segunda-feira, 9 de junho de 2014

O CAMINHO DO PENTA FOI MAIS FÁCIL

O Maracanã e a Copa do Mundo, 64 anos depois

A seleção brasileira depende bastante de Neymar. Fato. O menino que é o craque maior de sua seleção, mas ainda questionado por um monte de gente metida a "expert" no mundo do futebol, embora uma boa parte nunca tenha chutado uma bola na vida.
Se o caminho do hexa ou da eliminação depende de suas atuações, para o bem ou para o mal, é bom Neymar entender que lhe será cobrado um alto pedágio até a possível e esperada final dentro de um Maracanã novamente lotado, porém remodelado, que volta a receber a Copa do Mundo 64 anos depois.
E por quê o pedágio será alto? Por que o time de Felipão terá um caminho árduo nesse Mundial. Justo esse, que será disputado em nosso quintal.
Em 2002, ano do pentacampeonato na Ásia, foi mais fácil. O Brasil do mesmo Felipão tinha uma seleção com mais qualidade e jogou contra adversários médios e quase sem tradição.
Marcos, Cafú, Roberto Carlos, Edmílson, Rivaldo, Denílson, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo jogaram contra China, Costa Rica, Bélgica e duas vezes contra a Turquia. Também enfrentaram a Inglaterra, é verdade. E daí? O tal do "english team" nunca empolga em Mundiais. Por exemplo, o goleiro que tomou o gol de cruzamento de Ronaldinho Gaúcho era David Seaman. Nunca tinha ouvido falar dele antes da Copa de 2002. E nunca mais ouvi falar dele depois da Copa.
Na campanha do penta, o Brasil enfrentou somente um único adversário realmente a sua altura. Foi o último duelo, na final contra a Alemanha, que sempre joga alguma coisa parecida com futebol e que normalmente funciona bem. Foi uma final difícil que se tornou fácil. Diferentemente da decisão de 1994 contra a Itália, que era um jogo fácil que se tornou difícil.
O caminho do penta não foi complicado, bem ao contrário do que será o possível caminho do hexa.
Em 2014, além da pressão natural por jogar em casa, a nova "Família Scolari" deverá enfrentar uma sequência difícil até o dia D no Maracanã. Temos enormes chances de jogar contra espanhóis, italianos, alemães e argentinos no decorrer desse caminho. E dizem que o México é o "moleque travesso". Não chega a lugar nenhum, mas sempre atrapalha e dá trabalho. Croácia e Camarões não são fortes, mas também não são bobos.
Então qual a receita para trilhar esse caminho de forma vitoriosa? Conjunto, força e confiança. Mais o talento e a criatividade dele, do craque. Portanto, é certo que os "vira-latas" de plantão estarão no seu encalço, Neymar. A espera por um fracasso, como sempre. Mas se o hexa realmente vier, terá um sabor ainda mais especial no momento em que Thiago Silva levantar, em casa, o troféu de hexacampeão. E você, o de melhor jogador de uma Copa que promete ser tão difícil. Bem mais que a de 2002.

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