FRASE

" - Eu escutei algo (racista), mas não tenho certeza de quem falou. Por isso, voltei para perguntar. Ele (Roberto Fonseca) fugiu da ética, pois não tem o direito de falar do time adversário. Não pode me ofender e chamar de "cai-cai". Nunca vi o Muricy falando com jogadores do outro time. Ele me xingou, e eu o xinguei da mesma forma. Mas ficou por isso. O assunto está encerrado."
(Neymar, atacante do Santos, sobre a discussão com o técnico do Ituano, Roberto Fonseca, durante a partida em que seu time venceu o do interior por 1 x 0, pelo Campeonato Paulista).

QUEM DECIDE O "CAI-CAI" É O ÁRBITRO. E JOGA BOLA, NEYMAR!

Na partida Ituano 0 x 1 Santos, disputada em Itu, no interior paulista, válida pela 4ª rodada do Paulistão, o futebol truncado das duas equipes deu lugar à polêmica extra-campo. Depois de se aborrecer com as faltas assinaladas sobre Neymar, o técnico do Ituano, Roberto Fonseca, começou a discutir verbalmente com o atacante santista. Neymar, visivelmente nervoso, retrucou e o jogo teve que ser paralisado pelo árbitro. O jogador questionou o 4º árbitro por ter ouvido um chamado de "macaco". Roberto Fonseca afirmou não ter xingado o jogador e disse que ele "estava surdo" e o definiu como "cai-cai". Passado o atrito entre ambos, o jogo recomeçou e Neymar não conseguiu jogar como de costume, sem dribles ou jogadas de efeito. E pela primeira vez passou em branco numa rodada, sem fazer gol.

Tenho três modestas opiniões sobre o que aconteceu:

1) O técnico Roberto Fonseca não tem nada que discutir com jogadores do time adversário. Cabe a ele, na beira do gramado, orientar e falar apenas com os seus comandados.

2) Neymar também errou ao retrucar e ficar discutindo com o treinador adversário. Se alguém tivesse que ter feito isso era o técnico do Santos, Muricy Ramalho. E que não o fez. O atacante santista deve se preocupar exclusivamente em jogar seu futebol, ignorando as provocações de torcedores ou quem quer que esteja fora de campo. Imagine se, nos longínquos anos 60, Pelé se incomodasse com as provocações ou xingamentos que sofria dos adversários? E o próprio Rei do Futebol já declarou que isso era uma prática constante nos estádios.

3) Roberto Fonseca e todas as outras pessoas que costumam denominar Neymar como "cai-cai" estão profundamente equivocadas. O árbitro (e somente o árbitro!) deve decidir se marca ou não qualquer tipo de falta sobre um jogador. Ele está em campo exatamente para isso, para marcar faltas, aplicar as regras e coibir o jogo violento. Se Neymar simula uma falta e o juiz apita, ele não tem nada a ver com isso. Esse é um problema da arbitragem e de ninguém mais, muito menos de Neymar. Pelé já declarou também que diversas vezes puxava a própria camisa dentro da área e se atirava no campo, induzindo o árbitro a assinalar pênalti. E muitas vezes conseguia a façanha sabe por quê? Pela malícia que só os craques possuem.

Portanto, assunto encerrado.

