domingo, 28 de abril de 2013

FRASE

- " O brasileiro está ficando chato um pouco. Às vezes exageramos com palavras, não acho que em outro lugar do mundo façam isso. (...) Que bom que a torcida do Santos distribuiu faixas de apoio a ele. Se a gente tem chance de ir bem no Mundial, passa por esse jogador, e as pessoas estão agredindo-o demais."
(Muricy Ramalho, técnico do Santos, sobre as vaias que Neymar recebeu da torcida no amistoso entre Brasil x Chile).

sábado, 27 de abril de 2013

PALPITES DO PAULISTÃO, LIBERTADORES E LIGA DOS CAMPEÕES

O futebol é imponderável. Uma caixinha de surpresas. Mas para palpitar é só seguir uma regra básica. Se um time jogar tudo o que pode e se o adversário também jogar tudo o que pode, qual dos dois tem mais chances de sair vencedor? É isso. O resto pertence aos Deuses do Futebol e suas surpresas.
A Liga dos Campeões já tem seus finalistas para a decisão em Wembley no dia 25 de maio, porém vamos lá...

Liga dos Campeões da Europa

Real Madrid x Borussia Dortmund = Borussia já classificado.
Barcelona x Bayern de Munique = Bayern já classificado.

Campeonato Paulista

Santos x Palmeiras = Santos.
Mogi Mirim x Botafogo = Mogi Mirim.
Ponte Preta x Corinthians = Corinthians.
São Paulo x Penapolense = São Paulo.

Copa Libertadores da América

Grêmio x Santa Fé-COL = Santa Fé-COL.
Fluminense x Emelec-EQU = Emelec-EQU.
Palmeiras x Tijuana-MEX = Palmeiras.
Corinthians x Boca Juniors-ARG = Corinthians.
São Paulo x Atlético-MG = São Paulo.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

FRASE

" - As vaias não fazem bem, ninguém gosta disso. Eu não estou nem aí. Em todo lugar que vamos com a seleção somos vaiados."
(Neymar, atacante do Santos e da seleção brasileira, sobre as vaias que recebeu durante o amistoso entre Brasil 2 x 2 Chile, disputado no estádio do Mineirão).

O QUÊ AGREGA A SELEÇÃO BRASILEIRA PARA NEYMAR?


O que agrega para Neymar um amistoso sem importância nenhuma como esse último entre Brasil x Chile no estádio do Mineirão? Ele foi cornetado e vaiado, e ainda se machucou. Ou sentiu um desconforto no músculo posterior da coxa esquerda, como queiram. O técnico Muricy Ramalho entregou um jogador inteiro e recebeu uma dúvida do técnico Luiz Felipe Scolari dois dias antes de um clássico decisivo do Campeonato Paulista entre Santos x Palmeiras.
Até quando Neymar vai se curvar para cornetadas e vaias vindos de sua própria torcida? Ou de narradores e comentaristas de TV? Agora não são apenas os zagueiros adversários que se revezam em campo para bater em Neymar. A turma da televisão também se reveza nas transmissões para cornetar o atacante santista, como se ele fosse o único culpado pelas más exibições da equipe brasileira. Como se Ronaldinho Gaúcho, Leandro Damião, Fred, Oscar, Fernando, Osvaldo, Pato, Hernanes, Paulinho, Kaká e todos os demais "craques" jogassem perfeitamente bem e Neymar fosse o único a atrapalhar o time do "moderno" técnico Felipão.
O quê representa então a seleção? Xingamentos? Vaias? Hostilidades? Fechamento de bons e milionários contratos publicitários?
Também acho que Neymar tem deixado a desejar. E até já disse neste Blog que ele precisa voltar a "respirar". Já disse também, há tempos, que está inviável atualmente a relação custo-benefício entre Neymar e o Santos. E um dos motivos seria exatamente esse: o constante desfalque do jogador em partidas do Santos por estar servindo à interesses da CBF em marcar amistosos sem nenhuma importância. Apenas importância econômica para os cofres da entidade máxima que administra o futebol brasileiro. Ao Santos, que mantém girando uma grande engrenagem financeira de modo a pagar seus salários e manter o jogador atuando no Brasil, resta o que sobrar do calendário para ter seu principal jogador (e produto comercial) em campo.
Neymar deve procurar seguir seu caminho pelo futebol europeu e com isso não ter que ceder tanto aos seus vários patrocinadores, tendo que aturar cornetadas e vaias dentro de seu próprio país. O único país do mundo que, pouco antes de uma Copa do Mundo, consegue ter a capacidade de xingar seu principal jogador em seu próprio território. Seria o mesmo que, meses antes da Copa do Mundo de 1982, o Maracanã inteiro xingasse Zico num amistoso da seleção brasileira.
Hoje a seleção brasileira passou a ser "individual" para a maioria dos torcedores. Ou seja, cada um torce para o jogador de seu time e tem o prazer de vaiar o jogador do time rival. Esse tipo de comportamento mesquinho e ignorante de parte da torcida só me faz cada vez mais ser um torcedor clubístico e somente estar ao lado da seleção em Copas do Mundo. E mesmo assim olhe lá, com uma boa dose de indiferença.
Em relação a Neymar, torço para que o Santos receba uma boa quantia em dinheiro pela sua transferência para algum grande clube do exterior, para que pelo menos assim seja ressarcido pelo tamanho esforço que faz em mantê-lo no Brasil. E que venham novos "Neymares" por aí, novos Meninos da Vila, marca registrada do time da Vila Belmiro. Que Neymar pegue seu banquinho e saia de mansinho. Mesmo porque, com ou sem vaias e cornetadas, sua vaga na Copa do Mundo de 2014 já está assegurada. Ele não precisa passar por isso.

