domingo, 30 de agosto de 2015

ONDE FORAM PARAR AS ZEBRAS? – HISTÓRIAS DA COPA DO BRASIL E ALGO MAIS...

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Peço desculpas pela ausência na semana passada, a agenda de viagem a trabalho não me permitiu fôlego para escrever, mas eis que estou de volta aqui!
E a volta promete ser em grande estilo, afinal tivemos uma semana recheada de bola rolando justamente para não faltar assunto. Para começar, vamos de Copa do Brasil.


Taí um campeonato adorável que sempre nos proporciona zebras. Mas, desta vez, não foi bem assim, mesmo com a permanência do Vasco. Por que? Porque o time cruzmaltino, mesmo no abismo, soube aproveitar muito bem o retrospecto em clássicos contra o Flamengo, bem como usou a seu favor as fraquezas de seu adversário e que são as suas na maioria das partidas. De qualquer forma, se no Brasileirão há um caminho sem volta, quem sabe na Copa do Brasil a luz de Rafael Silva não é a que está no fim do túnel.

sábado, 29 de agosto de 2015

A CIÊNCIA INEXATA DO FUTEBOL


" - Há uma possibilidade de jogar com mais um de velocidade. Eu posso mudar na linha de três. Um jogador de mais velocidade e na transição. Mas pode ser na armação. Pode ser dois."
" - A nossa preparação é para todas as possibilidades (...) precisamos de capacidade de concentração e força mental (...) A bola fala e o campo fala."


O técnico Tite sempre foi especialista em "sofisticar" as respostas. A chamada "Titebilidade", cuja finalidade é tornar o futebol difícil de entender, quem sabe até mesmo para tentar "valorizar" o trabalho do técnico brasileiro. Depois de seu ano sabático no exterior antes de ser recontratado pelo Corinthians, o treinador voltou mais afinado, teoricamente mais "antenado" com os conceitos que existem lá fora e certamente mais disposto a tentar explicar o futebol como uma ciência exata. Não é. Por mais que o vitorioso técnico do Corinthians diga que seu time deve fazer "compactação lateral e frontal", por exemplo, o futebol vibrante que sofistica o simples quase sempre vai prevalecer sobre os métodos, as táticas, as estatísticas e a disciplina.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

OSÓRIO: VIRADO À PAULISTA OU TEQUILA MEXICANA?


O atual time do São Paulo não é um primor de técnica ou disciplina tática, é verdade. Embora no Campeonato Brasileiro, apesar da má fase, ainda esteja numa situação melhor do que o time de 2013 e abaixo do que rendeu o de 2014, que tinha Kaká como principal jogador. E todos sabem (incluindo a diretoria) que o técnico Juan Carlos Osório não tem material humano de qualidade para realizar em campo aquilo que prega fora dele: um futebol vistoso e contemporâneo. Porém, se Osório não tem em mãos a Ferrari que um dia talvez alguém o fez imaginar que teria, também não está dirigindo um Fusca. Afinal, uma equipe composta por Carlinhos, Wesley, Paulo Henrique Ganso, Alexandre Pato, Michel Bastos e Luis Fabiano de forma alguma pode perder por 2 x 1, dentro do Morumbi, para o time reserva do lanterna da Série B, o Ceará. Um vexame só comparado à eliminação da mesma Copa do Brasil no ano passado diante do Bragantino, curiosamente o então 18º colocado da Série B. Uma derrota por 3 x 1, também no Morumbi. "Um dos dias mais tristes da minha vida", como sentenciou o ex-técnico Muricy Ramalho depois daquela partida.
E o que pensa o técnico Osório após a derrota para o Ceará?
" – Sentimentos confusos" - declarou cabisbaixo o treinador colombiano em entrevista coletiva.

sábado, 22 de agosto de 2015

JOGADOR DE FUTEBOL GANHA MAIS DO QUE MERECE?


Você acha que jogador de futebol ganha muito dinheiro? E acha que jogar bola não é profissão? Mas, por outro lado, você também já parou para pensar no montante de dinheiro que o futebol movimenta ao seu redor? E quanta gente por aí ganha dinheiro através do futebol?

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O "OLHO NO OLHO" DO MATA-MATA

Mata-mata ou pontos corridos? Ter razão ou ser feliz?


O clássico entre Santos x Corinthians, disputado na Vila Belmiro pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, pode ajudar a tirar essa dúvida, por mais que se tenha a certeza de que o Campeonato Brasileiro é mais expressivo, claro, e sua fórmula de dois turnos por pontos corridos é mais justa.
Mas felizmente o futebol não é uma ciência exata, tampouco matemática, para ser traduzido somente em estatísticas ou números. E, sendo assim, nem sempre há "justiça" quando fatos e dados não são mandatórios.