CAMPEÃO DA COPA SP E REVELANDO CRAQUES

O São Paulo inaugurou, há anos, seu centro de excelência para formação de jogadores, o conhecido CT de Cotia. Não conheço tão bem assim, mas parece que lá o glamour impera. Parece ter tudo do melhor, seja em hospedagem, alimentação e preparação. Mas será que funciona? Tirando Kaká e agora o Lucas, qual foi o outro jogador expressivo revelado recentemente pelo time do Morumbi? Será que tanto glamour nas categorias de base não geram enorme pressão nos garotos na busca por resultados? Na Copa São Paulo de 2012 o São Paulo foi eliminado na 1ª fase, o que rendeu sonora bronca do presidente Juvenal Juvêncio. Inconformado, o dirigente são-paulino chegou a declarar na época que "não admitia seu time perder para um time juntado do Nordeste". É dessa pressão que estou falando. Quanto mais investimento, maior a cobrança. E muitos jogadores juniores não precisam somente de apoio técnico, mas também de apoio emocional, psicológico. Muitas vezes, é exatamente isso que faz a diferença para um novato vingar ou não na carreira.
Diferentemente do que faz o Santos. A estrutura das categorias de base santistas não deve nada para outros times. Um centro de treinamento exclusivo, com três campos, mais investimentos de valor considerável e agora um projeto de um novo CT para a base a ser construído na Grande São Paulo. Mas o trabalho do Santos começa bem antes de um garoto se tornar junior. Existem departamentos nas categorias mirim, juvenil e junior. Garotos com menos de 10 anos que já tem no Santos todo o acompanhamento e treinamento específico para se desenvolverem. Assimilam a "identidade" do clube ao mesmo tempo que crescem preparados para se consolidar no futuro.
Para o Santos, não basta apenas conquistar troféus na base. Isso não é o mais importante. Para o Santos, o mais importante é revelar bons jogadores e com o famoso DNA santista, com vocação ofensiva, irreverentes, atrevidos. E todos os meninos sabem que podem ter suas chances, que podem ser promovidos, que podem jogar no time profissional. Por que o clube lhes dá essa oportunidade não só pelos resultados, mas sim pelo talento e pela cultura de se jogar bonito.
O Corinthians foi campeão da Copa São Paulo de 2012, com média de 3.7 gols por partida. E qual foi o jogador revelado pelo clube que estava nas conquistas da Libertadores e do Mundial? Nenhum. Nos dois torneios não havia sequer um jogador que foi revelado pelo Corinthians. Alguém se lembra de algum jogador revelado pelo Palmeiras nos últimos 10 anos? Somente o Vágner Love, que surgiu durante a campanha do time na 2ª divisão de 2003.
Mas e o Santos? Todo mundo sabe que Diego, Robinho, Renato, Alex, Elano, Wesley, Ganso, André, Rafael e Neymar saíram das categorias de base e foram campeões pelo time principal. Estavam nas fotos dos pôsteres. E no time que acaba de ser campeão da Copa São Paulo de 2013 existem pelo menos três ou quatro ótimos jogadores que podem e devem subir para a equipe profissional. Candidatos a craques, como Neílton, Citadini e Giva. E o bom Gabriel, o "Gabigol", que com 17 anos já deixou a base e está treinando no time do técnico Muricy Ramalho. E o menino possui multa rescisória de R$ 135 milhões.
Por isso que mais importante do que conquistar títulos nas divisões inferiores é revelar craques. É dar opções ao treinador do time principal.
O que faz o Santos ser uma fábrica de craques não é tanto os recursos ou a estrutura. É a filosofia.
Certo, Juvenal??...

FRASE

" - Só tenho que rir. Quem tem boca fala o que quer. Não faço só quando meu time está ganhando. Meu futebol é assim."
(Neymar, atacante do Santos, rebatendo as críticas feitas por Nunes, atacante do Botafogo-SP).

FRASE

" - Eu pensei dez vezes, ia quebrá-lo todo. No lance que ele ia tentar dar a carretilha, eu ia grudá-lo na tela. Uma coisa que eu não admito é falta de respeito, e Neymar estava faltando com respeito. Ele não precisa disso, não precisa fazer graça. Por isso, admiro o Ronaldinho Gaúcho e o Ronaldo Fenômeno. Sempre jogaram o futebol que jogaram sem menosprezar ninguém."
(Nunes, atacante do Botafogo-SP, sobre os chapéus e os dribles de Neymar na partida em que o Santos venceu seu time por 3 x 0 pelo Campeonato Paulista).

CHAPÉU ESPETACULAR DE NEYMAR

Campeonato Paulista de 2013, 2ª rodada, estádio da Vila Belmiro, Santos 3 x 0 Botafogo. Após escanteio, a bola sobra para o atacante Neymar na lateral direita que aplica um chapéu espetacular no jogador Nunes, do Botafogo. A jogada foi destaque na imprensa internacional que classificou o santista como "incrível" e "fenomenal".