terça-feira, 23 de abril de 2013

FRASE

" - Léo, você tinha razão."
(Ronaldo Fenômeno, ex-jogador e atual embaixador da Copa do Mundo do Brasil de 2014, via Twitter, ironizando o lateral santista Léo, que declarou seis meses antes do Mundial de Clubes de 2011 que queria ver se "o Barcelona era tudo isso mesmo". O Santos acabou sendo derrotado pelo Barcelona, no Japão, por 4 x 0).

OS BÁVAROS, BRAVOS E BÁRBAROS ATROPELARAM O BARCELONA


Disse na semana passada que Barcelona x Bayern de Munique fariam a final antecipada da Liga dos Campeões da Europa. Provavelmente o vencedor desse clássico seria mais do que favorito para erguer a "orelhuda" na final em 25 de maio (que é como os torcedores do Borussia Dortmund costumam chamar o troféu, devido às grandes alças laterais).
Pelo que vem jogando há pelo menos 3 anos, digo que o Barcelona é sempre favorito em todos os torneios que participa. Não só pelo time e pelo que mostram brilhantemente dentro de campo, mas principalmente pelo conceito de futebol. Pela filosofia. Pela escola.
Curiosamente, não consigo jogar videogame (PES) com o time do Barcelona. Geralmente perco as partidas quando jogo com os digitais Xavi, Iniesta e Messi. Prefiro jogar com meu time, claro, mas também jogo muito bem com Manchester United, Real Madrid ou Arsenal, este último só por causa da velocidade do atacante James Walcott, que no videogame mais se parece com o jamaicano Usain Bolt, de tanto que corre. Algumas vezes já joguei também com o Bayern de Munique, que fica escondido numa Liga escondida dentro do PES. Até com o time alemão me saio melhor do que com o todo-poderoso Barcelona.
E hoje vi algo parecido acontecendo em tempo real pelo primeiro jogo das semifinais da Liga dos Campeões. Por quê parecido? Porque o Bayern não apenas "se saiu melhor", mas simplesmente atropelou o Barcelona na Allianz Arena. Thomaz Müller, Mario Gomez e Robben fizeram os 4 gols da partida que sacramentaram a goleada alemã sobre os espanhóis do maior time da Europa dos últimos anos e um dos maiores da história do futebol, base da seleção da Espanha. O Bayern não tomou conhecimento do excepcional time de Messi e fez um gol para cada troféu de melhor jogador do mundo do craque argentino. Um placar de 4 x 0 que traduziu bem o que fizeram Robben, Müller, Schweinsteiger e Ribéry dentro de campo. Técnica, determinação e atitude, vontade de vencer. Ingredientes fundamentais dessa "partida incrível", como definiu o atacante holandês  Arjen Robben, 29 anos, dono de uma disposição igualmente "incrível".
Por outro lado, o Barcelona deixou de ser grande e brilhante? Não, de forma alguma. Continua e deve continuar sendo um clube vitorioso, de grandes jogos, de grandes conquistas, sempre jogando bonito. Mas a Liga dos Campeões deste ano acabou para o time da Catalunha.
E assim como eu, talvez o técnico Tito Vilanova ainda não aprendeu a jogar com o time do Barcelona.

domingo, 21 de abril de 2013

FRASE

" - O único que Zico jamais viu mandar bater. O único que fez Sócrates parar de fumar."
(Juca Kfouri, apresentador de TV, comentarista de futebol e blogueiro, sobre o ex-técnico Telê Santana, falecido há 7 anos).

