quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

RESENHA DE 2015


Se 2015 foi bastante complicado na política e na economia, no futebol foi o ano em que os clubes paulistas voltaram a dominar o cenário nacional.

➤ Corinthians e Santos, por exemplo, podem ser considerados os dois melhores times do Brasil, com 69% e 63% de aproveitamento em todas as competições da temporada, respectivamente. Tais números se referem aos pontos obtidos em relação à quantidade de partidas disputadas em todo o ano. Aliás, o Corinthians sofreu apenas nove derrotas em 2015, das quais três delas (um terço) exatamente para o time da Vila Belmiro.
Mas o futebol está longe de ser uma ciência exata e, curiosamente, o Santos é o único dos paulistas que não vai disputar a Copa Libertadores da América de 2016.

➤ O Palmeiras, que se escondeu atrás de um enorme ponto de interrogação desde o começo da temporada (e da caneta afiada de Alexandre Mattos que contratou mais de vinte jogadores), conseguiu a vaga para o torneio sul-americano ao derrotar nos pênaltis o próprio Santos e ficar com o título da Copa do Brasil. Mas o time de Paulo Nobre terá de fazer muito mais no próximo ano, afinal, a finalíssima diante do Santos foi a única grande partida de fato que o Palmeiras fez em 2015. Até o mais otimista dos palmeirenses tinha consciência do favoritismo do Santos, que estava mais confiante e jogando melhor, além de depender apenas de um empate no Allianz Parque para sacramentar o título. Era como se o ator Steve Harvey, que comandou o Miss Universo de 2015, estivesse também como mestre de cerimônia na decisão da Copa do Brasil. Anunciou o Santos como campeão, colocou as faixas nos jogadores e entregou o troféu. No entanto, após a decisiva cobrança de pênaltis, teve que voltar atrás, pedir desculpas quando viu o resultado final e, com a cara mais lavada do mundo, retirar o troféu dos santistas e entregá-lo aos palmeirenses.
O Santos merecia sim o título, pelo futebol leve, bonito e ofensivo. Por outro lado, o Palmeiras mereceu a vitória no derradeiro e mais importante confronto do ano para ambos os times.

FRASE - ESTÁ NA HORA DE BAGUNÇAR O CORETO?


" - Sei que parte dos clubes já fechou com a Globo, mas não vejo problemas em dois canais terem os direitos. Cada um mostra os jogos dos times com os quais tem contrato quando eles se enfrentarem. Está na hora de bagunçar um pouco o coreto."
(Modesto Roma Júnior, presidente do Santos, sobre o interesse do canal Esporte Interativo em assinar contrato de transmissão de jogos com os clubes nos Campeonatos Brasileiros de 2019 e 2020).

domingo, 27 de dezembro de 2015

A ESTRELA DE ZICO, MUITO ALÉM DO PADRÃO FIFA


Há exatos dois meses, uma segunda-feira dia 26 de outubro, Arthur Antunes Coimbra anunciou em seu programa na rádio Globo carioca que não seria mais candidato à presidência da FIFA nas eleições a serem realizadas em fevereiro de 2016. O brasileiro não poderá ser um dos candidatos porque não conseguiu a indicação mínima de cinco Confederações Nacionais, como prevê o regimento interno da entidade que administra o futebol mundial.
Arthur Antunes Coimbra. Galinho de Quintino. Ou simplesmente, Zico.
Maior ídolo da história do Flamengo e um dos maiores nomes do futebol brasileiro e internacional. Seus gols, seus passes, seus dribles, suas cobranças de falta e sua maestria ficaram famosos e na lembrança de torcedores de todo o planeta que o viram jogar. Do Brasil, passando pela Europa, até o Japão. Ficou marcado no mundo da bola pelas atuações brilhantes vestindo a camisa da seleção brasileira. D
isputou as Copas do Mundo de 1978, 1982 e 1986 e também é lembrado até hoje pelos títulos da Copa Libertadores da América e Intercontinental de Clubes, ambos conquistados pelo timaço do Flamengo de 1981 liderado por ele, único clube que defendeu no Brasil. Depois que abandonou os gramados, teve destaque como técnico da seleção do Japão nas Copas do Mundo da Ásia em 2002 e da Alemanha em 2006, sendo reverenciado até hoje no país asiático por ter ajudado a profissionalizar o futebol japonês.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A SUPREMACIA DO JOGO BONITO E CIENTÍFICO


O River Plate bem que tentou.
Correu, lutou, se esforçou em conter o ímpeto do melhor time de futebol do mundo.
Tamanho esforço durou 35 minutos. E até que foi bastante. O time argentino não reúne condições físicas e especialmente técnicas para aguentar por mais tempo. A velha tática de destruir ao invés de construir não durou tanto. O River até conseguia com forte marcação cortar espaços e retomar a bola em algumas investidas do Barça, mas não sabia o que fazer com ela, limitando-se a mantê-la pelo menos longe de sua defesa. O Barcelona, ao contrário, sabia exatamente o que fazer com e sem a bola, usando toda a paciência desse e de outros mundos.

sábado, 12 de dezembro de 2015

IMAGEM DA SEMANA: A DESPEDIDA DE CENI


" - Quando eu morrer, quero que minhas cinzas sejam jogadas aqui. Para que eu sempre esteja no Morumbi."
(Rogério Ceni, ex-goleiro e maior ídolo da história do São Paulo, em pronunciamento à torcida em seu jogo festivo de despedida como jogador).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUEM DECIDE A HORA DE UM "MITO" PARAR?


Era o começo da noite de uma sexta-feira quente, de baixa umidade, temperatura batendo na casa dos 30 graus. Ele havia encerrado o expediente e se deu ao direito de beber uma cerveja gelada num bar mais ou menos conhecido da região. A “loira da vitória”, como costumava dizer.
Aos poucos, o local foi ficando bastante movimentado e com a presença de muitos torcedores. E torcedoras também, claro. Todos vestiam a mesma camisa: branca, vermelha e preta. Não era dia de futebol, mas soube que teria um jogo especial naquela noite e que muita gente se encontraria ali para assistir.
Pouco antes do início da partida, o bar estava lotado. E o assunto recorrente era a aposentadoria anunciada do goleiro e capitão daquele time grande de três cores. Mais do que isso: um goleiro-artilheiro, cheio de recordes.

sábado, 5 de dezembro de 2015

IMAGEM DA SEMANA: "MAIS COMENTADA QUE O TÍTULO?"


