domingo, 27 de maio de 2018

O REAL MADRID NÃO TEM LIMITES. E ISSO INCOMODA MUITO.


"Tem muita gente contra nós, contra que o Real Madrid fizesse história. Somos a melhor equipe da Europa e do mundo, não há nenhuma dúvida."
(Cristiano Ronaldo, atacante do Real Madrid e o maior goleador da Champions League com 120 gols).

Sim, o Real Madrid tem incomodado muita gente nos últimos tempos. E por que?
Simplesmente porque é um time vencedor. E boa parte das pessoas se incomoda com o sucesso alheio.
O time espanhol fez sua quarta final de Champions League em cinco anos. E diante de um esforçado Liverpool conquistou seu terceiro troféu consecutivo. Um feito como este é para poucos. E por isso incomoda tanto.
Apesar do terceiro lugar no Campeonato Espanhol e de ser eliminado pelo modesto Leganés na Copa do Rei, o Real Madrid se consagra na temporada como o melhor time do planeta na atualidade. E isso incomoda mais ainda.
Surgem aí diversas "teorias e conspirações" contra o time merengue.
Nas redes sociais, transbordam adjetivos nada elogiosos como"time sujo", "Sergio Ramos maldoso", "clube manipulador", entre outras considerações sobre o maior campeão europeu e, atualmente, o maior time do mundo, a frente de Barcelona, Bayern de Munique e Juventus.
Pura emoção, com uma pitada de dor de cotovelo.

Dentro de campo, o Liverpool bem que tentou, mas com a saída de Mohamed Salah a equipe perdeu intensidade de jogo e tudo ficou mais favorável para o time de Madrid, que a partir disso dominou o ímpeto inicial do time inglês e controlou a partida a seu favor.
As falhas bisonhas do goleiro do Liverpool foram mais determinantes para a derrota por 3 x 1 do que a ausência do craque egípcio. Depois da partida e ainda atordoado, Karius Hand Von Salat pediu desculpas à torcida britânica, que foi esmagadora maioria nas arquibancadas do Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia.
Sobre a tal "deslealdade" de Sergio Ramos, há muito o que se discutir. Porque Sergio Ramos é zagueiro. E dos bons, dos melhores do mundo, senão o melhor. Um jogador decisivo para seu time. Afinal, foi dele o gol de empate aos 48 minutos do segundo tempo na final da Champions League em maio de 2014, em Lisboa, quando o Atlético de Madrid vencia por 1 x 0 desde o primeiro tempo. Na prorrogação, um outro jogo e uma acachapante goleada por 4 x 1 dos merengues. Dois anos depois, dessa vez em Milão, novamente Sergio Ramos abriu o placar em mais uma final de Champions League diante dos mesmos colchoneros. Agora em maio de 2018, em Kiev, Sergio Ramos apareceu de novo para "decidir". Foi cirúrgico. Aproveitou talvez a única chance que teria na partida para tirar de campo o maior craque do time adversário, num lance de suposta deslealdade que o árbitro sequer marcou falta. Tirou do jogo nada menos que o craque do momento, o egípcio Mohamed Salah, que deixou o gramado chorando copiosamente. Até porque a falta de Sergio Ramos também pode tê-lo tirado da Copa do Mundo, que começa em menos de três semanas na Rússia. Azar do Liverpool. E da Copa.
Sergio Ramos foi Sergio Ramos, goste-se ou não de seu futebol. E, como zagueiro experiente, sabia que Salah poderia e certamente iria complicar sua vida dentro de campo. O que ele fez então? Tratou de resolver a questão na metade do primeiro tempo, assim que teve oportunidade.
Logo depois de Salah, Carvajal também saiu de campo aos prantos por estiramento na coxa. Mas quem liga para Carvajal?
Sem sua maior estrela, o Liverpool se abateu. Pior, perdeu seu poder de fogo e, apesar de o senegalês Sadio Mané chamar para si a responsabilidade e empatar a peleja, a reação inglesa foi insuficiente para parar um time que tem Marcelo, Modric, Kroos, Isco, Casemiro, Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, que saiu do banco de reservas para decidir com um verdadeiro gol de placa e outro que contou com a colaboração do goleiro Karius, o grande protagonista da final. Ninguém em sã consciência é capaz de questionar um elenco como o do time merengue, onde o seu treinador, Zinedine Zidane, o mais clássico camisa 10 da história recente e também o líder de um projeto que levou o Real Madrid ao trono do futebol mundial, se dá ao luxo de deixar Asensio e Bale no banco de reservas em plena final de Champions League. Mas já que os incomodados não podem exaltar esse elenco, resta criticar.
Porque o Real Madrid não tem limites. E isso incomoda demais os limitados, considerados os primeiros dos últimos.



Adriano Oliveira tem este Blog desde 2009, mas a paixão pelo futebol nasceu bem antes disso. É um apaixonado que vibra pelas 11 posições, mas sempre assume uma, pois jamais fica em cima do muro. Aos 45 anos, o futebol ainda o faz sentir a mesma coisa que ele sentia aos 10.

5 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bem que voltou a escrever. Continua escrevendo imparcial e muito bem. Parabéns pelo texto.

Alessandro disse...

Obrigado. Os textos sempre seguem a premissa básica de imparcialidade e pluralismo.

Unknown disse...

Muito bom Dri. Perfeito nas suas colocações.

Clovis disse...

Parabéns Adriano vc é o cara...

Alessandro disse...

Obrigado. Continuem prestigiando o blog!