sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O "GÊNIO DA GRANDE ÁREA", 50 ANOS

"Eu sempre soube fazer gols e isso é o que todo mundo quer (...) Quando eu nasci, papai do céu apontou o dedo e disse: esse é o cara."
(Romário, 50 anos)


Era setembro de 1993.
Pela primeira vez na história, a seleção brasileira corria sério risco de ficar fora de uma Copa do Mundo. Um time cambaleante e sem confiança, cujo técnico, Carlos Alberto Parreira, era xingado de "burro" os sete dias da semana.
Dois meses antes, a seleção havia sofrido sua primeira derrota em Eliminatórias desde que o futebol existe. Um 2 x 0 para a Bolívia, na temida altitude de 3.600 metros acima do nível do mar, que se tornou, claro, a justificativa que normalmente os times brasileiros costumam usar quando jogam em La Paz e redondezas (porém, a verdadeira razão da vitória boliviana naquele jogo atendia por dois nomes: Marco Etcheverry e Erwin Sanchez. O resto foi conversa de perdedor).
Depois disso, veio então o momento em que o Brasil tinha de vencer o Uruguai para garantir seu passaporte para a Copa dos Estados Unidos no ano seguinte. A torcida brasileira precisava de um "salvador da pátria".

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O QUE SERÁ O AMANHÃ DAS REVELAÇÕES DA COPA SP?


O Corinthians é o maior recordista de títulos da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o mais tradicional torneio de clubes da categoria e que anualmente abre o calendário do futebol brasileiro há 47 anos. O time do Parque São Jorge levantou o troféu 9 vezes e ainda possui mais 8 vice-campeonatos na bagagem.
Em 2016, o time alvinegro defendeu o tri-campeonato diante do Flamengo, depois de uma campanha avassaladora e 100% de aproveitamento até a final disputada no bom e velho Pacaembu. O time carioca, por sua vez, não brilhou nem empolgou como seu adversário, alternou boas e más partidas e mostrou um nível técnico mediano. Foi campeão. E do jeito que os corintianos mais dizem gostar: com vitória sofrida, nos pênaltis, após empatar em 2 x 2 no tempo regulamentar.
Aí vem as justificativas:
" - tudo bem, o que vale é revelar jogadores para o time profissional".
Neste caso, mais uma derrota do Corinthians.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

E POR FALAR EM SAUDADE... – CERRO PORTEÑO x SÃO PAULO

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


Ai que saudade que eu estava de ver o meu amado Tricolor em campo! Melhor ainda foi que começamos o ano com o pé direito e com aquele gostinho apaixonante de Libertadores.
O São Paulo foi até a quente e chuvosa Assunción, no Paraguai, para enfrentar o Cerro Porteño. O jogo se deu para estrear a nova camisa do time paraguaio, bem como foi uma condicionante em relação à liberação de Lugano. O que parecia um entrave, no final das contas foi ótimo ao São Paulo, pois o time foi para um teste de verdade, que de amistoso passou longe. Gosto assim!

sábado, 16 de janeiro de 2016

SIMPLESMENTE, Mr. LIRA


Wendell Lira tem 27 anos, é natural de Goiânia e atualmente joga como atacante no Vila Nova, que neste ano vai disputar a Série B do Campeonato Brasileiro.
Um jogador comum, como 90% dos que ganham a vida dentro das quatro linhas. Não é um gênio com a bola nos pés, não é dotado de um poder superior que o faça jogar como um Lionel Messi, por exemplo. Mas Lira chegou ao Olimpo do futebol. Seu gol na vitória do Goianésia por 2 x 1 sobre o Atlético-GO, pelo Campeonato Goiano de 2015, foi eleito pela FIFA o mais bonito do ano em todo o planeta.
E por isso mesmo sua conquista é tão fascinante. Porque Wendell Lira é o "David" tupiniquim derrotando os badalados "Golias" do idolatrado futebol europeu.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A PERFEIÇÃO NÃO EXISTE? A HISTÓRIA DE GIGANTES

