sábado, 28 de março de 2015

O 3 x 0 "ELÉTRICO" NO CHOQUE-REI


" Jogamos os 90 minutos em casa contra o São Paulo da mesma forma que jogamos os primeiros 10 minutos contra o Santos, na Vila Belmiro."
O veterano e polivalente Zé Roberto definiu assim a incontestável vitória do Palmeiras sobre o São Paulo, pelo Campeonato Paulista, logo depois do fim do primeiro clássico disputado entre ambos no Allianz Parque.
O Palmeiras estava há mais de um ano sem vencer um clássico (era uma sequência de oito derrotas e dois empates). Depois da sofrível campanha em 2014, foi o clube que mais buscou a reformulação neste começo de temporada. Contratou muita gente, entre afirmações e interrogações. E precisava de uma "prova-de-fogo" para mostrar à sua torcida que estava no caminho certo. Afinal, o time vencia os pequenos com certa facilidade, mas perdeu os três jogos contra times da Série A: Ponte Preta, Corinthians e Santos. Vencer o clássico diante do contestável São Paulo, dentro de casa, era encerrar esse incômodo "jejum" em jogos mais importantes.

quinta-feira, 19 de março de 2015

O "GRAN FINALE" COM ARES DE CRUELDADE


Luis Fabiano invade a área pela direita e chuta forte, cruzado e rasteiro. A bola passa pelo goleiro argentino e vai sair pela linha de fundo. Mas o também argentino Centurión aparece na pequena área e, oportunista, faz o gol. A torcida comemora por alguns segundos até perceber que, na lateral do campo, o bandeirinha ergue o braço e assinala o impedimento, confirmado inexistente pelas imagens de TV. O são-paulino, em desespero, levanta as mãos para o céu e se pergunta: “ Será?”
“Será” que a vitória não viria por causa da marcação equivocada de um bandeira “fora-da-lei”? “Será” que o time seria eliminado ainda na primeira fase da Copa Libertadores justamente no mesmo grupo onde também está seu maior rival? “Será” é a pergunta que não se cala na cabeça do são-paulino, acostumado com menos tormentas no torneio sul-americano.

quinta-feira, 12 de março de 2015

FRASE, Oswaldo de Oliveira

" - É complicado, sabemos que seria importante sair com a vitória, em se tratando de clássico (...) Vou trabalhar com tranquilidade, sem me preocupar."
(Oswaldo de Oliveira, técnico do Palmeiras, sobre a derrota para o Santos por 2 x 1 na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista. O Palmeiras soma oito derrotas e dois empates nos últimos dez clássicos disputados).

O SANTOS, INTENSO. E O PALMEIRAS DO MESMO JEITO.


" - Eu jogo contra o Santos do mesmo jeito que eu jogo contra qualquer outra equipe. Jogador tem que gostar de jogar qualquer partida. Mas o jogo está bom, bem corrido."
Foi assim que o goleiro Fernando Prass definiu no intervalo a partida contra o Santos na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista, perguntado por um repórter se a motivação num clássico era diferente devido à intensidade mostrada dentro de campo. Talvez esse pensamento do experiente goleiro seja o reflexo de mais uma derrota do Palmeiras em clássicos (são oito derrotas e dois empates nos últimos dez clássicos disputados).
O time do técnico Oswaldo de Oliveira não muda nas partidas mais importantes. Jogou contra Corinthians e Santos da mesma forma que jogou contra Capivariano e Penapolense. E daí a coisa complica. O Santos não enfrentou São Paulo e Palmeiras da mesma forma que enfrentou Linense e São Bernardo. A atitude e a pegada são outras, por isso o futebol intenso e vibrante durante os 90 minutos. Ou melhor, no caso do clássico contra o Palmeiras, durante cerca de 80 minutos, já que nos primeiros 10 minutos só o Palmeiras jogou e até fez gol. Depois disso, não viu mais a cor da bola e até se descontrolou em vários momentos do 2º tempo.

segunda-feira, 9 de março de 2015

FRASE, Tite

" - O técnico tem que cobrar, mostrar no vídeo, está vendo como errou? Se não coordenar no treinamento, a gente vai se ferrar. É inevitável perder, mas ter no treinamento a preparação para os jogos é fundamental. Tem que ter desempenho para ganhar, jogar bem para ganhar, senão fica a ilusão (...) A equipe treina assim. Senão fica um discurso bonito para técnico e torcedor ouvir, para a imprensa observar, mas não tem essência. A essência é treinamento e levar para dentro do campo. Intensidade para reproduzir no jogo."
(Tite, técnico do Corinthians, em entrevista coletiva após vitória sobre o São Paulo por 1 x 0 no Morumbi, explicando que o êxito na temporada é devido à preparação da equipe feita nos treinamentos).

