terça-feira, 17 de julho de 2018

A SELEÇÃO DA COPA DE 2018

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4-3-3: Courtois, Pavard, Godín, Mina e Marcelo; Kanté, Phillipe Coutinho, Hazard e Mbappé; Griezmann e Lukaku.

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Adriano Oliveira tem este Blog desde 2009, mas a paixão pelo futebol nasceu bem antes disso. É um apaixonado que vibra pelas 11 posições, mas sempre assume uma, pois jamais fica em cima do muro. Aos 45 anos, o futebol ainda o faz sentir a mesma coisa que ele sentia aos 10.

domingo, 15 de julho de 2018

FRANÇA, A INCONTESTÁVEL BICAMPEÃ

Moscou, domingo, 15 de julho de 2018.

Logo no início da manhã, centenas de pessoas já estão circulando nos arredores do estádio Luzhniki, o palco escolhido pelos russos para a grande decisão da Copa do Mundo de Futebol.
No ar, uma pergunta que não se cala:

A França vai confirmar todo o favoritismo sobre a Croácia?



Afinal, a Copa de 2018 teve o imponderável como um de seus principais ingredientes. Foi a Copa das surpresas, desde a eliminação precoce da favoritíssima Alemanha, surpreendida na estreia pelo México. O futebol pífio da Argentina. A campanha do Japão, que por muito pouco não surpreendeu a Bélgica, que surpreendeu o Brasil.
E a mais revolucionária das surpresas: o árbitro de vídeo, que mostrou o quanto ainda é difícil empregar tal tecnologia no futebol.

Por que? Porque, em muitos casos, continua prevalecendo pura e simplesmente a interpretação do ser humano. Um exemplo? Foi ou não foi pênalti no lance que originou o segundo gol da França na final da Copa?
Quando o francês Matuidi subiu para cabecear a bola dentro da área após cobrança de escanteio, o croata Perisic pulou ao mesmo tempo e a bola resvalou em seu braço. Após reclamação dos franceses, o árbitro Nestor Pitana paralisou a partida e solicitou o assistente de vídeo. Após longos minutos checando inúmeras imagens, o argentino entendeu que houve mão na bola e assinalou o pênalti, o que gerou bastante polêmica.
E então? De que adiantaram as imagens?
Diferentemente de como acontece no vôlei ou no tênis, por exemplo, onde o árbitro de vídeo verifica e constata se a bola tocou fora ou dentro da linha da quadra ou se o jogador encostou ou não a mão na rede, no futebol continua sendo uma questão de interpretação. De quem? Do homem. Não da tecnologia.


A seleção da Croácia surpreendeu mais do que tudo nesta Copa, ao chegar pela primeira vez em sua história a uma final de Mundial. E num momento extremamente conturbado fora dos gramados, onde o futebol do país está atolado na lama sob fortes denúncias de corrupção, manipulação de resultados e extorsão na venda de jogadores para grandes clubes europeus.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

DE QUEM É A CULPA? DA BÉLGICA.

“É um momento de parar para pensar (...) tem muita coisa pra melhorar. Uma vitória na Copa não melhora os problemas muito sérios do país”.


Essa frase é de um abatido Galvão Bueno, depois de transmitir a eliminação do Brasil nas quartas-de-final da Copa do Mundo disputada na Rússia.
Pode soar como hipocrisia. Afinal, o futebol é um dos principais produtos comerciais da televisão. Por outro lado, se não resolve os problemas “muito sérios” do cotidiano, da política e da economia, o futebol é um fio condutor de alegria para a grande maioria da população. Sim, o povo brasileiro, que tanto sofre com a falta de emprego, de moradia, de segurança e de saúde, precisa de pelo menos um pouco de alegria, que lhe dá coragem para seguir vivendo, para seguir adiante.
Com a eliminação na Rússia, a patrulha da moral e dos bons costumes, sempre em alerta nas redes sociais pela busca incessante do fracasso do brasileiro, finalmente pode dizer agora em alto e bom som:

- Eu avisei, não avisei?

- O povo todo parou para ver futebol e o país sem educação e sem saúde. E agora? Cadê os canarinhos? Vão continuar vendo a Copa enquanto o país continua sem emprego e sem segurança?


domingo, 1 de julho de 2018

A SELEÇÃO DO TITE PODE JOGAR BONITO E GANHAR?

"A forma como a equipe está se apresentando me deixa feliz. A equipe resgata o que eu sei de futebol, porque mistura a efetividade em ganhar jogos com a beleza. Dá para jogar bonito e ganhar. Tenho que reconhecer que o grupo de atletas está apresentando esse bom futebol."
(Tite, em entrevista coletiva após a vitória do Brasil por 3 x 0 sobre o Chile, no último jogo das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018).


