sábado, 31 de outubro de 2015

ESSE TAL DO "MAIS DO MESMO" VALE ATÉ QUANDO?

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?
Que semana, amigos! Tenho vivido dias dignos das montanhas russas do Bush Gardens, mas quem não está, não é mesmo?

E a Chape, hein? O time desejou ardentemente essa classificação e jogou contra o River dando a impressão que sequer lembrava da sua história e do peso da sua camisa. A verdade é que em muitos momentos colocou o Millonarios contra a parede e, sinceramente, eu acreditei que fosse possível até o minuto final. Porque era possível, sim. Mesmo desfalcada, a equipe mostrou um brio de dar gosto e perdeu muitos gols. Ok, não era pra ser.
O River nas últimas campanhas não perdeu um jogo fora de casa em mata-matas. Pois a Chape conseguiu esse feito. Que os torcedores se orgulhem e que os considerados “grandes” se espelhem. É inquestionável que a jornada desse time na Copa Sul-Americana ganha espaço na prateleira da memória afetiva do futebol brasileiro.


Na mesma pegada, mas em terras de Rainha, sabemos que a Copa da Liga Inglesa não chama a atenção de ninguém, né? Pois é, ainda assim, nenhum time quer ser desclassificado, especialmente quando se trata do Manchester United jogando em Old Trafford.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"LA SÉTIMA": UM PASSEIO DE 25 MINUTOS

" – Se você se conhece e ao inimigo, não precisa temer o resultado de cem combates."
(Sun Tzu, general, estrategista e filósofo chinês)




"A Arte da Guerra" é um livro escrito por Sun Tzu na China há cerca de 2.500 anos.
Sua tradução em língua portuguesa possui pouco mais de 100 páginas e se tornou leitura quase obrigatória no mundo empresarial e político. Uma espécie de doutrina básica sobre estratégias e táticas de liderança, originalmente direcionadas para generais e comandantes de forças militares.
Li "A Arte da Guerra" há mais de dez anos e confesso que o segundo jogo entre Santos x São Paulo, na Vila Belmiro, válido pelas semifinais da Copa do Brasil, me fez relembrar os milenares ensinamentos do chinês Sun Tzu.

domingo, 25 de outubro de 2015

FRASE, Vágner Love


" – Aqui é o dobro. Você não tem de matar um leão por dia, são dois. Tem de sempre estar provando algo mais. Mas se eu não quisesse cobrança, iria jogar em outro lugar (...) Não fizemos nada de errado. Se a arbitragem errou, não foi só para a gente. O problema é que é todo mundo contra o Corinthians. É o Corinthians contra o resto."
(Vágner Love, 31 anos, atacante do Corinthians, sobre as críticas da torcida e a arbitragem do Campeonato Brasileiro).

IMAGEM DA SEMANA

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21/10/2015, primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil, São Paulo 1 x 3 Santos.
Aos 40 segundos de partida, uma queda de energia deixou o estádio do Morumbi na escuridão. O jogo só recomeçou 23 minutos depois. Como se não bastasse, um temporal em seguida deixou o gramado alagado.
Os celulares acesos nas arquibancadas formaram uma bela imagem durante o apagão.

sábado, 24 de outubro de 2015

GUERRERO É ÍDOLO OU EX-ÍDOLO DOS CORINTIANOS?

 Como já falei várias vezes: eu gosto do Corinthians. No Brasil, só jogaria no Corinthians. Não tem jeito de jogar por outro time."
(Paolo Guerrero, declarando em novembro de 2014 que não trocaria o Corinthians por nenhum outro clube brasileiro).


