá a ampla vantagem de administrar a decisão final na casa do adversário.
Foi exatamente o que fez o time do Corinthians na decisão do Paulistão contra o Santos. Jogando primeiro no Pacaembu, venceu por 2 x 1 e levou para a Vila Belmiro a vantagem do empate ou de até perder por um gol de diferença (o que resultaria em cobrança de pênaltis). O Santos, diante de uma equipe acostumada a segurar resultados e jogar com o regulamento debaixo do braço, bem que tentou, mas não conseguiu mais do que um empate em 1 x 1 que deu o 27º título estadual ao Corinthians. O técnico Tite sabe armar muito bem seu time para se defender, segurar o placar, administrar o resultado. E isso se tornou mais fácil porque ganhou a primeira partida em casa, o que lhe permitiu jogar bem mais concentrado e com mais tranquilidade depois na Vila Belmiro.
Por tudo que fez no campeonato e por ter um time de conjunto forte e bem entrosado, o time do técnico Tite fez por merecer o título. Especialmente o treinador que, mais uma vez, mostrou ter o time nas mãos.
Por outro lado, foi lamentável ver os sinalizadores acesos em boa parte da torcida do Corinthians durante o 2º tempo da partida, sendo que alguns ainda foram arremessados para dentro do gramado. Como os torcedores conseguiram entrar no estádio com tais artefatos, já que existe uma medida de segurança imposta pelo TJD-SP coibindo o uso de sinalizadores por torcedores? Por quê os corintianos não usaram sinalizadores na partida de ida, no Pacaembu? Isso foi uma vergonha, um tapa na cara das autoridades. A mesma torcida que foi protagonista no episódio da morte de um garoto boliviano há pouco mais de 3 meses,  justamente por uso indevido de um tipo de sinalizador, agora volta a utilizar sinalizadores nas arquibancadas? E dentro de um estádio lotado, em final de campeonato? A provável multa ao clube que pode chegar a no máximo R$ 100 mil é muito pouco para tamanha imprudência.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

ENFIM, O FUTEBOL SULAMERICANO VOLTA AO NORMAL.


"O futebol é uma caixinha de surpresas", como dizia o saudoso poeta, jornalista, escritor e filósofo brasileiro Nelson Rodrigues. E isso está presente a todo instante nesse esporte. Por exemplo: quando eu poderia imaginar, mesmo do alto dos meus 40 anos, que ouviria um corintiano exclamar em alto e bom som que fora  "roubado" por um árbitro? Corintiano reclamando de arbitragem? Pois é.
No dia seguinte ao jogo contra o Boca Juniors, no Pacaembu, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores, foi o que mais ouvi dos corintianos, em todos os lugares. Com o empate de 1 x 1, o Corinthians foi eliminado do torneio sulamericano, já que havia perdido o jogo de ida por 1 x 0, na (ainda) mítica La Bombonera. O craque argentino Juan Riquelme fez talvez um gol "sem querer", segundo suas próprias palavras, mas que fez o Pacaembu calar-se por alguns longos minutos. Depois, o gol de empate do volante Paulinho, mais dois gols corintianos anulados e um pênalti não assinalado pelo árbitro paraguaio Carlos Amarilla. Isso? Não. E o futebol guerreiro do Boca? Um gol "imperdível" perdido pelos argentinos na metade do 2º tempo? A troca de passes em determinado momento da partida que deixou o time corintiano "na roda" dentro de casa? O Boca Juniors mereceu a classificação? Sim.
Há mais de 30 anos acompanhando futebol já pude constatar vários erros de arbitragem. Enfim, muitos. E erros envolvendo jogos do Corinthians? Sim, muitos também. Na Copa do Brasil de 2002, por exemplo, contra o modesto Brasiliense. E no Brasileirão de 2005, quando o empresário iraniano Kia Joorabchian comandava o Corinthians que foi o "campeão" de um torneio até hoje questionado pelos escândalos de manipulação de resultados que envolveu principalmente o árbitro paulista Edilson Pereira de Carvalho. Ao melhor time de 2005, o Internacional, resta até hoje o consolo de "campeão moral". Por causa disso, não consigo entender como um corintiano venha reclamar de arbitragem.
O árbitro não erra a favor de ninguém. Ele comete erros e com isso prejudica uma das equipes durante uma partida. Dessa forma, Carlos Amarilla não favoreceu o Boca Juniors no jogo do Pacaembu. Ele apenas e simplesmente prejudicou o Corinthians com seus erros. E o time argentino não tem nada a ver com isso. Por outro lado, tirando os supostos erros de arbitragem e pelo que jogou a equipe de Riquelme , a eliminação do Corinthians foi justa. O "campeão do mundo" caiu nas oitavas-de-final, em pleno Pacaembu lotado. Pelo estresse da maioria dos corintianos, parece que acabou o mundo, que o futebol nunca mais será como antes. E foi algo normal, mais do mesmo no mundo do futebol. Uma eliminação de um time que até há um ano sequer conhecia o sabor da conquista de uma Copa Libertadores, em mais de um centenário de existência. Mas do jeito que seus torcedores se exaltaram com a derrota (mais do que normal), parecia que o Corinthians sempre foi o Senhor da América. E que ele, Corinthians, já tinha seis troféus de Libertadores e o Boca Juniors apenas um, quando é exatamente o oposto. Com a eliminação do Corinthians, tudo voltou a ser como era antes. Há mais de 100 anos.

