quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

RESENHA DE 2015


Se 2015 foi bastante complicado na política e na economia, no futebol foi o ano em que os clubes paulistas voltaram a dominar o cenário nacional.

➤ Corinthians e Santos, por exemplo, podem ser considerados os dois melhores times do Brasil, com 69% e 63% de aproveitamento em todas as competições da temporada, respectivamente. Tais números se referem aos pontos obtidos em relação à quantidade de partidas disputadas em todo o ano. Aliás, o Corinthians sofreu apenas nove derrotas em 2015, das quais três delas (um terço) exatamente para o time da Vila Belmiro.
Mas o futebol está longe de ser uma ciência exata e, curiosamente, o Santos é o único dos paulistas que não vai disputar a Copa Libertadores da América de 2016.

➤ O Palmeiras, que se escondeu atrás de um enorme ponto de interrogação desde o começo da temporada (e da caneta afiada de Alexandre Mattos que contratou mais de vinte jogadores), conseguiu a vaga para o torneio sul-americano ao derrotar nos pênaltis o próprio Santos e ficar com o título da Copa do Brasil. Mas o time de Paulo Nobre terá de fazer muito mais no próximo ano, afinal, a finalíssima diante do Santos foi a única grande partida de fato que o Palmeiras fez em 2015. Até o mais otimista dos palmeirenses tinha consciência do favoritismo do Santos, que estava mais confiante e jogando melhor, além de depender apenas de um empate no Allianz Parque para sacramentar o título. Era como se o ator Steve Harvey, que comandou o Miss Universo de 2015, estivesse também como mestre de cerimônia na decisão da Copa do Brasil. Anunciou o Santos como campeão, colocou as faixas nos jogadores e entregou o troféu. No entanto, após a decisiva cobrança de pênaltis, teve que voltar atrás, pedir desculpas quando viu o resultado final e, com a cara mais lavada do mundo, retirar o troféu dos santistas e entregá-lo aos palmeirenses.
O Santos merecia sim o título, pelo futebol leve, bonito e ofensivo. Por outro lado, o Palmeiras mereceu a vitória no derradeiro e mais importante confronto do ano para ambos os times.

FRASE - ESTÁ NA HORA DE BAGUNÇAR O CORETO?


" - Sei que parte dos clubes já fechou com a Globo, mas não vejo problemas em dois canais terem os direitos. Cada um mostra os jogos dos times com os quais tem contrato quando eles se enfrentarem. Está na hora de bagunçar um pouco o coreto."
(Modesto Roma Júnior, presidente do Santos, sobre o interesse do canal Esporte Interativo em assinar contrato de transmissão de jogos com os clubes nos Campeonatos Brasileiros de 2019 e 2020).

domingo, 27 de dezembro de 2015

A ESTRELA DE ZICO, MUITO ALÉM DO PADRÃO FIFA


Há exatos dois meses, uma segunda-feira dia 26 de outubro, Arthur Antunes Coimbra anunciou em seu programa na rádio Globo carioca que não seria mais candidato à presidência da FIFA nas eleições a serem realizadas em fevereiro de 2016. O brasileiro não poderá ser um dos candidatos porque não conseguiu a indicação mínima de cinco Confederações Nacionais, como prevê o regimento interno da entidade que administra o futebol mundial.
Arthur Antunes Coimbra. Galinho de Quintino. Ou simplesmente, Zico.
Maior ídolo da história do Flamengo e um dos maiores nomes do futebol brasileiro e internacional. Seus gols, seus passes, seus dribles, suas cobranças de falta e sua maestria ficaram famosos e na lembrança de torcedores de todo o planeta que o viram jogar. Do Brasil, passando pela Europa, até o Japão. Ficou marcado no mundo da bola pelas atuações brilhantes vestindo a camisa da seleção brasileira. D
isputou as Copas do Mundo de 1978, 1982 e 1986 e também é lembrado até hoje pelos títulos da Copa Libertadores da América e Intercontinental de Clubes, ambos conquistados pelo timaço do Flamengo de 1981 liderado por ele, único clube que defendeu no Brasil. Depois que abandonou os gramados, teve destaque como técnico da seleção do Japão nas Copas do Mundo da Ásia em 2002 e da Alemanha em 2006, sendo reverenciado até hoje no país asiático por ter ajudado a profissionalizar o futebol japonês.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A SUPREMACIA DO JOGO BONITO E CIENTÍFICO