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Em minhas incursões ao mundo da leitura, encontrei uma crônica do irresistível Nelson Rodrigues, datada de 25 de março de 1958 e escrita após um Santos 5 x 3 América pelo Torneio Rio-São Paulo, a qual, sem dúvida, me inspirou a conceber esse novo texto.
Messi foi legitimado de volta ao topo do mundo na eleição da Bola de Ouro, como todos acompanharam exaustivamente no início dessa semana. Generalizando em relação ao futebol: Tem politicagem? Sim. Tem um monte de coisas erradas? Sim. Mas, tem que ser muito blasé para se prender somente a isso e não encher os olhos por esse esporte que nos faz morrer de amores.


Voltando ao prêmio, o fato é que o reconhecimento é justo. Messi não brigou apenas contra marcadores ou contra Cristiano Ronaldo e Neymar, mas tem sido eficiente para enfrentar a mudança na produtividade coletiva do Barcelona que vem acontecendo nos últimos tempos e acima de tudo foi valente diante das lesões que o afastaram dos campos em 2015.
O argentino, sob a gestão de Luis Enrique, se mostra cada vez mais de volta à sua posição de origem, ou seja, joga como gosta, em velocidade pelo meio, ao lado de Neymar e nas costas de Luisito. Por isso, o trio MSN tem nos rendido lances tão brilhantes e levou o Barça a números incontestáveis no ano passado.

domingo, 10 de janeiro de 2016

DIEGO LUGANO, O "CARA DA TORCIDA"


" - Entendo que não posso dar as costas à minha história e ao carinho que tenho pelo São Paulo. Tive que tomar essa decisão. A decisão foi muito difícil, mas tenho 35 anos e tive que tomá-la."
(Diego Lugano, ex-jogador do Cerro Porteño-PAR, anunciando em entrevista coletiva que vai voltar a jogar pelo São Paulo).

Quando entrou no gramado do Morumbi, na noite de 11 de dezembro de 2015, o uruguaio Diego Lugano entendeu porquê teria de voltar a vestir a camisa do São Paulo. Pelo apelo inflamado dos mais de 60 mil são-paulinos nas arquibancadas e, principalmente, por ele próprio e por sua carreira. Sua história, como ele próprio citou.
Lugano não é mais o "reforço do presidente" de 12 anos atrás. O jogador que era reserva no time do Nacional-URU e que chegou ao Morumbi sob suspeita. Lugano é hoje bem mais do que isso. É o "cara da torcida". Porque o são-paulino vê no uruguaio o símbolo da raça, da volta do respeito e do prestígio.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A ETERNA PRIVAÇÃO DO ZAGUEIRO ABSOLUTO

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem? Quanto tempo! Feliz Ano Novo para vocês!


Eu não poderia voltar à cena com outra pauta que não fosse Diego Lugano e não só pelo fato das exaustivas especulações dos últimos dias, mas em especial pelo duro embate técnico que o retorno do zagueiro ao São Paulo tem proporcionado à minha razão e emoção.
Muito se fala que um zagueiro absoluto é aquele da velha guarda, que tenha presença de meter medo e que saia de campo sangrando ao final da partida. Inclusive, dizem que zagueiro de verdade tem que ser feio (discordo totalmente...rsrs), desarrumado e se torna um expert, quando se livra da pelota chutando para o lado em que estiver virado.
Por falar nisso, para a maioria dos zagueiros, ter a bola nos pés pode ser um caos. O tal do zagueiro é aquele cara que vai sofrer a eterna privação de ser a estrela do time, mesmo que seja a única, mas não será afetivamente reconhecido como merece. Afinal, é ele que é exaltado pela bicuda para o mato e é ele também que a torcida execra por um recuo mal feito ou um pênalti cometido.