FRASE

" - Tive sorte, tentei o cruzamento. Tentei o cruzamento e a bola foi no ângulo".
(Juan Riquelme, meia do Boca Juniors-ARG, sobre o gol feito por ele no empate em 1 x 1 contra o Corinthians, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores).

VIDEO: "O MEU MELHOR CRUZAMENTO", DIZ RIQUELME



Copa Libertadores da América de 2013, Oitavas-de-Final, Estádio do Pacaembu. Corinthians 1 x 1 Boca Juniors. Após cobrança de falta na lateral direita, o meia Juan Riquelme tenta fazer o cruzamento forte e a bola entra direto no ângulo do goleiro corintiano Cássio, abrindo o placar para o time argentino. Segundo o próprio Riquelme, "foi o melhor cruzamento" de sua carreira. Com o empate, o Corinthians foi eliminado do torneio, já que no jogo de ida, disputado em La Bombonera, o Boca Juniors havia vencido pelo placar de 1 x 0.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

FRASE

" - Temos que separar um pouco. Se quiserem saber alguma notícia, eu estou aqui para esclarecer, para responder e saber onde eu quero jogar. Em momento algum, vocês ouviram da minha parte eu falar a respeito dos times que meu pai citou. Ele é tipo um torcedor. Não tem que confundir isso".
(Marcelo Moreno, atacante boliviano que deixou o Grêmio e se apresentou como novo reforço contratado do Flamengo, sobre as polêmicas declarações de seu pai que classificou Flamengo e Palmeiras como “equipes fracassadas”).

