terça-feira, 27 de agosto de 2013

PALPITES DA COPA DO BRASIL - OITAVAS DE FINAL

Abaixo os pitacos dos jogos decisivos das oitavas de final da Copa do Brasil, sobre os times que avançam às quartas de final do torneio nacional. Os números entre parênteses representam o placar da primeira partida.

Corinthians (0) x (1) Luverdense, Pacaembu - Passa fácil o Corinthians. Se ganhar por menos de 3 gols de diferença é porque o time do técnico Tite está mesmo cambaleando. A equipe matogrossense faz turismo na capital paulista.
Grêmio (0) x (1) Santos, Arena Grêmio - Empate, provavelmente sem gols. Técnico Claudinei Oliveira vai jogar com o regulamento debaixo do braço e, no sufoco, passa o Santos.
Salgueiro-PE (0) x (3) Internacional, Pernambuco - Internacional apenas aguarda de camarote o próximo confronto nas quartas de final.
Atlético-PR (0) x (1) Palmeiras, Paraná - Nivelados tecnicamente, porém passa o time paranaense em jogo acirrado.
Goiás (0) x (1) Fluminense, Serra Dourada - Empate. 0 x 0, 1 x 1, 2 x 2, 3 x 3... Passa o time carioca, apesar da má fase.
Vasco (2) x (0) Nacional-AM, São januário - O Vasco só não se classifica se os jogadores amazonenses confundirem o uniforme do time carioca com o da Ponte Preta, que despacharam na etapa anterior do torneio. Passa o Vasco, claro.
Atlético-MG (2) x (4) Botafogo, Arena Independência - Passa o Atlético-MG vencendo por 2 x 0, favorecido pelo critério de gols marcados fora de casa.
Flamengo (1) x (2) Cruzeiro, Maracanã - Cruzeiro vence novamente o time carioca e passa às quartas de final.

FRASE

" - Aqui não pode isso daí, não. É time de homem. Não tem isso aí, não."
(Wellington, volante do São Paulo, sobre o "selinho" dado pelo atacante corintiano Emerson Sheik em um amigo, durante entrevista coletiva no CT são-paulino).

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MORRE GYLMAR, O "GOLEIRO MAIOR" DE TODOS OS TEMPOS



O futebol está de luto. O ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves, bicampeão mundial pela seleção brasileira nas Copas de 1958 e 1962, faleceu em São Paulo aos 83 anos no domingo 25/08, vítima de um infarto e debilitado por um AVC sofrido em 2000. Ídolo de Corinthians e Santos, Gylmar era conhecido como o "Goleiro Maior". E foi na Vila Belmiro que o ex-goleiro conquistou seus principais títulos, jogando no genial time de Pelé e Cia.nos anos 60. Gylmar atuou em 330 partidas pelo Santos, entre 1962 e 1969, e sagrou-se Bicampeão Mundial e Bicampeão da Copa Libertadores da América, Pentacampeão Brasileiro (1962/1963/1964/1965/1968), tricampeão do Torneio Rio-São Paulo (1963/1964/1966), Pentacampeão Paulista (1962/1964/1965/1967/1968), da Recopa Sul-Americana (1968) e da Recopa Mundial (1968). Descanse em paz.

