domingo, 19 de julho de 2009

É VIÁVEL EFETIVAR AUXILIAR COMO TREINADOR?
Algumas vezes sim, outras não. O auxiliar-técnico geralmente é o membro da comissão técnica mais amigo dos jogadores. É aquele sujeito que recebe as críticas que vêm dos atletas, é o cara que faz vista grossa em várias situações que não chegam ao conhecimento do treinador, é o "ombro amigo" quando a fase do time não está boa. Muitas solicitações dos jogadores chegam primeiro ao auxiliar e depois são dirigidas por ele ao comandante do time. O treinador é mais disciplinador do que boleiro, já o auxiliar é mais boleiro do que disciplinador. Muricy Ramalho era auxiliar do técnico Telê Santana e hoje é um bom treinador, um dos mais valorizados do país, dono dos últimos 3 títulos brasileiros. Mas é reconhecido como linha-dura, que exige bastante dos seus comandados. Mano Menezes há 10 anos era auxiliar de Paulo Autuori e hoje também é visto como bom treinador, um dos mais respeitados do país. Mas há outros que não se destacam. Como Oswaldo de Oliveira, que era auxiliar de Wanderley Luxemburgo no Corinthians também há 10 anos atrás, mas que não conseguiu se afirmar em nenhum outro clube que trabalhou. De Marcio Fernandes, que depois da saída de Cuca, quase viu o Santos naufragar no Brasileirão de 2008. Quando um clube possui boa estrutura e um elenco de qualidade, como é o caso do Palmeiras, as coisas são teoricamente um pouco mais favoráveis, e o interino Jorginho a cada rodada ganha mais chances de ser efetivado no posto de técnico. Diferentemente do caso de Vinicius Eutrópio no Fluminense que, desde a demissão de Parreira, foi efetivado no comando da equipe carioca. São 7 jogos sem vitória, dentro da zona de rebaixamento e 8 gols sofridos nos últimos 2 jogos (4x2 para o Internacional e 4x1 para o Goiás em pleno Maracanã). Para os clubes que almejam mais do que se livrar do rebaixamento, é necessário pesar com bastante cuidado a relação custo-benefício entre contratar um treinador expressivo e com experiência ou de apostar no êxito de um membro da comissão técnica sem "ritmo de jogo" e muitas vezes pouco disciplinador e pouco exigente.

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