domingo, 29 de junho de 2014

SELEÇÃO BRASILEIRA vs A OBRIGAÇÃO DE VENCER


O técnico Luiz Felipe Scolari disse em entrevista depois do penoso jogo contra o Chile que "os brasileiros estão muito bonzinhos, muito cordiais com os estrangeiros" e que "é preciso mudar isso".
Sim, concordo. O brasileiro, de um modo geral, é sempre cordial demais com os estrangeiros e não recebe o mesmo tratamento quando é o visitante. Em jogos da Libertadores, por exemplo, oferece tratamento quase vip em casa e recebe pedrada e cusparada lá fora.
Mas o que realmente o Felipão precisa fazer, e logo, é mudar a mentalidade de sua equipe. Ou de sua "família Scolari", como queira. É preciso urgentemente aplicar um choque psicológico em cada jogador, tirar das costas de cada um a obrigação de ganhar a Copa dentro de casa.
Se essa mudança não acontecer, cada jogo da seleção brasileira será angustiante, sofrido, mais estressante do que o normal. Exatamente como foi contra o Chile, mais franco-atirador do que um time forte. Cada vitória será baseada no erro do adversário e não por méritos do Brasil.
O time do Felipão, desde o primeiro jogo contra a Croácia, joga nervoso, tenso, porque não pode perder de jeito nenhum a Copa dentro do Brasil pela segunda vez. O time não joga para conquistar a Copa do Mundo. Joga com o objetivo primordial de não perdê-la.
Imagina o que se passa na cabeça de Neymar, um jogador de apenas 22 anos e que carrega a cada partida a responsabilidade depositada sobre ele por 200 milhões de brasileiros? Além do fardo mais pesado do mundo que é o depositado pela mídia a cada confronto?
Neymar será o herói da conquista ou o vilão do fracasso. E o menino não joga na seleção de 1982, onde os chamados "coadjuvantes" do time de Zico eram bem mais qualificados e decisivos do que os atuais coadjuvantes. Ele não recebe a bola de um Falcão ou de um Junior.
E aquela seleção de 82, mesmo sem conquistar a Copa, entrou para a história porque jogava para ganhar. Arriscava tudo. Abusava do talento. Jogava para frente. Com sede de vencer. Diferentemente da seleção de Neymar, que joga para não perder.
Enquanto a seleção brasileira de 2014 jogar com a obrigação de vencer a Copa, não será simplesmente a favorita.
Até porque o brasileiro não apóia. Se o time não está bem, a torcida brasileira joga contra. Faz festa quando a seleção vence. E destrói cada jogador quando perde. O eterno complexo de vira-lata de um Estado que não consegue ser uma nação de verdade, que parece só estar junto nas vitórias. A "pátria de chuteiras" fica descalça nas derrotas.
A partida diante do Chile mostrou que a seleção quase sucumbiu à pressão. A decisão por pênaltis foi uma tortura para cada jogador, principalmente para o goleiro Julio Cesar, tão contestado por ser o símbolo da eliminação da Copa de 2010. Seu choro antes das penalidades deixou claro a enorme pressão que existe por todos os lados. Da torcida à imprensa.
A caminhada de cada jogador, do meio de campo para a área antes de cada cobrança, é como um boi indo para o corte, para o abate. O jogador sabe que sua carreira será marcada no instante em que ele chutar a bola, para o bem ou para o mal. Passa um filme pela cabeça de cada um. Assim como passou o filme de 2010 pela cabeça de Julio Cesar, com requintes de crueldade. "E se eu falhar de novo?", deve ter pensado o goleiro no momento em que estava aos prantos.
Não existe nesse Mundial uma seleção tão melhor ou mais competitiva que a brasileira.
Se Felipão conseguir mudar o aspecto emocional, o craque de seu time vai voltar a jogar do mesmo jeito que jogava na base do Santos. E o hexa virá naturalmente. Por que o talento sempre prevalece.
Para ser campeão dessa Copa, não basta apenas ser mais "agressivo" contra os estrangeiros, como sugere o treinador.
É preciso estar preparado para ser campeão. Principalmente no Brasil.

FRASE, por Diego Lugano

" - Faltou Luisito Suárez, que é um grande jogador. Sobrou vontade, sobrou fome de glória, mas, contra esse tipo de adversário, só isso não basta."
(Diego Lugano, zagueiro da seleção uruguaia, sobre a derrota por 2 x 0 para a Colômbia que selou a eliminação de sua seleção nas oitavas-de-final da Copa do Mundo).