CORINTHIANS NÃO APROVEITOU E O TETRA ESTÁ VIVO NA VILA


No sábado, quando li a possível escalação do técnico Muricy Ramalho para o 1º jogo da decisão do Campeonato Paulista, me assustei com a presença de Marcos Assunção como meia da equipe, substituindo o argentino Montillo. Na minha opinião, Marcos Assunção só seria titular se o futebol de campo fosse como no futebol de quadra. Ou seja, se ele pudesse entrar em campo somente para bater faltas e depois retornar para o banco de reservas. Veterano, Assunção já não tem mais a mesma condição física para permanecer em campo os 90 minutos num clássico contra um time que possui um conjunto forte e entrosado, e que toca muito bem e rápido a bola como esse time do Corinthians. E já não tem condição técnica para pensar e armar as jogadas ofensivas, por que num time que possui um Neymar na sua frente, a velocidade de raciocínio tem que ser tão rápida quanto a movimentação do atacante. E com Arouca e Cícero preocupados em proteger a defesa, mais um Renê Junior errando passes de 2 metros e um Assunção perdido na marcação e  na criação de jogadas, restaram Neymar e Miralles isolados na frente, sem atuar de fato. E o Corinthians sufocando de todas as formas possíveis, porque sabia que o título deveria ser conquistado no Pacaembu, ao poder levar uma vantagem de gols para a Vila Belmiro. Isso por pouco não aconteceu, seja pelas mãos do goleiro santista Rafael ou pela ansiedade do ataque corintiano. E tem coisa muito estranha acontecendo. Por exemplo: não é "normal" o zagueiro Durval fazer gols no Santos. E não é que em uma semana Durval já fez 2 gols em 2 jogos seguidos? E de cabeça. Aliás, cabeçadas certeiras, precisas, como as de um centroavante na cara do gol. Também não é normal uma sequência de boas partidas do goleiro Rafael. E foram de seus pênaltis defendidos que o time chegou às finais, mais as boas defesas e a coragem nas saídas de bola contra o Corinthians. Quem sabe até não foram os Deuses do Futebol que deslocaram a trave de lugar em alguns outros chutes do Paulinho? Para um time que se mostrava inoperante em campo, quem sabe não foi o gol do tão questionado Durval o do tetracampeonato?
O fato é que o Corinthians desperdiçou a chance de conquistar o título estadual na 1ª partida da final, no Pacaembu. Devolveu a chance inédita de ser tetra paulista para o Santos. Primeiro por que agora a decisão será no alçapão da Vila Belmiro lotada. E segundo por que acredito ser quase impossível o Santos jogar tão mal novamente, aceitar tanto o jogo do adversário como fez ontem nos primeiros 45 minutos. Aliás, ainda fiquei convicto de que realmente a seleção brasileira não agrega nada para Neymar. Foi a primeira vez que eu vi o Neymar do Santos jogar igual ao Neymar da seleção. Ele ficou restrito à atacar em somente um lado do campo (o esquerdo) e não foi nem de longe o atacante rápido e driblador que corre em todas as direções, confundindo a defesa adversária. É isso que o técnico Felipão tem passado de bom para ele?
Em resumo, na Vila Belmiro a pegada será outra e uma vitória pelo placar mínimo leva o título para a decisão por pênaltis.
E fica um alerta importante para o retranqueiro técnico Muricy Ramalho: somente depois da entrada do jovem Felipe Anderson, no lugar do veterano  Marcos Assunção na metade do 2º tempo, é que o time santista melhorou e reagiu na partida, equilibrou as ações e igualou o volume de jogo.O Santos sempre jogou para a frente, Muricy. DNA ofensivo, é o time que mais marcou gols na história do futebol mundial: 11.932 até ontem. Perder ou ganhar faz parte do futebol, mas não se pode deixar de lado a característica essencial e a identidade de um time, como aconteceu no 1º tempo do clássico de ontem.
E um recado também ao Corinthians: a bola pune. Sempre.

domingo, 12 de maio de 2013

FRASE

" - É uma coisa inexorável, né? Não tem jeito. O talento dele é extramuros. Mas ele é muito centrado. Não se deslumbrou. O garoto é nota 10. Não chega uma vez atrasado, não falta a um treino, está sempre sorrindo, conversa com tudo mundo, não tem nada de estrela e, quando chega no campo, joga pra cacete. Será o melhor do mundo, desde que vá para um time de ponta na Europa, que dispute título. Ele precisa desse contato com o jogo lá de fora, com marcação apertada, velocidade... Com três meses lá fora, vai ficar na ponta dos cascos. Só vamos reconhecer que ele é bom no dia em que provar isso no futebol europeu. E vai provar. Ele não corre do pau, não tem medo de cara feia".
(Carlos Alberto Parreira, coordenador-técnico da seleção brasileira, sobre o atacante santista Neymar).

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O QUÊ ACONTECEU COM BOCA JUNIORS E SÃO PAULO?