Marcos sempre teve um enorme carisma junto aos torcedores de todos os times. Mas, para o são-paulino, nenhum outro goleiro se compara ao "mito" Rogério Ceni, por exemplo.
Ainda para o são-paulino, quem deveria ter vestido a camisa da seleção brasileira na Copa do Mundo era Luis Fabiano e não o "cone" Fred. Para o torcedor do Fluminense, Fred é craque e só não foi bem na Copa simplesmente porque a bola não chegava até ele e ponto final. Para o santista, Felipão foi injusto ao levar Bernard no lugar de Robinho. Para o corintiano, o peruano Paolo Guerrero era até o início deste ano o melhor centroavante do futebol brasileiro. Ao deixar o Parque São Jorge e se apresentar ao Flamengo, o peruano não vale mais sequer o feijão que come, tornou-se um mercenário e um ingrato que só ficou conhecido após ganhar títulos pelo Corinthians, mesmo com uma longa passagem anterior pelo futebol alemão. Para o palmeirense, o peruano nunca foi nada mais que um atacante de sorte, que joga menos que o argentino Cristaldo, por exemplo.
Sim, o torcedor é volúvel. E é normal que seja assim. O ídolo de uma torcida representa um mito ou uma farsa na ironia dos torcedores rivais.
Mas e Paolo Guerrero? Definitivamente não é mais o ídolo de outrora dos corintianos?
Para cair nas graças da torcida e se tornar um ídolo, o jogador acima de tudo tem de ser protagonista. Algumas vezes para o bem e para o mal. E o centroavante peruano foi exatamente isso. A maldade de hoje que tanto fez bem ontem aos corintianos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

APAGÃO, TEMPORAL E ALGO A MAIS


Um clássico com quatro gols está a altura de um São Paulo x Santos, que normalmente fazem grandes jogos. E dessa vez não foi diferente.
O primeiro duelo do San-São pelas semifinais da Copa do Brasil teve todos os ingredientes de um clássico que se preze. Provocações, lances polêmicos, reclamações com a arbitragem. Um jogo truncado, cheio de faltas e de lampejos de jogo aberto. Com direito à apagão de 23 minutos e gramado encharcado por um dilúvio.
Pela fase dos dois times, o Santos era o favorito. O São Paulo, em crise e mergulhado na lama de seus bastidores, era o franco-atirador jogando dentro de sua própria casa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O CALVÁRIO (E O CASTIGO) DA LUSA


Diferentemente de boa parte das coisas da vida, futebol é uma opção. É você quem escolhe o time que deseja torcer. Na vida, não dá para escolher ser pobre ou rico. Mas dá para escolher para qual time torcer.
E já que você se propõe a amá-lo pelo resto de sua vida, por que cargas d'água escolher um time secundário, enrolado, que pouca gente conhece seus ídolos e sua história, que é eternamente a "zebra" e que não conquista um título há mais de 40 anos? Para que escolher sofrer numa das poucas coisas da vida em que se tem o privilégio de optar?
Júnior pensava assim. Mas encontrava algum tipo de resposta vendo o fanatismo de seu pai pelo time do Canindé. Um velho português sisudo e de cara fechada, mas que fazia festa na padaria após cada vitória da Lusa e que chegava a fechar as portas mais cedo quando a derrota era mais dolorida. Júnior nunca gostou tanto de futebol como o pai, nunca foi de jogar bola nos campinhos como a maioria de seus amigos durante a infância, mas quase sempre acompanhava o pai até o Canindé nas tardes de domingo. O pai era um torcedor apaixonado, romântico, que odiava ouvir que a Portuguesa "era o segundo time de todo mundo". Para o seu pai, a Lusa era, por exemplo, muito mais soberana que aquele clube do bairro nobre da capital e sua torcida era bem mais fiel que a daquele time vizinho, que ficava a poucos minutos do Canindé seguindo na mesma Marginal Tietê. Jamais viu seu pai vestir uma camisa que não fosse a rubro-verde. Os times considerados grandes, dos craques da televisão e da mídia, simplesmente faziam parte do resto. E o resto é o resto.

sábado, 17 de outubro de 2015

A PAIXÃO E AS ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Nessa "era limbo" pós 7 x 1, tivemos a vexatória desclassificação na última edição da Copa América, a qual apenas confirmou que o nosso futebol vive, sim, uma crise institucional sem precedentes, vide as últimas do meu amado Tricolor, as quais já foram exaustivamente discorridas em todos os canais de comunicação desta era.