HERÓI OU VILÃO, FALTOU LUISITO SUÁREZ


Duas tradicionais seleções campeãs mundiais disputam um jogo tenso, nervoso, que vale vaga nas oitavas-de-final da Copa do Mundo. Confusão na área. Jogadores uruguaios e italianos se debatem na tentativa de encontrar espaço para fazer ou evitar o gol. De repente, um grito. De dor. O zagueiro italiano Giorgio Chiellini fica caído no chão, vítima de uma mordida no ombro.
O árbitro não vê o lance e sequer mostra cartão amarelo. O jogo prossegue.
A seleção do Uruguai vence a partida por 1 x 0. Mas a Copa do Mundo acaba para um jogador da Celeste: Luisito Suárez, o autor da mordida em Chiellini. Provavelmente o melhor jogador da mais recente safra de talentos do Uruguai. O atacante aguerrido, habilidoso, com faro de gol, que superou uma séria lesão no joelho e conseguiu estar na Copa. O craque.
Não foi a primeira mordida, nem a segunda. Foi a terceira vez. E isso deixa claro que o problema de Suárez é emocional. E não disciplinar. Se ele cometeu três vezes uma atitude impensada como essa, deve ser julgado pelo que é, não pelo que fez.
Sendo assim, qual o sentido em punir o futebol? Em deixar a Copa com menos brilho?
Dessa vez, a FIFA resolveu suspendê-lo por 9 jogos e 4 meses sem jogar. Mais: O uruguaio sequer pôde estar junto de seus companheiros de seleção para a partida que seria derradeira, contra a Colômbia. Nem no hotel nem no Maracanã.
A pergunta que fica: com essa medida, todos agora estão certos de que Luisito jamais “morderá” outro adversário? Outra pessoa? Tal atitude não faz parte de sua personalidade, mas sim de sua essência. É uma questão psicológica. Não tem a ver com sua profissão, com o futebol.
Então por que não se interna o jogador para tratamento psiquiátrico?
Ele não pode jogar futebol por 4 meses, mas pode continuar sua vida normalmente junto das pessoas? E se morder alguém na fila do cinema?
E por que não pôde estar junto com o elenco da seleção uruguaia? Acredito fielmente que ele não “morderia” um compatriota, por exemplo.
Certo ou errado, Suárez é um personagem do futebol, da Copa. Um baita jogador. A inspiração que o Uruguai teve na partida contra a Inglaterra e que, com sua ausência, não teve no primeiro jogo contra a Costa Rica e na despedida do torneio diante da Colômbia.
O herói de sua seleção na Copa de 2010 quando evitou um gol de Gana com as mãos no último minuto de partida, se tornou o vilão da eliminação na Copa de 2014?
Se Luisito estivesse em campo, o Uruguai seria mesmo eliminado?
Para todos os uruguaios, jogadores e torcedores, Suárez não é vilão. É um herói. Um herói morto na Copa, mas um herói. E todos os uruguaios "morreram" na Copa junto com ele. Centenas de torcedores usando sua máscara no Maracanã comprova que, por tudo o que já fez, Suárez continua idolatrado pelo povo de seu país. Uma sensação de que todos os uruguaios morderam Chiellini, não apenas o craque da seleção. E todos vão juntos para casa. Não importa o que digam.

O próprio zagueiro italiano Chiellini, que ficou com a marca dos dentes de Luisito no ombro, considerou exagerada a punição dada pela FIFA.
É claro que a patrulha do Politicamente Correto está sempre a postos. E condena a atitude de Suárez. O uruguaio é “doente, desumano, nojento, louco, violento”. E “mereceu” o banimento da Copa.
Mas quem de fato foi punido?
Castigou-se o Uruguai, que ficou sem sua inspiração e talvez por causa disso foi eliminado pela Colômbia.
Castigou-se o futebol bem jogado e a Copa do Mundo, que ficou sem um de seus personagens.
E Luis Suárez continuará o mesmo.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

COISAS QUE (TALVEZ) VOCÊ NÃO SABE SOBRE AS COPAS DO MUNDO

FRASE

"Não temos dúvida de que isso aconteceu porque Suárez está envolvido e porque a Itália foi eliminada. Existe muita pressão da Inglaterra e da Itália. Existe a possibilidade de ele ser banido porque existem precedentes, mas estamos convencidos de que foi uma jogada absolutamente casual (...) Não há dúvida de que Suárez é uma pedra no sapato para muitos."
(Alejandro Balbi, advogado de Luis Suárez, que alega que as imagens da mordida do atacante uruguaio no ombro do italiano Chiellini, no jogo contra a Itália, foram alteradas digitalmente com o propósito de prejudicar seu cliente no andamento da Copa do Mundo).

