segunda-feira, 5 de abril de 2010

SANTOS: BOLA MURCHA FORA DE CAMPO

Na véspera da Páscoa, o Santos recebeu 1.600 ovos de chocolate de um de seus patrocinadores e distribuiu metade para empregados do clube  e o restante resolveu doar para uma conhecida entidade assistencial da cidade de Santos. Com a presença do elenco, comissão técnica e até do presidente Luis Álvaro Ribeiro, o ônibus do clube chegou até a entidade que trata de crianças com paralisia cerebral. Só que parte do elenco se recusou a descer do ônibus e desistiu da visita quando souberam que a instituição é de cunho espírita. 11 jogadores, toda a comissão técnica (incluindo Dorival Junior) e o presidente concluíram a visita, mas os demais jogadores não, permanecendo dentro do ônibus.
Isso é vergonhoso, é uma atitude que deve ser repudiada, pois independentemente da religião de cada um, as crianças assistidas por esta entidade precisam de calor humano, de um pouco de alegria, de afeto. Não tem nada a ver com religião, seja a entidade espírita, católica, protestante, judaica, islâmica, enfim, deve-se agir sempre com generosidade e sim apoiar um trabalho de caridade que é feito à crianças portadoras de uma deficiência tão triste e problemática.
Bola murcha para os jogadores que não quiseram oferecer um pouco de calor a outros seres humanos, especialmente crianças, e nota 1000 para os que agiram com amor e respeito.
O Santos encanta dentro de campo com seu futebol alegre e contagiante, mas deve também alegrar fora de campo, com atitudes sérias e de respeito ao ser humano.
Mais uma vez está provado que, infelizmente, a religião afasta e divide as pessoas, em vez de aproximar.

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