sábado, 28 de fevereiro de 2015

VOCÊ VIU? → DESTAQUES DO FUTEBOL NA SEMANA


• O São Paulo goleou o Danúbio no ritmo do Campeonato Paulista. Não é parâmetro. O time uruguaio é pior do que se imaginava. Penapolense x Danúbio, por exemplo, empatariam em 0 x 0. E o time de Muricy Ramalho fez exatamente o que faz contra times inferiores. Pato deitou e rolou e fez um golaço. Por outro lado, Luis Fabiano passou em branco em jogo que até Reinaldo fez gol.
• Melhor jogo para estréia de Arouca no Palmeiras impossível. Contra o fraco Capivariano e no Allianz Parque. Para isso serve o Campeonato Paulista?
• O São Bernardo aposentou a camisa 13 em homenagem ao seu mais ilustre torcedor: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em alusão ao número de legenda do Partido dos Trabalhadores. Observação: O time do ABC Paulista nunca utilizou a camisa 13.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

AMÉLIA E O "CLÁSSICO DO VALE"

E lá estavam eles, sentados no bar de sempre, falando sobre o de quase sempre.
O taubateano e o joseense, rivais de longa data ou, quem sabe, inimigos íntimos.
Sempre se encontravam antes de cada edição do chamado "Clássico do Vale", que não tinha mais o mesmo brilho de décadas atrás, mas que para eles jamais deixaria de ser um jogo diferente, atraente, que os remetia a um passado nostálgico.
No último domingo de fevereiro, sob um sol escaldante, o joseense percorreu os 37 Km entre São José dos Campos e Taubaté para acompanhar o clássico junto do amigo, afinal o jogo seria disputado no velho Joaquinzão, motivo de orgulho para o taubateano que logo o provocou:
" - Hoje o jogo é aqui no Joaquinzão. Vocês nunca tiveram esse 'gostinho' né, de jogar num estádio próprio..", ironizou, já que o estádio Martins Pereira pertence à Prefeitura de São José dos Campos.
" - Como se isso fizesse alguma diferença para vocês dentro de campo, né?", retrucou o joseense.
Apesar do forte calor, bebericavam uma garrafa de Amélia, cachaça tradicional. E relembravam a grande rivalidade:
" - Taubaté x São José vai além das quatro linhas. Me lembro da euforia desse jogo nas duas cidades há mais de 50 anos", comentou o taubateano.
" - O primeiro jogo já teve um placar histórico, 5 x 5. Depois disso vieram 66 partidas. Me lembro da polícia escoltando os torcedores para os jogos na via Dutra e até as rádios da capital falando sobre os confrontos", respondeu o joseense.
Mais duas doses de Amélia para cada um.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

FRASE, Muricy Ramalho

" - Eu comecei aqui no São Paulo com nove anos de idade. Não é nem a minha segunda casa. É minha primeira. A torcida sabe do trabalho que eu faço aqui. Ela é muito grata. Claro que tem pessoas que querem fazer o torcedor pensar diferente. Mas eu estou aqui há anos e sei de todos os movimentos. E eu não estou gostando dos movimentos. O que me interessa é o clube em primeiro lugar. Se me quiser fora, tem de mandar embora. É simples (...) Tenho meu emprego e não preciso agradar ninguém. Ninguém me proíbe de nada. O negócio aqui é trabalhar. Respeito e gosto do Juvenal para caramba. É a minha vida. Se as pessoas não estiverem satisfeitas, eu saio. Sou um cara sério e é difícil para caramba ser assim. Estou sofrendo por ser deste jeito."
(Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, em desabafo sobre a pressão que está sofrendo nos bastidores do clube).