DE CHUTEIRAS, UMA PÁTRIA DE VERDADE.

O brasileiro desde sempre está reclamando de alguma coisa. Ou de quase tudo.
Para o brasileiro, tudo lá fora é melhor ou mais bonito.
Fala mal do trânsito, da polícia, da televisão. Dos partidos, dos políticos, da falta de ensino decente.
Da falta de açúcar no café, do prato que está frio, do sal na comida, das estradas, dos hospitais.
Do preconceito, dos impostos, do desemprego.
Da preço da gasolina, das promessas não cumpridas, das epidemias.
Do descaso do governo e da aposentadoria.
De tudo o que se tornou normal.
Mas durante a Copa o país é outro.
Nunca se vê tanta gente nas ruas vestida de verde e amarelo cantando, dançando e berrando o nome do Brasil pelos quatro cantos do país.
E assim se compreende a importância do futebol na vida das pessoas, em um país que tanto se liberta em 90 minutos.
Durante o hino nacional, a lágrima de cada brasileiro é verdadeira, e todos cantam alto e juntos para se comemorar tantas "voltas por cima", tantas batalhas vencidas, tantas idas e vindas pela corda bamba, tanta vontade de ficar ao invés de "dizer adeus".
No futebol todos estão juntos. Todos são um só. É onde as tribos se reúnem através de um denominador comum de vibrar, de extravasar, de sentirem-se parte de uma coisa só. O médico abraça o pedreiro, o advogado pula com o gari, todos celebram a bandeira, mesmo tendo apenas um motivo para amá-la: o futebol.
Na festa da Copa, a união de todos os brasileiros. Sejam brancos ou negros. Pardos ou amarelos. Pobres ou ricos.
Em dias de jogos da seleção, o buzinaço no caos do trânsito congestionado é como um cântico de arquibancada. E todos sorridentes ao volante. Churrasco em plena segunda a tarde? Empresas, comércio e escolas fechando mais cedo em plena terça-feira? Sim. E só para ver a seleção brasileira jogar.
O futebol faz o brasileiro se sentir mais orgulhoso, mais respeitado.
É produto de exportação. Genuinamente nacional.
E o brasileiro é exigente, bem diferente com tudo aquilo que é gratuito e feio em seu cotidiano. Se a seleção empata ou ganha de pouco, o time está mal. Se vence por goleada, é porque o adversário é fraco. Perder? Entra em crise na certa.
O encanto do futebol é tão fascinante que parte dos brasileiros reclama até do craque da seleção, um dos melhores do mundo. Idolatrado por torcedores de outros países. E questionado por brasileiros.
Como se vê, o brasileiro reclama até do futebol.
Mas se não for assim, ambos se tornam comuns e perdem toda a graça.
O brasileiro e o futebol.

domingo, 22 de junho de 2014

COSTA RICA E LUISITO SUÁREZ. COPA É ISSO.