Me lembro de um tradicional narrador de futebol de uma poderosa emissora de televisão sempre começar suas transmissões com o seguinte bordão: "É inexplicável essa coisa, essa química que o torcedor e o time do São Paulo tem com a Libertadores". Essa frase sempre surgia com as primeiras imagens de jogos do São Paulo pela Copa Libertadores da América. Já que o Corinthians ainda não havia conquistado o cobiçado título sulamericano, a tal emissora de TV elegeu então o São Paulo como seu xodó neste torneio. Era então o time brasileiro com mais títulos (três) e que jamais outro clube brasileiro poderia chegar próximo, tamanho seu prestígio na competição continental (ainda segundo a imprensa esportiva na época). Outro time tido como bicho-papão da Libertadores era o temido Boca Juniors, da Argentina. Dono de 6 Copas Libertadores (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007), o time era a personificação da eliminação dos clubes brasileiros no torneio. Cruzeiro, Atlético-MG, Corinthians, Flamengo, Vasco, Paysandu, São Caetano, Palmeiras, Santos, Grêmio e Fluminense já foram desclassificados pelo time argentino em várias edições da Libertadores, desde a década de 70. Para se ter uma idéia, o técnico Carlos Bianchi é chamado até hoje de "Mister Libertadores" por ter conquistado o troféu 4 vezes, dirigindo o Boca Juniors.
Mas as coisas mudaram. Devido às más campanhas no Campeonato Argentino nos últimos anos, que chegaram a fazer o time beirar a zona de rebaixamento (o arquirival River Plate foi rebaixado em 2011), o Boca Juniors até deixou de disputar a Copa Libertadores em 2010 e 2011. Retornou à elite do futebol sulamericano em 2012 e, mesmo não tendo feito uma campanha convincente, à altura de suas tradições, o clube chegou às finais. E com isso a prova de que nem a temida La Bombonera também já não assusta tanto. Na partida de ida, o Boca não jogou bem e apenas empatou com o Corinthians por 1 x 1, não conseguindo impor seu ritmo forte e a tradicional pressão que sempre foi imposta aos times visitantes. Na final, os argentinos foram derrotados por 2 x 0 pelos corintianos no Pacaembu. Pela primeira vez, nem catimba e nem brigas. E o Boca Juniors perdeu sua identidade e aceitou suas deficiências. Não assusta mais. Nesta edição de 2013 da Copa Libertadores, a mesma coisa. Uma campanha sem brilho na etapa de grupos e uma vitória magra por 1 x 0 novamente diante do Corinthians nas oitavas-de-final. E a desclassificação iminente. No Campeonato Argentino, o Boca ocupa o 18º lugar e não vence uma partida há 11 rodadas.
O São Paulo foi campeão de tudo nos anos 90 com o saudoso técnico Telê Santana. E há quem diga que o interesse do torcedor brasileiro pela Copa Libertadores só cresceu e está como é atualmente por causa desses títulos são-paulinos. O clube participou da Libertadores em praticamente todas as edições da década de 2000, o que lhe conferiu identificação com a competição. Porém, depois de ser novamente campeão da Libertadores e campeão mundial em 2005, não mais conseguiu nenhuma façanha no torneio. Pior. Após o último título brasileiro de 2008, o time não conquistou mais nada, apenas o consolo da Copa Sulamericana de 2012 sobre o fraco e inexpressivo Tigre-ARG, numa final que só teve 45 minutos por problemas de segurança no estádio do Morumbi. Pelo nível do torneio, pode-se dizer que o São Paulo foi campeão da 2ª divisão da Copa Libertadores da América. Sempre tido como o time brasileiro mais "experiente" da Libertadores e visto como clube modelo de administração, o São Paulo só acumulou revezes depois que dispensou o técnico Muricy Ramalho. E tem sido difícil retornar aos eixos. Desde 2011, já contratou e demitiu vários treinadores, o que não acontecia no passado. Também não tem revelado craques e os que se destacam são vendidos ao exterior rapidamente, como foi o caso de Lucas, transferido ao PSG-França no fim do ano passado. Na Libertadores deste ano, que o São Paulo voltou a participar depois de 2 anos fora do torneio, o time do atual técnico Ney Franco foi vergonhosamente eliminado nas oitavas-de-final pelo Atlético-MG, com derrota pelo placar agregado de 6 x 2 (pode ser que quando você estiver lendo esse texto, Ney Franco já seja o mais novo técnico demitido do São Paulo). Três dias antes, também foi eliminado pelo rival Corinthians nas semifinais do Campeonato Paulista. E lembrando que nos 3 Paulistas anteriores, o São Paulo foi eliminado 3 vezes seguidas pelo Santos, também nas semifinais e dentro do Morumbi.
E o quê fazer? Para tentar retomar o passado de glórias, o Boca Juniors recontratou o técnico "mister Libertadores" Carlos Bianchi e renovou contrato com seu atual ídolo Juan Riquelme, depois de uma longa novela. Infelizmente, o São Paulo não pode mais ter de volta o genial técnico Telê Santana, que vive no céu há 7 anos. Mas o fato é que Boca Juniors e São Paulo, há tempos, já não são mais os mesmos.

Nota: Santos e São Paulo são os clubes brasileiros com mais títulos da Copa Libertadores da América. Ambos foram três vezes campeões do torneio sulamericano.

terça-feira, 7 de maio de 2013

ADIANTADA "INTERATIVA 3D" DE ROGÉRIO CENI



Semifinal do Campeonato Paulista de 2013, São Paulo x Corinthians, decisão em cobrança de pênaltis, estádio do Morumbi. Na última cobrança feita pelo atacante corintiano Alexandre Pato, o goleiro Rogério Ceni adiantou-se de forma absurda ao defender a bola. O árbitro mandou voltar a cobrança, que daí sim foi convertida por Pato. Mesmo ciente que adiantou-se exageradamente, o goleiro são-paulino ainda fez questão de reclamar com a arbitragem. Segundo Leonardo Gaciba, comentarista de TV e ex-árbitro, "o Rogério quase dividiu a bola com o Pato". E não se preocupe, caro internauta. A imagem do seu monitor não está em formato 3D.

