segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

TITE E CÁSSIO LEVAM O CORINTHIANS AO MUNDO


Adenor Leonardo Bacchi, gaúcho, 51 anos. Cássio Ramos, gaúcho, 25 anos. Ambos são esportistas, gaúchos, um tem a metade da idade do outro e o mais importante: ambos foram os principais nomes que levaram o Corinthians ao topo do futebol internacional. Tite, o técnico que assumiu o time no lugar de Mano Menezes e deu andamento ao projeto ousado do clube após o rebaixamento em 2007. E o "frankstein" Cássio, que assumiu o gol corintiano em abril deste ano, no lugar do "prata-da-casa" Julio Cesar, bastante criticado  por ter falhado em jogos decisivos, como na última rodada do Brasileirão de 2010, na final do Paulistão de 2011 e nas semifinais do Paulistão de 2012.
O treinador, que viu seu time ser eliminado pelo Tolima na Pré-Libertadores e depois ser derrotado pelo Santos na final do Paulistão em 2011, aos poucos foi implantando seu trabalho e conseguiu formar um conjunto eficiente, sem estrelas, sem vaidades, com resultados. Nunca fez seu time jogar bonito ou empolgar, mas adotou um estilo de jogo baseado na solidez da defesa, na precisão dos contra-ataques e no jogo aéreo. O primeiro resultado prático dessa fórmula veio com a conquista do Brasileirão de 2011. Depois, com confiança inabalável, o título mais importante e cobiçado da história do Corinthians: a primeira Copa Libertadores da América conquistada pelo clube, de forma segura e invicta, eliminando Vasco e Santos e fazendo a final diante do temido Boca Juniors. O feito pôs fim há décadas de gozações e chacotas dos adversários em todo o Brasil. A Libertadores credenciou o Corinthians a disputar o Mundial de Clubes da FIFA, no Japão. Dessa vez da forma correta, da forma histórica, da forma mais sensata. Um clube só tem o direito de ser campeão do mundo se for campeão de seu continente primeiro. É claro e simples. Sem conhecimentos apurados de matemática para se entender isso. Nenhum time pode ser considerado Bi-mundial com apenas uma Libertadores no currículum.
E após vencer por 1 x 0 o egípcio Al Ahly e também vencer por 1 x 0 o britânico (e decepcionante) Chelsea, o Corinthians se tornou o campeão mundial de 2012. Com seu futebol pragmático sim, é verdade. Com seus resultados magros novamente, é verdade. Mas campeão. Fazendo uma multidão de torcedores se deslocar para o outro lado do planeta a fim de comemorar junto.
Foi o gol de Romarinho na 1ª final contra o Boca Juniors que deu o título mundial ao Corinthians? Foi o gol de Emerson Sheik na Vila Belmiro contra o Santos? Foram os 2 gols do mesmo Sheik na finalíssima contra o Boca? Os 2 gols do time feitos pelo atacante peruano Guerrero no Japão?
Acredito que não. Tenho certeza que foram todas as substituições e o padrão de jogo adotado há 2 anos pelo sr. Adenor Tite. E principalmente as defesas importantes de Cássio, na Libertadores e na final contra o Chelsea. Mas uma em especial que selou a trajetória da equipe para o título mundial: a defesa no chute do atacante Diego Souza, contra o Vasco, pelas quartas-de-final da Libertadores, no Pacaembu, que terminou com vitória de seu time por 1 x 0, de novo, geralmente sempre pela contagem mínima no placar. Mas o técnico Tite mostrou que dificilmente seu time levará gols mesmo com a vitória mínima no placar. Sem Tite e Cássio, o Corinthians não teria conseguido o tão sonhado passaporte internacional.
O Corinthians está no mundo e na mídia. Campeão do Mundo. Por Tite e Cássio como atores principais desse filme que ficará marcado eternamente na cabeça de todos os corintianos.

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