SELEÇÃO DO FELIPÃO AGRADA DO MEIO PARA A FRENTE

Luiz Felipe Scolari assumiu oficialmente como técnico da seleção brasileira. E da seleção que vai disputar a Copa do Mundo do Brasil de 2014. Felipão deve bem saber o que o espera nos próximos 18 meses. Nele foi depositada toda a esperança de grande parte da torcida de que o Brasil tenha novamente sua "família" na Copa mais difícil de todas, justamente porque será realizada no Brasil. Porque seria vergonhoso para o "país do futebol" perder mais uma vez o troféu dentro de casa, com a repetição do Maracanazzo de 1950.
O treinador divulgou a lista de convocados que vão enfrentar a seleção inglesa daqui a menos de três semanas, no estádio de Wembley, em Londres.
Para o gol, chamou Julio Cesar e Diego Alves. Não concordo. Julio Cesar ficou muito em baixa após o fiasco contra a Holanda na Copa da África de 2010. E caiu demais de produção. Joga atualmente no lanterna do Campeonato Inglês, o modesto Queens Park Rangers. Já Diego Alves atua pelo Valencia. E é a única coisa que eu sei sobre ele, nada mais. O goleiro titular teria que ser Cássio, em ótima fase no Corinthians que já dura meses. Para as laterais, Adriano e Flilipe Luis, ao lado de Daniel Alves. Não conheço o futebol de Adriano nem de Filipe. Felipão já deve pelo menos ter ouvido falar.
Para a zaga, convocou bem David Luiz, mas nada de Dedé. Preferiu um nome desconhecido: Dante. E Leandro Castán, ex-Corinthians, que não é jogador em nível de seleção brasileira. E outra pérola: Miranda, ex-São Paulo.
Para volantes, suas escolhas mais acertadas: Arouca, Paulinho, Ramires e Hernanes. Esse sim um quarteto de boa qualidade. E com o retorno do bom Hernanes à seleção, preterido por Mano Menezes desde o erro que cometeu num jogo contra a Argentina em 2011.
Como meias, Oscar e Ronaldinho Gaúcho. A aposta mais ganha de todas era exatamente a convocação do craque dentuço do Atlético-MG. E sim, com méritos, já que o veterano jogador fez um ótimo Campeonato Brasileiro, com belas jogadas e belos gols. E Oscar é jovem, além de excelente jogador. É a mistura da técnica cadenciada com a velocidade no meio-campo da seleção.
E na frente quatro grandes nomes: Neymar, Lucas, Fred e Hulk, mais uma interrogação chamada  Luis Fabiano. São dois jogadores extremamente rápidos e habilidosos (Neymar e Lucas), outro finalizador de ótima qualidade técnica (Fred), um de porte físico avantajado, trombador e goleador (Hulk) e uma última opção (Luis Fabiano) com bom posicionamento na área, fazedor de gols, mas de temperamento forte, genioso demais.
Essa é a nova família Scolari na seleção da Copa. Do meio para a frente, gostei. Tem futebol de qualidade. Mas do meio para trás, acredito ser uma grande aposta. Linha defensiva fraca, sem muitos recursos. E no gol talvez o maior equívoco.
Agora, fora da prancheta de convocação, surge o desafio: conseguir adotar um padrão de jogo com esse time que seja capaz de vencer a obediência tática do futebol atual, que cada vez mais valoriza a posse de bola, o volume de jogo como disciplina para se vencer. Mas como eu sempre digo, o talento sempre prevalece.

PAULISTÃO 2013 PODE SER HISTÓRICO

Neste fim de semana começou a temporada de 2013 do futebol brasileiro, primeiramente com os exames de laboratório dos campeonatos estaduais. Nesses torneios, as equipes se preparam e se ajustam para o decorrer do ano. Discordo de quem diz que os estaduais não são importantes e que deveriam ser extintos. Nos anos 70 e 80, por exemplo, vencer o Campeonato Paulista era tão importante como ser campeão brasileiro. E o Paulistão durava quase 6 meses, em turno e returno. Os times do interior paulista eram fortes e sempre revelavam grandes jogadores que irremediavelmente passavam depois a jogar pelos grandes clubes do Brasil. É fato que o interesse e a grandeza dos estaduais não são mais os mesmos, mas existe o charme e a chance da torcida das cidades pequenas poder ver seus ídolos de perto. O que precisa ser feito pelas federações é tornar os regionais mais organizados, talvez mais curtos e, principalmente, com campos melhores para a prática do futebol atual, cada vez mais rápido e técnico. O que se vê pelo interior são gramados péssimos, esburacados, altos, pesados, enlameados quando chove. E estou falando do Campeonato Paulista, o torneio regional mais competitivo do país. Imagina nos outros estados, onde os times considerados pequenos são ainda mais pequenos em relação aos paulistas.
Em 2013, o Paulistão ainda possui um ingrediente a mais: pela primeira vez na história, um time pode ser tetracampeão, ou seja, conquistar o troféu pela quarta vez seguida. O Santos, que foi campeão em 2010, 2011 e 2012. Futebol para isso o time do técnico Muricy Ramalho tem. E certamente será um grande feito, histórico.
O Campeonato Paulista é mais difícil do que a Copa do Brasil.