EM ITAQUERA OU NO MORUMBI


Churrasco com os amigos no início da tarde de um domingo com chuviscos e tempo abafado.
Um são-paulino chega sorridente, ostentando a camisa de seu time.
Pergunto: " - É hoje que termina o tabu?"
Ele me olha, meio cismado e, com incerteza, responde: " - Espero que sim, né."
E todo mundo percebeu que a resposta soou mais como um "acho que não, né".
E é isso. O são-paulino parece que já sabe o que vai acontecer quando tem clássico contra "eles". E pior: o corintiano também sabe. Seja no Itaquerão lotado ou no Morumbi quase vazio, com pouco mais de 18 mil torcedores.
Não vejo nenhum problema na derrota do São Paulo por 1 x 0. Afinal, o time do Corinthians é melhor. O grande problema é que foi mais uma derrota. E isso se torna um "fantasma" às vésperas de ambos os times provavelmente decidirem uma vaga nas oitavas-de-final da Copa Libertadores. Esse é o perigo iminente de um tabu que assola cada vez mais os são-paulinos.

sábado, 7 de março de 2015

IMAGEM DA SEMANA


Ele ajustou os lábios, deixando-os mais espessos e rosados. Retirou bolsas de gordura dos olhos. E o nariz ficou literalmente mais empinado.
Esse é o resultado final do tratamento a laser feito no rosto pelo argentino Diego Armando Maradona, 54 anos, ex-craque e um dos ícones do futebol mundial. Com esse visual, o sempre polêmico Dieguito apareceu para apresentar seu programa de TV "De Zurda" ("De Canhota", em português), exibido na Argentina e na Venezuela.

VOCÊ VIU? >> "TOPS DA SEMANA"


* Indignados com a notícia de que a TV Globo mostraria o amistoso de despedida de Léo Moura do Flamengo no lugar da partida entre Rio Branco-AC x Vasco, pela Copa do Brasil, torcedores vascaínos fizeram campanha nas redes sociais para que a torcida "boicotasse" a emissora chamada por eles de "FlaGlobo". A ordem era para que escutassem o jogo do Vasco pelo rádio, assistindo ao programa de Gugu Liberato na TV Record. A Globo exibiu o amistoso do Flamengo para o Rio de Janeiro, mas a partida do Vasco foi adiada devido às fortes chuvas no Acre.
* Em entrevista para o canal ESPN, o atacante Robinho declarou que recebeu proposta do Flamengo em 2014, mas afirmou que "no Brasil só joga pelo Santos".
* Dunga disse que "respeita a hierarquia" e que não aceitaria comandar a seleção olímpica em 2016. Será? Ainda é muito cedo pra dizer isso, né "professor"?
* Pela Copa Libertadores, o Corinthians venceu o San Lorenzo, fora de casa, por 1 x 0. Apesar de massacrar o time de Tite, os argentinos perderam gols "imperdíveis" e levaram o castigo no gol "achado" de Elias. O estádio vazio, devido à punição da Conmebol, favoreceu o time paulista que teve mais sorte do que méritos.
* Atlético-MG e Cruzeiro são as grandes decepções e já estão na UTI ainda na etapa de grupos da Libertadores (O Cruzeiro caiu no grupo mais fácil do torneio). O Internacional, com virada heróica por 3 x 2 sobre o Emelec em pleno Beira Rio, respira um pouco mais aliviado, mas precisa melhorar bastante se quiser "algo mais" do que simplesmente participar do torneio sul-americano.

sexta-feira, 6 de março de 2015

A VOLTA DO MATA-MATA PELO DINHEIRO DA TV?

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Campeonato Brasileiro com mata-mata ou pontos corridos?
Eis a pergunta que, vira e mexe, sempre vem a tona. É claro que a fórmula mais justa é a de pontos corridos. O melhor é campeão e o pior é rebaixado. Simples assim. Ademais, todos os outros torneios já são realizados em sistemas de mata-mata: Estaduais, Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana. Porém, se for para a felicidade geral das finanças, a emoção dos mata-matas vai superar a razão dos pontos corridos. É isso mesmo. Em nome de mais dinheiro para os clubes e mais audiência para a emissora que detém os direitos de transmissão, o mata-mata está batendo à porta.

quinta-feira, 5 de março de 2015

FRASE, Enderson Moreira

" - A gente é chato, cobra muito deles, eles têm uma paciência boa comigo também para assimilar as críticas e os cutucões que a gente dá no dia-a-dia (...) Ahh gente.. Quem está acostumado com futebol sabe que as coisas são assim. O ambiente de campo é outro. Não há nada pessoal, há sim orientações técnicas, táticas e de postura. A gente cobra porque é nossa missão cobrar, exigir, mostrar para eles o caminho."
(Enderson Moreira, indagado por um repórter se a forte cobrança em cima de alguns jogadores e o constante estresse durante os treinamentos era algo normal de treino, em sua última entrevista coletiva como técnico do Santos, realizada pouco antes de ser dispensado pelo clube).