Após a conquista do título da Copa do Brasil nos pênaltis, o jogador palmeirense Rafael Marques comemora no gramado do Allianz Parque com a máscara de Ricardo Oliveira, em provocação ao jogador do Santos ao qual classificou de "mau-caráter" e "mentiroso". O atacante santista de 35 anos foi artilheiro dos Campeonatos Paulista e Brasileiro durante a temporada de 2015 e suas polêmicas comemorações de gols nos clássicos inflamaram os nervos dos palmeirenses antes da decisão, que não esqueceram de "homenageá-lo" após levantarem o troféu. Segundo a página oficial do Santos no Facebook, "Ricardo Oliveira foi mais comentado que o próprio título do Palmeiras" depois do jogo.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O MOMENTO DE EUFORIA DO CAMPEÃO PALMEIRAS


Quando os jogadores do Palmeiras posam para a foto de campeão da Copa do Brasil imitando a "careta" de Ricardo Oliveira, devolvendo a "provocação" feita pelo artilheiro santista em jogos anteriores, comprova-se que o futebol é puramente apaixonante simplesmente pela rivalidade. Como tem de ser.
Não que a "cara feia" de um jogador adversário depois de marcar um gol ou que a veiculação antecipada de um pôster de campeão publicado por uma editora oportunista de plantão façam um time como o Palmeiras jogar mais. É claro que o futebol de cada jogador é o mesmo. Mas certamente fez o jogador do Palmeiras acreditar que podia mais. E transformou o clássico do "tudo ou nada" para Santos e Palmeiras no momento de euforia dos palmeirenses.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

AZAR OU SORTE DE CAMPEÃO?


Robinho, ex-camisa 7 do Santos, teria feito de letra o gol imperdível que Nilson perdeu. Sim, de letra, por puro deboche. Afinal, era o último lance, nos acréscimos do 2º tempo, sem goleiro, sem ninguém, na pequena área. Desengonçado, Nilson chutou para fora diante do gol escancarado. Qualquer jogador faria o gol e se consagraria como o reserva que entrou e decidiu na final. Menos ele, Nilson. Talvez o "gol feito" que o pobre Nilson não fez não tenha custado o título da Copa do Brasil ao Santos, como muita gente imagina. Mas provavelmente vai fazer o time sofrer um "calor" desnecessário na partida do Allianz Parque.
O primeiro jogo das finais da Copa do Brasil, na Vila Belmiro, fez lembrar exatamente o último duelo entre Santos x Palmeiras, válido pelo Campeonato Brasileiro. O Santos muito superior e mais agressivo, como já se esperava, com toque de bola rápido e com bastante intensidade do meio para frente. O time de Dorival Júnior criou muitas oportunidades, um jogo de ataque contra defesa, só que mais uma vez desperdiçou tudo o que produziu por incompetência nas finalizações.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SEIS RAZÕES PARA UM INDOLENTE 6 x 1


O São Paulo foi impiedosamente goleado pelo rival e campeão Corinthians por 6 x 1, no Itaquerão, a três rodadas do fim do Campeonato Brasileiro. Poderíamos citar pelo menos seis razões que justificariam tamanha derrota.
1) Pesadelo - O São Paulo viveu um pesadelo nos clássicos em 2015. O time treinado por Muricy Ramalho, Juan Carlos Osório, Doriva e Milton Cruz conseguiu a proeza de levar 31 gols de seus rivais estaduais e marcar somente 11 vezes, um saldo negativo de 20 gols. Em 14 clássicos, o time do Morumbi venceu apenas dois, empatou três e perdeu nove vezes.
2) Carrascos - O São Paulo enfrentou o Santos seis vezes na atual temporada. Perdeu quatro e foi eliminado pelo rival em dois torneios de mata-mata: o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. Mas apesar das eliminações para o Santos e do acachapante revés sofrido para o Corinthians, foi o Palmeiras o maior carrasco dos são-paulinos em 2015. Em três partidas, o time do Allianz Parque venceu duas vezes, por 3 x 0 e 4 x 0 (essa a maior goleada do Palmeiras sobre o São Paulo na história do Campeonato Brasileiro). O tricolor empatou uma das três partidas, 1 x 1, porém novamente com amargo sabor de derrota: após falha grosseira do goleiro Rogério Ceni na reposição de bola, o meia palmeirense Robinho fez o gol de empate nos acréscimos do 2º tempo.

sábado, 21 de novembro de 2015

A HISTÓRIA DO SEGUNDO TEMPO DE DUAS PARTIDAS

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


O nosso amado Tricolor segue firme para terminar de forma honrada o campeonato em uma temporada em que vivemos de tudo. Mas, somos tão grandes e reconhecidamente o clube da Fé que na nossa crise, disputamos vaga na Libertadores.
O empate do Santos, claro, colaborou muito para renovar as esperanças para as rodadas finais e o Galo, que cá entre nós, estava apenas matematicamente na briga, foi vencido pela persistência do time do São Paulo.
Persistência, porque o Soberano esteve em desvantagem duas vezes ao longo da partida.
O jogo começou acelerado com os sistemas defensivos bem posicionados, o que provocou uma chuva de irritantes e improdutivos cruzamentos sem finalidade alguma. Esse foi o tom do primeiro tempo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O BOTAFOGO VOLTOU. NA BOLA, SEM SUSTOS.


É claro que o torcedor botafoguense não queria disputar, de novo, a Segunda Divisão.
É claro que, no início da atual temporada, até o mais otimista de seus torcedores achou que o acesso seria mais complicado. Afinal, existem dois tipos de palpite ou previsão no futebol: O que se acha e o que se quer.
É claro que uma novela de 38 capítulos contém expectativa, drama e suspense.
E é claro que esse não é o time dos sonhos do torcedor do Botafogo.
Mas é o time que se mostrou suficiente para retornar à elite do futebol nacional. E, para quem compreende a importância de um time como o Botafogo na Série A, é somente isso o que importa. O time do Botafogo talvez em nenhum momento foi brilhante, mas fez o suficiente para liderar 27 das 35 rodadas até aqui.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

SEJA CONTRA O GUARANI OU O VILLAREAL

Um gol antológico. Mais um.
Desses que só enriquecem a extensa galeria dos "gols mais bonitos de Neymar".
Dessa vez a bola veio dos pés de Luiz Suárez, fazendo curva, a meia-altura. Neymar entrava na área em velocidade. Caprichosamente a bola quica no gramado no momento do arremate, só para confundir o craque, só para tentar atrapalhar. Neymar amortece a bola com a barriga e, de costas, aplica um chapéu sobre si próprio e sobre o lateral Jaume Costa, do Villareal. Sem deixá-la cair, o camisa 11 do Barcelona vira rapidamente e bate com precisão, de primeira, a bola rasteira no canto do goleiro Areola que, incrédulo, nada pôde ou conseguiu fazer.
O Camp Nou aplaude de pé a pintura de Neymar. O mundo reverencia o craque.
O jornal espanhol "Mundo Deportivo" classificou o gol como "o maior espetáculo do mundo". O argentino "Olé" chamou o atacante brasileiro de "fenomenal" e lembrou que ele ainda fez mais um gol na vitória do Barcelona por 3 x 0. O "As" o definiu como "descomunal". E o "Marca" citou que o craque "inventou uma acrobacia" no lance do gol.