SAL GROSSO, GOL MARAVILHA 999, SELVAGERIA E O ADEUS DE DECO

Sal grosso na escada de acesso do vestiário ao gramado do Morumbi

São-paulinos e santistas enfim se afastaram um pouco da beira do precipício. Tudo leva a crer que terão mais tranquilidade depois de reencontrarem a vitória, após uma sequência sem triunfos. E também contam com um motivo simples: há equipes piores, como é o caso de Ponte Preta, Portuguesa e Náutico. Mas para se reabilitar vale tudo. Garoto santista que é escalado pouco antes de uma partida que sequer estava relacionado e até sal grosso na escada do vestiário do Morumbi. Deu certo. Se Gabriel será realmente o craque que se espera ninguém sabe ainda, mas que tem estrela isso tem, afinal são dois gols em dois jogos como titular, além de jogar muito bem e com confiança. Resta comprovar o brilho dessa estrela na 2ª partida decisiva contra o Grêmio, pela Copa do Brasil. E o sal grosso, sendo superstição ou não, "ajudou" a afastar as más energias e finalmente o time do São Paulo voltou a vencer no Brasileirão após 12 partidas (apesar da colaboração do fraco time do Fluminense, curiosamente o atual campeão brasileiro).
No jogo Vasco 1 x 1 Corinthians, disputado no suntuoso estádio Mané Garrincha localizado no Planalto Central do país, nada a declarar. Um time visivelmente preguiçoso de um lado e outro muito fraco tecnicamente de outro. Fora o lance bizarro no fim do 2º tempo, quando um defensor vascaíno bisonhamente "furou" a bola e logo em seguida trombou com um companheiro de equipe, arrancando "gargalhadas" da platéia (porque pelo preço dos ingressos não existe torcida e sim "platéia"), o jogo teve cenas de selvageria envolvendo integrantes das duas torcidas. Lamentável e triste ver a cena de desespero do pai vascaíno tentando proteger o filho pequeno da pancadaria. Onde está a segurança padrão FIFA? A cultura de futebol no Brasil não permite que duas torcidas não estejam separadas nas arquibancadas. Até porque eles brigam entre si, nem precisam de adversários para isso. Imagine então sem a separação. A torcida do Corinthians já teve problemas demais com violência na temporada deste ano. Primeiro na Copa Libertadores, depois com sinalizadores na Vila Belmiro e em Lucas do Rio Verde (MT), e agora mais violência em Brasília. E a punição? Vai se esperar outra tragédia para se punir? Mas a CBF é padrão CBF mesmo. Por aqui somente os estádios são padrão FIFA.
E o velho Túlio Maravilha, hein? Chegou ao gol de número 999 na partida Vilavelhense 2 x 1 Linhares, válida pela Copa Espírito Santo. Falta apenas um gol para o milésimo, segundo as próprias estatísticas do Túlio, claro. Será que ele também conta os "replays" como gols?
Como eu já havia dito, alguns times que se encontravam no topo da tabela já começam a descer. Botafogo e Coritiba, por exemplo. O time do craque Alex (que não vem jogando) parece até que engatou uma marcha-a-ré e está a 100 Km/h. E logo, logo o seu rival, o Atlético-PR, também deve seguir o mesmo caminho íngreme.
E surpreendentemente o atacante Deco encerrou a carreira. Alegando não ter mais condições físicas e clínicas para continuar atuando pelo Fluminense, o ex-jogador da seleção portuguesa, do Barcelona, Porto e Chelsea, resolveu parar. O brasileiro, que começou a carreira no Corinthians e logo foi para a Europa, se naturalizou português e sempre jogou em alto nível, meia clássico, habilidoso, destaque em todos os clubes por onde passou. Ao dar adeus ao futebol reconhecendo sua limitação por excesso de contusões, foi honesto consigo mesmo e, principalmente, com o Fluminense.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