SETE ANOS SEM O MESTRE TELÊ SANTANA

 

Não vi Telê Santana jogar. Mas felizmente tive o privilégio de vê-lo trabalhar como treinador. E com certeza um dos treinadores mais respeitados da história do futebol, ao lado de nomes como Rinus Michels, Johan Cruijff ou sir Alex Ferguson. E também Pep Guardiola, mais recentemente.
Telê Santana treinou a seleção brasileira de 1982, que não conquistou a Copa da Espanha, mas que encantou o mundo da bola. 10 anos mais tarde faria o mesmo novamente, dessa vez conquistando todos os títulos possíveis com o time do São Paulo. Me lembro perfeitamente de uma frase sua após uma partida do São Paulo, em 1993 ou 1994, onde sua equipe jogou bem mais que o adversário, porém perdeu. Ele disse: "Prefiro ver meu time perder a jogar mal". Sensacional.
Natural de Itabirito, em Minas Gerais, Telê Santana faleceu em 21 de abril de 2006, aos 74 anos. Como jogador se destacou no Fluminense, onde atuou por 9 anos seguidos, entre 1951 e 1960. Mas foi na carreira de técnico que ganhou projeção internacional. Fazia questão de impor a qualidade técnica nos times que treinava, sempre privilegiando os passes em velocidade e a posse de bola, na busca constante pelo gol durante os 90 minutos. Destacam-se suas passagens como treinador por Atlético-MG (nos anos 70), seleção brasileira (anos 80) e São Paulo (anos 90).
Telê foi o único treinador a dirigir a seleção brasileira em duas Copas do Mundo seguidas mesmo sem ter conquistado a primeira (na Espanha, em 1982, e México, em 1986).
Mestre Telê amava o futebol. Dentro de campo estava em casa, seja como jogador ou como treinador. E ensinava a exaustão especialmente os fundamentos básicos, como passe e cruzamento, por exemplo.
Em 1996 foi vítima de uma isquemia cerebral e teve que encerrar a carreira como técnico, principalmente para atender aos pedidos da família. Debilitado, tinha visíveis problemas de fala e locomoção.
Cerca de um ano depois, próximo ao fim do ano de 1997, eu enviei uma carta para sua residência em Belo Horizonte, desejando-lhe saúde e recuperação, e também o parabenizando pela brilhante carreira como treinador e dizendo ainda que a seleção de 1982 e o São Paulo de 1993 foram dois dos melhores times que eu vi jogar como boleiro apaixonado. Para minha surpresa, dias antes do Natal recebi a resposta do Mestre Telê, me desejando um ano de 1998 "com muita prosperidade" e um abraço de "amigo" com assinatura em caneta esferográfica, sobre sua fotografia vestindo a camisa do São Paulo.
Saudades do mestre Telê. O futebol também deve sentir saudades.

sábado, 20 de abril de 2013

ATLÉTICO-MG VACILOU. "MODA PASSAGEIRA" OU "MALDIÇÃO" DA MELHOR CAMPANHA?