O golaço de Neymar contra o Villarreal, aos olhos dos europeus, é mais do que uma "obra de arte". É uma justa homenagem àqueles que diziam anos atrás que o então jogador do Santos só fazia gols assim contra Mogi Mirim e Naviraiense. Que ele só fazia jogadas assim contra os pobres zagueiros brasileiros desprovidos de técnica e que, na Europa, diante dos melhores jogadores do mundo, ele não teria nenhuma chance e não passaria de um mero coadjuvante. O golaço feito contra o Villareal aconteceu no Camp Nou, como poderia ter acontecido na Vila Belmiro ou na Rua Javari. Jogadas "acrobáticas" como essa era o "feijão com arroz" dos santistas a cada quarta e domingo. Mas apesar dos dribles desconcertantes, dos belos gols e das jogadas geniais, Neymar era o "mascarado", o "folgado" e o "exibido".
Neymar joga até hoje como se ainda fosse um moleque correndo na praia, atrevido, irreverente. Seu jeito de jogar bola é inconsequente, muitas vezes irresponsável, o que o leva a fazer gols antológicos como esse ou dar carretilhas nos adversários mesmo nos tão badalados torneios europeus. Neymar é assim, seja contra o Bragantino ou o Real Madrid.
Só faltou ser argentino. Porque daí sim ele seria reverenciado também pelos tantos milhões de brasileiros que se incomodam com seu talento e seu sucesso.


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CAMPEÃO POR UMA QUESTÃO DE TEMPO. FAZ TEMPO.


O Corinthians de 2015 é bem diferente do time treinado pelo mesmo Tite em 2012 e 2013.
Aquele Corinthians chegou ao Olimpo, é verdade. Conquistou dois títulos expressivos, um deles inédito na história centenária do clube, que sepultou as "eternas" gozações dos rivais. Mas aquele era, de fato, outro time. Era um conjunto forte, vencedor, porém previsível demais. E apesar dos títulos, um time que não brilhava.
O time de 2015 joga bem, faz gols e muitas vezes encanta. O atual Corinthians de Tite não muda seu jeito de jogar, seja contra o Atlético-MG ou contra o Joinville, dentro ou fora de casa. O time atual foi eliminado da Copa Libertadores pelo Guaraní, do Paraguai, e também foi eliminado da Copa do Brasil pelo Santos, em ambos os torneios de maneira precoce, nas oitavas-de-final. E dentro do Itaquerão. Mas não mudou sua forma de jogar. O Corinthians deste ano deixou de lado a lendária "empatite" e os placares magros de 1 x 0. O atual time é goleador, mesmo fora de seus domínios. E mesmo com Vágner Love no lugar de Paolo Guerrero. E sem Emerson Sheik. O Corinthians de hoje não espera pelo erro do adversário. É um time impiedoso, mortal em seu vistoso toque de bola. Joga um futebol compacto, os jogadores sabem o que fazer com e sem a bola. Um time que joga com harmonia, muito bem treinado.
Quem joga hoje contra o Corinthians, em qualquer lugar, tem a missão de propor o jogo. Tem que se adaptar ao estilo de jogo do Corinthians. Jamais o contrário.

ATAQUE CONTRA DEFESA. MAS FICOU SÓ NO 2 x 1.


Poucas vezes o placar de um jogo foi tão enganoso quanto o 2 x 1 do Santos sobre o Palmeiras, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. E se o clássico foi a tal "prévia" das finais da Copa do Brasil, é bom o torcedor palmeirense ficar em alerta.
O Santos foi muito superior do início ao fim. E só não aplicou uma impiedosa goleada sobre o rival porque conseguiu a proeza de perder gols simplesmente imperdíveis, um atrás do outro. Pior: a infinidade de chances desperdiçadas poderia até ter custado ao time de Dorival Júnior sua atual vaga no G4. O gol "achado" do atacante palmeirense Dudu quase no fim da partida complicou uma vitória praticamente inquestionável da equipe santista.

sábado, 31 de outubro de 2015

ESSE TAL DO "MAIS DO MESMO" VALE ATÉ QUANDO?

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?
Que semana, amigos! Tenho vivido dias dignos das montanhas russas do Bush Gardens, mas quem não está, não é mesmo?

E a Chape, hein? O time desejou ardentemente essa classificação e jogou contra o River dando a impressão que sequer lembrava da sua história e do peso da sua camisa. A verdade é que em muitos momentos colocou o Millonarios contra a parede e, sinceramente, eu acreditei que fosse possível até o minuto final. Porque era possível, sim. Mesmo desfalcada, a equipe mostrou um brio de dar gosto e perdeu muitos gols. Ok, não era pra ser.
O River nas últimas campanhas não perdeu um jogo fora de casa em mata-matas. Pois a Chape conseguiu esse feito. Que os torcedores se orgulhem e que os considerados “grandes” se espelhem. É inquestionável que a jornada desse time na Copa Sul-Americana ganha espaço na prateleira da memória afetiva do futebol brasileiro.


Na mesma pegada, mas em terras de Rainha, sabemos que a Copa da Liga Inglesa não chama a atenção de ninguém, né? Pois é, ainda assim, nenhum time quer ser desclassificado, especialmente quando se trata do Manchester United jogando em Old Trafford.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"LA SÉTIMA": UM PASSEIO DE 25 MINUTOS

" – Se você se conhece e ao inimigo, não precisa temer o resultado de cem combates."
(Sun Tzu, general, estrategista e filósofo chinês)




"A Arte da Guerra" é um livro escrito por Sun Tzu na China há cerca de 2.500 anos.
Sua tradução em língua portuguesa possui pouco mais de 100 páginas e se tornou leitura quase obrigatória no mundo empresarial e político. Uma espécie de doutrina básica sobre estratégias e táticas de liderança, originalmente direcionadas para generais e comandantes de forças militares.
Li "A Arte da Guerra" há mais de dez anos e confesso que o segundo jogo entre Santos x São Paulo, na Vila Belmiro, válido pelas semifinais da Copa do Brasil, me fez relembrar os milenares ensinamentos do chinês Sun Tzu.

domingo, 25 de outubro de 2015

FRASE, Vágner Love


" – Aqui é o dobro. Você não tem de matar um leão por dia, são dois. Tem de sempre estar provando algo mais. Mas se eu não quisesse cobrança, iria jogar em outro lugar (...) Não fizemos nada de errado. Se a arbitragem errou, não foi só para a gente. O problema é que é todo mundo contra o Corinthians. É o Corinthians contra o resto."
(Vágner Love, 31 anos, atacante do Corinthians, sobre as críticas da torcida e a arbitragem do Campeonato Brasileiro).