FRASE

" - Deixo a presidência com hematomas. Sou um saco de pancadas…até meu filho, de 16 anos, não perdoa."
(Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras, sobre sua conturbada administração).

FRASE

" - Não sabia que fosse ser emocionante assim. É uma festa muito feliz, mas é o fim. Isso emociona muito. Infelizmente a idade chega; Gostaria muito de poder dar muito pelo Vasco, mas outros amigos pararam e chegou minha hora. Aqui é minha casa, cheguei com a idade do meu filho, passei por todas as categorias de futsal e campo e uma homenagem dessas é inesquecível. Vou guardar para o resto da minha vida."
(Pedrinho, ex-jogador e ídolo do Vasco, sobre o jogo festivo de sua despedida do futebol contra o Ajax-HOL).

FRASE

" - Rosell não deve ter visto Pelé jogar."
(Franz Beckenbauer, ex-jogador e ex-técnico da seleção alemã, rebatendo a declaração de Sandro Rosell, presidente do Barcelona, de que o argentino Lionel Messi é melhor que Pelé).

FRASE

" - O que tem que parar de acontecer aqui é parar de passar a mão na cabeça de alguns jogadores. A disciplina tem que funcionar para todos, não só para alguns (...) Temos de dar satisfação para o clube que você representa e seus superiores. É assim que a coisa tem de funcionar, se a moda pega, cada um vai se apresentar quando quiser."

(Gilson Kleina, técnico do Palmeiras, sobre o atraso de 4 dias na reapresentação do meia chileno Valdivia ao elenco).

GILSON KLEINA, DO PURGATÓRIO PARA O INFERNO

Quando o Palmeiras decidiu -tardiamente- dispensar o técnico Luiz Felipe Scolari e contratar para seu lugar o competente Gilson Kleina, eu postei o seguinte artigo neste Blog: "GILSON KLEINA SAIU DO PURGATÓRIO E FOI PARA O INFERNO" . Passados exatos três meses, alguém tem dúvida de que isso realmente aconteceu? E era uma previsão tão simples, realista. Ao ver a entrevista coletiva concedida pelo próprio treinador, ficou bem claro o descontentamento de Gilson Kleina com a administração do Palmeiras. Um clube sem dinheiro, sem diretrizes, sem planejamento, completamente "descontrolado". Firme, corajoso e com voz imponente, Kleina lamentou o "tempo perdido" pelo clube no mesmo período em que todos os outros adversários se empenharam em planejar e montar o elenco para a temporada de 2013.
O treinador se mostrou inconformado com a desistência do clube em renovar contrato com Marcos Assunção, por exemplo. Pior do que isso foi ver a transferência do veterano jogador para o Santos, dias depois da despedida no Palmeiras. Ou seja, além de não contratar, o Palmeiras se desfaz de um de seus principais jogadores e ainda reforça um time rival. Também atacou a diretoria em "passar a mão na cabeça" de alguns jogadores, referindo-se ao meia chileno Valdivia, que se reapresentou com 4 dias de atraso. Em tom sarcástico, disse que o que restou para ele agora é "treinar, suar e rezar" para o que vai acontecer em 2013. Parece que o técnico é o único profissional dentro do clube e também o único que se preocupa realmente com a situação do time.
Valdivia não pode ser "diferente" dos demais jogadores do elenco. Existe uma hierarquia e como em qualquer instituição, isso deve ser respeitado. A única regalia que um jogador pode ter dentro de um clube é o seu salário. De resto, todos devem respeitar as normas da casa, sem maiores benefícios. Treinamento, concentração, horários, etc, devem ser regra básica para todo o elenco, sem exceção. E outra coisa: quem fez de Valdivia ídolo? Será que os palmeirenses estão tão carentes assim? O quê fez Valdivia para se tornar ídolo de um clube como o Palmeiras? Valdivia é apenas um jogador de nível médio, com alguns lampejos de boas atuações e declarações polêmicas. Nada mais do que isso. E Marcos Assunção acertou em deixar o Palmeiras e ir para o Santos por um salário menor. Na Vila Belmiro, não terá que carregar o piano sozinho.
O Palmeiras terminou o ano de 2012 em baixa, desgastado, rebaixado. E começa o ano de 2013 sem comando, sem controle, desmotivando sua comissão técnica. Para Gilson Kleina, o purgatório da Ponte Preta era o paraíso perto do que ele presencia atualmente no Palmeiras.