Desde que a Conmebol estabeleceu a partir da Copa Libertadores da América de 2005 o atual regulamento de cruzamentos de mata-matas de acordo com a classificação geral da etapa de grupos, todos os times que encerraram a 1ª fase com a melhor campanha jamais ergueram o troféu. Quem quase fugiu à essa "maldição" foi o Fluminense no torneio de 2008, quando foi o melhor da 1ª etapa e conseguiu chegar à final. Porém, foi derrotado pela LDU, do Equador, em pleno Maracanã, e não conquistou o tão sonhado título sulamericano. E o Corinthians em 2010? Também foi o melhor na 1ª fase e pegou o pior 2º colocado nas oitavas-de-final: o Flamengo. Depois de jogar debaixo de um verdadeiro dilúvio no Maracanã, foi desclassificado em pleno Pacaembu, mesmo tendo vencido o adversário por 2 x 1, mas castigado pelo critério de gols feitos fora de casa, já que o time carioca havia ganho a primeira partida por 1 x 0. Contudo, de todos os times, o caso mais exemplar é o do Cruzeiro em 2011. O time então dirigido pelo técnico Cuca teve 6 vitórias, um empate e apenas uma única derrota. Marcou 22 gols e levou apenas 4, com média de quase 3 gols por partida. Aproveitamento de 79% dos pontos disputados. O time mineiro foi apelidado na época de "Barcelona da América". Porém, dos 4 gols que o time levou, 2 gols foram marcados por Amaya e Dario Moreno, que deram a vitória por 2 x 0 ao Once Caldas-COL no jogo de volta das oitavas-de-final, em Minas Gerais. O Cruzeiro poderia até perder por um gol de diferença, pois havia vencido o primeiro confronto em Manizales por 2 x 1. O nervosismo do time era tão visível que até o técnico Cuca deu uma cotovelada no atacante colombiano Rentería, já no fim da partida, ao tentar repor a bola mais rapidamente depois de sair pela lateral. E o Cruzeiro perdeu por 2 x 0 e, de favorito, foi eliminado precocemente.
Na atual Copa Libertadores, será a bola da vez o Atlético-MG, que voltou a participar do torneio depois de 13 anos? E que, coincidentemente, também é treinado pelo mesmo Cuca? E que também está praticando um futebol bonito e vistoso, de encher os olhos, como fazia o Cruzeiro há 2 anos?
Com 5 vitórias em 5 partidas, já garantido como o melhor time de toda a 1ª etapa, o Atlético-MG tinha como adversário na última rodada o São Paulo. O time paulista tinha que vencê-lo e torcer por uma derrota do The Strongest-BOL, para mesmo assim conseguir a vaga como o pior 2º colocado geral do torneio. Ou seja, como todo bom mineiro, o time de Cuca estava com a faca e o queijo nas mãos para eliminar um potencial rival logo mais adiante, pois sabia que novamente enfrentaria o São Paulo nas oitavas. E o São Paulo é sempre um adversário perigoso, bem mais acostumado a disputar a Libertadores do que o próprio Atlético-MG, que inclusive não conquista um título expressivo há décadas.
Mas o futebol do Atlético é superior, bem melhor jogado, envolvente, mais bonito e convincente. Futebol intenso, total, que encurrala o adversário. Sendo assim e contra uma equipe ansiosa pela necessidade de um resultado positivo, o São Paulo então seria presa fácil para os mineiros, mesmo jogando no estádio do Morumbi.
Mas daí aconteceu de novo o que geralmente acontece com os times treinados pelo Cuca. Um apagão. O Atlético-MG foi dominado pelo time do inseguro técnico Ney Franco, que certamente perderia o cargo com a eliminação precoce. O São Paulo envolveu o Atlético-MG, foi combativo, corajoso e determinado, venceu por 2 x 0 e ficou com a vaga nas oitavas sobre o melhor time. Que simplesmente não jogou. Ronaldinho Gaúcho, tão importante para seu time, ainda disse após o jogo que "Lá a história é outra", referindo-se ao próximo jogo em Belo Horizonte. Será, Ronaldinho? O São Paulo renasceu e "voltou" para a Libertadores graças à súbita inoperância dos atleticanos, que eram os melhores até então. O São Paulo voltou com força e quem injetou combustível extra foi o próprio Atlético-MG de Cuca que, mais uma vez, pode ver outro de seus "brilhantes" times naufragar pelo caminho. Talvez o Atlético-MG tenha ficado deslumbrado com tamanha badalação e não deu a devida importância a uma partida tão importante. O Atlético-MG deixou de eliminar o São Paulo que agora pode e vai eliminá-lo nas oitavas-de-final.
E fica a ressalva: Times brilhantes precisam de títulos para carimbar sua presença na história. Sem títulos, não passam de "fumaça" e são diluídos pela memória do tempo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

FRASE

" - Luxemburgo está fora de si, que ridículo, que vergonha para um técnico profissional como Vanderlei Luxemburgo, que palhaçada. Uma vergonha para toda a América do Sul (...) Ele manteve em campo um jogador lesionado, Werley, e agora foi tirar sarro dos jogadores e dos torcedores locais. Comportamento inaceitável."
(Fernando Solabarrieta, narrador chileno do canal Fox Sports do Chile, sobre o episódio envolvendo o técnico brasileiro Vanderlei Luxemburgo que causou a confusão após o fim da partida entre Huachipato x Grêmio, disputada no Chile, pela Copa Libertadores da América.)

terça-feira, 16 de abril de 2013

PÊNALTI BATIDO PARA TRÁS?



Campeonato Paulista da série A3, Estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto (SP). América 0 x 2 Votuporanguense. Aos 11 minutos do 1º tempo, o árbitro assinalou pênalti para o América. Na cobrança, o jogador Pilo escorregou antes de chutar a bola e deu origem a um dos pênaltis mais bizarros da história do futebol. Ronaldo Fenômeno publicou em seu Twitter que "esse foi o primeiro pênalti batido para trás".

domingo, 14 de abril de 2013

O "NOVO" PALMEIRAS E A "VELHA" DÍVIDA DO FLAMENGO


• Muita gente exaltando a "nova fase" do Palmeiras. É bem verdade que o time parece ter criado vergonha depois do vexame sofrido na goleada para o humilde Mirassol por 6 x 2. Desde então a equipe do técnico Gilson Kleina tem mostrado pelo menos bastante disposição dentro de campo e até conseguiu classificação antecipada para as oitavas-de-final da Copa Libertadores, o que eu não acreditava. De qualquer forma, o time ainda é o mesmo, com as mesmas limitações que o fizeram ser humilhado pelo Mirassol há semanas atrás. Se tropeçar nas oitavas-de-final da Libertadores e na etapa decisiva do Paulistão, a cabeça do treinador volta a ficar à tona. Melhor não se iludir com uma ou duas boas atuações na base da raça. O "novo" Palmeiras ainda é o "velho" Palmeiras, com os mesmos jogadores, o mesmo técnico e os mesmos "pensadores" de antes.