IMAGEM DA SEMANA

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21/10/2015, primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil, São Paulo 1 x 3 Santos.
Aos 40 segundos de partida, uma queda de energia deixou o estádio do Morumbi na escuridão. O jogo só recomeçou 23 minutos depois. Como se não bastasse, um temporal em seguida deixou o gramado alagado.
Os celulares acesos nas arquibancadas formaram uma bela imagem durante o apagão.

sábado, 24 de outubro de 2015

GUERRERO É ÍDOLO OU EX-ÍDOLO DOS CORINTIANOS?

 Como já falei várias vezes: eu gosto do Corinthians. No Brasil, só jogaria no Corinthians. Não tem jeito de jogar por outro time."
(Paolo Guerrero, declarando em novembro de 2014 que não trocaria o Corinthians por nenhum outro clube brasileiro).


Marcos sempre teve um enorme carisma junto aos torcedores de todos os times. Mas, para o são-paulino, nenhum outro goleiro se compara ao "mito" Rogério Ceni, por exemplo.
Ainda para o são-paulino, quem deveria ter vestido a camisa da seleção brasileira na Copa do Mundo era Luis Fabiano e não o "cone" Fred. Para o torcedor do Fluminense, Fred é craque e só não foi bem na Copa simplesmente porque a bola não chegava até ele e ponto final. Para o santista, Felipão foi injusto ao levar Bernard no lugar de Robinho. Para o corintiano, o peruano Paolo Guerrero era até o início deste ano o melhor centroavante do futebol brasileiro. Ao deixar o Parque São Jorge e se apresentar ao Flamengo, o peruano não vale mais sequer o feijão que come, tornou-se um mercenário e um ingrato que só ficou conhecido após ganhar títulos pelo Corinthians, mesmo com uma longa passagem anterior pelo futebol alemão. Para o palmeirense, o peruano nunca foi nada mais que um atacante de sorte, que joga menos que o argentino Cristaldo, por exemplo.
Sim, o torcedor é volúvel. E é normal que seja assim. O ídolo de uma torcida representa um mito ou uma farsa na ironia dos torcedores rivais.
Mas e Paolo Guerrero? Definitivamente não é mais o ídolo de outrora dos corintianos?
Para cair nas graças da torcida e se tornar um ídolo, o jogador acima de tudo tem de ser protagonista. Algumas vezes para o bem e para o mal. E o centroavante peruano foi exatamente isso. A maldade de hoje que tanto fez bem ontem aos corintianos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

APAGÃO, TEMPORAL E ALGO A MAIS


Um clássico com quatro gols está a altura de um São Paulo x Santos, que normalmente fazem grandes jogos. E dessa vez não foi diferente.
O primeiro duelo do San-São pelas semifinais da Copa do Brasil teve todos os ingredientes de um clássico que se preze. Provocações, lances polêmicos, reclamações com a arbitragem. Um jogo truncado, cheio de faltas e de lampejos de jogo aberto. Com direito à apagão de 23 minutos e gramado encharcado por um dilúvio.
Pela fase dos dois times, o Santos era o favorito. O São Paulo, em crise e mergulhado na lama de seus bastidores, era o franco-atirador jogando dentro de sua própria casa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O CALVÁRIO (E O CASTIGO) DA LUSA


Diferentemente de boa parte das coisas da vida, futebol é uma opção. É você quem escolhe o time que deseja torcer. Na vida, não dá para escolher ser pobre ou rico. Mas dá para escolher para qual time torcer.
E já que você se propõe a amá-lo pelo resto de sua vida, por que cargas d'água escolher um time secundário, enrolado, que pouca gente conhece seus ídolos e sua história, que é eternamente a "zebra" e que não conquista um título há mais de 40 anos? Para que escolher sofrer numa das poucas coisas da vida em que se tem o privilégio de optar?
Júnior pensava assim. Mas encontrava algum tipo de resposta vendo o fanatismo de seu pai pelo time do Canindé. Um velho português sisudo e de cara fechada, mas que fazia festa na padaria após cada vitória da Lusa e que chegava a fechar as portas mais cedo quando a derrota era mais dolorida. Júnior nunca gostou tanto de futebol como o pai, nunca foi de jogar bola nos campinhos como a maioria de seus amigos durante a infância, mas quase sempre acompanhava o pai até o Canindé nas tardes de domingo. O pai era um torcedor apaixonado, romântico, que odiava ouvir que a Portuguesa "era o segundo time de todo mundo". Para o seu pai, a Lusa era, por exemplo, muito mais soberana que aquele clube do bairro nobre da capital e sua torcida era bem mais fiel que a daquele time vizinho, que ficava a poucos minutos do Canindé seguindo na mesma Marginal Tietê. Jamais viu seu pai vestir uma camisa que não fosse a rubro-verde. Os times considerados grandes, dos craques da televisão e da mídia, simplesmente faziam parte do resto. E o resto é o resto.

sábado, 17 de outubro de 2015

A PAIXÃO E AS ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Nessa "era limbo" pós 7 x 1, tivemos a vexatória desclassificação na última edição da Copa América, a qual apenas confirmou que o nosso futebol vive, sim, uma crise institucional sem precedentes, vide as últimas do meu amado Tricolor, as quais já foram exaustivamente discorridas em todos os canais de comunicação desta era.


Em meio às incertezas e aos escândalos foi dada a largada para a Copa do Mundo de 2018. A torcida brasileira, que em grande parte, há tempos torce o nariz para a Seleção, sinto que já esteja desapaixonada de vez. A questão é: será mesmo que a paixão acaba?
Na estreia diante do Chile, o time, se é que podemos chamar assim, não conseguiu traduzir em gols o domínio em campo e se deixou envolver pelo ótimo entrosamento da bela equipe chilena fazendo valer a marca que, por vezes, ganha dos fracos e perde dos fortes, muito embora os parâmetros de qualidade dos times hoje em dia tenham mudado muito.
Ao menos, contra a Venezuela, o Brasil seguiu o riscado e mesmo com uma atuação longe da exuberância, avançou os primeiros três quilômetros na longa estrada rumo à Rússia. O time da Venezuela permitiu, devido ao seu posicionamento em campo, que alguns dos nossos jogadores se sobressaíssem individualmente, já que no coletivo parece que a equipe vai demorar para engrenar, graças à teimosia de Dunga.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

QUEM FOI O MELHOR RONALDO?