GOL MAIS BONITO DO MUNDO DE 2012

Golaço do eslovaco Miroslav Stoch, do Fenerbahçe-TUR, foi eleito o gol mais bonito de 2012 e premiado pela FIFA com o Troféu Puskás, com mais de 5 milhões de votos.

FRASE

" - Seria uma alegria enorme e um prazer grande jogar no Santos, time que me projetou para o futebol europeu. Nunca escondi de ninguém que sou santista desde pequeno. Quem não gostaria de atuar ao lado do Neymar, melhor jogador do Brasil, e trabalhar com o Muricy, vitorioso por onde passa, em um clube como o Santos, um dos melhores do mundo? Eu gostaria de participar do elenco de 2013."
(Marcos Assunção, ex-jogador do Palmeiras, sobre o interesse do Santos em contratá-lo para a temporada de 2013).

MESSI. QUATRO VEZES MELHOR DO PLANETA.

Maior artilheiro da história do futebol em uma única temporada, com 91 gols em 69 partidas, superando a marca anterior do alemão Gerd Müller, que fez 85 gols em 1972.
Maior artilheiro em uma única edição do Campeonato Espanhol, com 50 gols em 37 partidas.
Primeiro jogador da história a marcar 5 gols num único jogo da Liga dos Campeões da Europa, anotados diante do Bayern Leverkusen-ALE, pelas oitavas-de-final do torneio.
Decisivo em jogos pela seleção argentina, nas eliminatórias da Copa do Mundo e amistosos, como na vitória por 4 x 3 sobre a seleção brasileira.
Goleador. Habilidoso. Técnico. Rápido. Inteligente. Genial.
Por essas e outras, simples assim, o meia argentino Lionel Messi foi eleito em 2012, pela quarta vez seguida, o melhor jogador de futebol do planeta, em votação realizada pela FIFA reunindo jornalistas, treinadores e capitães de 209 seleções nacionais. Messi teve 42% dos votos, seguido pelo português Cristiano Ronaldo e pelo espanhol e companheiro de Barcelona Andrés Iniesta.
Aí vêm os corneteiros e críticos de plantão, com imensa dor de cotovelo, dizer assim: "Ahh, mas ele só ganhou quatro vezes seguidas porque joga no melhor time do mundo...". Sim, óbvio que sim. O melhor jogador do mundo só tem mesmo que jogar no melhor time do mundo. Ou queria o quê? Que Messi jogasse no Palmeiras?...
Com Messi as estatísticas não mentem. Muito menos o talento.

FRASE

" - Robinho não queria deixar o Milan. Ele apenas queria voltar para casa. Nós não chegamos a um acordo com o Santos por ele. Outros clubes do Brasil, como Atlético-MG e Grêmio, satisfizeram nossas exigências, mas ele só queria o Santos."

(Adriano Galliani, vice-presidente do Milan-ITA, sobre o desfecho das negociações para venda do atacante Robinho).

FRASE

" - Não é algo que você pode superar facilmente. Vou esperar mais três dias e falar com o meu agente para ver se ainda vale a pena ficar na Itália (...) É fácil fechar os olhos para isso, difícil é tomar uma atitude. Eu faria a mesma coisa se fosse um jogo da Liga dos Campeões contra o Real Madrid. Eu estava com raiva, triste e chocado que algo como isso pudesse ainda acontecer em 2013. É uma vergonha, não só para a Itália, como para o futebol em todo o mundo."
(Kevin-Prince Boateng, meia ganês do Milan-ITA, sobre ter se retirado de campo durante um amistoso devido à ofensas racistas vindas de torcedores nas arquibancadas. Ao deixar o gramado, seus companheiros de equipe também se retiraram em solidariedade).

