segunda-feira, 29 de julho de 2013

FRASE

" - Agora eu vejo que existe uma pessoa à frente que exerce a liderança. Um cara justo, correto, um grande profissional que está tentando resgatar algo que perdemos. Quando você tem alguém no comando, tudo fica mais fácil. Não acho que apenas a saída de um ou outro é que faz a diferença, mas o elenco está se aproximando do que deve ser."
(Rogério Ceni, goleiro e capitão do São Paulo, sobre a atual situação de sua equipe no Brasileirão e "cutucando" o ex-técnico Ney Franco)

SÃO PAULO, SANTOS E CORINTHIANS EM ¼ DE BRASILEIRÃO

Circunstancialmente, "não perder" para o Corinthians significou um ótimo resultado para o São Paulo. Apesar de figurar na zona de rebaixamento dentro de seu pior retrospecto na história, o time do presidente Juvenal Juvêncio conseguiu não chegar à sua 9ª derrota seguida, mesmo jogando contra seu algoz na temporada e no estádio do Pacaembu lotado de corintianos. Quem diria, são-paulinos sorrindo após empatar em 0 x 0 um clássico contra o rival numa série de 12 partidas sem vencer. Agora a equipe do técnico Paulo Autuori faz uma pausa no Brasileirão e viaja à Europa para disputar dois torneios internacionais. Deve apanhar diante do Bayern de Munique, por exemplo, mas será bom para amenizar as cobranças por aqui. Porém péssimo porque, quando retornar, certamente estará na lanterna do Brasileirão a 3 ou 4 pontos do time mais próximo na tabela. E será difícil a caminhada de recuperação.
O Santos continua com seus altos e baixos. Em fase de reformulação do elenco, diretoria e comissão técnica, o time do (até aqui) competente técnico Claudinei Oliveira alterna boas e más atuações, repleto de jogadores jovens e, sim, atrevidos, mas que precisam se aprimorar em alguns quesitos fundamentais, especialmente finalização. Curiosamente, quando o time entra em campo apenas com a garotada que veio da base, joga muito bem, vence e convence. Mas quando os veteranos estão juntos em campo, o time perde rendimento. Para se ter uma idéia, em todas as partidas que Edu Dracena e Durval estiveram presentes, o Santos perdeu (contra Botafogo, Criciúma e Ponte Preta). Já Montillo não consegue mesmo se afirmar, vez ou outra tem um ou outro lampejo de inspiração, o que é pouco para um investimento de mais de R$ 16 milhões. E Arouca está bem aquém daquele volante aguerrido de 2010 e 2011, que apoiava tão bem o ataque. Agora o time santista também faz uma pausa de uma rodada no Brasileirão para jogar o amistoso diante do Barcelona, no estádio Camp Nou. É claro que o time espanhol é muito superior a esse time em formação do Santos, cheio de garotos que devem ficar deslumbrados ao enfrentarem o novo e todo-poderoso time de Neymar, mas por ser o começo da temporada européia, acredito num bom jogo de prestígio internacional.
Sobre o Corinthians, uma só explicação: o time se acomodou. E o técnico Tite sabe disso. Depois de conquistar títulos importantes e de perder o ótimo volante Paulinho para o exterior, a equipe não consegue mais repetir as boas atuações da temporada do ano passado. Prova disso é o baixo número de gols marcados: 6 gols em 9 jogos, com 5 gols tomados. O pior ataque do Campeonato Brasileiro até aqui. Saldo de apenas 1 gol em 9 rodadas. Muito pouco para um conjunto forte como o do Corinthians. Jogadores como Pato, Douglas, Sheik, Danilo, Guerrero, Romarinho, Ralf e Renato Augusto podem fazer mais. Neste caso, qual deve ser o melhor caminho para o técnico Tite? Priorizar a Copa do Brasil. Um torneio mais curto, de menor equilíbrio técnico e com uma fórmula que seu time sabe jogar bem: os mata-matas. Além de ser o caminho teoricamente mais fácil para se voltar à Copa Libertadores em 2014.
Se dedicar à Copa do Brasil e fazer uma campanha satisfatória no Brasileirão, sem correr riscos de rebaixamento, pode (e deve) ser a estratégia adotada neste segundo semestre para Corinthians, São Paulo e Santos. Porém, o caminho será bem mais complicado para o time do Morumbi. Quem viver, verá.