O craque português Cristiano Ronaldo superou a incrível marca de 500 gols na carreira.
Incrível? Sim, incrível porque são dois gols a cada três jogos desde que o gajo começou a jogar profissionalmente. Não é uma marca qualquer, tampouco para qualquer jogador. Só pelo Real Madrid, o português já balançou as redes 323 vezes em 308 partidas, igualando-se ao ídolo Raúl, que fez o mesmo número de gols, porém com 10 anos a mais de clube.
Com este feito de Cristiano, surgiu nas redes sociais o debate sobre quem foi o melhor Ronaldo. O português, o Gaúcho ou o Fenômeno?

terça-feira, 6 de outubro de 2015

OSÓRIO NO TIME CERTO, NA HORA ERRADA


Juan Carlos Osório é um treinador colombiano de 54 anos que, segundo os especialistas, possui um profundo conhecimento sobre futebol. É estrangeiro e somente por esse motivo está mais capacitado do que todos os técnicos brasileiros juntos, de acordo com o que pensam os mesmos especialistas. Sua chegada ao Brasil era o anúncio da "revolução" que o ex-país do futebol e seu vira-latismo tanto precisava depois do trágico 7 x 1 na última Copa do Mundo.
Osório veio "ensinar" futebol justamente no clube mais adequado para ele: o São Paulo, que até há pouco tempo era considerado modelo de estrutura e gestão esportiva em terras tupiniquins.
Diante de tanto conhecimento acumulado, esperava-se que, em suas concorridas entrevistas, o assunto principal fossem seus métodos de treinamento, suas análises táticas ou seu planejamento de jogo. Mas percebeu-se que as coisas não estavam acontecendo conforme o esperado quando o foco das coletivas passou irritantemente a ser seu convite para treinar a seleção do México nas Eliminatórias da Copa.
Nas entrevistas de Osório, esse era o assunto recorrente:
O Senhor vai para o México ou vai permanecer no São Paulo?

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

NO BAR DE SEMPRE, A CHAPECOENSE.


E lá estavam eles, sentados no bar de sempre, falando sobre o de quase sempre.
Noite de um domingo chuvoso. A cerveja, o tira-gosto e os olhos na tela da TV para assistir Chapecoense x Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, a dez rodadas do fim. O são-paulino, desconfiado, havia passado a noite no G4. O santista, que viu seu time deslanchar no 2º turno, havia acabado de tomar o lugar do são-paulino na tabela de classificação. E o corintiano, 15 pontos a frente dos rivais, bem mais aliviado, na liderança. Enfim, com exceção do palmeirense, é claro, todos torcendo contra o Palmeiras, como de costume e por razões óbvias.


Começa o jogo.

sábado, 3 de outubro de 2015

– ERA UMA VEZ... – MAIS UMA BOA HISTÓRIA DO FUTEBOL PARA SE CONTAR!

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Semana pra lá de agitada e assunto é o que não falta, afinal Copa do Brasil, Champions League e Sul-Americana reservaram belas disputas.

O São Paulo lançou mão da correta estratégia de, frente a um adversário fraco, fazer o resultado em casa no jogo de ida para chegar ao Rio de Janeiro e ver a vida passar em câmera lenta no primeiro tempo.
Eis que a estratégia caiu por terra a partir do momento em que deixou o Vasco dar a largada. O Tricolor se forçou a reverter o placar, claro impacto de uma escalação desastrosa que fez o time correr mais que o necessário em uma partida em que o tom era somente administrar e nada mais.
Na etapa complementar, Ganso saiu do banco para mudar o rumo do time. E deu certo, aliado ao protagonismo de Pato. A vitória poderia ter vindo e a vaga que era obrigação, foi garantida.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

ROGÉRIO CENI E O AZAR


É claro que, depois dos 40 anos, algumas falhas se tornam imperdoáveis.
Afinal, não se julga um veterano como Rogério Ceni da mesma maneira como se julga um Gabriel Jesus, por exemplo.
Ao veterano as críticas sempre são mais duras e mais ácidas. E normalmente se enxerga mais a decadência do que as virtudes de antes.
Rogério Ceni já adiou mais de uma vez sua aposentadoria. Como maior ídolo da história do São Paulo, seria justo para ele deixar os gramados com "o último pôster na parede", segundo suas próprias palavras.
Mas está valendo a pena? Quem determina a hora de um ídolo parar?

sábado, 26 de setembro de 2015

O CRAQUE DENTUÇO DE TODOS OS TEMPOS DA ÚLTIMA SEMANA


Ronaldinho Gaúcho é um brincalhão. Sempre foi.
Do chapéu no zagueiro Dunga no longínquo Campeonato Gaúcho de 1999, que lhe rendeu antipatia do atual treinador da seleção brasileira até os dias de hoje, até quando expõe seu habitual e inigualável sorriso largo em selfies durante baladas intermináveis na Barra da Tijuca, em sua residência que vale R$ 60 milhões.
Ronaldinho sempre sorriu e brincou desde que surgiu para o futebol. Com e sem a bola nos pés. Divide com Renato Gaúcho as opiniões sobre quem foi a maior revelação da história do Grêmio. Vestiu as camisas do Paris-Saint-Germain e do Milan, mas foi no Barcelona que se tornou talvez o jogador mais talentoso de sua geração. Seus dribles fantásticos, suas jogadas brilhantes e seus belos gols lhe deram status de maior jogador do mundo por dois anos seguidos, em 2004 e 2005. Pelo time da Catalunha, foi aplaudido de pé pela torcida do arqui-rival Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, na vitória memorável do Barcelona por 3 x 0 sobre os merengues, com dois gols seus e uma atuação irretocável. Um feito para poucos, que nem um tal de Lionel Messi ainda conseguiu.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A MARÉ MANSA DO CORINTHIANS... E COM SORTE DE CAMPEÃO.


Escrevi há cerca de quinze dias (leia o post http://almanakfc.blogspot.com.br/2015/09/a-incompetencia-de-quem-apita-e-de-quem.html#more) que tudo caminhava relativamente bem para o Corinthians na temporada, que o campeonato começava a perder a graça ainda restando 15 rodadas e que pouca coisa poderia incomodar a maré mansa do time de Itaquera. E só o que mudou três rodadas depois é que agora restam "apenas" 33 pontos para serem disputados.
Quando o Corinthians perdeu para o Internacional fora de casa por 2 x 1 encerrando uma série invicta de 17 jogos, o que seus adversários teoricamente "concorrentes" fizeram para tentar encurtar a distância na tabela de classificação?
O Atlético-MG perdeu de goleada para o Santos que perdeu antes para a Ponte Preta. O Grêmio perdeu duas partidas, para São Paulo e Palmeiras. O mesmo São Paulo que perdeu para o Santos, para o Avaí e empatou sem gols com a Chapecoense em pleno Morumbi. O Flamengo, que mostrou certo fôlego num sopro de esperança após cinco vitórias seguidas, perdeu para o Coritiba e depois de goleada para o Atlético-MG. O Internacional, que venceu o Corinthians, na sequência tropeçou dentro de casa diante do pacato Figueirense.
Quem faz a sua parte e quem não faz? Por que os outros times não conseguem ser regulares e pragmáticos como o time de Itaquera?

sábado, 19 de setembro de 2015

PATO NÃO FOI CONVOCADO. MAS ELE QUER JOGAR NA SELEÇÃO?


