sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

E POR FALAR EM SAUDADE... – CERRO PORTEÑO x SÃO PAULO

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


Ai que saudade que eu estava de ver o meu amado Tricolor em campo! Melhor ainda foi que começamos o ano com o pé direito e com aquele gostinho apaixonante de Libertadores.
O São Paulo foi até a quente e chuvosa Assunción, no Paraguai, para enfrentar o Cerro Porteño. O jogo se deu para estrear a nova camisa do time paraguaio, bem como foi uma condicionante em relação à liberação de Lugano. O que parecia um entrave, no final das contas foi ótimo ao São Paulo, pois o time foi para um teste de verdade, que de amistoso passou longe. Gosto assim!

A partida foi realizada no estádio Defensores del Chaco. Para quem não conhece pessoalmente, o Defensores fica em uma região residencial e de ruelas da capital paraguaia, que quando lotado se torna um caldeirão. As arquibancadas centrais são muito próximas ao acesso aos vestiários e aos bancos de reservas, os alambrados são baixos. Mesmo depois de várias reformas, a sensação de insegurança perdura. Apesar de ser suspeita no assunto, acho que é um estádio legal para se conhecer.
Bauza entrou com o time que treinou nos últimos dias no CT e busca uma equipe titular com a nova postura tática que tanto o torcedor tricolor almeja: segurança no posicionamento defensivo, organização e ofensividade.
Sob atentos olhares de uma torcida empolgada, no primeiro tempo, o Cerro incomodou o São Paulo que, muito por falta de ritmo, teve dificuldades em engrenar o posicionamento da defesa. Contudo, o que se viu em campo foi um time mais organizado, consistente e voluntarioso, sinal de que a apatia pode e deve ter ficado para trás.
E o resultado veio logo no início da etapa complementar, quando Thiago Mendes, um verdadeiro motor do time, se aventurou ao ataque para abrir o placar com um belo chute de fora da área. Merecido!
Bauza deixa visível que tem resgatado alguns elementos deixados por Osório em relação ao posicionamento do time e demonstrou isso, quando fez as seis substituições. A nova formação não mostrou muito serviço, mas se pecou em manter a criação, se destacou por ter mantido a pegada na marcação do meio campo.
A equipe soube neutralizar a pressão do Cerro e passou a sufocar o adversário no campo de ataque criando boas oportunidades, as quais foram desperdiçadas. Sim, tem que caprichar mais no último passe.
Algo que percebi e me agradou muito foi que o time pode se apresentar mais compacto, afinal com linhas bem definidas, se espera liberdade para a criação e maior velocidade na transição para chegar bem ao ataque com os jogadores que se apresentam abertos à frente.
Enfim, é um recomeço depois de uma temporada para se esquecer. Nesse momento, placar e análises individuais pouco agregam, o que vale mesmo é que há evidências da realização de um trabalho que visa uma nova atitude em busca da retomada da confiança.
O nome do estádio Defensores del Chaco é em homenagem aos soldados que lutaram na guerra entre Paraguai e Bolívia. Que esse espírito lutador envolva os soldados tricolores e que o São Paulo, depois desse primeiro passo, caminhe de volta ao seu devido lugar.
E por falar nisso, dia 10 está logo aí. Estarei no Pacaembu, com um sorrisão no rosto e claro, com a minha nova camisa número 5. Mas, essa, é uma história que contarei em outro post.

Um beijão e até a próxima!



* Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão. Contribui com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.

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