SÃO-PAULINOS E SANTISTAS À BEIRA DO PRECIPÍCIO

Quando a fase é ruim, nada parece dar certo. Aquela bola que bate caprichosamente na trave, aquela defesa "indefensável" do goleiro adversário, aquele "frango" de seu goleiro, aquela reposição de bola errada, o pênalti que o goleiro rival pega com facilidade, o passe no meio de campo que sai errado e que resulta no gol do time adversário em jogada de contra-ataque, enfim, o time não consegue sair do lugar. E quando finalmente o seu time ganha uma partida, todos aqueles times que estão junto com ele na tabela também ganham. E quando esses outros times perdem, o seu time também perde. E perde aquele jogo teoricamente fácil e dentro de casa. Aos poucos o campeonato se afunila e o desespero começa a bater. Pressão da imprensa e da torcida. Os poucos torcedores que ainda acreditam numa reviravolta e que ainda comparecem ao estádio, começam a perder a paciência. Geralmente os mais veteranos são os mais cobrados, assim como os treinadores. Há clubes que trocam várias vezes de técnico na mesma temporada e mesmo assim os resultados não surgem. Nos bastidores, a oposição não abre mão de instalar uma crise política, ameaçando até com a possibilidade de "impeachment" dos atuais mandatários. Enquanto isso, em meio à turbulência fora de campo, as coisas deixam de funcionar de vez dentro de campo. Aquele jogador contratado a peso de ouro joga a toalha. E quando o saldo negativo de gols começa a aumentar é porque a coisa realmente está ficando feia. O time não consegue mais produzir e logo passa a não depender somente de si para evitar um eventual descenso.
Há times que decidem disputar um longo e competitivo Campeonato Brasileiro tentando formar uma equipe. Sim, exatamente. Se desfaz de seus principais jogadores, de seu craque, e acreditam que os garotos que são alçados das categorias de base vão resolver todos os problemas rapidamente e que, mais rápido ainda, despertarão o interesse de clubes milionários da Europa. Afinal, essa é a tradição. E nada mais coerente que o mais novo time de "jovens estrelas" seja treinado por um técnico que, até ontem, estava junto com esses meninos na base. Dispensam um treinador que recebia um salário altíssimo e efetivam um estagiário com 5% dos vencimentos do antecessor. Ou seja, uma "jogada de craque" dos dirigentes.
Há outros times que resolvem se reciclar. De "clube-modelo" passam a querer experimentar o lado B do esporte. Afinal, experiências novas podem ser interessantes. O time, no papel, até que é bom. Tem zagueiro veterano pentacampeão mundial, uma promessa de camisa 10 da seleção para a próxima Copa do Mundo, jogador velocista que se acha de seleção, atacante polêmico que não gosta de jogos decisivos e até veterano goleiro-artilheiro acusado de paneleiro. Mas o time não consegue empolgar e emplaca a sua maior sequência sem vitórias da história. Troca de técnico como se troca de uniforme (e num passado recente se orgulhava por não adotar tal postura). A torcida não comparece e o enorme estádio fica às moscas. O patrocinador reclama que o patrocínio ficou caro. E o presidente do clube passa a dar vexame em "churrascos" na sede do clube. Afinal, "time grande não cai", então por quê não uma boa churrascada entre os dirigentes?
Um dos técnicos, aquele que até ontem treinava a base e agora acredita ser capaz de treinar medalhões misturados com meninos, disse que "não crê em rebaixamento". Mas já temos 1/3 do torneio disputado e é hora de começar a abrir os olhos. Porque o rebaixamento existe sim. E quando passar a crer nisso pode ser tarde demais.
Olha aí o Palmeiras para quem não crê. E pela segunda vez em 10 anos.