Ao contrário do que muita gente imaginou, Alexandre Pato não estava na lista de convocados do técnico Dunga para os jogos da seleção diante de Chile e Venezuela, em outubro, válidos pelas Eliminatórias da Copa.
Não porque lhe falta capacidade para estar na seleção de Dunga, longe disso. Até porque atualmente ter ou não ter capacidade não é critério para uma convocação. Assim como há jogadores melhores que ele, também há jogadores inferiores e até com menos grife que normalmente tem sido chamados. Mas talvez seu nome ainda não esteja na lista de convocados porque o próprio jogador não demonstrou "tesão" ou interesse quando vestiu a camisa do Brasil.

FRASE, Levir Culpi

" - Aquilo foi quase um sexo sem orgasmo. Fomos para o jogo e não foi bom, teve um final horrível. O que se faz quando se tem sexo sem orgasmo? Se prepara para a próxima. A gente vai para a próxima e vai ter mais. Tecnicamente seria isso."
(Levir Culpi, técnico do Atlético-MG, questionado em entrevista coletiva sobre a goleada sofrida para o Santos por 4 x 0, na Vila Belmiro, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro).


DIE MEISTER, DIE BESTEN, LES GRANDES ÉQUIPES - A PRIMEIRA RODADA DA CHAMPIONS LEAGUE!

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Quem nunca se arrepiou com os primeiros acordes do Hino da UEFA Champions League bom sujeito não é... ou ao menos não gosta tanto assim de futebol como diz que gosta.
Nessa semana foi dada a largada na Liga que faz o meu coração bater mais forte. A Champions League não é apenas mais um campeonato e isso passa longe de papo bairrista. A verdade é que, como torcedora, eu sou apaixonada pelo futebol europeu, mesmo com todas as suas disparidades.
Não foi possível acompanhar, em tempo real, todas as partidas. Por isso mesmo reservei comentários para aquelas nas quais posso dar os meus pitacos.



A começar pelo Bayern, o de Munique, que jogando na linda Grécia contra o Olympiacos venceu por 3 a 0, sendo que todos os gols foram no segundo tempo. O primeiro tempo foi feio de dar dó, truncado no meio campo, sem nenhuma emoção e com total controle bávaro.
Já na etapa complementar, Müller fez um lindo gol totalmente sem querer ao tentar um cruzamento da ponta direita. Analisando o replay, fica claro que ele procura a área ao cruzar, mas a bola entra direto. Seja como for, golaço. Os outros dois gols saíram no finzinho do jogo com Götze e novamente Müller, mas este de pênalti. Na próxima rodada o Bayern encara o Dinamo Zagreb e fecha o primeiro turno fora de casa contra o Arsenal.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

UMA GOLEADA QUASE SEM QUERER


Existem jogos em que se perde jogando bem. E existem jogos em que se ganha jogando mais ou menos. O Palmeiras não só venceu, mas goleou o Fluminense exatamente assim. Jogando mais ou menos. Quase sem querer.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

SAN-SÃO? NÃO, SAN-SAN


Juan Carlos Osório deve estar feliz com o que viu na Vila Belmiro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Adepto do futebol ofensivo, certamente demorou a dormir por causa da adrenalina. E não era por causa de seu time, que entrou em campo mais uma vez de cara fechada, indisposto, apenas para "bater cartão" dentro de campo e torcer pelo apito final do árbitro. O treinador colombiano viu um time de branco desfalcado de dois importantes jogadores (exatamente como o seu time também estava), porém pouco se importando com esquema tático, padrão de jogo, questão técnica ou coisas do gênero. Viu um time de branco com limitações, é verdade, mas que cria, que corre e que dribla, sempre jogando para frente. Exatamente ao estilo que Osório mais aprecia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

CHAMAR O RIVAL DE "MEU FREGUÊS" INCITA À VIOLÊNCIA?


" - Aqui se traça uma fronteira clara entre você ser ou não um espírito de churrasco na laje: nunca pense que seus filhos são lindos universalmente."
(Luiz Felipe Pondé, filósofo, escritor e ensaísta brasileiro).

A maioria dos adeptos do mundo "politicamente correto" pensa que não carrega nenhum "monstro" dentro de si. Afinal, no mundo moralista do "politicamente correto" não existe inveja, orgulho, medo ou raiva. Ninguém fala mal ou faz fofoca de ninguém. Mesmo nos tradicionais almoços de domingo com a família toda reunida ou quando se está falando banalidades sentados à mesa de uma festa de casamento de algum parente enquanto se aguarda pelos comes-e-bebes. Além de seus filhos, todas as outras crianças correndo de um lado para o outro na festa também são lindas, bem-comportadas e educadas, apesar da bagunça e do barulho.

A INCOMPETÊNCIA DE QUEM APITA E DE QUEM JOGA


" - Não se pode pedir ao artista mais do que ele pode dar, nem ao crítico mais do que ele pode ver" (Georges Braque, pintor e escultor francês).

Tudo caminha relativamente bem para o Corinthians. O Campeonato Brasileiro começa a ficar até meio sem graça restando ainda 15 rodadas. Apesar das eliminações prematuras na Copa Libertadores da América e na Copa do Brasil, o time do técnico Tite se recompôs a tempo. E se não encanta com seu futebol eficiente e pragmático, está acumulando gordura no topo da tabela conquistando pontos dentro e fora de casa, enquanto seu adversário mais próximo, o Atlético-MG, não consegue caminhar com a mesma regularidade e tem seus tropeços.
Seguro até aqui, o Corinthians pode ter em 2015 a vida ainda mais fácil do que teve o Cruzeiro em 2013 e 2014. Imagina-se, ao que tudo indica, que poderá erguer o troféu com mais rodadas de antecedência que o clube mineiro no ano passado.
Diante desse cenário, muita gente colocou em xeque a maré mansa do time de Itaquera. Questiona-se mais que antes a fórmula dos pontos corridos e até a mídia chegou a veicular recentemente uma certa campanha pela volta dos mata-matas. Mas de fato a bola da vez que esquenta as discussões depois de cada rodada é de que a culpa pelo campeonato atual se tornar modorrento é da arbitragem. Fala-se bastante em "esquema" a favor do líder do campeonato e o técnico do Atlético-MG, Levir Culpi, até extravasou ao declarar que "o campeonato deste ano já está manchado pela arbitragem". Será? De nenhuma forma se consegue enxergar méritos no futebol consistente praticado pelo time de Tite?

sábado, 5 de setembro de 2015

DORES E DELÍCIAS - UMA PARTIDA SURREAL E A ARBITRAGEM NO BRASIL

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Pois é, esta que vos escreve está caindo de gripe. Opa, caiu é pênalti? Sim, hoje também falarei um pouco sobre esses juízes sem juízo que andam nos levando à loucura.



