segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PALMEIRAS. BI-REBAIXADO.


Dez anos e um dia após seu primeiro rebaixamento, o Palmeiras tem o dissabor de oferecer aos seus torcedores o seu segundo rebaixamento. É a primeira vez que um clube considerado grande cai para a 2ª divisão pela segunda vez. Seria trágico se não fosse cômico.
Há 10 anos, os palmeirenses foram traídos pelo destino. E parece que não aprenderam essa dolorosa lição (para a torcida, é claro). Novamente aquela velha história de que "ainda é cedo, depois recuperamos no final". As coisas não são mais assim. E o título da Copa do Brasil iludiu boa parte dos torcedores e principalmente dos dirigentes palmeirenses. Nesse torneio, que lhe deu vaga à Copa Libertadores de 2013, o time do então ultrapassado técnico Felipão só enfrentou dois times da elite: Grêmio, nas semifinais, e Coritiba, nas finais. E olha que estou sendo generoso com o Coritiba. Nem o mais otimista dos palmeirenses acreditava que o time passaria pelo Grêmio, especialmente no jogo de ida disputado no estádio Olímpico.
Mas os números do Palmeiras mostram que o rebaixamento no Brasileirão já estava anunciado há bastante tempo. Das 36 partidas disputadas até aqui, o Palmeiras perdeu 20 vezes, empatou 7 e venceu apenas 9 jogos. Das 38 rodadas do torneio, o Palmeiras permanecerá por 31 rodadas na zona de rebaixamento. Não tinha como escapar da lógica (e da degola). O time formado por Bruno, João Vitor, Román, Mazinho, Patrick Vieira, Thiago Heleno, Arthur, João Denoni, Juninho, Thiago Real, Correa, Vinicius, Obina, Marcos Assunção, Luan e Barcos teve um fraco aproveitamento de 31% em todo o campeonato, perdendo somente para o Atlético-GO, que também fará companhia ao Palmeiras na série B do ano que vem.
O time é fraco, e o ex-técnico Felipão possui grande parcela de culpa, pois ajudou a montar esse elenco. Mas o maior vilão desse segundo rebaixamento em 10 anos é a diretoria, chefiada pelo inoperante Arnaldo Tirone. Desde que assumiu a presidência do clube, nunca se viu o dirigente dando a cara para bater ou tomando atitudes firmes, convincentes, favoráveis à instituição Palmeiras. Em todas as entrevistas que eu li, ouvi ou assisti, Tirone sempre se esquivou de questionamentos mais agudos, sempre desconversou diante de assuntos mais polêmicos. Nunca teve pulso firme, parecia mais comandado do que comandante. No episódio envolvendo Kleber e Felipão, por exemplo, demorou demais para tomar uma decisão, deixou o tema se arrastar pela imprensa, mostrou-se pacato, até omisso. Deu no que deu e o clube depois acabou perdendo ambos, Kleber e Felipão. E onde estava Arnaldo Tirone no dia seguinte ao 2º descenso de seu clube? Tomando sol na praia do Leblon, Rio de Janeiro, conforme divulgou o site da revista "Veja".
Ou seja, dentro de um cenário como esse, o segundo rebaixamento veio naturalmente. Com ele, ainda uma dívida que em 2012 já ultrapassou a marca de R$ 240 milhões. O Palmeiras caiu, de novo. É mais do mesmo.

fonte: site Revista Veja http://migre.me/bXrF5

2 comentários:

Lucas disse...

O Palmeiras foi merecidamente rebaixado,por não ter jogar bola.

Alessandro disse...

Todo time tem aquilo que merece.