domingo, 11 de agosto de 2013

ALEX MOSTRA QUE HÁ VIDA INTELIGENTE NO FUTEBOL

Alex, um dos destaques do Brasileirão
Aos 35 anos, Alex continua jogando em alto nível. Meia clássico, artilheiro do Coritiba no competitivo Campeonato Brasileiro, de toques refinados, exímia visão de jogo e inteligente dentro e fora de campo. Sem medo, culto, com vasta experiência no futebol europeu, ídolo nos clubes que já passou, Alex sabe pensar. E por conta disso fala o que pensa, sem papas na língua. Com autoridade e conteúdo, uma rara exceção no meio dos jogadores, onde a maioria não possui opinião própria, mal sabem conceder uma entrevista, mal sabem as regras do jogo, e preferem permanecer a parte de tudo, na aba dos interesses de seus empresários e dirigentes.
Alex concedeu entrevista bastante interessante ao jornal esportivo "Lance!", onde falou sobre a Confederação Brasileira de Futebol, sobre a ingerência da TV Globo na condução do futebol brasileiro e sobre as categorias de base, entre outros assuntos.
O que se existe hoje, principalmente na seleção brasileira, é mesmo uma sala de reuniões, um balcão de negócios de empresários ávidos por negociações lucrativas mirabolantes. Todo mundo sabe disso. Até mesmo nas categorias de base, onde garotos chegam a receber ofertas de todos os lados do planeta, que infelizmente logo "seduzem" pais e empresários. Garotos que aos 16 anos já são integrados em seus clubes no elenco profissional para que não se perca tempo e nem oportunidades. Um menino de 16 anos atualmente já é profissionalizado e se exige dele a responsabilidade de jogar bem, de dar espetáculo, de estar na mídia e de conquistar títulos. Nem pensar em poupá-lo de algum jogo, claro. Tem saúde de ferro, não se machuca jamais.
Mas se existe a sala de negócios cuidando da vitrine da seleção brasileira, quem cuida do calendário e do futebol brasileiro? A televisão. A distribuição dos jogos é feita de acordo com a grade de programação. Por quê o jogo principal da rodada, aquele que é transmitido ao vivo, é sempre de um determinado time? Por causa da audiência, claro. E por quê esse jogo tido como o principal é exibido num horário tão tarde? 22h00? Mais uma vez de acordo com a grade de programação. O futebol vem colado na novela. E o árbitro não começa o jogo "antes do último beijo da novela", como bem disse o meia Alex. Se é ruim para quem assiste pela TV, imagina para quem vai ao estádio e precisa utilizar o ruim e escasso transporte público? Alex só errou em uma coisa: disse que no dia seguinte o cara que vai ao estádio tem que acordar "as sete horas da manhã". Na verdade, esse cara até que é feliz, porque muita gente acorda bem mais cedo que ele. As 4h00, 5h00, 6h00 da manhã. E mais uma vez tem que utilizar o precário transporte público para chegar ao trabalho. Como esperar bons públicos nos estádios com tudo isso? Além de que os ingressos são caros e não valem quanto custam, pois as instalações são ruins, geralmente não há estacionamento e tem que se lidar com a falta de segurança.
O futebol se tornou um enorme e lucrativo negócio. Menos para o torcedor comum, que é o verdadeiro torcedor. E também para jogadores conscientes, como o meia Alex.

fonte: Site "Lance!Net" http://nolance.net/1chB9Ae

FRASE

" - Acho que a CBF não tem uma interferência dentro do futebol tão grande. A CBF cuida apenas da Seleção Brasileira. Quem realmente cuida do futebol brasileiro é a Globo. A gente sabe que a Globo trabalha na dependência da novela. A gente brinca aqui no Coritiba que os jogos de quarta-feira só rolam depois do último beijo da novela."
(Alex, meia do Coritiba, em entrevista bombástica ao jornal esportivo "Lance")

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

FRASES

" - Será que alguém pensou no mal que isso faz para a marca (pro símbolo do clube) no exterior?"
(Ronaldo Fenômeno, via Twitter, sobre a goleada por 8 x 0 do Barcelona sobre o Santos).

" - Com o Ronaldo não vou polemizar. Concordo que mancha a imagem do clube, mas tem coisas na vida pessoal que também mancham a imagem da gente, e ele tem que ver se na vida dele já fez algo que manche a imagem dele."
(Claudinei Oliveira, técnico do Santos, rebatendo a declaração de Ronaldo Fenômeno em entrevista coletiva no CT Rei Pelé).