domingo, 16 de agosto de 2015

OLHE BEM! VOCÊ JÁ VIU ESSA CENA ANTES? – UM TIME QUE REALIZA SONHOS

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


Confesso que, embora o futebol no Brasil tenha continuidade nessa época do ano, em todo fim de temporada europeia bate aquela ressaca acompanhada da enorme ansiedade pelo que vem pela frente.
Para quem ainda não sabe, a minha origem é essencialmente catalã, logo o meu amor pelo Barcelona vem daí. Mas ‘sampaulinos’ se acalmem... sou de uma geração low profile da família, portanto, o sangue tricolor, quer dizer, tupiniquim, prevalece em minhas veias.
Nesta semana, eu não poderia deixar de falar sobre a Supercopa da Europa, na qual duelam os times vencedores da Champions League e da Europa League. Evidente que se trata muito mais de uma grande festa do que um título tão importante.

sábado, 15 de agosto de 2015

O "ARTILHEIRO DO AMOR" E A BOLA SEM CORAÇÃO


Vágner Silva de Souza, o Vágner Love, é um jogador de futebol, no máximo, mediano. O tal do "grosso" que deu certo. Menos para os corintianos, que sempre tiveram mais motivos para odiá-lo do que para tentar amá-lo. Afinal, o tal do "Artilheiro do Amor" foi projetado pelo rival Palmeiras e, pelo Flamengo, marcou um dos gols mais intragáveis que o torcedor corintiano já teve de amargar, em pleno ano do centenário.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A ILUSÃO ATREVIDA E O PERIGO


A segunda derrota seguida do Palmeiras expôs três situações. A primeira de que, mesmo jogando no Allianz Parque, o bom e entrosado time do Atlético-PR é superior ao time de Marcelo Oliveira e por isso venceu por 1 x 0 uma rodada antes. A segunda é de que perder por 2 x 1 para o Cruzeiro, jogando no Mineirão, é algo absolutamente normal, independente da posição do time mineiro na tabela (ademais, jogar com uniforme da seleção brasileira no Mineirão é hoje sinal de mau agouro). Dois resultados normais na sequência do campeonato que atestam que o Palmeiras não é o time excepcional que muita gente imaginou que poderia ter se tornado após a chegada do técnico Marcelo Oliveira. E não, "não pintou o campeão", como talvez se iludiram muitos palmeirenses num sopro de esperança que há tempos não sentiam. Mas fica clara a certeza de que a única coisa em comum que existe entre o atual treinador e o anterior é o sobrenome "Oliveira". Se o presidente Paulo Nobre mantivesse Oswaldo de Oliveira no comando do time, como tanta gente "entendida" da mídia afirmou que era o correto, o Palmeiras estaria, com o mesmo elenco, rastejando na tabela.


Quando o Santos perdeu para o Palmeiras por 1 x 0, no Allianz Parque, em sua segunda partida como técnico da equipe, Dorival Júnior enalteceu a postura de seu time que, segundo ele, "jogou muito bem e não mereceu perder". Além de afirmar que, com aquele futebol apresentado no clássico, o Santos sairia rapidamente da zona de perigo. Três rodadas depois, uma classificação para as oitavas-de-final da Copa do Brasil eliminando o bom time do Sport e já respirando fora da zona perigosa do Campeonato Brasileiro, o mesmo Dorival não poupou críticas à sua equipe logo depois da fácil vitória por 3 x 0 sobre o fácil Coritiba. Porque há jogos em que se perde jogando muito bem e outros que se ganha jogando mais ou menos. No entanto, sempre é possível (e preciso) melhorar a produção de um time através de métodos, conceitos e treinamentos, técnicos e táticos, e não apenas promovendo disputa de rachões.

Vasco e Joinville empataram em 0 x 0 no Maracanã. Os 40 mil vascaínos voltaram para casa com a sensação ingrata de que vão rever esse duelo em 2016. Na Série B.

UM GRE-NAL DESLEAL E UM MAJESTOSO DESIGUAL


Poucas vezes se viu um Gre-Nal tão desleal. A tamanha superioridade do Grêmio sobre o abatido e cambaleante Internacional era tão notória dentro de campo que a única coisa que queriam os jogadores e, principalmente, os torcedores colorados, era o desejo desesperado de se ouvir rapidamente o apito final do árbitro. Foram 90 minutos de tortura e poderia ser pior, já que o meia gremista Douglas ainda se deu ao luxo de errar o gol em cobrança de pênalti quando o placar ainda estava em 0 x 0. O inferno astral que paira sobre o Beira Rio se traduz em três atos consecutivos: a eliminação nas semifinais da Copa Libertadores para o mexicano Tigres por 3 x 0, a demissão do técnico uruguaio Diego Aguirre e agora a histórica goleada sofrida por 5 x 0 para o arquirival, placar que não acontecia no clássico desde 1910. O Inter, sempre apontado pela mídia esportiva como favorito a ganhar tudo em todos os anos, é hoje uma nau cheia de pompa, porém quase a deriva.