SANTOS E CORINTHIANS, 15 FINAIS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS


Mais uma vez, Santos x Corinthians decidem um campeonato. Somente nos últimos 5 anos, isso já aconteceu 15 vezes. O Corinthians decidiu seis campeonatos, conquistou 5 títulos e teve um vice. O Santos esteve em oito finais, das quais conquistou 6 títulos e ficou com dois vices. O Corinthians faturou o Paulista e a Copa do Brasil em 2009, o Brasileiro em 2011, e a Libertadores e o Mundial em 2012. O Santos conquistou o Paulista e a Copa do Brasil em 2010, o Paulista e a Libertadores em 2011, e o Paulista e a Recopa Sulamericana em 2012. Juntos, os dois times ganharam 4 troféus estaduais, 3 nacionais e 4 internacionais, de 2009 para cá. Mais dois vices-estaduais e um vice-mundial.
Santos e Corinthians foram os protagonistas do futebol brasileiro nos últimos anos. Estão na lista dos cinco clubes com maiores receitas do Brasil, que incluem direitos de televisão, marketing, arrecadação com bilheteria e programas de sócios-torcedores. Possuem nos elencos pelo menos 7 jogadores que geralmente são convocados para suas respectivas seleções nacionais: Ralf, Paulinho, Pato e Guerrero (Corinthians), mais Arouca, Neymar e Montillo (Santos).
Para o Santos, um ingrediente extra para a decisão: a possibilidade de conquistar, pela primeira vez na história, o tetracampeonato paulista, já que o time do técnico Muricy Ramalho foi ganhador do torneio em 2010, 2011 e 2012. O quarto título paulista consecutivo seria um feito inédito que nem o genial time de Pelé conseguiu, nos dourados anos 60. Outro dado interessante: Este é o 5º Campeonato Paulista que Neymar disputa como profissional. E a 5ª final seguida. Foi campeão nas últimas 3 edições e vice-campeão justamente na primeira disputa, exatamente diante do próprio Corinthians.
Agora, pela 15ª vez que decidem uma competição desde 2009, é a hora da verdade, a chamada "Melhor de Três". Em 2009, o Corinthians de Ronaldo superou o Santos da então "promessa" Neymar. Dois anos mais tarde, em 2011, foi a vez de Neymar, Ganso e cia. serem bicampeões sobre o Corinthians de Danilo, Liedson e Chicão. Agora, O Corinthians de Sheik e Pato contra o Santos de Neymar e Montillo. Mais um clássico de, no mínimo, respeito.
O Santos não tem jogado como de costume, com seu futebol irreverente, bonito, ofensivo. Porém, o Corinthians também não é o mesmo do final do ano passado. Mas, como já é rotina, estão aí novamente. Para decidir.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

PALPITES DO PAULISTÃO, LIBERTADORES E LIGA DOS CAMPEÕES - II

O futebol é imponderável. Uma caixinha de surpresas. Mas para palpitar é só seguir uma regra básica. Se um time jogar tudo o que pode e se o adversário também jogar tudo o que pode, qual dos dois tem mais chances de sair vencedor? É isso. O resto pertence aos Deuses do Futebol e suas surpresas. Os palpites são referentes aos times que avançam de fase.

Liga dos Campeões da Europa

Bayern de Munique x Borussia Dortmund = Bayern de Munique.

Campeonato Paulista

Mogi Mirim x Santos = Santos.
São Paulo x Corinthians = Corinthians.