Podemos dizer que a Costa Rica é o xodó dessa Copa?
Talvez. De qualquer forma, não pode ser classificada simplesmente como zebra. O time de Campbell elevou o pequeno país da América Central ao centro das atenções do mundo. A comemoração de seus torcedores e jogadores é o que dá sentido ao futebol. O imponderável.
E não é para menos. O tal do time de Campbell e companhia venceu com méritos nada menos que Uruguai e Itália. Passou por cima de seis títulos mundiais. Jogando bem, com marcação forte e contra-ataque letal. Se vai conseguir algo a mais na Copa? O que isso importa? Só isso já é mais do que suficiente. No chamado "grupo da morte", o enriquecido futebol da Costa Rica sobreviveu com sobras diante de três campeões mundiais.
Os costa-riquenhos, a partir dessa Copa, fazem parte um pouco mais do mundo.
E quem será o personagem?
Espera-se bastante de Cristiano Ronaldo, de Messi, de Neymar, de Balotelli, de Benzema, de Van Persie. E esperava-se também dos que não vieram, como é o caso de Zlatan Ibrahimovic e Ribéry.
Mas a Copa no Brasil já possui um personagem singular.
Luisito Suárez. Uruguaio, 27 anos.
É dele a imagem de superação que se vê dentro e fora de campo.
Por que não dizer que é a confirmação do que se viu na última Copa, disputada na África em 2010? Ele foi o responsável direto pela classificação de sua seleção para a semifinal contra a Holanda, quando literalmente “defendeu” uma bola, em cima da linha, nos acréscimos da partida contra Gana. Trocou sua expulsão por um pênalti. E passou de vilão a herói, quando o ganês Asamoah Gyan bateu e chutou na trave. A partida foi então para os pênaltis e a Celeste finalmente chegou a uma semifinal de Copa do Mundo depois de 40 anos. Seria demais afirmar que foi graças a Luisito?

Na Copa de 2014, Suárez era uma interrogação. Em tratamento com uma lesão séria no joelho, viu do banco de reservas o Uruguai ser derrotado (sem piedade) pela Costa Rica. A imagem no fim da partida era de um Suárez cabisbaixo, com as mãos na cabeça, inconformado com o placar adverso logo na estréia. Não tinha outro jeito senão ir para o sacrifício e encarar a Inglaterra. Com garra e bastante disposição, Suárez mostrou faro de gol incomum e fez os 2 gols de sua seleção na vitória por 2 x 1, despachando os ingleses do torneio ao melhor estilo “bye bye Brasil”. Decisivo e aos prantos, Luisito deixou o campo ovacionado quando foi substituído para ser poupado.
Copa do Mundo também é isso. Drama. Raça. Superação. Surpresas.
E, principalmente, pessoas.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

ESTÁ TENDO COPA. COMO TEM QUE SER UMA COPA.


Sim, está tendo Copa no Brasil. E ao melhor estilo, como tem que ser.
Festa nas arquibancadas. União dos povos, das pessoas, algo que somente o futebol é capaz de proporcionar.
O dono da casa ansioso, que tornou difícil uma estréia fácil, com direito a gol contra, de bico, pênalti duvidoso, vaias para a presidente, olodum, 3 x 1.
O futebol "tic-tac" da temida Espanha sucumbiu feio à tradição da escola holandesa, que sempre se reinventa, embora jogue como nunca e perca como sempre. Mas o 5 x 1 sobre a atual e badalada campeã teve sabor especial de revanche.
Valdívia fez gol diante de uma empolgante torcida chilena nas arquibancadas.
Luiz Suárez assistiu, do banco de reservas, o seu Uruguai ser massacrado pelo "enriquecido" futebol da Costa Rica.
"Jogando na selva", como disse o goleiro inglês, foi difícil segurar a Itália de Balotelli.
E Didier Drogba? Não foi brilhante, porém decisivo. Sua presença em campo nos últimos 20 minutos foi suficiente para a Costa do Marfim virar um jogo duro contra o Japão.
E essa é, finalmente, a Copa do chip na bola. Que pela primeira vez na história mostrou ao vivo, no telão, que a bola ultrapassou a linha e entrou de fato.  O gol contra histórico do goleiro hondurenho, dividido com o francês Karin Benzema.
A torcida argentina invadiu o Rio, lotou praias, bares e o Maracanã, cantou o jogo inteiro como autênticos barrabravas e viu La Pulga fazer um gol ao seu melhor estilo: com a bola grudada nos pés. Poderia ter sido pior. Para a Bósnia.
No calor baiano de uma segunda-feira a tarde, na Fonte Nova das goleadas, um jogo difícil que se tornou fácil. Quase um treino de luxo: Amigos de Thomas Müller 4 x 0 Amigos de Cristiano Ronaldo.
E teve jogo ruim também, afinal de contas, faz parte de uma típica Copa do Mundo. Irã x Nigéria apresentaram um futebol digno do placar de 0 x 0. O atacante iraniano Reza foi a dica sugestiva do que foi a partida.
No 2º jogo do anfitrião, um clima nervoso, de uma incerteza inesperada. A obrigação de vencer que se sobrepõe ao favoritismo. Contra o azarão México, que nunca chega a lugar nenhum, o Brasil poderia jogar dois dias seguidos que não faria gol. No entanto, com 10 minutos a mais de jogo, tomaria um gol dos mexicanos. Fred está mais para pescador do que para centroavante. Do tipo falastrão que diz após nova pescaria frustrada: “hoje não pesquei nada, mas da próxima vez será diferente.
No jogo dos primos ricos x primos pobres, mais uma humilhação da Espanha. Nova derrota para o Chile e a eliminação precoce, com direito a jogo amistoso na última rodada contra a também eliminada Austrália. Para alegria do português José Mourinho. E para fazer essa geração "tic-tac" descer do enorme salto alto.
Na primeira semana de Copa, foram 55 gols, média de 3.05 por jogo, a maior de todas as edições. Média de público elevada: quase 50 mil espectadores por partida.
Isso é futebol. Isso é Copa do Mundo. Está tendo.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