Em meio às incertezas e aos escândalos foi dada a largada para a Copa do Mundo de 2018. A torcida brasileira, que em grande parte, há tempos torce o nariz para a Seleção, sinto que já esteja desapaixonada de vez. A questão é: será mesmo que a paixão acaba?
Na estreia diante do Chile, o time, se é que podemos chamar assim, não conseguiu traduzir em gols o domínio em campo e se deixou envolver pelo ótimo entrosamento da bela equipe chilena fazendo valer a marca que, por vezes, ganha dos fracos e perde dos fortes, muito embora os parâmetros de qualidade dos times hoje em dia tenham mudado muito.
Ao menos, contra a Venezuela, o Brasil seguiu o riscado e mesmo com uma atuação longe da exuberância, avançou os primeiros três quilômetros na longa estrada rumo à Rússia. O time da Venezuela permitiu, devido ao seu posicionamento em campo, que alguns dos nossos jogadores se sobressaíssem individualmente, já que no coletivo parece que a equipe vai demorar para engrenar, graças à teimosia de Dunga.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

QUEM FOI O MELHOR RONALDO?


O craque português Cristiano Ronaldo superou a incrível marca de 500 gols na carreira.
Incrível? Sim, incrível porque são dois gols a cada três jogos desde que o gajo começou a jogar profissionalmente. Não é uma marca qualquer, tampouco para qualquer jogador. Só pelo Real Madrid, o português já balançou as redes 323 vezes em 308 partidas, igualando-se ao ídolo Raúl, que fez o mesmo número de gols, porém com 10 anos a mais de clube.
Com este feito de Cristiano, surgiu nas redes sociais o debate sobre quem foi o melhor Ronaldo. O português, o Gaúcho ou o Fenômeno?

terça-feira, 6 de outubro de 2015

OSÓRIO NO TIME CERTO, NA HORA ERRADA


Juan Carlos Osório é um treinador colombiano de 54 anos que, segundo os especialistas, possui um profundo conhecimento sobre futebol. É estrangeiro e somente por esse motivo está mais capacitado do que todos os técnicos brasileiros juntos, de acordo com o que pensam os mesmos especialistas. Sua chegada ao Brasil era o anúncio da "revolução" que o ex-país do futebol e seu vira-latismo tanto precisava depois do trágico 7 x 1 na última Copa do Mundo.
Osório veio "ensinar" futebol justamente no clube mais adequado para ele: o São Paulo, que até há pouco tempo era considerado modelo de estrutura e gestão esportiva em terras tupiniquins.
Diante de tanto conhecimento acumulado, esperava-se que, em suas concorridas entrevistas, o assunto principal fossem seus métodos de treinamento, suas análises táticas ou seu planejamento de jogo. Mas percebeu-se que as coisas não estavam acontecendo conforme o esperado quando o foco das coletivas passou irritantemente a ser seu convite para treinar a seleção do México nas Eliminatórias da Copa.
Nas entrevistas de Osório, esse era o assunto recorrente:
O Senhor vai para o México ou vai permanecer no São Paulo?

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

NO BAR DE SEMPRE, A CHAPECOENSE.


E lá estavam eles, sentados no bar de sempre, falando sobre o de quase sempre.
Noite de um domingo chuvoso. A cerveja, o tira-gosto e os olhos na tela da TV para assistir Chapecoense x Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, a dez rodadas do fim. O são-paulino, desconfiado, havia passado a noite no G4. O santista, que viu seu time deslanchar no 2º turno, havia acabado de tomar o lugar do são-paulino na tabela de classificação. E o corintiano, 15 pontos a frente dos rivais, bem mais aliviado, na liderança. Enfim, com exceção do palmeirense, é claro, todos torcendo contra o Palmeiras, como de costume e por razões óbvias.


Começa o jogo.

sábado, 3 de outubro de 2015

– ERA UMA VEZ... – MAIS UMA BOA HISTÓRIA DO FUTEBOL PARA SE CONTAR!

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Semana pra lá de agitada e assunto é o que não falta, afinal Copa do Brasil, Champions League e Sul-Americana reservaram belas disputas.

O São Paulo lançou mão da correta estratégia de, frente a um adversário fraco, fazer o resultado em casa no jogo de ida para chegar ao Rio de Janeiro e ver a vida passar em câmera lenta no primeiro tempo.
Eis que a estratégia caiu por terra a partir do momento em que deixou o Vasco dar a largada. O Tricolor se forçou a reverter o placar, claro impacto de uma escalação desastrosa que fez o time correr mais que o necessário em uma partida em que o tom era somente administrar e nada mais.
Na etapa complementar, Ganso saiu do banco para mudar o rumo do time. E deu certo, aliado ao protagonismo de Pato. A vitória poderia ter vindo e a vaga que era obrigação, foi garantida.