A goleada do Inter em cima do Vasco e as arbitragens horríveis da noite da última quarta-feira roubaram a cena e não evidenciaram o quanto o jogo do São Paulo foi surreal. Até agora não consigo acreditar que o placar não saiu do zero, especialmente para o lado do Tricolor, sem exageros.

domingo, 30 de agosto de 2015

ONDE FORAM PARAR AS ZEBRAS? – HISTÓRIAS DA COPA DO BRASIL E ALGO MAIS...

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Peço desculpas pela ausência na semana passada, a agenda de viagem a trabalho não me permitiu fôlego para escrever, mas eis que estou de volta aqui!
E a volta promete ser em grande estilo, afinal tivemos uma semana recheada de bola rolando justamente para não faltar assunto. Para começar, vamos de Copa do Brasil.


Taí um campeonato adorável que sempre nos proporciona zebras. Mas, desta vez, não foi bem assim, mesmo com a permanência do Vasco. Por que? Porque o time cruzmaltino, mesmo no abismo, soube aproveitar muito bem o retrospecto em clássicos contra o Flamengo, bem como usou a seu favor as fraquezas de seu adversário e que são as suas na maioria das partidas. De qualquer forma, se no Brasileirão há um caminho sem volta, quem sabe na Copa do Brasil a luz de Rafael Silva não é a que está no fim do túnel.

sábado, 29 de agosto de 2015

A CIÊNCIA INEXATA DO FUTEBOL


" - Há uma possibilidade de jogar com mais um de velocidade. Eu posso mudar na linha de três. Um jogador de mais velocidade e na transição. Mas pode ser na armação. Pode ser dois."
" - A nossa preparação é para todas as possibilidades (...) precisamos de capacidade de concentração e força mental (...) A bola fala e o campo fala."


O técnico Tite sempre foi especialista em "sofisticar" as respostas. A chamada "Titebilidade", cuja finalidade é tornar o futebol difícil de entender, quem sabe até mesmo para tentar "valorizar" o trabalho do técnico brasileiro. Depois de seu ano sabático no exterior antes de ser recontratado pelo Corinthians, o treinador voltou mais afinado, teoricamente mais "antenado" com os conceitos que existem lá fora e certamente mais disposto a tentar explicar o futebol como uma ciência exata. Não é. Por mais que o vitorioso técnico do Corinthians diga que seu time deve fazer "compactação lateral e frontal", por exemplo, o futebol vibrante que sofistica o simples quase sempre vai prevalecer sobre os métodos, as táticas, as estatísticas e a disciplina.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

OSÓRIO: VIRADO À PAULISTA OU TEQUILA MEXICANA?


O atual time do São Paulo não é um primor de técnica ou disciplina tática, é verdade. Embora no Campeonato Brasileiro, apesar da má fase, ainda esteja numa situação melhor do que o time de 2013 e abaixo do que rendeu o de 2014, que tinha Kaká como principal jogador. E todos sabem (incluindo a diretoria) que o técnico Juan Carlos Osório não tem material humano de qualidade para realizar em campo aquilo que prega fora dele: um futebol vistoso e contemporâneo. Porém, se Osório não tem em mãos a Ferrari que um dia talvez alguém o fez imaginar que teria, também não está dirigindo um Fusca. Afinal, uma equipe composta por Carlinhos, Wesley, Paulo Henrique Ganso, Alexandre Pato, Michel Bastos e Luis Fabiano de forma alguma pode perder por 2 x 1, dentro do Morumbi, para o time reserva do lanterna da Série B, o Ceará. Um vexame só comparado à eliminação da mesma Copa do Brasil no ano passado diante do Bragantino, curiosamente o então 18º colocado da Série B. Uma derrota por 3 x 1, também no Morumbi. "Um dos dias mais tristes da minha vida", como sentenciou o ex-técnico Muricy Ramalho depois daquela partida.
E o que pensa o técnico Osório após a derrota para o Ceará?
" – Sentimentos confusos" - declarou cabisbaixo o treinador colombiano em entrevista coletiva.

sábado, 22 de agosto de 2015

JOGADOR DE FUTEBOL GANHA MAIS DO QUE MERECE?


Você acha que jogador de futebol ganha muito dinheiro? E acha que jogar bola não é profissão? Mas, por outro lado, você também já parou para pensar no montante de dinheiro que o futebol movimenta ao seu redor? E quanta gente por aí ganha dinheiro através do futebol?

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O "OLHO NO OLHO" DO MATA-MATA

Mata-mata ou pontos corridos? Ter razão ou ser feliz?


O clássico entre Santos x Corinthians, disputado na Vila Belmiro pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, pode ajudar a tirar essa dúvida, por mais que se tenha a certeza de que o Campeonato Brasileiro é mais expressivo, claro, e sua fórmula de dois turnos por pontos corridos é mais justa.
Mas felizmente o futebol não é uma ciência exata, tampouco matemática, para ser traduzido somente em estatísticas ou números. E, sendo assim, nem sempre há "justiça" quando fatos e dados não são mandatórios.

domingo, 16 de agosto de 2015

OLHE BEM! VOCÊ JÁ VIU ESSA CENA ANTES? – UM TIME QUE REALIZA SONHOS

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


Confesso que, embora o futebol no Brasil tenha continuidade nessa época do ano, em todo fim de temporada europeia bate aquela ressaca acompanhada da enorme ansiedade pelo que vem pela frente.
Para quem ainda não sabe, a minha origem é essencialmente catalã, logo o meu amor pelo Barcelona vem daí. Mas ‘sampaulinos’ se acalmem... sou de uma geração low profile da família, portanto, o sangue tricolor, quer dizer, tupiniquim, prevalece em minhas veias.
Nesta semana, eu não poderia deixar de falar sobre a Supercopa da Europa, na qual duelam os times vencedores da Champions League e da Europa League. Evidente que se trata muito mais de uma grande festa do que um título tão importante.

sábado, 15 de agosto de 2015

O "ARTILHEIRO DO AMOR" E A BOLA SEM CORAÇÃO


Vágner Silva de Souza, o Vágner Love, é um jogador de futebol, no máximo, mediano. O tal do "grosso" que deu certo. Menos para os corintianos, que sempre tiveram mais motivos para odiá-lo do que para tentar amá-lo. Afinal, o tal do "Artilheiro do Amor" foi projetado pelo rival Palmeiras e, pelo Flamengo, marcou um dos gols mais intragáveis que o torcedor corintiano já teve de amargar, em pleno ano do centenário.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A ILUSÃO ATREVIDA E O PERIGO


A segunda derrota seguida do Palmeiras expôs três situações. A primeira de que, mesmo jogando no Allianz Parque, o bom e entrosado time do Atlético-PR é superior ao time de Marcelo Oliveira e por isso venceu por 1 x 0 uma rodada antes. A segunda é de que perder por 2 x 1 para o Cruzeiro, jogando no Mineirão, é algo absolutamente normal, independente da posição do time mineiro na tabela (ademais, jogar com uniforme da seleção brasileira no Mineirão é hoje sinal de mau agouro). Dois resultados normais na sequência do campeonato que atestam que o Palmeiras não é o time excepcional que muita gente imaginou que poderia ter se tornado após a chegada do técnico Marcelo Oliveira. E não, "não pintou o campeão", como talvez se iludiram muitos palmeirenses num sopro de esperança que há tempos não sentiam. Mas fica clara a certeza de que a única coisa em comum que existe entre o atual treinador e o anterior é o sobrenome "Oliveira". Se o presidente Paulo Nobre mantivesse Oswaldo de Oliveira no comando do time, como tanta gente "entendida" da mídia afirmou que era o correto, o Palmeiras estaria, com o mesmo elenco, rastejando na tabela.