NIKE APRESENTA "O ÚLTIMO JOGO"



Um vilão resolve querer "matar" o esporte mais popular da Terra. Um elenco de supercraques formado por Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, Ibrahimovic, David Luiz, Iniesta e Neymar decide então travar uma batalha épica para salvar o futebol de seu fim.
Esse é o mais novo video promocional da Nike, uma animação de 5 minutos, bem no clima "estelar" da Copa do Mundo, em mais um episódio da série #ArrisqueTudo.
Tudo começa quando a mente maligna do personagem Cientista decide criar clones programados para retirar toda a ousadia do futebol. A meta é substituir brilhantismo por eficiência.
Os 90 segundos finais de ‘Último Jogo’ não deixam dúvidas de que o futebol genial deve ser o único tipo de futebol: brilhante, criativo e ousado. É disso que trata a campanha #arrisquetudo”, explica Davide Grasso, diretor de marketing da Nike.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

MINHA SELEÇÃO BRASILEIRA DE TODOS OS TEMPOS


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Gylmar, Carlos Alberto Torres, Bellini e Mauro;
Junior, Clodoaldo, Falcão e Zico;
Pelé, Romário e Garrincha.
Técnico: Telê Santana


terça-feira, 10 de junho de 2014

FRASE, por Joseph Blatter

" - Não podemos contentar a todos. Isso não existe. Os brasileiros estão um pouco insatisfeitos. Muita coisa foi prometida a eles (...) O Brasil é a sexta maior economia do mundo e, quando Lula estava no poder, ele disse que queria uma melhoria no país. Mas, para isso, precisa-se da vontade do povo para trabalhar."
(Joseph Blatter, 78 anos, presidente da FIFA, sobre as manifestações populares no Brasil contra a realização da Copa do Mundo).

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O CAMINHO DO PENTA FOI MAIS FÁCIL

O Maracanã e a Copa do Mundo, 64 anos depois

A seleção brasileira depende bastante de Neymar. Fato. O menino que é o craque maior de sua seleção, mas ainda questionado por um monte de gente metida a "expert" no mundo do futebol, embora uma boa parte nunca tenha chutado uma bola na vida.
Se o caminho do hexa ou da eliminação depende de suas atuações, para o bem ou para o mal, é bom Neymar entender que lhe será cobrado um alto pedágio até a possível e esperada final dentro de um Maracanã novamente lotado, porém remodelado, que volta a receber a Copa do Mundo 64 anos depois.
E por quê o pedágio será alto? Por que o time de Felipão terá um caminho árduo nesse Mundial. Justo esse, que será disputado em nosso quintal.
Em 2002, ano do pentacampeonato na Ásia, foi mais fácil. O Brasil do mesmo Felipão tinha uma seleção com mais qualidade e jogou contra adversários médios e quase sem tradição.
Marcos, Cafú, Roberto Carlos, Edmílson, Rivaldo, Denílson, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo jogaram contra China, Costa Rica, Bélgica e duas vezes contra a Turquia. Também enfrentaram a Inglaterra, é verdade. E daí? O tal do "english team" nunca empolga em Mundiais. Por exemplo, o goleiro que tomou o gol de cruzamento de Ronaldinho Gaúcho era David Seaman. Nunca tinha ouvido falar dele antes da Copa de 2002. E nunca mais ouvi falar dele depois da Copa.
Na campanha do penta, o Brasil enfrentou somente um único adversário realmente a sua altura. Foi o último duelo, na final contra a Alemanha, que sempre joga alguma coisa parecida com futebol e que normalmente funciona bem. Foi uma final difícil que se tornou fácil. Diferentemente da decisão de 1994 contra a Itália, que era um jogo fácil que se tornou difícil.
O caminho do penta não foi complicado, bem ao contrário do que será o possível caminho do hexa.
Em 2014, além da pressão natural por jogar em casa, a nova "Família Scolari" deverá enfrentar uma sequência difícil até o dia D no Maracanã. Temos enormes chances de jogar contra espanhóis, italianos, alemães e argentinos no decorrer desse caminho. E dizem que o México é o "moleque travesso". Não chega a lugar nenhum, mas sempre atrapalha e dá trabalho. Croácia e Camarões não são fortes, mas também não são bobos.
Então qual a receita para trilhar esse caminho de forma vitoriosa? Conjunto, força e confiança. Mais o talento e a criatividade dele, do craque. Portanto, é certo que os "vira-latas" de plantão estarão no seu encalço, Neymar. A espera por um fracasso, como sempre. Mas se o hexa realmente vier, terá um sabor ainda mais especial no momento em que Thiago Silva levantar, em casa, o troféu de hexacampeão. E você, o de melhor jogador de uma Copa que promete ser tão difícil. Bem mais que a de 2002.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