O FUTEBOL MUDOU E SÓ O "PESO DA CAMISA" NÃO LEVANTA TROFÉU


David Beckham, Wayne Rooney, Lampard e Owen já fizeram parte juntos da seleção inglesa que não ganhou nada. A Holanda, por exemplo, é o "time da Copa" em todas as Copas e nunca chegou ao lugar principal do pódio. Isso sem falar de Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Adriano e Kaká, os galácticos da seleção brasileira da Copa de 2006, eliminada nas quartas-de-final.
Ter tradição, neste ou naquele torneio, não se traduz em favoritismo dentro de campo. A Holanda, por exemplo, que o diga. Assim como ter jogadores talentosos não significa necessariamente que um time mostre um futebol vistoso e seja campeão, como se sabe há tempos.
Hoje o futebol está quase nivelado. Por baixo. Quando aquele habilidoso meia, dotado de exímia técnica, pára a bola e olha para frente, de algum lugar aparecem dois trombadores do time adversário e roubam a bola dele. Daí vem o contra-ataque fulminante e o gol que "mata" o jogo, para delírio dos comentaristas que explicam: "foi uma vitória no erro do adversário".
Hoje não vence quem tem mais talento. Vence quem erra menos. E quem arrisca menos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

FRASE, Paulo Henrique Ganso

" - Desde o começo, falei para a diretoria trazer um juiz de fora, isso não aconteceu. Lógico que se apitar juiz do futebol brasileiro ia puxar para o Corinthians (...) Aquilo não foi erro, foi roubo. Se fosse o Serginho Chulapa, ia no vestiário bater nele. Mas como isso não pode mais no futebol, o que o juiz fez foi palhaçada mesmo. Tinha que sair daqui de camburão."
(Paulo Henrique Ganso, meia do São Paulo, sobre uma suposta irregularidade no segundo gol do Corinthians na vitória sobre seu time por 2 x 0, pelo 1º jogo da fase de grupos da Copa Libertadores da América, disputado no Itaquerão. O ex-jogador Serginho Chulapa repreendeu publicamente o meia são-paulino pela citação negativa de seu nome, e o árbitro Ricardo Marques Ribeiro pretende processá-lo judicialmente pela declaração).

O MAJESTOSO DE UM TIME SÓ


Era para ser o duelo entre um time tricampeão diante de um time que só chegou lá pela primeira vez há pouco menos de três anos. O "time de tradição" na Libertadores contra o time que só conseguiu tirar seu passaporte recentemente. Mas quando a bola rolou no Itaquerão, foi o duelo de um time só. O "Majestoso" duelo de um time que queria vencer contra um time que não queria perder.
Apático e "bisonho" (como definiu um jornal esportivo paulista), o São Paulo esqueceu sua tradição e começou a sentir pressão quando os gritos de "É Quarta-Feira!!" começaram a ecoar do mesmo Itaquerão ainda no sábado de Carnaval. É certo que tabus foram feitos para serem quebrados, mas enquanto isso não acontece, parece que o tabu tem sido o 12º jogador corintiano nos clássicos contra o rival do Morumbi.
O São Paulo possui um time técnico, de talentos individuais. Mas precisa de "algo mais" nos jogos importantes. Porque não se mede o potencial de um time grande com vitórias sobre XV de Piracicaba ou Bragantino, por exemplo. O termômetro está justamente nos clássicos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FRASE, Anderson

" - Só erra quem erra."
(Anderson, meia do Internacional, confundindo o ditado ao falar sobre seu pênalti perdido aos 34 minutos do 2º tempo na derrota de seu time para o Cruzeiro-RS, pela 4ª rodada do Campeonato Gaúcho).