FRASE

" - Não acreditamos que apareça alguma lesão grave pelo histórico a que tivemos acesso pela comissão técnica da seleção brasileira. Mas vamos verificar se há alguma alteração muscular para criar uma sistema para recuperá-lo."
(Júlio Stacanti, médico do Corinthians, sobre a atual condição clínica do atacante Alexandre Pato, contratado junto ao Milan-ITA por R$ 40 milhões).

PATO, A INTERROGAÇÃO DE R$ 40 MILHÕES

Alexandre Pato é do Corinthians. Aos 23 anos e depois de um extenso histórico de lesões que atrapalharam bastante sua carreira na Europa, o atacante revelado pelo Internacional chega ao Parque São Jorge por R$ 40 milhões. Valor elevado, uma aposta de alto risco, mas que ainda pode valer a pena pela pouca idade e pelo potencial que ele possui. Claro, se conseguir manter uma sequência de jogos, o que não tem acontecido nas últimas temporadas atuando pelo Milan-ITA. Por isso mesmo não acredito que, nesse caso,  o marketing seja o grande objetivo dos dirigentes corintianos, ao contrário do que aconteceu há 4 anos com Ronaldo Fenômeno. Pato vem para tentar jogar (e bem) e conseguir vaga na seleção brasileira do técnico Luiz Felipe Scolari, visando disputar a Copa do Mundo em 2014. Para isso tanto ele quanto o departamento médico do Corinthians têm um desafio pela frente. O atacante já possui títulos expressivos, como a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes pelo Internacional em 2006, mais um Campeonato Italiano e uma Supercopa da Itália pelo Milan em 2011. Mas como no começo da carreira, quando foi decisivo para o Inter, agora Pato tem a missão de ser protagonista no Corinthians. De favorável, chega numa equipe bem montada, estruturada, de massa, com o respaldo de uma comissão técnica competente.
O investimento feito foi alto, em nível de futebol europeu, bem acima da média dos padrões tupiniquins. E a expectativa será diretamente proporcional.

UM ARGENTINO COM A LENDÁRIA CAMISA 10 SANTISTA

Walter Montillo, 28 anos, argentino, foi finalmente anunciado como novo jogador do Santos, depois de uma extensa negociação com o Cruzeiro que durou mais de 40 dias. Meia ágil, habilidoso, técnico, que chega bem na frente e finaliza com categoria. E o principal: está com os joelhos em condições de atuar, já que seu antecessor da camisa 10 santista passava mais tempo no departamento médico do que dentro de campo. Revelado pelo San Lorenzo-ARG, Montillo está jogando no Brasil desde 2010, pelo Cruzeiro. Teve seu auge na temporada de 2011, quando o time do técnico Cuca brilhou na etapa inicial da Copa Libertadores, sobretudo com atuações primorosas do meia argentino. No começo de 2012, o craque foi pretendido pelo Corinthians, cujos valores de negociação chegaram a 15 milhões de euros, rejeitados pelo clube mineiro. Dessa vez, numa negociação que começou ainda em novembro passado, o desejo do argentino de deixar o Cruzeiro falou mais alto e os dirigentes mineiros não tiveram como segurá-lo. O Santos contratou o meia por três temporadas ao valor de 6 milhões de euros, o equivalente a menos da metade da proposta feita pelo Corinthians 10 meses antes. O meia se desvalorizou? Sim. Não fez um ano tão bom como em 2011, a exemplo de seu próprio time que naufragou nos torneios que disputou, especialmente no Campeonato Brasileiro. Bem diferente do rival Atlético-MG, que fez ótima campanha e se classificou para a Libertadores. E diferente também de Robinho, ídolo santista é verdade, mas que pede muito alto para retornar à Vila Belmiro, mais de R$ 1 milhão mensais. Montillo deve receber mensalmente metade desse valor. E o fato de jogar ao lado de Neymar, maior jogador da América do Sul na atualidade, também seduziu bastante o argentino.
A verdade é que o Santos precisava de um meia ao estilo de Montillo. Desde que Ganso saiu, há meses, a função de armador da equipe estava a cargo do esforçado, porém ainda inexperiente Felipe Anderson. Até o veterano lateral Léo chegou a atuar como meia. Muita vontade, muita garra, mas pouca técnica.
Pita, Giovanni, Diego, Zé Roberto e Paulo Henrique Ganso já representaram muito bem a lendária camisa 10 do Santos, marca registrada do Rei do Futebol. Agora essa honra passa a ser de um argentino. Mas de grande potencial. É tudo o que o Santos precisa.