• Depois de uma auditoria feita pelo próprio clube, foi divulgado o valor atualizado da dívida do Flamengo: mais de R$ 750 milhões. A diretoria procurou extratificar e explicar os detalhes que envolvem esse montante de dinheiro que parece ser impagável, mas isso não absolve a irremediável falta de competência de tantas administrações passadas. O departamento de marketing do clube não consegue produzir receitas, mesmo tendo um potencial mercado para produtos e licenciamento de sua marca. O clube não consegue revelar craques nas categorias de base e, além de deixar de ganhar dinheiro com venda de jogadores, precisa contratar para formar o elenco de cada temporada. Com a falta de boas campanhas e títulos expressivos, vem o desinteresse do torcedor e como consequência cai a média de público e renda. Em 2010, o Flamengo teve R$ 17 milhões em arrecadação de bilheteria, contra R$ 14 milhões em 2011, uma perda de R$ 3 milhões de um ano para o outro. A falta de um patrocinador master também resultou em prejuízo para os cofres do clube nos últimos anos. Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, foi contratado a peso de ouro. Mas acabou saindo pela porta dos fundos, deixando uma enorme dívida trabalhista. E mesmo com seu apelo de mídia, o Flamengo não conseguiu um bom patrocinador no período em que o craque dentuço esteve por lá. Sem dinheiro, o clube também se viu obrigado a "devolver" Vágner Love para o CSKA, da Rússia. Mais perdas e mais prejuízos, até na qualidade do elenco.
Pela grandeza e irradiação nacional que o clube possui, pelo tamanho de sua torcida e por tudo o que representa no futebol, o Flamengo deveria ser hoje o clube mais rico da América do Sul, o "Real Madrid" tupiniquim. Mas está muito, muito longe disso. Pelo contrário, está naufragando em uma dívida monstruosa que causa espanto.

NEYMAR PRECISA VOLTAR A "RESPIRAR"

Neymar tem que ser vendido para o Barcelona ou qualquer que seja o clube europeu. Não está mais sendo viável a relação custo-benefício junto ao Santos. Além do mais, o jogador parece estar desmotivado apesar de sua negativa em relação a isso. Neymar está nervoso, inquieto, demonstra irritação nas entrevistas, responde mal à jornalistas, coisa que nunca fez antes. A pressão sobre seus ombros na seleção brasileira pode ser o fator que o incomoda tanto. Poderia ficar sem ser convocado por algumas vezes, mas seus mais de 10 patrocinadores pessoais não gostariam disso. Ele precisa se expor, precisa ser o "salvador da pátria" na Copa do Mundo de 2014. Muito se espera de Neymar e talvez só agora a "ficha está caindo" para ele. Ele não tem mais a mesma vibração de antes jogando no Santos e deve desfalcar bastante o time nessa e na próxima temporada. As vezes parece até que ele se sente incomodado em ter que jogar contra São Caetanos, Oestes, Barbarenses e Flamengos do Piauí, enquanto seus "parças" (como ele mesmo diz) estão atuando em jogos importantes e badalados na Europa, que atraem os olhares do mundo inteiro.
Então é hora do clube que o revelou embolsar uma boa quantia em dinheiro com sua transferência e montar um elenco competitivo, que não dependa de um único jogador que inclusive vai atuar poucas vezes por ele.
Neymar é ídolo, é craque, é prata da casa, é um genuíno "Menino da Vila", mas está na hora de sair.

SELEÇÕES DE ESPANHA E ALEMANHA NA LIGA DOS CAMPEÕES


Grandes jogos nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Neles estarão as lentes e os olhares de todos os cantos do planeta, diante do torneio de futebol mais badalado que existe. Não morro de amores pelo futebol europeu, mas não tem como deixar de assistir Barcelona x Bayern de Munique, por exemplo, que atualmente praticam o melhor futebol do mundo. O time alemão é bem administrado, bem cuidado, bem treinado e vai crescer ainda mais como potência nos próximos anos, copiando o modelo de gestão do agora rival Barcelona. Também será um grande jogo o duelo entre Real Madrid x Borussia Dortmund, com ligeiro favoritismo para o Real Madrid, apesar da mesquinhez de seu treinador, o arrogante José Mourinho. Que já comunicou à diretoria madrilenha de sua saída após o fim do torneio, pois é notório que não tem um bom relacionamento com o elenco e menos ainda com a imprensa.
É bom lembrar que esses 4 times semifinalistas formam as respectivas seleções nacionais de cada país, ou seja, a seleção espanhola é formada por jogadores de Barcelona e Real Madrid, enquanto que do mesmo modo a seleção alemã é formada por jogadores de Borussia Dortmund e Bayern de Munique. Coincidência? É claro que não. É a mais pura lógica.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