O que você prefere?
Ver seu time perder a jogar mal? Ou o que de fato importa são os três pontos?

Caso você tenha nascido há mais de três ou quatro décadas e acompanhou futebol durante todo este tempo, sua resposta certamente será a primeira opção.
Porque mais do que ganhar os três pontos, o futebol precisa dos aplausos, dos olhos vidrados, do encanto, do reconhecimento e, principalmente, da admiração do torcedor. Para que, depois de uma inesperada derrota, venha a pergunta que demora a se calar em sua mente:

- Por que perdemos esse jogo?

Afinal, há times na história do futebol que nunca mereceriam perder.
A Hungria de Puskás? A Holanda de Cruyff? O Brasil de Zico, Falcão e Sócrates?
Seleções que, embora derrotadas e órfãs de um troféu de Copa do Mundo, alcançaram um lugar de honra e prestígio na galeria do esporte mais popular da Terra. E são lembradas até hoje.

Agora, caso você tenha nascido neste século, muito provavelmente deve escolher a segunda resposta para a pergunta que abre esse texto.
E deve ter na cabeça uma figura ilustre do nosso futebol que representa bem essa nova realidade: Adenor Leonardo Bacchi. Ou simplesmente Tite.
Mais que um treinador, um estudioso do futebol. O homem que conquistou tudo pelo Corinthians e que levou o time paulista ao topo do mundo, mesmo adotando um estilo de jogo sem brilho, sem plástica, talvez até sem graça, porém bastante eficiente.
Tite não é um técnico de futebol. É um técnico de resultados. E, sendo assim, o mais importante sempre serão os três pontos.

domingo, 24 de junho de 2018

ENTREVISTA: RICA PERRONE, DOENTE POR FUTEBOL E SEM PAPAS NA LÍNGUA

Rica Perrone é jornalista e blogueiro, mas gosta de frisar que é mais blogueiro que jornalista. Ama, escreve e fala sobre futebol e outros assuntos com seu estilo próprio, inconfundível e bem-humorado. O cara que se orgulha de "ter peitado o óbvio e ter feito do seu jeito"escolheu a internet para se fazer notar, enxerga o futebol como puro entretenimento e jamais deixa de lado a paixão do torcedor.
Rica, o paulistano mais carioca do Brasil, orgulhoso de ser o que é, apaixonado pelo seu país e sem nenhum complexo de vira-lata, concedeu a entrevista abaixo ao AL MANAK FC.


- Como surgiu seu interesse e quando você começou a trabalhar com futebol? Quais os projetos e veículos em que trabalhou?
Eu sempre amei futebol, Fórmula 1, vôlei, MotoGP...
Queria ficar perto do esporte. Mas não sabia jogar nada, aí virei jornalista, que nada mais é do que um atleta frustrado. Passei por poucos veículos. Fui logo pra criar os meus mesmos. Não concordo com a forma que a imprensa vê futebol, não quero ser parte dela.


- Como surgiu a ideia do canal do Youtube "Cara a Tapa"? Quanto tempo leva a preparação de uma entrevista?
Faz 3 anos. Eu queria fazer algo simples, curto e grosso. Errei na elaboração. Demorava 10 dias para organizar uma entrevista e 3 dias para editar. Agora eu convido num dia, gravo no outro e edito em 3 horas. Era muito bem feito. Não precisava tanto.


- Como foi estar frente a frente para entrevistar um de seus maiores ídolos, o Zico?
Eu já tinha estado com ele muitas vezes. Ele é uma pessoa incrível. Foi um sonho entrevistá-lo.


- Em algum momento de sua vida, você sonhou em ser jogador de futebol?

Quem não?

- Muito provavelmente você foi o primeiro jornalista fora da televisão a se tornar famoso na mídia. Mesmo assim, você já pensou em trabalhar na televisão? Aceitaria um convite para ser comentarista no canal ESPN, por exemplo?
Não. Já tive diversos convites no passado. Mas quanto mais eu me posiciono contra a mídia tradicional mais me afasto disso. Só aceitaria se fosse algo meu. Escrito por mim. No que tem hoje, nem pensar.

domingo, 3 de junho de 2018

O SONHO DO FUTEBOL VALE A PENA?