AS AFIRMAÇÕES DO VIBRANTE SAN-SÃO


Campeonatos estaduais são desnecessários. Basicamente servem para colocar em crise o time grande que chegou, mas não ganhou. Já o time grande campeão não fez mais que sua obrigação. Pois bem, ganhar ou perder de times do interior não serve como referência ou parâmetro para se ter a real dimensão da capacidade de um time na temporada. O tal “laboratório” que muita gente costuma chamar os Estaduais resume-se aos clássicos. Esses jogos sim funcionam como um termômetro de cada equipe para competições mais importantes.
E pela 4ª rodada do Campeonato Paulista, Santos e São Paulo fizeram um clássico de afirmações na Vila Belmiro. Quem olhasse para as escalações antes do jogo, apostaria que o time de Muricy Ramalho teria ampla vantagem sobre a equipe de Enderson Moreira. Mas como o futebol não é matemática tampouco uma ciência exata, dentro de campo “clássico é clássico e vice-versa”, como dizia Vicente Matheus.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A LIGA DE CORINTHIANS E PALMEIRAS


Um time repleto de grandes jogadores não é, necessariamente, vencedor. Ou será. O maior exemplo disso é a "galáctica" seleção brasileira que disputou a Copa da Alemanha de 2006. Os super craques, muito glamour, muita badalação e o fiasco na eliminação para a França. Um time para ser vencedor precisa de um bom goleiro, um treinador motivador e o principal: precisa "dar liga".
E esse é o desafio do Palmeiras na atual temporada. Fazer "encaixar" um elenco completamente novo, com jogadores que vieram de todas as partes e que nunca atuaram juntos na vida. São níveis de qualidade para todos os gostos, do zagueiro com nome de marca de grife ao atacante que mais se valorizou nas férias do que dentro de campo. Tarefa árdua para um técnico quase mediano como Oswaldo de Oliveira, cujas preleções devem ser tão irritantes e arrastadas que até o Zé Roberto resolveu assumir a palavra em seu lugar.
Ou seja, o Palmeiras é exatamente o oposto do Corinthians.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

FRASE, Oswaldo de Oliveira

" - Não entendo isto com o Dudu. Se eu não coloco o jogador para jogar, para iniciar a partida, eu tenho algum motivo. Ele atuou 90 minutos na quinta, e entrou depois para trabalhar. Estamos fazendo avaliação científica e visual. Condição física e entendimento tático não é como ligar o botão de um rádio e sair ouvindo. Leva tempo, adaptação (...) Se eu aqui for ficar preocupado com o que todos dizem, não vou conseguir trabalhar. Tem de ter equilíbrio. Vou fazer o que minha cabeça manda."
(Oswaldo de Oliveira, técnico do Palmeiras, sobre a ausência do atacante Dudu no time titular que começou o clássico contra o Corinthians pela 3ª rodada do Campeonato Paulista, disputado pela primeira vez no Allianz Parque. O Corinthians venceu por 1 x 0).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A NOITE DO SÃO JOSÉ x SÃO JOSÉ


Primeira quarta-feira de fevereiro, noite chuvosa no Vale do Paraíba.
Aos poucos, o público vai chegando ao estádio Martins Pereira. O jogo é válido pela 2ª rodada da terceira divisão do Campeonato Paulista.
O São José, até então o "dono" do campo, agora terá que dividir “seu” palco com outro São José. Pela primeira vez, os dois “bichos” alvi-azuis que moram na mesma cidade vão se enfrentar por um torneio oficial, a Águia contra o Tigre, o São José Esporte Clube diante do São José dos Campos Futebol Clube.
Dentro e fora do estádio, olhares desconfiados.
- E agora, para quem torcer?”, perguntam-se os torcedores.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

FRASE, Zé Roberto

" - No nosso vestiário há muitas fotos de conquistas. Vi no olhar de cada atleta que muitos querem estar com a sua imagem na parede também. Me lembro de quando vinha ao Palestra Itália jogar por outro time e sentia a força da torcida e me impressionava, principalmente a força com que exaltavam Edmundo, com o grito 'au au au, Edmundo é animal'".
(Zé Roberto, lateral do Palmeiras, sobre sua preleção no vestiário antes do jogo de estréia de seu time no Campeonato Paulista de 2015, com vitória por 3 x 1 sobre o Audax).