MOSAICO IMPRESSIONANTE DA TORCIDA DO BORUSSIA DORTMUND


Quartas-de-Final da Copa dos Campeões da Europa de 2013, Estádio Westfalenstadion, na Alemanha. Borussia Dortmund 3 x 2 Málaga. Antes da partida, a "Muralha Amarela", como é conhecida a torcida do Borussia, promoveu um espetáculo a parte durante a entrada das equipes em campo. Um mosaico animado criando um efeito 3D com o torcedor-símbolo do clube utilizando um binóculo e a mensagem "de olho na orelhuda perdida" (em referência ao troféu do torneio, caracterizado pelas grandes alças laterais simbolizando duas enormes "orelhas"). Com uma torcida bastante fanática, o estádio possui 100% de lotação em todos os jogos do Borussia Dortmund.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

FRASE

" - O Bahia precisa de mim. Já estou tirando a poeira da mala. Vou até colocar meu Senhor do Bonfim na bagagem porque vou precisar muito dele aí."
(Joel Santana, contratado pela 4ª vez como técnico do Bahia, em substituição ao ex-técnico Jorginho, demitido após a humilhante goleada sofrida para o Vitória por 5 x 1 na inauguração da Arena Fonte Nova).

domingo, 7 de abril de 2013

"NOVA" CAMISA DO CORINTHIANS, A TRADICIONAL LISTRADA.

Para o bem do futebol, o Corinthians decidiu optar pela boa e velha tradição. Vazou pela internet a imagem de sua nova 2ª camisa para a temporada de 2013, que volta a ser a tradicional preta com finas listras verticais brancas, tão conhecida dos corintianos. Esse sempre foi o segundo uniforme corintiano e marcou época em um dos momentos mais importantes da história do clube: a conquista do Campeonato Paulista de 1977, que encerrou um jejum de 23 anos sem títulos. A última vez que o time utilizou esse uniforme foi há 4 anos, mas as listras eram mais grossas, diferentes do que sempre foram, estreitas.
Concordo com o relançamento dessa camisa, que prioriza a tradição no lugar do marketing. Nos últimos anos, o Corinthians promoveu um festival de camisas que destoam de suas origens: Roxa, Cinza, Preta e até Grená. O quê a cor grená tem a ver com a história do Corinthians? Sempre fui e sou contra as chamadas "camisas alternativas", que só atendem aos interesses de companhias de material esportivo na busca por maiores lucros e nada mais. Para uniformes de treinamento acredito que não tenha nenhum problema, mas sou totalmente contrário a utilizar tais camisas em partidas oficiais. O Corinthians é preto e branco e ponto final.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

"LOS BOSTEROS" DE LA BOMBONERA??



Não é a toa que os fanáticos torcedores do Boca Juniors ganharam dos rivais torcedores do River Plate o apelido indigesto de "Los Bosteros". É que no local onde foi construído o estádio Alberto Jacinto Armando (conhecido popularmente e mundialmente como "La Bombonera"), em Buenos Aires, capital da Argentina, funcionava uma fábrica de ladrilhos que usava esterco de cavalo como matéria-prima. Para provocar, até hoje os adversários chamam os xeneizes de "Los Bosteros" em alusão ao ingrediente principal da composição dos ladrilhos, no caso, o esterco.
Já o estádio é chamado de La Bombonera porque o terreno em que foi erguido era tão pequeno que as pessoas começaram a compará-lo a uma caixa de bombons.

fonte: Livro "Loucuras do Futebol", Emedê, Editora Panda, 2003.

ATLÉTICO-MG: FUTEBOL TOTAL, OFENSIVO E COM ALEGRIA.