FRASE

" - Eu acho esquisito, porque ele não era dessa maneira. Ele era um pouco polêmico no passado, mas como nos últimos tempos e nas últimas atitudes, nunca. Foi muito esquisito."
(Zé Sergio, ex-jogador e ex-técnico das categorias de base do São Paulo, sobre os últimos acontecimentos polêmicos envolvendo o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio)

sábado, 27 de julho de 2013

FRASE

" - Sou um grande vencedor, talvez o maior da história do clube. Eu me esforço para fazer as coisas certas, para reformar o Morumbi, investir em Cotia (...) Sei que tenho um bom legado também no social, são milhares de pessoas nas piscinas, oito quadras de tênis, cinco quadras poliesportivas... mas agora o time está levando pau no futebol e vai sobrar para mim, fazer o quê? Sei que a coisa é assim."
(Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, sobre a maior crise da história do time)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

ATLÉTICO-MG NO TOPO DA AMÉRICA



24 de Julho de 2013, Estádio do Mineirão, Belo Horizonte (MG). Atlético-MG x Olímpia-PAR, decisão da Copa Libertadores da América. Ao ser derrotado na partida de ida no Paraguai por 2 x 0, o Atlético-MG do técnico Cuca também venceu pelo mesmo placar de 2 x 0, de forma dramática no tempo normal, com o segundo gol anotado pelo zagueiro Leonardo Silva somente aos 42 minutos do 2º tempo. Passada a prorrogação empatada sem gols, a decisão foi para as penalidades e o time mineiro bateu os paraguaios por 4 x 3.
Pela primeira vez em sua história, o Atlético-MG é campeão da Copa Libertadores e agora está no topo da América.
É o quarto título consecutivo conquistado por um clube brasileiro. Desde 2010, Internacional, Santos, Corinthians e agora o Atlético-MG levantaram o troféu mais cobiçado das Américas.
E foi um título merecido. Do começo ao fim do torneio sulamericano, o time das Minas Gerais concentrou um futebol veloz, ofensivo, envolvente, teve bastante determinação e também  sorte, tão imprescindível quanto o talento. Parabéns ao técnico Cuca, que sempre montou equipes competitivas. E que finalmente dessa vez foi premiado. Com o título do campeonato de clubes mais difícil do planeta.

domingo, 21 de julho de 2013

PES 2014 - TRAILER OFICIAL - SANTOS x BAYERN



Trailer oficial do novo PES versão 2014, que será lançado internacionalmente em setembro de 2013. Santos x Bayern de Munique são os times que divulgam oficialmente o novo game de futebol da marca Konami.

FRASE

" - O mal que o diretor de futebol Adalberto Batista fez para o São Paulo foi imenso. Acabe com isso, presidente Juvenal (...) Faça alguma coisa imediatamente: tire o Adalberto. O clima vai melhorar e podemos começar a reação já na quarta contra o Inter."
(Abílio Diniz, empresário do grupo Pão de Açúcar, via Twitter, em relação ao diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Batista).

