Na véspera do clássico contra o Corinthians, pelo 2º turno do Brasileirão, o técnico Dorival Junior foi demitido pelo Santos. Motivo alegado pela diretoria santista: quebra de hierarquia interna e mudança imtempestiva de postura do treinador.
Segundo o Santos FC, haveria um acordo entre a diretoria e a comissão técnica de que a punição de 30% de seu salário e o afastamento no jogo contra o Guarani já eram suficientes para os atos de indiciplina cometidos por Neymar em relação a Dorival na semana anterior. Para Dorival Junior, a coisa não era bem assim. Ele queria o afastamento de Neymar por tempo indeterminado para "preservar seu comando sobre o elenco".
Na verdade, houve uma queda de braço entre a diretoria e o ex-treinador. Obviamente que o clube queria ver Neymar em campo contra o Corinthians. Obviamente que existia pressão até dos patrocinadores que ajudaram a manter Neymar na Vila Belmiro depois da recusa de uma oferta milionária feita pelo Chelsea-ING.
Mas Dorival Junior também tem seus princípios, seu método de trabalho e sua maneira de pensar e até de "educar" um jogador sob seu comando. É imprescindível que um líder mantenha controle sobre seus liderados, com autoridade e influência.
O presidente do Santos, Luis Álvaro Ribeiro, disse em nota oficial no sábado 18/09 que Neymar estava afastado por um jogo e que a situação seria reavaliada juntamente com a comissão técnica na segunda-feira 20/09. Ambos não chegaram a um acordo comum e depois de 9 meses de um ótimo e reconhecido trabalho, com 2 títulos conquistados, Dorival Junior foi demitido.
Quem ganha com toda essa história? Ninguém.
Mas quem perde com tudo isso com certeza é o Santos e o futebol.
Faltou bom senso e sobrou desentendimento por parte de todos os lados.
Por esse motivo, e por todo o trabalho realizado em 9 meses, o autor deste blog não concorda com a demissão do técnico Dorival Junior.
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