E SE NEYMAR FOSSE ARGENTINO?


"Por 'complexo de 'vira-lata' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima." (Nelson Rodrigues).

Primeiro amistoso pré-Copa, diante do fraco Panamá. Neymar fez seu 190º gol na carreira. O primeiro do Brasil que abriu a goleada por 4 x 0.
Pela seleção principal já são 31 gols, além de mais quatro pela seleção olímpica. Há quem diga que são mais de 200, porém os gols marcados nas categorias de base do Santos e da seleção não fazem parte das estatísticas oficiais.
Mas futebol não é matemática, nem uma ciência exata.
Neymar é craque. Rápido, habilidoso, goleador. Dribla como se fosse ainda um moleque jogando na praia, atrevido, irreverente. Quando não faz gols, a bola irremediavelmente passa por seus pés, em algum lugar do campo. Atualmente, é o principal jogador da seleção brasileira. Está entre os cinco melhores jogadores do mundo. Atua num dos melhores clubes do mundo.
Neymar domina o jeito de jogar futebol. Usa até mesmo as provocações dos adversários como componente para efervescência de seu jogo. Quando cai não é um problema. O problema para o adversário é quando ele se levanta após uma entrada dura ou maldosa. Até mesmo as suas quedas providenciais fazem parte do jogo. Cavar é diferente de simular. E lá está o árbitro para assinalar ou não. E punir, se houver violência.
Se ele se “joga” no gramado? Se necessário, sim. E o que é melhor? Se livrar de uma falta criminosa de um zagueiro brucutu e estar em pé com a bola dominada no minuto seguinte ou sofrer uma grave contusão que o deixe afastado por meses?
O favoritismo do Brasil na Copa disputada dentro de casa depende bastante do desempenho de Neymar. Com ele inspirado, a seleção tem 70%, 80% de chances de ser campeã. Sem o seu futebol, as chances se reduzem de forma considerável. Talvez 15% ou 20%. Felipão sabe disso.
Sendo assim, é natural que qualquer torcedor de qualquer parte do planeta queira ter Neymar fazendo acontecer pela seleção de seu país. Menos um. O brasileiro.
Apesar dos dribles, ainda é taxado de “acrobático”. Apesar de destruir o Panamá e libertar a seleção e o governo das vaias, ainda é rotulado de “cai-cai”. De "mascarado", "folgado", "exibido". A lista de adjetivos é extensa.
E se Neymar fosse espanhol? Se um Diego Costa é tão querido pelos espanhóis, o que diria de um Neymar? Será que os espanhóis gostariam de tê-lo ao lado de Xavi, Iniesta e Fábregas na seleção? Os portugueses não adorariam ver as suas arrancadas com Cristiano Ronaldo no ataque? E na seleção italiana, ao lado de Balotelli?
Mas e se Neymar fosse argentino?
Certamente seria idolatrado pelos hermanos, reverenciado em cada jogo, ovacionado nas arquibancadas e redes sociais como fazem com Messi e faziam até mesmo com o limitado Palermo.
O fato mesmo é que se Neymar fosse argentino, seria reverenciado também pelos brasileiros.
Porque, no Brasil, o sucesso do brasileiro incomoda.