No Majestoso, um São Paulo com mais disposição em buscar a vitória, diferentemente daquele de até pouco tempo atrás que jogava para não perder. Um time que se expõe mais (mesmo com uma defesa limitada), que procura mais o gol, que chega ao ataque com mais alternativas, que agride o adversário jogando futebol e mostrando capacidade. Luís Fabiano até sobrou no lugar do ausente Alexandre Pato, foi voluntarioso o jogo inteiro e meteu duas bolas na trave. Já o Corinthians continua mostrando mais do mesmo da velha titebilidade: o manjado feijão com arroz com ares de futebol bem jogado e que nos últimos anos funcionou com Tite. Um time que não encanta, que não brilha, mas que sustenta seus resultados em campo através de uma bem afinada e eficiente parte coletiva. E outra prova de que jogar feio também dá resultado é que o Corinthians é o time há mais tempo sem perder no campeonato. Sua última derrota foi para o Santos por 1 x 0, ainda na 6ª rodada. E se no Morumbi o placar de 1 x 1 contra o São Paulo já estava reluzente para Tite, ficou ainda mais quando o árbitro errou ao expulsar o zagueiro corintiano Filipe, que não merecia cartão no lance. O técnico do Corinthians foi obrigado a sacar um atacante para recompor sua defesa com Edu Dracena. Mas o erro capital da arbitragem mudou completamente a discussão técnica e tática do clássico jogando o foco em uma única questão: se foi ou não foi pênalti para o São Paulo após a bola chutada por Wesley bater na mão do zagueiro Uendel aos 47 minutos do 2º tempo. Sim, foi pênalti. E não, não deveria haver tanta polêmica. Afinal, as imagens não mentem e o zagueiro corintiano "fez a defesa", se jogando na bola com o mesmo movimento do goleiro Cássio. Pênalti não significa gol, é claro. Mas é a chance que mais se aproxima dele. E não assinalar um pênalti claro também pode ter significado menos 2 pontos preciosos para o São Paulo dentro do Morumbi, que certamente farão falta lá na frente. Principalmente para um time que, com o técnico Osório, parece talvez entender que buscar a vitória é sempre melhor -e mais bonito- que evitar a derrota.


domingo, 9 de agosto de 2015

UM TANGO PASSADO A LIMPO - HISTÓRIAS DA FINALÍSSIMA DA LIBERTADORES!

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?



Paixão, por sua definição vem do latim - passio-onis, derivado de passus, particípio passado de patī que significa sofrer. Independente da sua derivação, é um termo aplicado a um sentimento intenso em relação às pessoas ou temas que não necessariamente envolve sofrimento. Ao menos, não deveria envolver.
Hoje vamos falar exatamente dessa emoção intensa, desejo profundo, entrega incondicional, sem pensares ou pesares. A conquista do River Plate na última quarta-feira decreta uma incrível história de paixão e superação que começou a ser passada a limpo, desde o acesso há 3 anos. Foram passos lentos com destino à conquista da América e consequente presença no Mundial.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O RIVER PLATE EXTERMINOU O FANTASMA


 É algo lindo e inexplicável."
Foi com essa frase que o torcedor Nicolás Sanchez definiu o fim do jejum de 19 anos sem Libertadores de seu time, o River Plate. A chuva que caía forte sobre o Obelisco, tradicional local de comemoração dos torcedores argentinos em Buenos Aires, era como se "lavasse a alma" de fanáticos e apaixonados súditos que, depois de tanto tempo e tanta crueldade, voltaram enfim a soltar o grito de campeão do torneio de futebol mais importante das Américas.
Horas antes, mais de 60 mil pessoas se aglomeravam no Monumental de Nuñez para exorcizar de vez o fantasma que sobrevoou La Bombonera nas oitavas-de-final. A hilária provocação dos xeneizes na partida que não terminou diante do arquirival Boca Juniors, era também a lembrança amarga para os Millonarios do rebaixamento para a Segunda Divisão, há pouco mais de quatro anos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

AFIRMAÇÃO, FRUSTRAÇÃO E REAÇÃO


O eletrizante Atlético-MG x São Paulo abriu talvez a melhor de todas as 16 rodadas deste Campeonato Brasileiro. O típico jogo onde o vencedor mereceu ganhar e o perdedor não mereceu perder, pelo menos não por um placar de 3 x 1. Uma grande partida de futebol, com Mineirão lotado, quatro gols, muitas chances para cada lado, gols imperdíveis perdidos e, é claro, falhas defensivas. E decisivas. O técnico colombiano abriu demais o jogo diante de um adversário letal, o líder que colocou o "X" nas costas e está prestes a sair em disparada no campeonato. Em noite inspirada de Pratto e infeliz de Pato, o Atlético-MG de Levir Culpi atropelou o São Paulo de Osório com irritante tranquilidade, favorecido pela falta de pontaria dos homens de frente são-paulinos e pela lentidão de Ganso, um jogador cada vez mais virtual.

domingo, 2 de agosto de 2015

OS PECADOS CAPITAIS DO FUTEBOL

*por Priscila Ruiz

Vamos chegando ao mês de agosto e confesso que aumenta a ansiedade pelo início da nova temporada europeia. Contudo, deste lado do mundo, a bola não para de rolar e assunto é o que não falta.


Nesta semana, eu não poderia deixar de falar sobre o meu São Paulo e também do primeiro duelo da final da Libertadores. Os jogos foram concomitantes e esta que vos escreve teve que se desdobrar, o que não foi grande esforço, afinal, independente de resultado, foram partidas muito interessantes para analisar.