O Atlético-MG é atualmente o melhor time do Brasil. Joga um futebol vistoso, envolvente, ofensivo, que respeita o adversário fazendo muitos e belos gols. Bastante parecido em gênero, número e grau com o time do Santos de 2010, um dos melhores ou talvez o melhor time de futebol que eu vi jogar em mais de 40 anos de idade. E olha que eu vi grandes times jogarem, como a fantástica seleção brasileira de Telê Santana na Copa de 1982, o Flamengo de 1981 a 1983,  O São Paulo de Telê Santana dos anos 90, o Palmeiras da "Era Parmalat", o Corinthians de 1998 a 2000, o Santos dos Meninos da Vila de 2002, o Barcelona de 2005, o encantador Santos de 2010 e o brilhante Barcelona dos últimos anos. O Atlético-MG, com Jô, Ronaldinho Gaúcho e Bernard, ainda não entrou para o meu seleto grupo dos "Times Mágicos", como esses citados acima. Mas já está bem encaminhado. Tenho visto alguns jogos do atual Atlético-MG. Assisti, por exemplo, o jogo de volta contra o Arsenal de Sarandí-ARG, pela Copa Libertadores da América. O placar? 5 x 2 para os mineiros. Porém, isso nem importa tanto. O time joga por música, solto, envolvente. Os gols saem naturalmente, em jogadas excepcionais. A troca de passes privilegia a posse da bola, feita em cascata, avançando sempre em direção à defesa adversária. O time segue com a bola em velocidade e em círculos, sendo que todos os jogadores participam das jogadas. Além de bonito, é também um futebol coletivo "solidário". Ou o chamado "futebol total", exatamente como o Santos do técnico Dorival Junior fazia em 2010. Aos times adversários só resta o recurso da falta, tão necessário para equipes menos favorecidas tecnicamente. Cada jogador do Atlético sabe onde está o outro companheiro, sem precisar vê-lo. Me lembro de entrevistas dadas por Robinho e Ganso, na temporada de 2010, que diziam saber onde estava um companheiro no campo de acordo com o "assobio". Eles ensaiavam isso. Um assobio significava uma determinada posição, dois assobios era outra, e assim por diante. Isso é futebol, é malícia, é criatividade, é jogar com alegria. Aliás, Dorival Junior é exatamente o oposto de Muricy Ramalho, por exemplo. Joga sempre para a frente, sem medo, sempre com o propósito de fazer gols, de vencer. É claro que por causa disso deixa a defesa bastante exposta, vulnerável, e o time acaba levando gols também. Mas se fizer 4, qual o problema de levar 2? Se fizer 5, qual o problema de levar 3? Assim era o Santos de 2010, que tanto encantou o Brasil com seu futebol arte.
Há exatos 3 anos, em abril de 2010, o Santos era o time com maior média de gols do futebol mundial: havia marcado até então 93 gols em 27 partidas, ou seja, média absurda de 3.44 gols por partida. O Santos encantava a todos com goleadas por 10 x 0, 8 x 1, 9 x 1, entre outras, no Campeonato Paulista e Copa do Brasil. Da mesma maneira que faz agora o Atlético-MG, com goleadas, jogando bonito e batendo recorde: foram 10 jogos e 10 vitórias divididas entre Campeonato Mineiro e Copa Libertadores. É o primeiro time classificado e o único com 100% de aproveitamento na etapa de grupos do torneio sulamericano.
O técnico Cuca também sempre montou e comandou ótimos times, como esse agora do Atlético-MG, liderado pelo veterano e craque Ronaldinho Gaúcho. O grande problema de Cuca é conquistar títulos, pois seus bons e competitivos times acabam ficando pelo caminho.
Então a pergunta: - O quê falta para esse estonteante Atlético-MG entrar no hall dos "Times Mágicos"?
Exatamente um título. Expressivo. Da Libertadores, por exemplo. Seria a coroação final desse belo trabalho que, finalmente, vem sendo feito no Atlético-MG. Porque os torcedores atleticanos estão aguardando por um título importante há muito e muito tempo. Além de coroar um trabalho, um título assim se faz necessário e urgente.
E qual é o segredo dos "Times Mágicos"? Vibração, alegria, entrosamento, fazer do ataque a melhor estratégia de defesa. Jogar bonito e para frente é o diferencial. O resto acontece naturalmente.

fonte: site Terra Esportes http://migre.me/dZFmJ

terça-feira, 2 de abril de 2013

FRASE

" - Eu dormi muito bem e com a consciência tranquila. O Rafael Toloi recuou mal a bola e ela pegou efeito, atrapalhando o Rogério Ceni. Ele tentou chutar, mas o Pato foi mais rápido, deu um biquinho na bola e tirou a perna. A bola foi forte e, nisso, o Rogério acabou acertando um chute no pé do Pato. Foi pênalti claro (...) como o Pato não conseguiria alcançar a bola após o choque, já que ele acabou dando um bico na bola, não houve chance clara de gol. Então, o Rogério recebeu o cartão amarelo pela infração."
(Leandro Bizzio Marinho, árbitro que apitou o clássico São Paulo 1 x 2 Corinthians, pela 16ª rodada do Campeonato Paulista de 2013, sobre o polêmico lance do pênalti que resultou na vitória corintiana).

O BOM FUTEBOL ESTÁ ABANDONANDO O BOM ROGÉRIO CENI.

