 |
| O Fluminense: Campeão em 2012 e rebaixado em 2013 |
O CAMPEÃO - O Cruzeiro agradeceu o "apoio" dos adversários e navegou tranquilo, sem concorrência, para ser o campeão. Fez por onde, com sobras. Ganhava dentro e fora de casa. Se tornou o único clube na história do Brasileirão que venceu todos os adversários, seja no turno ou no returno. Um time sem glamour, porém bem montado e bem treinado. De quebra teve o craque do ano, o habilidoso e artilheiro Everton Ribeiro. É bem verdade que a equipe amoleceu no fim, contudo nada mais normal para quem foi campeão com 4 rodadas de antecedência.
A DECEPÇÃO - São Paulo e Corinthians foram as grandes decepções do campeonato. O Corinthians, então campeão do mundo, sequer foi sombra daquele time aguerrido de 2012. E o técnico Tite não teve mais o time nas mãos, como tinha no ano anterior. Ao treinador foram feitas todas as homenagens, por dirigentes, jogadores, torcedores e até funcionários do clube, mas o mau desempenho no Brasileirão e uma incontável série de empates, somados à uma enorme carência de gols, culminaram com a não-renovação de seu contrato. O time que era "duro de vencer" foi "duro de se ver" em 2013. Coisas do futebol e da "empaTite". Já o São Paulo fez um Brasileirão ainda mais frustrante. Passou boa parte do torneio fugindo do rebaixamento. Ídolos como Rogério Ceni e Luis Fabiano foram bastante questionados no decorrer da campanha e a "promessa" Ganso não vingou, apenas seduziu o torcedor na reta final com uma ou outra boa apresentação, no entanto foi ofuscado pelo fiasco da equipe (também) na Copa Sulamericana. A outra "promessa" Osvaldo terminou o ano no banco de reservas e o são-paulino só teve um pouco de alegria graças à disposição do limitado Aloísio, que será mais lembrado por suas "voadoras" coreográficas do que pelo seu futebol. Enfim, Corinthians e São Paulo terminaram o Brasileirão com 50 pontos, apenas 4 pontos acima da zona de descenso e ambos com menos de 45% de aproveitamento. Muito pouco.
O MICO - O melhor elenco deste Brasileirão foi o do Internacional. Leandro Damião, Diego Forlán, D'Alessandro, Kleber, Jorge Henrique, Alex, Rafael Moura. O grande problema do Inter foi ter acreditado, talvez, que um bom elenco dispensava um bom treinador. E para o comando foi chamado Dunga, que estragou toda uma temporada que prometia muito mais . O time se livrou do risco de rebaixamento somente na última rodada, num empate sonolento contra o time reserva e já rebaixado da Ponte Preta, em Porto Alegre. Um fim melancólico, debaixo das vaias de seus torcedores.
O ESPERADO - Sem um treinador experiente e com um time limitado tecnicamente, um misto de medalhões com garotos que foram alçados da base, o Santos fez um campeonato conforme o esperado. De uma ponta à outra do torneio permaneceu sempre na parte intermediária da tabela e terminou até que bem na 7ª colocação, a 4 pontos do G4, 11 pontos acima da zona de descenso e 7 pontos na frente de Corinthians e São Paulo, que eram bem mais favoritos. O Santos ainda teve um final honroso, sem "amolecer" nas três últimas rodadas contra equipes que ainda brigavam por algo no torneio. Venceu Fluminense (que lutava contra o rebaixamento), Atlético-PR e Goiás (que lutavam por vaga na Libertadores). Mais 2 vitórias e o Santos estaria no G4. Faltou planejamento e competência por parte da diretoria, principalmente após vender Neymar, maior patrimônio do futebol sulamericano, para o Barcelona. O craque disputou uma única partida pelo Santos no Brasileirão, a estréia contra o Flamengo.
O ESPERTO - Quando percebeu que o G4 seria um sonho distante, o Flamengo resolveu apostar tudo na Copa do Brasil, o caminho mais curto para a Libertadores. Demitiu o inoperante técnico Mano Menezes e efetivou o ex-boleiro Jayme de Almeida no comando. Empurrado pela força de sua torcida após eliminar o favorito Cruzeiro, o time despachou equipes que estavam no topo do Brasileirão, pela ordem Cruzeiro, Botafogo, Goiás e Atlético-PR. Campeão da Copa do Brasil e classificado para a Libertadores, o time carioca apenas cumpriu tabela no restante do Brasileiro. Terminou 3 pontos acima da zona de descenso. O Flamengo do artilheiro Hernane foi tão esperto a ponto de cobrar entre R$ 250 e R$ 800 o ingresso para a final da Copa do Brasil, no Maracanã.
OS CAVALOS PARAGUAIOS - São aqueles de sempre e que dispensam maiores comentários. Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Vitória, Botafogo...
OS REBAIXADOS - O Náutico conseguiu a proeza de fazer a pior campanha da história do Brasileirão e foi rebaixado muitas rodadas antes do fim, praticamente na metade do campeonato. Mesmo assim, ainda tirou pontos importantes de times grandes. A Ponte Preta resolveu seguir o exemplo do Flamengo. Quando o time do técnico Jorginho percebeu que o rebaixamento era algo irremediável no Brasileirão, decidiu apostar tudo na Copa Sulamericana. Deu certo. Passou por grandes como Velez Sarsfield e São Paulo, e está nas finais contra o Lanús-ARG. Se for campeã, também estará na Libertadores de 2014, como o único representante paulista no torneio (uma vergonha para os grandes de São Paulo). O Vasco voltou para a 2ª Divisão e o culpado disso chama-se Diego Souza. Desde aquele gol perdido contra o Corinthians, no Pacaembu, pela Libertadores de 2012, o time cruz-maltino desandou e só caiu de produção, até o retorno à Segundona. Com ele, vai junto o Fluminense, que finalmente vai pagar a Série B, depois do tapetão de 1999. O time do artilheiro Fred (que não jogou desde agosto por contusão) foi uma mistura de "mico e decepção": o campeão que caiu. Com o descenso, o time das Laranjeiras atinge essa marca histórica: é o primeiro clube campeão brasileiro da Série A num ano e rebaixado para a Série B no ano seguinte. E sem grandes mudanças no elenco, porém também sem grandes mudanças de mentalidade fora de campo.
O RESTO - ...é o resto.
Classificação Final, Tabela Completa e Estatísticas do Brasileirão 2013: site globoesporte.com http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/
Nenhum comentário:
Postar um comentário