segunda-feira, 24 de julho de 2017

WALDIR PERES, NA CARNE E NA ALMA

Alguns jogos são mais emblemáticos que títulos. Brasil 2 x 3 Itália, de 1982, é um desses jogos. E, normalmente, são jogos como esses que marcam, que ficam na memória e na história, que doem na carne e na alma.




Falcão, Zico, Sócrates, Júnior e Waldir Peres foram injustiçados pelos Deuses do Futebol ao não levantarem o troféu da Copa de 1982. Eles perderam para a Itália. E o futebol bem jogado deu  lugar então ao apogeu do futebol de resultados. No entanto, Waldir Peres e seus companheiros de equipe não passaram para a história como derrotados. Mas como campeões morais de uma seleção que não ganhou a Copa, mas encantou o planeta.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

ROGÉRIO CENI: QUANDO OS NÚMEROS NÃO MENTEM

"Você não pode se apegar somente aos números".

Essa frase é de um inquieto e abatido Rogério Ceni, ainda goleiro e capitão de seu time, logo depois de um clássico disputado no Allianz Parque diante do Palmeiras, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2015. O placar do jogo apontava 4 x 0 para os donos da casa e o time palmeirense, liderado por Dudu, só não fez mais gols porque não se preocupou com isso. Sim, o jogo mais pareceu um típico "vira-dois-acaba-quatro", um resultado de tirar o sono para o então recém-chegado técnico Juan Carlos Osório.
Detalhe: o Palmeiras ocupava a 15ª posição na tabela, enquanto o São Paulo era o vice-líder.
Porém, na análise do capitão são-paulino, aquele foi um jogo para "não se apegar aos números".


O paranaense Rogério Ceni é, sem dúvida, 0 maior ídolo da história do São Paulo. Trata-se do maior jogador que vestiu a camisa tricolor, a frente de Pedro Rocha, Daryo Pereira e Raí. Disputou mais jogos pelo São Paulo do que Pelé pelo Santos, conquistou 17 troféus pelo time do Morumbi e se tornou o maior goleiro-artilheiro da história do futebol, um feito que jamais será alcançado por outro jogador da mesma posição. Encerrou sua carreira como goleiro há pouco menos de dois anos, porque soube compreender o momento certo de "parar", algo tão louvável quanto brilhar numa carreira tão vitoriosa e cheia de conquistas.