Vinicius José Paixão de Oliveira Junior, mais conhecido como Vinicius Junior.
O menino que saiu de São Gonçalo, subúrbio do Rio de Janeiro, foi destaque e artilheiro da Copa São Paulo de Futebol Júnior, e que rapidamente subiu para o time principal do Flamengo.
Depois de apenas 24 minutos atuando em duas partidas pelos profissionais, o então menino de 16 anos entrou para o noticiário esportivo internacional como a segunda maior venda de um jogador de futebol brasileiro, atrás apenas de Neymar. Por € 45 milhões, ele foi vendido pelo Flamengo ao poderoso Real Madrid, a maior transação já feita no Brasil por um jogador com menos de 19 anos de idade. Com exímia qualidade técnica desde os cinco anos de idade, Vinicius poderá vestir a camisa do atual tricampeão europeu a partir de julho, quando completará 18 anos e terá permissão legal para ser registrado pelo clube espanhol.



Rodrygo Silva de Goes, ou simplesmente Rodrygo, entrou para as categorias de base do Santos aos 10 anos de idade. Rapidamente chamou a atenção de todos no clube, devido à enorme facilidade para driblar e fazer gols. Aos 11 anos, o menino se tornou o mais jovem jogador brasileiro a assinar contrato de patrocínio com a Nike.
Em outubro de 2017, o "Raio", como é chamado na Vila Belmiro, foi alçado ao time profissional do Santos, depois de também ter passado por todas as categorias inferiores da seleção brasileira. Destaque do Santos em 2018, Rodrygo, 17 anos, já fez 9 gols em 28 jogos e despertou o interesse de grandes clubes da Europa. Entre eles, o mesmo Real Madrid de Vinicius Junior, que ofereceu os mesmos € 45 milhões já acertados com o atacante flamenguista. Porém, devido à cotação atual do euro, Rodrygo pode se tornar a maior transação da história do futebol brasileiro, ultrapassando os R$ 200 milhões.

E é por causa de Vinicius Junior, de Neymar, de Philippe Coutinho e de Rodrygo, que tantos adolescentes  vislumbram um dia ser um jogador profissional de futebol. Quantos “inhos” por aí tentam aparecer e ter a sorte grande de, através do futebol, tentar ser alguém na vida? São os Zezinhos, Luizinhos, Joãozinhos, Jairzinhos, Ricardinhos, Robinhos, Romarinhos, Pelezinhos, Rodriguinhos e uma infinidade de outros “inhos”, que viajam dias dentro de um ônibus barulhento e desconfortável, com ou sem rumo definido, num calor quase insuportável que entra pelas janelas e por onde se vê a paisagem rude que faz manter na lembrança de cada menino a vida sofrida que esperam poder deixar para trás. Eles saem dos rincões pelo interior do país para as grandes cidades, onde estão os times grandes da televisão, e se espelham em jogadores famosos que, assim como eles, acreditaram um dia que o futebol era talvez a única chance de sonhar com uma vida melhor ou, pelo menos, mais digna.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O MORUMBI ESTAVA ALI. MAS A "MELHOR SOLUÇÃO" FOI CONSTRUIR UMA ARENA EM ITAQUERA.

São Paulo, 6 de junho de 2014.
Como se não bastasse a greve dos metroviários que estava em seu segundo dia, uma chuva torrencial tomou conta da capital em plena sexta-feira a tarde.

Portanto, a chegada ao estádio do Morumbi foi caótica.
Quem foi de carro enfrentou enormes congestionamentos. Não havia vagas nas ruas próximas e flanelinhas cobravam até R$ 150 por um espaço qualquer. Os bloqueios feitos pela polícia mais atrapalhavam do que ajudavam. E a 20 minutos do início da partida, milhares de pessoas ainda aguardavam para entrar em filas enormes do lado de fora, debaixo de chuva.
Mas um jogo numa sexta-feira a tarde e com tantos problemas na capital?
Sim. Brasil x Sérvia fizeram nesse dia o último amistoso da seleção de Luiz Felipe Scolari antes da estreia na Copa do Mundo de 2014. Nada menos que 67.042 espectadores compareceram ao Morumbi para presenciar a vitória brasileira por 1 x 0, gol de Fred aos 13 minutos do 2º tempo.
Mas peraí... Tanta gente assim com chuva e sem metrô na cidade? E aquela história de que o acesso ao Morumbi é ruim e que o estádio não é moderno?
Pois é.


Exatamente quatro anos depois e às vésperas da abertura da Copa do Mundo na Rússia, o ex-presidente da Fifa, Joseph Sepp Blatter, declarou em entrevista ao site de "O Estado de S. Paulo", que não partiu da entidade a decisão de vetar o Morumbi e substituí-lo pelo Itaquerão. O dirigente diz que apenas acatou uma decisão tomada pelo então comitê organizador local da Copa Mundo do Brasil.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

O "OLHO NO OLHO" DE DIEGO AGUIRRE

"Um bom chefe faz com que homens comuns façam coisas incomuns."