SÃO PAULO, O "SOBERANO" À DERIVA


Você se lembra daquele clube "moderninho", que era considerado modelo do futebol brasileiro? Que raramente trocava de comissão técnica e que jamais tinha destaque negativo na mídia? Que se auto-intitulava o Real Madrid tupiniquim? Que ganhava rios de dinheiro apenas alugando seu estádio para clubes rivais mandarem seus jogos mais importantes?
Pois é. Esse clube é coisa do passado, apesar de ainda permanecer vivo num mundo imaginário na cabeça de seus dirigentes. O São Paulo vive um momento bastante complicado e sem perspectiva imediata de melhora. E o perigo do rebaixamento nunca foi algo tão real dentro do Morumbi. Depois da pífia participação na Copa Libertadores deste ano, o time faz seu pior Campeonato Brasileiro da história até o momento. Já são 10 partidas sem vencer, das quais 7 derrotas seguidas. O revés por 3 x 0 para o Cruzeiro, novamente diante de sua torcida no Morumbi, definitivamente instaurou uma crise que há muito tempo não se via no clube que sempre foi o xodó da imprensa paulista.
São-paulinos perceberam o totalitarismo do presidente Juvenal Juvêncio e agora até pedem sua renúncia. Mas quem ficaria no seu lugar? O polêmico Adalberto Batista, que não quis a volta de Muricy Ramalho e promove queda-de-braço com Rogério Ceni, maior ídolo do clube?
O São Paulo nunca trocou tanto de treinadores como agora. Depois da saída de Muricy Ramalho, já passaram por lá Ricardo Gomes, Sergio Baresi, Adilson Batista, Carpegiani, Emerson Leão e Ney Franco. Agora assumiu o comando Paulo Autuori, apesar da preferência da torcida pela volta de Muricy Ramalho. Por vaidade da diretoria, Muricy foi rejeitado e Paulo Autuori foi contratado. E terá bastante trabalho, principalmente para recuperar a moral e a auto-estima baixíssima do elenco.
O São Paulo não ganha nada desde 2008, seu último título brasileiro. Mas e a Copa Sulamericana de 2012? Aquilo foi um torneio de baixo nível, a 2ª divisão da Copa Libertadores. E a final foi contra um timeco da Argentina, o Tigre, que além de ruim e violento, se recusou a voltar para o 2º tempo. Situação típica de jogo de várzea.
Os medalhões do São Paulo espelham as vaidades que vem de cima, desde a presidência do arrogante Juvenal Juvêncio, passando pela diretoria que, segundo Rogério Ceni, "parou no tempo", e chega até o vestiário. Luis Fabiano não é decisivo e geralmente nem está em campo nos jogos mais importantes. Paulo Henrique Ganso é inoperante em campo, custou caro demais para desempenhar o papel de um mero "tocador de bolas" para o lado, não assumiu ou não conseguiu assumir a responsabilidade que tanto se esperava dele. Logo estará jogando em algum clube inexpressivo do leste europeu por total falta de resultados no Morumbi. Lúcio, visivelmente em fim de carreira. E Osvaldo, a "grande promessa", apenas corre bastante dentro de campo. Nada mais do que isso.
O time sub-20 do Santos venceu fácil o time do Juvenal dentro do Morumbi. O Corinthians "passeou" na Recopa Sulamericana. E Bahia e Cruzeiro também venceram sem nenhuma dificuldade.
E o Morumbi? Sem mais alugar para os rivais e com baixa média de público em seus jogos, resta ao clube alugar seu estádio para shows internacionais. E olhe lá. E o elogiado CT de Cotia, tão bem estruturado, mas que não revela jogadores?
O São Paulo de Juvenal Juvêncio, muito aquém de ser chamado de "Soberano", está representando muito bem o Palmeiras na 1ª divisão. Tanto que pelo jeito está louco de vontade de disputar a 2ª divisão do ano que vem. Sem o status de soberano.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

SELEÇÃO BRASILEIRA À MODA DA CASA


Nosso time está de férias e eu entrei um pouco no clima dos campeões. É, CAMPEÕES! E ainda, em cima da “temida” Espanha. Foi bom, foi muito bom. Conquistamos, no fim de Junho, mais uma taça. Tetras! E melhor ainda, vimos à seleção crescer. Aquela que levantou a taça não foi à mesma vaiada em Belo Horizonte, no amistoso realizado em Abril contra o Chile. Crescemos na competição, com jogadores soltos e entrosados, torcida animada, e o clima todo a nosso favor.
Mas quero falar sobre duas figuras principais. Primeiro o craque (eterno) da Vila Belmiro, Neymar dos Santos Junior, que silenciou tanta gente, tantas criticas e fez um belo trabalho, com gols e passes que só quem tem no sangue um belo futebol faz. Não é à toa que levou o título da competição, a Bola de Ouro, sendo também decisivo no jogo contra a Espanha.
O destaque, porém, ficou para o 12º jogador, Luiz Felipe Scolari. O técnico, que retornou à Seleção após um período sem resultado em outras equipes, chegou tranquilo, desacreditado por muitos, mas mostrou que o trabalho foi feito. E bem feito. Administrou a pressão de jogar em casa, e passou isso para os jogadores. Administrou criticas com poucas palavras como se nos dissesse: Fique atento e observe. De expressão sempre séria, o sorriso depois da vitória, disse muito. Eu, por exemplo, critiquei, mas fui a primeira a reconhecer todo trabalho do Scolari, da Seleção. É preciso admitir que estamos no caminho certo. Vê-los jogar é uma alegria. Hoje mais.
No dia 14 de Agosto, Felipão e seus jogadores retornam a campo, na Suiça, para um amistoso. Já pensando em 2014, na Copa do Mundo onde todos os olhares estão, o time vai se encontrando e vencer a Copa das Confederações nos deu uma esperança, aquela certeza que o nosso futebol vive, unidos pela mesma paixão. Somos uma fábrica de craques, futebol que vem de berço, a natureza de um brasileiro.
No mais, Felipão vai continuar o belo trabalho. Você acredita? Eu, muito.