MENINOS QUE SE TORNAM HOMENS


Sempre existe o momento certo de amadurecer. A vida geralmente exige isso de todos, apesar de que alguns adolescentes entram na puberdade e jamais conseguem deixá-la. Mas é preciso reconhecer esse momento e também cobrar de si próprio a maturidade. E nessa última semana a vida exigiu exatamente isso da nova safra de meninos que desponta, mais uma vez, na Vila Belmiro.
Em uma semana, os meninos foram do paraíso ao inferno e retornaram ao paraíso. Caíram novamente nas graças da torcida após mostrarem que possuem brio de homens.
Ao tentar recuperar seu DNA perdido nas mãos do ex-técnico retranqueiro Muricy Ramalho, o Santos viu-se renovar e voltar às suas origens entrando de cara no difícil e competitivo Campeonato Brasileiro com um time repleto de garotos, ofensivo, quase uma equipe sub-20, porém que venceu com méritos o São Paulo por 2 x 0 em pleno Morumbi e que aplicou uma goleada convincente por 4 x 1 sobre a Portuguesa. Em ascensão no Brasileirão, paralelamente conseguiu também a vaga para as oitavas-de-final da Copa do Brasil. Aí uma vida supostamente inteligente nos bastidores concordou com a realização de dois amistosos diante do Barcelona, um aqui outro acolá, motivados por uma negociação como parte de pagamento pela venda de Neymar ao clube espanhol ("a preço de banana", diga-se de passagem).
Ora, colocar um time de garotos recém lançados ao futebol profissional frente a frente ao Barcelona dentro do estádio Camp Nou é o mesmo que oferecer comida à leões famintos dentro da jaula. Deu no que deu. Uma humilhante goleada por 8 x 0 do melhor time do mundo sobre um jovem time em formação que busca se afirmar. A brilhante história de um clube com 101 anos de tradição arranhada por, no mínimo, uma idéia bastante infeliz de um dirigente fanfarrão ávido por fechar um contrato de venda milionário.
Restou aos meninos a importante missão de resgatar a moral e a imagem do Santos e, especialmente, a honra de si próprios. Pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro já veio o clássico contra o Corinthians. Um time embalado no torneio contra um time abalado por um vexame no exterior.
Mas a superação tem que ser o maior desafio, afinal vergonha é matar ou roubar. Ser goleado por 8 x 0 pelo melhor time do planeta não é vergonha, é fruto do descaso de algum dirigente inapto.
E dentro da Vila Belmiro, os meninos resgataram o autêntico DNA do Santos. Jogaram para frente, com entusiasmo, com brio, atrevidos, voluntariosos, se impondo dentro de campo contra o tal "todo poderoso" da mídia, sem medo de jogar, sem medo de cara feia, se necessário apontando o dedo na cara do adversário, com postura de meninos que se tornam homens diante das adversidades. Chegaram a encurralar os corintianos em determinado momento do clássico, com posse de bola de 62% contra 38% dos rivais. Não se intimidaram com cara feia de zagueiro nervoso, que percebe o momento de fraqueza e apela para a provocação. Mas naquele momento estavam homens dentro de campo, que voltaram a honrar a lendária camisa branca que vestem. E o Corinthians sentiu a pressão, ficou acuado, confuso, tenso.
A partida acabou empatada em 1 x 1, mas a torcida reconheceu e aplaudiu o time de meninos que mereciam a vitória. Meninos que se tornam homens no momento certo. Como tem que ser. A vida sempre encontra um meio.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

FRASE

" - Todos os jogadores que desejam sair, podem sair, todos menos Messi. Deveriam pagar 250 milhões de euros (R$ 758 milhões) para pagar a cláusula, mais 56% de impostos, o que daria uns 580 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão)."
(Sandro Rosell, presidente do Barcelona, sobre o principal patrimônio do clube espanhol, o atacante argentino Lionel Messi)

sábado, 3 de agosto de 2013

FRASE

" - O jogo de Barcelona pelo contrato era obrigatório. O jogo do Brasil, o Santos tem que fazer uma análise. É um jogo que não temos a obrigação de ser realizado. Nós temos a garantia do dinheiro. No Brasil, vamos pensar com calma, mas a gente sempre teve a preocupação de garantir os 4,5 milhões de euros, com a possibilidade de não existir o amistoso (...) Temos que pensar bem no que falamos, mas dá para falar que a diferença tática e individual das equipes é muito grande. Se não reconhecermos isso, fica difícil de analisar o jogo. Não falar nada e evitar aborrecimentos."
(Odílio Rodrigues, vice-presidente do Santos, sobre o possível cancelamento do amistoso contra o Barcelona no Brasil, depois da goleada sofrida por 8 x 0 na Espanha. Consta no contrato da venda de Neymar 2 amistosos entre os clubes e que o Barcelona terá de pagar 4,5 milhões de euros ao Santos caso o 2º amistoso não seja realizado no Brasil).