A frase acima é de Peter Drucker, professor e escritor austríaco, considerado o pai da administração moderna.

O pensamento de Drucker vale também para o futebol, onde jogadores comuns, se bem liderados e treinados, podem surpreender com desempenho acima da média, se destacando mais do que jogadores de times mais badalados.

Seria o caso do técnico Diego Aguirre no São Paulo?

Sim.


O time que no início da temporada estava bastante desacreditado, agora se tornou líder invicto do Campeonato Brasileiro, com quatro vitórias e quatro empates. Em apenas oito rodadas, faz quase o mesmo número de pontos (16) que em todo o 1º turno do campeonato do ano passado (18).

Um treinador precisa de sensibilidade para entender seu time. Como não há tempo para treinamentos, devido ao pouco tempo entre uma partida e outra, o fator psicológico é uma arma essencial para estabelecer uma liderança saudável sobre cada jogador. O técnico deve ter ouvidos e olhos atentos para criar uma relação de confiança e lealdade entre todos do elenco, do goleiro ao centroavante, reservas e titulares.

E o uruguaio Diego Aguirre rapidamente conseguiu "entender" o que se passava com o São Paulo. O time, antes pacato em campo e submisso aos maus resultados, agora passou a ter o "brilho nos olhos" de seus jogadores, ganhando ou perdendo como time grande.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

O RAIO X DAS TORCIDAS NO BRASIL

Foi divulgada em abril deste ano uma nova pesquisa sobre torcidas no Brasil, realizada dessa vez pelo instituto Datafolha. Assunto sempre controverso, o mais novo levantamento é tão detalhado que, quando esmiuçado, chega a ser confuso, embora seja interessante. Principalmente quando partimos de uma premissa básica: quem é torcedor e quem é simpatizante?


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De qualquer forma, a pesquisa mostra, mais um vez, que Flamengo e Corinthians continuam sendo os times "mais queridos" do país. Tão queridos ao ponto de sabermos que um em cada três torcedores -ou simpatizantes- se declara flamenguista ou corintiano.
Embora o Flamengo tenha visto a diferença de torcedores diminuir em relação ao Corinthians, juntos, os dois clubes possuem 30% da preferência entre todos os times do Brasil, num universo que atinge cerca de 60 milhões de rubro-negros e alvinegros em nível nacional.

Nas regiões Norte e Nodeste do país, os flamenguistas estão em maior número que os corintianos. Porém, o Corinthians tem mais torcida que o Flamengo na região Sudeste: 19% contra 14%. O Corinthians também supera o Flamengo na região Sul, onde seu número de torcedores só fica atrás de Grêmio e Internacional.


Logo atrás de Flamengo e Corinthians, dois times paulistas têm, juntos, 15% da preferência no cenário nacional: São Paulo e Palmeiras, com ligeira vantagem para os são-paulinos, apesar da escassez de títulos na atual década.

domingo, 27 de maio de 2018

O REAL MADRID NÃO TEM LIMITES. E ISSO INCOMODA MUITO.


"Tem muita gente contra nós, contra que o Real Madrid fizesse história. Somos a melhor equipe da Europa e do mundo, não há nenhuma dúvida."
(Cristiano Ronaldo, atacante do Real Madrid e o maior goleador da Champions League com 120 gols).

Sim, o Real Madrid tem incomodado muita gente nos últimos tempos. E por que?
Simplesmente porque é um time vencedor. E boa parte das pessoas se incomoda com o sucesso alheio.
O time espanhol fez sua quarta final de Champions League em cinco anos. E diante de um esforçado Liverpool conquistou seu terceiro troféu consecutivo. Um feito como este é para poucos. E por isso incomoda tanto.
Apesar do terceiro lugar no Campeonato Espanhol e de ser eliminado pelo modesto Leganés na Copa do Rei, o Real Madrid se consagra na temporada como o melhor time do planeta na atualidade. E isso incomoda mais ainda.
Surgem aí diversas "teorias e conspirações" contra o time merengue.
Nas redes sociais, transbordam adjetivos nada elogiosos como"time sujo", "Sergio Ramos maldoso", "clube manipulador", entre outras considerações sobre o maior campeão europeu e, atualmente, o maior time do mundo, a frente de Barcelona, Bayern de Munique e Juventus.
Pura emoção, com uma pitada de dor de cotovelo.