(por Nayana Peres, 26 anos, entende e tem paixão pelo futebol com sua visão feminina crítica e inteligente. Escreve semanalmente no AL MANAK FC)

sábado, 13 de julho de 2013

ATLÉTICO-MG A UM PASSO DE CONQUISTAR O TORNEIO MAIS DIFÍCIL DO MUNDO


O Atlético-MG vive um momento de luz, mágico. Joga bonito, para frente, se torna até vulnerável por causa disso. Nunca chegou tão longe em sua história. Vive dias que antecedem as finais de uma Copa Libertadores da América. É o momento de chegar ao olimpo do futebol sulamericano. E quem disse que Ronaldinho Gaúcho estava morto é porque ainda não o tinha visto jogar no horto. O dentuço é o craque do time, dos pés dele saem as principais jogadas e, dentro de campo, é o porta-voz do técnico Cuca. Ele reclama, xinga, briga, com os adversários e com os jogadores de sua própria equipe. E o Cuca merece esse título. Sempre admirei os times dirigidos por ele pela competitividade, pelo espírito de equipe e por jogar de forma ofensiva. Cuca foi um jogador normal, porém que sabia fazer gols. Me lembro perfeitamente de seus gols com a camisa do Santos no final da década de 80 e início dos anos 90. Sempre foi um jogador de presença na área. E quando seus times estão em campo ele parece estar dentro de campo também. Pela determinação e por estar tanto tempo na estrada, garimpando, como boleiro e treinador, Cuca merece ganhar um título expressivo como esse. E a Libertadores é certamente o título que todo treinador sonhou um dia ter. Nem Vanderlei Luxemburgo conseguiu tal façanha, mesmo nos tempos em que seu trabalho era reconhecido em nível internacional, quando até chegou a dirigir o galáctico Real Madrid.
A Copa Libertadores da América é o torneio de futebol mais difícil do planeta. Catimba, força, nervos, tensão, brigas, viagens desgastantes, habilidade, camisa, técnica, raça, experiência, estádios acanhados, provocação, rivalidade, cansaço, disputa acirrada, estratégia, tradição. É o torneio onde quase vale tudo e é necessário estar de fato determinado e preparado para vencer. Duvido que algum time da Europa, qualquer um, seria capaz de conquistar um título da Libertadores. Aqui, para se vencer é preciso todas as formas de disputa em uma só partida. Não basta apenas saber jogar futebol. É preciso de todos os requisitos ao mesmo tempo. Ou alguém acredita que o Bayern de Munique seria recebido com flores quando chegasse ao estádio? Que o Real Madrid seria recebido com festa na casa do adversário? Que os jogadores do Barcelona teriam uma ótima noite de sono no hotel, sem foguetórios ou barulho na parte de fora? Que ao invés de água fria ou falta de água os vestiários do Paris-Saint-Germain teriam banheiras e sauna?
Não. Aqui na Libertadores a história é bem diferente. Levantar o troféu depois de 14 partidas é realmente uma conquista. E para se comemorar muito depois de vencer uma verdadeira batalha.
E o Atlético-MG está quase no topo da América para fincar sua bandeira alvinegra. A do seu rival, o Cruzeiro, já está lá faz tempo.
O time do batalhador Cuca joga bonito e tem condições e futebol para isso, até porque o Olímpia é um time mediano e do outro lado não está o São Caetano de 2002. Porém, se o clube mineiro não conseguir dessa vez, será muito difícil chegar novamente. O time e o Cuca.

terça-feira, 9 de julho de 2013

FRASES

" - Nesse momento se eu disser que estou acreditando como eu acreditei quando cheguei eu estaria mentindo. Estou esperando o Ricardo Gomes, pois assim há possibilidade de uma reunião. Estou pronto e esperando, não tenho horário, se tivesse falaria."
(Paulo Autuori, ex-técnico do Vasco, que disse ter sido "iludido" pela diretoria vascaína quando foi contratado).

" - Eu, realmente, estava muito confiante na permanência do Paulo. Faço mea-culpa, passei do ponto e errei, errei feio".
(Ricardo Gomes, diretor executivo do Vasco, que havia dito uma semana antes que não havia possibilidade do técnico Paulo Autuori deixar o clube carioca).

O BRASILEIRÃO VOLTOU. E O SEU TIME?