Copa Libertadores da América

Grêmio x Santa Fé-COL = Santa Fé-COL.
Fluminense x Emelec-EQU = Emelec-EQU.
Palmeiras x Tijuana-MEX = Palmeiras.
Corinthians x Boca Juniors-ARG = Corinthians.
São Paulo x Atlético-MG = São Paulo.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

FRASE

" - A Copa das Confederações vai ser um passo importantíssimo da definição do estilo de jogar, da imposição de um estilo para que o torcedor e vocês da imprensa, de um modo geral, possam ter confiança de que a Seleção vai fazer um bom papel na Copa do Mundo. E nós também pensamos assim. É inimaginável para nós, impensável que o Brasil não ganhe a Copa em casa. Como, de que maneira, nós não sabemos, vamos descobrir até lá."
(Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da seleção brasileira, sobre o futuro do time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari)

FELIPÃO MANTÉM NA SELEÇÃO O QUE FEZ NO PALMEIRAS


Há exatamente cinco meses escrevi sobre a chegada inesperada do técnico Luiz Felipe Scolari à seleção brasileira ( http://almanakfc.blogspot.com/2012/11/com-felipao-um-regresso-de-15-anos.html?spref=tw ). E aquele texto não poderia ser mais atual. Depois de 5 partidas comandando a seleção, Felipão tem o retrospecto desfavorável de uma derrota, três empates e apenas uma única vitória num amistoso beneficente disputado contra a Bolívia, um adversário fraco e que nem teve a vantagem da altitude, pois a partida aconteceu em Santa Cruz de La Sierra. Contra equipes mais fortes, o time brasileiro tropeçou: Inglaterra, Itália, Rússia e por último o modesto Chile com apenas 4 titulares, num empate de 2 x 2 dentro do estádio do Mineirão. A seleção de Felipão saiu do gramado fortemente vaiada. Foi como eu disse há cinco meses: nem a seleção e nem Felipão são mais os mesmos de 2002. O elenco mudou, o futebol mudou e o Felipão está estagnado ainda sob as velhas saudações da chamada "Família Scolari", que dizem ter sido a principal motivação pela conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo da Ásia.
A grande verdade é que na seleção brasileira o Felipão continua fazendo exatamente o mesmo que fazia há pouco tempo quando ainda estava no Palmeiras: tropeçando. Felipão conseguiu rebaixar o Palmeiras pela 2ª vez nos últimos 10 anos. E estava no clube fazendo um trabalho de longo prazo, desde julho de 2010. Com ele, o time paulista teve uma série de fracassos e ganhou uma Copa do Brasil por não ter concorrentes. O único adversário forte que seu time enfrentou no torneio foi o Grêmio, nas semifinais. E só. Nem o mais otimista dos palmeirenses acreditava naquele título, que veio sabe-se lá de que maneira, talvez por desígnio dos Deuses do Futebol.
A prova de que o time era ruim e mal treinado veio com muitas derrotas que o  afundaram no Brasileirão e, com o desligamento tardio de Felipão, a diretoria do clube passou a batata quente para o técnico Gilson Kleina, que estava bem na Ponte Preta e que foi colocado às pressas na panela de pressão do efervescente Palmeiras. O time até que melhorou com Kleina na reta final, porém não havia mais tempo de recuparação e o "campeão da Copa do Brasil" foi rebaixado no Brasileiro com duas rodadas de antecedência.
O elenco montado por Felipão com João Vitor, Daniel Carvalho, Betinho, Obina, Pegorari, Carlos, Fabinho Capixaba, Luís Felipe, Gerley, Leandro Amaro, Wellington, Tinga, Patrik, Fernandão, Daniel Lovinho, Tadeu, João Denoni, entre outros, era sim fraco. Mas era tão inferior assim à Portuguesa, Bahia, Ponte Preta, Náutico e Coritiba? Esses foram os times que ficaram logo acima do Palmeiras na zona de rebaixamento do Brasileirão. E que não foram rebaixados. Será que o Palmeiras não tinha um nível pelo menos igual ao da Portuguesa? Do Bahia? Ou será que a culpa foi da comissão técnica chefiada por Felipão? Será que foram os "conceitos" de Felipão e de seu fiel escudeiro Murtosa que tornaram o Palmeiras tão inferior assim?
O palmeirense costuma sempre "blindar" o Felipão. Credita à diretoria e não ao ex-técnico a culpa pelo 2º descenso, que aconteceu dentro de um longo campeonato nivelado por baixo e cujo time foi montado com ajuda dele.
Não há diferença entre esse Felipão e o que rebaixou o Palmeiras. É um treinador retrógrado, retranqueiro, que não compreende o futebol como ele deve ser jogado hoje. Se pudesse, acionaria o "Medida Certa", da TV Globo,  para que fosse possível convocar Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo e Marcos como goleiro. Mas olha o Rivaldo aí, Felipão. Esse ainda insiste em jogar e tá "fininho". Quem sabe ainda dá pra formar dupla com Ronaldinho Gaúcho em 2014?
A época do técnico Luiz Felipe Scolari já passou faz muito tempo.