SANTISTAS SÃO HUMILHADOS PELA TURMA DO LAOR

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O Barcelona continua sendo um dos melhores times de futebol do planeta. Está entre os três melhores e certamente sempre estará entre os cinco. E o Santos? Hoje no máximo um time em formação, com um treinador estagiário, que recebe nem 5% do salário de seu antecessor. Uma equipe repleta de garotos que mal subiram da base, que mal sabem conceder uma entrevista. São bons, atrevidos, voluntariosos, mas estão muito aquém dos Meninos da Vila de 1978, 2002 e, principalmente, do fantástico time de 2010.
Então de quem é a culpa por confrontar esse atual time do Santos, uma mescla de jovens com medalhões, com um time cada vez mais galáctico como o Barcelona, agora com Messi e Neymar juntos? A culpa pela humilhação sofrida pelos santistas, exibida ao vivo em nível internacional, é de uma diretoria que se mostra cada dia mais incompetente, esculhambada, talvez até mal-intencionada, uma vez que me consta existir até dirigente corintiano como integrante. Uma diretoria que apenas espera o surgimento de um novo Neymar para que o time volte a prosperar (e os cofres também). Uma diretoria que praticamente "deu" o melhor jogador da América para os espanhóis. E onde está o tal dinheiro da venda do Neymar? Onde estão os reforços prometidos? Onde está o substituto do ex-técnico Muricy Ramalho?
Esse amistoso não poderia acontecer. Todos os santistas foram humilhados pelo Barcelona que goleou impiedosamente por 8 x 0 em ritmo de brincadeira. E cujo elenco havia voltado das férias apenas 4 dias antes. E poderia ser pior. Era óbvio que os garotos do Santos seriam derrotados e, provavelmente, massacrados dentro do Camp Nou. E os dirigentes não sabiam disso? Será que queriam internacionalizar o time com um jogo diante do Barcelona de Valdéz, Piqué, Sergio Busquets, Xavi, Iniesta, Alexis Sanchéz, Fábregas, Messi e Neymar? Será que nenhum membro da diretoria santista ou desse fracassado Comitê Gestor do clube em sã consciência tem noção de que o Barcelona fatura e gasta mais do que os 4 principais clubes brasileiros juntos, mais de 700 milhões de dólares? Que o Barcelona é a base da atual seleção campeã mundial? E que hoje, além de possuir o melhor jogador do planeta, possui também o melhor da América? Ou se esqueceram desses detalhes? Será que o sr. presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, o LAOR, e ninguém de sua turma sequer imaginou que seria uma covardia acertar dois amistosos diante do Barcelona como parte de pagamento pela venda a preço de banana do Neymar? A história e a imagem do Santos, tão reconhecidas e prestigiadas no mundo inteiro, ficaram arranhadas depois dessa lambança causada por esses  dirigentes fanfarrões. Esses caras deveriam pedir desculpas de joelhos a todos os santistas por tanta incompetência.
Isento todos os garotos de culpa. Neílton, Giva, Gustavo Henrique, Alan Santos e companhia caíram de pára-quedas nessa história. São moleques que jogam com o Barcelona no videogame e que estiveram frente a frente com seus ídolos e dentro do campo deles. Isso pesou demais. Muita pressão para quem começou agora há pouco no futebol profissional. E muita falta de bom senso para quem acredita ser um administrador.
Critiquei bastante o fim do mandato do ex-presidente Marcelo Teixeira e elogiei bastante a chegada do LAOR. Hoje começo a crer que LAOR deu muita sorte ao chegar e encontrar aquele time maravilhoso de 2010. Não houve méritos dele, somente sorte. De resto, o atual mandatário santista colecionou mais fracassos do que êxitos. O mais sensato seria que renunciasse assim que retornar ao Brasil e que o clube tivesse novas eleições em 30 dias. E que os novos dirigentes fossem, pelo menos, mais sensatos e coerentes.
Porque se nada for feito, outra tragédia novamente já está anunciada: o risco iminente de rebaixamento no Campeonato Brasileiro e um novo massacre no próximo amistoso contra o Barcelona, dessa vez talvez por 12 x 0.