Quando o Santos perdeu para o Palmeiras por 1 x 0, no Allianz Parque, em sua segunda partida como técnico da equipe, Dorival Júnior enalteceu a postura de seu time que, segundo ele, "jogou muito bem e não mereceu perder". Além de afirmar que, com aquele futebol apresentado no clássico, o Santos sairia rapidamente da zona de perigo. Três rodadas depois, uma classificação para as oitavas-de-final da Copa do Brasil eliminando o bom time do Sport e já respirando fora da zona perigosa do Campeonato Brasileiro, o mesmo Dorival não poupou críticas à sua equipe logo depois da fácil vitória por 3 x 0 sobre o fácil Coritiba. Porque há jogos em que se perde jogando muito bem e outros que se ganha jogando mais ou menos. No entanto, sempre é possível (e preciso) melhorar a produção de um time através de métodos, conceitos e treinamentos, técnicos e táticos, e não apenas promovendo disputa de rachões.

Vasco e Joinville empataram em 0 x 0 no Maracanã. Os 40 mil vascaínos voltaram para casa com a sensação ingrata de que vão rever esse duelo em 2016. Na Série B.

UM GRE-NAL DESLEAL E UM MAJESTOSO DESIGUAL


Poucas vezes se viu um Gre-Nal tão desleal. A tamanha superioridade do Grêmio sobre o abatido e cambaleante Internacional era tão notória dentro de campo que a única coisa que queriam os jogadores e, principalmente, os torcedores colorados, era o desejo desesperado de se ouvir rapidamente o apito final do árbitro. Foram 90 minutos de tortura e poderia ser pior, já que o meia gremista Douglas ainda se deu ao luxo de errar o gol em cobrança de pênalti quando o placar ainda estava em 0 x 0. O inferno astral que paira sobre o Beira Rio se traduz em três atos consecutivos: a eliminação nas semifinais da Copa Libertadores para o mexicano Tigres por 3 x 0, a demissão do técnico uruguaio Diego Aguirre e agora a histórica goleada sofrida por 5 x 0 para o arquirival, placar que não acontecia no clássico desde 1910. O Inter, sempre apontado pela mídia esportiva como favorito a ganhar tudo em todos os anos, é hoje uma nau cheia de pompa, porém quase a deriva.

No Majestoso, um São Paulo com mais disposição em buscar a vitória, diferentemente daquele de até pouco tempo atrás que jogava para não perder. Um time que se expõe mais (mesmo com uma defesa limitada), que procura mais o gol, que chega ao ataque com mais alternativas, que agride o adversário jogando futebol e mostrando capacidade. Luís Fabiano até sobrou no lugar do ausente Alexandre Pato, foi voluntarioso o jogo inteiro e meteu duas bolas na trave. Já o Corinthians continua mostrando mais do mesmo da velha titebilidade: o manjado feijão com arroz com ares de futebol bem jogado e que nos últimos anos funcionou com Tite. Um time que não encanta, que não brilha, mas que sustenta seus resultados em campo através de uma bem afinada e eficiente parte coletiva. E outra prova de que jogar feio também dá resultado é que o Corinthians é o time há mais tempo sem perder no campeonato. Sua última derrota foi para o Santos por 1 x 0, ainda na 6ª rodada. E se no Morumbi o placar de 1 x 1 contra o São Paulo já estava reluzente para Tite, ficou ainda mais quando o árbitro errou ao expulsar o zagueiro corintiano Filipe, que não merecia cartão no lance. O técnico do Corinthians foi obrigado a sacar um atacante para recompor sua defesa com Edu Dracena. Mas o erro capital da arbitragem mudou completamente a discussão técnica e tática do clássico jogando o foco em uma única questão: se foi ou não foi pênalti para o São Paulo após a bola chutada por Wesley bater na mão do zagueiro Uendel aos 47 minutos do 2º tempo. Sim, foi pênalti. E não, não deveria haver tanta polêmica. Afinal, as imagens não mentem e o zagueiro corintiano "fez a defesa", se jogando na bola com o mesmo movimento do goleiro Cássio. Pênalti não significa gol, é claro. Mas é a chance que mais se aproxima dele. E não assinalar um pênalti claro também pode ter significado menos 2 pontos preciosos para o São Paulo dentro do Morumbi, que certamente farão falta lá na frente. Principalmente para um time que, com o técnico Osório, parece talvez entender que buscar a vitória é sempre melhor -e mais bonito- que evitar a derrota.


domingo, 9 de agosto de 2015

UM TANGO PASSADO A LIMPO - HISTÓRIAS DA FINALÍSSIMA DA LIBERTADORES!

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?



Paixão, por sua definição vem do latim - passio-onis, derivado de passus, particípio passado de patī que significa sofrer. Independente da sua derivação, é um termo aplicado a um sentimento intenso em relação às pessoas ou temas que não necessariamente envolve sofrimento. Ao menos, não deveria envolver.
Hoje vamos falar exatamente dessa emoção intensa, desejo profundo, entrega incondicional, sem pensares ou pesares. A conquista do River Plate na última quarta-feira decreta uma incrível história de paixão e superação que começou a ser passada a limpo, desde o acesso há 3 anos. Foram passos lentos com destino à conquista da América e consequente presença no Mundial.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O RIVER PLATE EXTERMINOU O FANTASMA


 É algo lindo e inexplicável."
Foi com essa frase que o torcedor Nicolás Sanchez definiu o fim do jejum de 19 anos sem Libertadores de seu time, o River Plate. A chuva que caía forte sobre o Obelisco, tradicional local de comemoração dos torcedores argentinos em Buenos Aires, era como se "lavasse a alma" de fanáticos e apaixonados súditos que, depois de tanto tempo e tanta crueldade, voltaram enfim a soltar o grito de campeão do torneio de futebol mais importante das Américas.
Horas antes, mais de 60 mil pessoas se aglomeravam no Monumental de Nuñez para exorcizar de vez o fantasma que sobrevoou La Bombonera nas oitavas-de-final. A hilária provocação dos xeneizes na partida que não terminou diante do arquirival Boca Juniors, era também a lembrança amarga para os Millonarios do rebaixamento para a Segunda Divisão, há pouco mais de quatro anos.