Das últimas 4 partidas que disputou no Brasileirão, Neymar foi alvo de polêmicas em 3. Contra Avaí, Ceará e Atlético-GO o jogador teve os holofotes voltados para si e o noticiário esportivo deu mais destaque às suas atitudes rebeldes do que, por exemplo, à grande virada do time do Santos sobre o Atlético-GO por 4 x 2, quando os goianos venciam por 2 x 0, em plena Vila Belmiro, até os 15 minutos do 2º tempo.
Neymar é moleque, tem 18 anos, e age como um moleque deslumbrado que se tornou celebridade e milionário da noite para o dia. Desperta a ira dos jogadores adversários menos favorecidos (tanto tecnicamente quanto financeiramente), de torcedores adversários por razões óbvias e até de parte da imprensa. Não é unanimidade e nunca será, mesmo porque "toda unanimidade é burra". Aos 13 anos, ganhava R$ 3 mil nas categorias de base do Santos e agora, aos 18 anos, recebe R$ 500 mil mensais como jogador profissional do clube. É uma mudança mais do que considerável.
Mas Neymar pisou na bola justamente com a pessoa que mais o defendeu e acreditou no seu potencial, como pessoa e como atleta: o técnico Dorival Junior.
Quando o garoto quis fazer graça no 1º jogo da final da Copa do Brasil, Santos 2 x 0 Vitória, e bateu pênalti com cavadinha (facilmente defendida pelo goleiro baiano), Dorival Junior foi totalmente favorável à Neymar, tirando dele toda uma possível responsabilidade por uma eventual perda do título e mantendo-o como batedor oficial de pênaltis da equipe. Dorival sempre tratou Neymar como uma pedra preciosa sendo lapidada e sempre enalteceu suas virtudes como jogador diferenciado.
Ao xingar com palavrões o treinador santista, apenas por não ter tido permissão do comandante para bater um pênalti, Neymar cometeu um dos maiores erros do ser humano: a ingratidão.
O pedido público de desculpas no dia seguinte, através de uma coletiva de imprensa, era o mínimo que Neymar poderia fazer. Ainda bem que fez.
Mas ainda há tempo do jogador se redimir, mudando seu comportamento, amadurecendo, pois futebol para isso ele tem. E de sobra.
2 comentários:
Quem diria! Agora apareceu gente defendendo até o Luxemburgo que dizia que o Neymar deveria ser "lançado" em meados de 2012.
Luxemburgo é hoje um técnico em má fase e decadente, que não conquista um título expressivo há bastante tempo. Basta ver a brilhante campanha do Atlético-MG neste Brasileirão, mesmo com um CT estruturado, um bom elenco e salários em dia. Seria mais um erro dele lançar Neymar apenas em 2012.
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