Pelé nunca foi brilhante com as palavras da mesma forma que foi brilhante com a bola nos pés. Nem se compara. Porém, uma de suas frases mais célebres deve ser sempre relembrada. Quando o craque Romário estava desesperadamente buscando o milésimo gol, prestes a encerrar a carreira, o Rei do Futebol foi questionado a respeito e disse: "O jogador deve abandonar o futebol antes que o futebol o abandone". Entendo da mesma maneira.
E por quê tal frase deve ser sempre relembrada? Veja aí o caso do paranaense Rogério Ceni, 40 anos, goleiro do São Paulo desde 1990. Ídolo, maior jogador da história do São Paulo, provavelmente superando até mesmo o uruguaio Pedro Rocha, que tanto encantou os são-paulinos na década de 70. Além de seus históricos 109 gols marcados na carreira e de conquistar todos os títulos possíveis (menos o da Copa do Brasil), o ídolo e goleiro-artilheiro Rogério Ceni foi eleito o melhor jogador dos Campeonatos Brasileiros de 2006 e 2007 e indicado ao prêmio da Bola de Ouro em 2008 pela revista francesa France Football. É fato que não possui o mesmo carisma do ex-goleiro Marcos, que é querido até por quem não é palmeirense, mas Rogério é idolatrado pela grande maioria dos são-paulinos. Mesmo assim, já está passando da hora de deixar o futebol, porque como diz a frase, o futebol já está o deixando. Chegou o momento de fazer o que o palmeirense Marcos fez: pendurar as chuteiras (ou as luvas, como queiram) e perpetuar sua imagem na galeria dos grandes jogadores, sem arranhões.
Marcos encerrou a carreira no começo de 2012. Quando viu que já não estava mais atuando em alto nível, sem o mesmo reflexo (indispensável para o bom goleiro) e que suas apresentações ficavam aquém do esperado, simplesmente parou para não decepcionar seus fãs. Sem alarde, sem hesitar. O desempenho quase sempre irregular nas últimas partidas poderia manchar a boa imagem perante todos os torcedores, especialmente por ter sido o goleiro titular da seleção brasileira pentacampeã mundial na Copa da Ásia de 2002.
Rogério não é mais o goleiro rápido e habilidoso de antes, que participava dos jogos fazendo belas defesas e gols de bola parada, que sempre se mostrava bastante seguro com a bola nos pés. Não é mais aquele goleiro que sabia como poucos sair jogando, que não errava reposição e esbanjava confiança nos recuos de bola de sua zaga.
O goleiro-artilheiro vem falhando e não é de hoje. Teve lances bisonhos neste Campeonato Paulista, como na partida contra o modesto Ituano, um frango inconsolável em pleno estádio do Morumbi. Sofreu 20 gols em 17 partidas em que atuou na atual temporada, o que significa 1.17 gols sofridos por jogo, sua pior média nos últimos 5 anos.
Porém, são nos jogos mais importantes que as falhas se tornam mais visíveis. No melhor clássico paulista até o momento, o São Paulo foi derrotado de virada pelo Corinthians pelo placar de 2 x 1 e o goleiro são-paulino foi destaque da partida. De forma negativa.
Rogério errou "feio" pelo menos três vezes: ao repor uma bola ainda no primeiro tempo, entregando de graça para um jogador corintiano próximo da área; ao se atrapalhar numa defesa com os pés e "furar" na pequena área ao disputar bola com o corintiano Paulinho; e principalmente no lance capital do jogo, ao perder o tempo de bola e sair mal num recuo de seu zagueiro, fazendo pênalti durante disputa com o atacante corintiano Alexandro Pato.
É bem verdade que o zagueiro Rafael Tolói deixou Rogério em maus lençóis ao recuar erradamente uma bola fácil, dominada. O habilidoso e veloz Pato, percebendo o erro do adversário, saiu em disparada e muito mais rápido chegou na bola antes, tirando-a do alcance do goleiro com o bico da chuteira. Rogério, mais lento e sem tempo de bola como no passado, chutou violentamente o pé do atacante, derrubando-o e cometendo pênalti. Ele próprio se machucou no lance. Apesar dos protestos de jogadores e torcedores são-paulinos, foi pênalti claro e o goleiro deveria ter sido expulso, porque se não fosse derrubado, Pato entraria com bola e tudo para dentro do gol. Rogério Ceni chegou a "implorar" a não marcação do pênalti, ajoelhando-se  pateticamente diante do árbitro. E mesmo se adiantando uns 2 metros como de costume na cobrança do pênalti, não conseguiu evitar o gol do mesmo Pato que deu a vitória ao Corinthians. E, mais uma vez, saiu reclamando da arbitragem no fim do jogo.
Rogério Ceni precisa compreender que reconhecer a hora de parar também é louvável, assim como comemorar títulos, gols e vitórias. Isso faz parte dos grandes feitos dos grandes jogadores.
Portanto, encerre sua vitoriosa carreira ainda com bom futebol antes que o bom futebol o abandone...de vez.