Depois de quase um mês de recesso devido à disputa da Copa das Confederações, a bola voltou a rolar pelo Campeonato Brasileiro. A parada de quase 30 dias foi boa para uns e ruim para outros. É claro que ainda é muito cedo para qualquer tipo de previsão, seja na parte de cima da tabela, seja pela luta inglória dos que vão ser rebaixados. Mas alguns sinais se desenham desde já.
O Vasco é um time que certamente vai fazer seus torcedores sofrerem, nada diferente do que já vem acontecendo nos últimos tempos. Até o técnico Paulo Autuori já disse ter sido "iludido" pela diretoria do clube e deve sair. Provavelmente seu destino será o Morumbi. Os jogadores do Vasco sequer treinam devido à falta de pagamento dos salários, atrasados há meses. E nem o mais otimista dos vascaínos consegue enxergar alguma luz no fim do túnel. Estaria Eurico Miranda deixando saudades em São Januário?
O Flamengo já tentou se reerguer com Dorival Jr, Jorginho e agora apostou no retranqueiro técnico Mano Menezes. Futebol burocrático, mas que algumas vezes funciona. Depende bastante da filosofia de cada clube e acredito que por isso será pouco provável que tenha êxito no Flamengo.
O Corinthians pode voltar a ser um time normal. O conjunto ainda é forte, porém sem os mesmos resultados do ano de 2012. E Alexandre Pato continua sendo uma enorme interrogação, apesar dos 2 gols feitos por ele na vitória sobre o Bahia, fora de casa, por 2 x 0. Pato estava há mais de 10 partidas sem marcar, o que é ruim para um atacante como ele que custou a "bagatela" de R$ 40 milhões. Ainda não justificou tamanho investimento.
O Grêmio demitiu Vanderlei Luxemburgo depois de 16 meses atendendo a todos os pedidos do treinador, porém sem nenhum título conquistado. A gota d'água certamente foi a eliminação precoce na Copa Libertadores deste ano. Pior que a falta de resultados deve ser o montante de dívidas que geralmente os clubes herdam após as passagens de Luxemburgo. O time é bom, mas a folha salarial deve ser uma das mais elevadas do futebol brasileiro. E montar times caros não significa garantia de títulos.
O Atlético-MG vive um drama. Aposta todas as fichas na Copa Libertadores e deixou de lado o Brasileirão. É a sina de todos os times brasileiros que disputam o torneio sulamericano. Se não der certo na Libertadores, vai ter que amargar uma ressaca brava e tentar se reerguer no torneio nacional, o que é sempre uma situação complicada, pois o nível do Brasileirão é bem equilibrado. Além de ser mais um castigo para o técnico Cuca.
O Santos tem uma luz no fim do túnel. Talvez seja o time que mais se beneficiou com a parada do Brasileirão. O competente técnico Claudinei Oliveira, que para mim deve ser efetivado no cargo, teve tempo para trabalhar com a molecada e dar "sua cara" ao time formado basicamente por jogadores da categoria sub-20, que foram campeões da última Copa São Paulo de Futebol Junior. Garotos, irreverentes, atrevidos, identificados com a filosofia do clube, de jogar para frente. Pode dar certo como aconteceu em 2002 e 2010? Evidentemente que o elenco atual não tem a mesma qualidade desses outros, nem se compara. Mas pode dar certo sim. Afinal, vencer o experiente time do São Paulo por 2 x 0 em pleno Morumbi não é tarefa das mais fáceis para uma equipe que ainda nem possui o entrosamento ideal. Mas com certeza eleva o moral e diminui a pressão sobre os garotos, principalmente se Robinho realmente for recontratado. A chegada de um ídolo sempre tira mais a responsabilidade dos mais novos.
Ao São Paulo resta saber até quando vai reinar o totalitarismo do presidente Juvenal Juvêncio, que sente-se o dono do clube há anos. E quando os "medalhões" vão começar a decidir? O fato é que Luis Fabiano, Lúcio e especialmente Paulo Henrique Ganso não renderam absolutamente nada do que se esperava deles. Aliás, Ganso não rende nada há pelo menos 2 anos. É um mero "tocador de bola" para o lado e para trás, como muitos que se vê por aí e que não possuem nem um terço do glamour de Ganso. Jadson e Osvaldo mostram que também são jogadores normais. Só isso. Como bem declarou o ex-técnico Ney Franco em sua saída, "o problema do São Paulo não é tático, é técnico".
Em resumo, com a volta do Brasileirão as interrogações aumentaram e vem sempre aquela história de "tem muito campeonato ainda pela frente". Mas as premonições começam bem antes e podem se tornar realidade.