Dentro de campo, o Liverpool bem que tentou, mas com a saída de Mohamed Salah a equipe perdeu intensidade de jogo e tudo ficou mais favorável para o time de Madrid, que a partir disso dominou o ímpeto inicial do time inglês e controlou a partida a seu favor.

CAUSOS DO FUTEBOL: VOCÊ SABIA QUE NA FINAL DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 99...


 Resultado de imagem para final do campeonato brasileiro de 1999 morumbi
Nos anos 90, o calendário do futebol brasileiro era bem mais "apertado" do que nos dias de hoje. Mais ainda por causa dos chamados "playoffs", que nada mais eram do que uma espécie de decisão em formato eliminatório disputada em três partidas.
Em 1999, as finais do Campeonato Brasileiro foram realizadas neste sistema e a finalíssima, entre o Corinthians (de Rincón, Vampeta, Ricardinho e Marcelinho Carioca) e o Atlético-MG (de Velloso, Claudio Caçapa, Belletti e Guilherme), aconteceu numa quarta-feira, quase na véspera de Natal, dia 22 de dezembro.
Como a TV Globo tinha os direitos de transmissão e a grade de programação de fim-de-ano já estava definida pela emissora um bom tempo antes, a partida teria de ser realizada no período da tarde. Quando soube do horário, dois dias antes, o então prefeito de São Paulo, Celso Pitta, reclamou e não aceitava que a final do campeonato fosse realizada em plena quarta-feira a tarde e quase na véspera do Natal, o que traria enormes transtornos ao comércio e ao trânsito da capital, além de privar muita gente de assistir ao vivo pela televisão.
A discussão ficou acalorada e até a manhã da quarta-feira dia 22 de dezembro, ninguém tinha certeza do horário da grande decisão. Foi aí que um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo entrou em cena e decidiu que o prefeito tinha razão, transferindo o horário do jogo para as 21h45.
Porém, perto das 16h00, milhares de pessoas já se aglomeravam em frente ao estádio do Morumbi para assistir à finalíssima e, frustrados e furiosos, tiveram de aguardar horas para ver um empate de 0 x 0 e o Corinthians conquistar seu terceiro título brasileiro.
Pior para os jogadores do Atlético-MG,  que além de perderem o título, também perderam o vôo de retorno para Belo Horizonte, já que o clube havia reservado passagens aéreas para as 21h30 da mesma quarta-feira. Não restou outra alternativa para o time mineiro senão fretar um jato particular para que os atletas pudessem comemorar a tempo o Natal com seus familiares.

Coisas do futebol no Brasil. Se contar lá fora, ninguém acredita. Ou acredita?



Adriano Oliveira tem este Blog desde 2009, mas a paixão pelo futebol nasceu bem antes disso. É um apaixonado que vibra pelas 11 posições, mas sempre assume uma, pois jamais fica em cima do muro. Aos 45 anos, o futebol ainda o faz sentir a mesma coisa que ele sentia aos 10.

sábado, 14 de abril de 2018

"BOLEIROS. ERA UMA VEZ O FUTEBOL..."

Gosta de futebol ou do futebol?

Poster: Boleiros - Era Uma Vez O Futebol...

"Boleiros", filme de Ugo Giorgetti, foi lançado há exatamente 20 anos, em abril de 1998, curiosamente também a dois meses do início de uma Copa do Mundo. Mas poderia ter sido feito em 1920. Ou agora, em 2018. Afinal, trata-se de um filme que nos leva à essência do futebol. Sim, do futebol. Porque não é um filme que fala de futebol, como tantos outros por aí. "Boleiros" foi feito sob a ótica dos próprios boleiros.
Giorgetti, com maestria, mostra o mundo do futebol visto por dentro ao abordar o cotidiano de jogadores, empresários, árbitros e profissionais do esporte, além de esposas, amigos e pessoas ligadas aos jogadores.
O filme se passa num bar localizado na capital paulista, onde ex-jogadores e seus amigos se encontram semanalmente para beber e recordar as velhas façanhas de outrora. Desses bate-papos, surgem seis histórias inesquecíveis que são contadas no decorrer da película. Histórias que misturam drama, humor e emoção.
No elenco, nomes expressivos do cinema e da televisão no Brasil: Rogério Cardoso, Adriano Stuart, Flávio Migliaccio, Lima Duarte, Otávio Augusto, Cassio Gabus Mendes, Marisa Orth, Denise Fraga, André Abujamra, Eduardo Mancini e Bruno Giordano.



Assista!