FRASE

" - Se o Roberto Dinamite tomar conta de duas tartarugas, uma engravida e a outra foge! O Vasco está bem entregue! (...) Esse time que o Vasco está montando é filme de terror!"
(Marcos Braz, ex-dirigente do Flamengo, ironizando a administração do atual presidente do Vasco, Roberto Dinamite, via Twitter).

FRASE

" - Ao assumirmos, adotamos uma política transparente. Passamos a avisar a torcida que venderíamos um grande jogador por ano. Não adianta ter um bom e os outros mais ou menos."
(Fernando Carvalho, ex-presidente do Internacional, sobre o alto faturamento na venda de jogadores e o grande número de títulos conquistados pelo clube gaúcho nos últimos 10 anos).

CORINTHIANS, INTER E SANTOS. OS MELHORES DOS ÚLTIMOS 5 ANOS

Corinthians, Internacional e Santos são os melhores clubes do Brasil nos últimos 5 anos. Os mais vencedores. É o que mostra levantamento feito pela Pluri Consultoria (ver link abaixo).

Neste período, o Corinthians conquistou um Paulista, uma Copa do Brasil, um Brasileiro, uma Copa Libertadores e um Mundial de Clubes (mais um "título" da série B do Brasileiro). No mesmo período, o Santos conquistou três Paulistas, uma Copa do Brasil, uma Copa Libertadores e uma Recopa Sulamericana. Já o Internacional conseguiu faturar três Gaúchos, uma Copa Sulamericana, uma Recopa Sulamericana e uma Copa Libertadores. 
Outro dado importante: Entre 2003 e 2011, os três clubes juntos tiveram faturamento de quase R$ 1 bilhão na venda de jogadores (Inter com R$ 411 milhões, Corinthians com R$ 250 milhões e logo atrás o Santos com R$ 216 milhões).
O Inter obteve esse alto faturamento negociando jogadores como Alexandre Pato, Nilmar, Alex, Sandro, Giuliano, Taison, Rafael Sóbis, Juan, Edinho, Danilo Silva, Walter, Ceará, Jorge Wagner, entre outros.

O Corinthians é o melhor exemplo de projeto bem-sucedido do futebol brasileiro. Depois que o time foi rebaixado para a 2ª divisão do Brasileiro, em 2007, foi elaborada toda uma estratégia para a reconstrução do futebol, iniciada com a chegada de Ronaldo Fenômeno já em 2009. Marketing audacioso e eficaz. O time do Parque São Jorge voltou a ser vencedor, nos campos e na mídia. A arrancada começou com a conquista do Paulistão em 2009 e culminou com o título mundial no Japão, em 2012. Passando pelo inédito troféu da Copa Libertadores, que era o grande sonho de consumo de todos os corintianos.

Já o Santos conquistou seu lugar ao sol no marketing e na mídia revelando seus craques dentro de casa. Em 2009, depois de perder a final do Paulistão para o Corinthians e de ser eliminado da Copa do Brasil pelo CSA, dentro da Vila Belmiro, o clube resolveu dar chance aos meninos da categoria de base, que sempre foi sua marca registrada. E mais uma vez funcionou. Neymar e Ganso lideraram os novos "Meninos da Vila" de 2010, o time que encantou o Brasil com atuações brilhantes e goleadas históricas, nas conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil. Desde então, foram 6 troféus nas últimas três temporadas, incluindo a Libertadores em 2011.
Para efeito de comparação, neste mesmo período, o São Paulo conquistou um Brasileiro e uma Copa Sulamericana, enquanto o Palmeiras ganhou um Paulista e uma Copa do Brasil (e ainda foi rebaixado para a série B em 2012).

Marketing, administração consistente, mídia, relação custo/benefício em negociações, investimento nas categorias de base, estrutura, revelação de jogadores. Esses podem ser alguns ingredientes que fizeram de Internacional, Santos e Corinthians os clubes mais vencedores do Brasil nos últimos 5 anos. E com méritos.

fontes: site Pluri Consultoria http://migre.me/cDkgT e site globoesporte.com http://migre.me/cDqMI