CAMISAS DAS 32 SELEÇÕES DA COPA

Clique no link abaixo e veja as camisas de todas as seleções participantes da Copa do Mundo do Brasil de 2014. Uniformes número um e dois.
A camisa mais bonita, disparada, é a da seleção da Grécia.


site "Mantos do Futebol" http://migre.me/jEyOb

quarta-feira, 4 de junho de 2014

FRASE, Zico

" - O time do Flamengo parece um bando em campo, desorganizado, com mudanças a toda hora. O Ney Franco parece completamente perdido. Colocar o Samir, o melhor do time nos últimos jogos, para atuar na lateral esquerda? E o que se fez com o Igor Sartori não se faz. Um garoto colocado no intervalo e retirado de campo trinta minutos depois, jogando a responsabilidade nele? (...) Vão dar quinze dias de férias? Estão loucos? os jogadores deveriam se apresentar amanhã para treinar e tirar o time desta situação."
(Zico, ex-jogador e ídolo do Flamengo, sobre a atual situação do time no Campeonato Brasileiro).

terça-feira, 3 de junho de 2014

E O SEU TIME DEPOIS DA COPA?

Acabou a fase pré-Copa do Brasileirão de 2014. Agora uma parada obrigatória antes de recomeçar em julho. Mas o que se viu até aqui?
O São Paulo do técnico Muricy Ramalho não joga futebol. Mas consegue pontuar. Foi assim na campanha para fugir do rebaixamento em 2013 e está sendo assim em 2014. Vocação ofensiva? Nem pensar. Para quê jogar no ataque se é mais prudente se defender? É mais ou menos como faz a seleção da Alemanha, que joga alguma coisa parecida com futebol e que normalmente dá certo. Os últimos 4 pontos obtidos pelo time do Muricy contra Atlético-PR e Atlético-MG foram por futebol ou sorte? O que é mais importante? Jogar futebol ou pontuar?
O Santos é um time limitado e mal treinado. Ponto. Mas apresenta uma nova safra de garotos até certo ponto irreverentes que podem dar resultado na próxima temporada. Neste momento é uma equipe instável que não chega a lugar nenhum. Tampouco vaga para a Copa Libertadores. Somente busca um lugar na sombra para assistir o campeonato com certa tranquilidade, sem maiores sustos no final.
Mano Menezes vê a sombra de Tite em todos os cantos do Parque São Jorge. Não consegue implantar seu inatingível conceito de futebol. Pior: o time não conseguiu vencer em seu recém-inaugurado estádio, mesmo jogando contra Figueirense e Botafogo, respectivamente. O time do Mano não emplaca, não possui identidade e o ambiente é pesado. Do jeito que a banda toca entre os boleiros, o treinador não vai se sustentar no cargo.
Grêmio, Atlético-MG, Atlético-PR, Goiás, Botafogo, Coritiba, Flamengo e Palmeiras seguem o padrão e não vão fazer mais do mesmo que estão fazendo. Porém, o Flamengo pode surpreender. Para pior. E como se vê, a culpa não era do ex-técnico Jayme de Almeida. Uma pergunta: Essa era a tão esperada e inovadora diretoria que iria "atropelar" a antiga gestão da Patricia Amorim? O Flamengo tem jeito e cara de time rebaixado no mesmo nivel de Figueirense e Chapecoense. A sorte dos rubro-negros é que o "patinho feio" do Rio é o Vasco.
Quanto ao Palmeiras, a alegria do torcedor no ano do centenário será a provável reinauguração de seu remodelado estádio, mas por que renomeado? Nem associar o tradicional "Palestra" à nova arena o presidente Paulo Nobre conseguiu?
Sport, Criciúma, Bahia e Vitória devem permanecer como meros figurantes na tabela. Na segunda página e com a emoção peculiar de sempre.
Internacional e Fluminense brigam por vagas na Libertadores, sempre abaixo do virtual bicampeão Cruzeiro. Pelo menos dez equipes devem brigar por uma ou duas das vagas que restarem para o torneio sul-americano.
E o que acontece com o Vasco na 2ª divisão? Será que a Ponte Preta vai subir e o time carioca não? Será, Vasco?