TREINADORES QUE "SE ACHAM MAIS DO QUE SÃO"

" - Eles precisam entender que fazem parte de uma equipe, que precisam trabalhar para essa equipe. Não é fácil, alguns atletas se acham mais do que realmente são. Não conquistaram nada no futebol profissional, não são referências e ainda têm muita coisa para caminhar e buscar. A conquista traz credibilidade, é importante que esse atleta tenha esse pensamento."
Essa foi uma das últimas declarações de Enderson Moreira como técnico do Santos, feita à Rádio Bandeirantes dois dias antes de ser demitido pelo clube, ou "ter feito um acordo", nas palavras do presidente santista Modesto Roma Jr.
Pois bem. O mineiro Enderson Moreira tem 43 anos e nunca foi jogador. Começou sua carreira no futebol em 1995 como preparador físico do América-MG. Um ano depois foi trabalhar como treinador nas categorias de base de Atlético-MG, Cruzeiro e Ipatinga. Seu primeiro trabalho como técnico de uma equipe profissional foi no próprio Ipatinga em 2008, quando o clube foi rebaixado para a Série B. Voltou a treinar times de base no América-MG, Atlético-PR e Internacional. Em 2011, teve nova chance no time profissional do Fluminense. Ficou somente 13 partidas e deu lugar a Abel Braga. Foi contratado pelo Goiás, onde conquistou o Campeonato Goiano e o Campeonato Brasileiro da Série B. Em 2013 foi substituir Renato Gaúcho no comando do Grêmio, até ser dispensado sete meses depois. Contratado pelo Santos, foi novamente demitido após seis meses de trabalho. Seu melhor desempenho foi no Goiás, onde teve um aproveitamento razoável de 64% nos dois anos em que permaneceu no clube.

terça-feira, 3 de março de 2015

SEM TORCIDA É OUTRA COISA, TITE


No maior público do Itaquerão até hoje, o Corinthians "atropelou" o São Paulo.
Mas "atropelou" só por 2 x 0? Sim, pois o placar foi enganoso. O time do técnico Tite foi bastante superior e até poderia ter goleado o time de Muricy Ramalho.
No primeiro Majestoso da história da Copa Libertadores, pela primeira rodada da fase de grupos, o "hospício" corintiano recebeu quase 38.500 torcedores, o que gerou uma renda de mais de R$ 3,5 milhões. Mais que uma mina de ouro, o clássico comprovou a força do "caldeirão" corintiano: aquela foi a 17ª vitória do time em 23 partidas disputadas até então no estádio. Lá dentro, o Corinthians ganhou de Palmeiras, Santos, São Paulo e de quase todo mundo. O único revés foi para o modesto Figueirense, justamente em sua inauguração.
Contra o São Paulo, o Corinthians controlou o jogo como quis e a torcida teve papel fundamental.Quando o time aumentava o ritmo, acuava a equipe adversária. Quando tirava o pé do acelerador, os jogadores do São Paulo pareciam sucumbir à pressão das arquibancadas e nada produziam. O goleiro Cássio foi um mero espectador que não fez uma defesa importante sequer. Os 1.800 são-paulinos presentes permaneceram tão atônitos e mudos quanto o técnico Muricy Ramalho que, sentado no banco de reservas, apenas assistia à superioridade dos donos da casa. O barulho do Itaquerão era 100% alvinegro, dos gritos do técnico Tite na beira do campo à vibração da torcida fora de campo.

FRASE, Robinho

" - Tive proposta do Flamengo, sim. É um time grande, tem uma torcida muito bonita, gosto do time. Mas logo que recebi a proposta agradeci o convite e rejeitei, porque sempre deixei claro que nunca vestiria outra camisa que não fosse a do Santos no Brasil. Estou feliz aqui e não tenho vontade de jogar por outro clube (...) Ainda há ansiedade pelas convocações. Claro que não como um garoto de 18 anos, mas mesmo com 31 eu espero ser novamente convocado e ajudar a seleção."
(Robinho, atacante do Santos, sobre a proposta que recebeu em 2014 para jogar no Flamengo e sobre voltar a vestir a camisa da seleção brasileira).