O River Plate bem que tentou.
Correu, lutou, se esforçou em conter o ímpeto do melhor time de futebol do mundo.
Tamanho esforço durou 35 minutos. E até que foi bastante. O time argentino não reúne condições físicas e especialmente técnicas para aguentar por mais tempo. A velha tática de destruir ao invés de construir não durou tanto. O River até conseguia com forte marcação cortar espaços e retomar a bola em algumas investidas do Barça, mas não sabia o que fazer com ela, limitando-se a mantê-la pelo menos longe de sua defesa. O Barcelona, ao contrário, sabia exatamente o que fazer com e sem a bola, usando toda a paciência desse e de outros mundos.

sábado, 12 de dezembro de 2015

IMAGEM DA SEMANA: A DESPEDIDA DE CENI


" - Quando eu morrer, quero que minhas cinzas sejam jogadas aqui. Para que eu sempre esteja no Morumbi."
(Rogério Ceni, ex-goleiro e maior ídolo da história do São Paulo, em pronunciamento à torcida em seu jogo festivo de despedida como jogador).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUEM DECIDE A HORA DE UM "MITO" PARAR?


Era o começo da noite de uma sexta-feira quente, de baixa umidade, temperatura batendo na casa dos 30 graus. Ele havia encerrado o expediente e se deu ao direito de beber uma cerveja gelada num bar mais ou menos conhecido da região. A “loira da vitória”, como costumava dizer.
Aos poucos, o local foi ficando bastante movimentado e com a presença de muitos torcedores. E torcedoras também, claro. Todos vestiam a mesma camisa: branca, vermelha e preta. Não era dia de futebol, mas soube que teria um jogo especial naquela noite e que muita gente se encontraria ali para assistir.
Pouco antes do início da partida, o bar estava lotado. E o assunto recorrente era a aposentadoria anunciada do goleiro e capitão daquele time grande de três cores. Mais do que isso: um goleiro-artilheiro, cheio de recordes.

sábado, 5 de dezembro de 2015

IMAGEM DA SEMANA: "MAIS COMENTADA QUE O TÍTULO?"


Após a conquista do título da Copa do Brasil nos pênaltis, o jogador palmeirense Rafael Marques comemora no gramado do Allianz Parque com a máscara de Ricardo Oliveira, em provocação ao jogador do Santos ao qual classificou de "mau-caráter" e "mentiroso". O atacante santista de 35 anos foi artilheiro dos Campeonatos Paulista e Brasileiro durante a temporada de 2015 e suas polêmicas comemorações de gols nos clássicos inflamaram os nervos dos palmeirenses antes da decisão, que não esqueceram de "homenageá-lo" após levantarem o troféu. Segundo a página oficial do Santos no Facebook, "Ricardo Oliveira foi mais comentado que o próprio título do Palmeiras" depois do jogo.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O MOMENTO DE EUFORIA DO CAMPEÃO PALMEIRAS


Quando os jogadores do Palmeiras posam para a foto de campeão da Copa do Brasil imitando a "careta" de Ricardo Oliveira, devolvendo a "provocação" feita pelo artilheiro santista em jogos anteriores, comprova-se que o futebol é puramente apaixonante simplesmente pela rivalidade. Como tem de ser.
Não que a "cara feia" de um jogador adversário depois de marcar um gol ou que a veiculação antecipada de um pôster de campeão publicado por uma editora oportunista de plantão façam um time como o Palmeiras jogar mais. É claro que o futebol de cada jogador é o mesmo. Mas certamente fez o jogador do Palmeiras acreditar que podia mais. E transformou o clássico do "tudo ou nada" para Santos e Palmeiras no momento de euforia dos palmeirenses.