quarta-feira, 6 de julho de 2016

UM SONHO NA ILHA

*por Juliane Madison

Eu, desde que comecei a amar futebol e frequentar estádios, sempre tive um “sonho", uma grande vontade que aos poucos vou conseguir realizar: conhecer alguns estádios brasileiros, assim como se fosse uma viagem para Disney, um sonho de criança adulta.


Um desses estádios seria a Ilha do Retiro, do Sport, onde sempre tive uma admiração pela torcida local cantando em sincronia na TV, todos em uma só voz, aquele caldeirão arrepiava. E como moro atualmente em Pernambuco, me vi diante da realização deste "mini" sonho.
Recife, 5 de Julho de 2016, às 20 horas, seria então o dia em que eu conheceria um dos estádios que sempre quis conhecer mesmo estando com medo, devido ao Palmeiras não ter sucesso tratando-se da Ilha e também onde a torcida do Sport tem muita rivalidade com os palmeirenses desde os jogos da Copa do Brasil e da Copa Libertadores da América.
Comprei o ingresso de visitante através do Futebolcard e, após o trabalho, me direcionei à Ilha do Retiro que comemorava seu aniversário de 79 anos. A casa sem dúvida estaria lotada e o clima hostil da torcida mandante causava certa apreensão, porém, como minha paixão sempre fala mais alto, irei acompanhar o Palmeiras pessoalmente nos estádios desse Brasil enquanto puder.
Uma chuva para "lavar a alma tirando a zica” do estádio. E, antes do início da partida, temos na escalação o garoto Erik como novidade.
O início do jogo foi de domínio do Palmeiras, coordenando a seu favor e, aos dez minutos, Erik em corrida pelo meio abriu pela direita com Gabriel Jesus, onde recebeu dentro da área o cruzamento rasteiro para inaugurar o placar.
A torcida do Sport calou-se e pouco se viu daquela vibração que se via pela televisão, apenas alguns lampejos principalmente após o gol de empate que aconteceu aos 14 minutos da 2ª etapa com Gabriel Xavier.
Depois, com os espaços cedidos pelo mandante, principalmente pela empolgação do gol, era questão de tempo para a virada do Palmeiras. Aos 20 minutos, Jesus saiu cara a cara com o goleiro Agenor e bateu forte fazendo 2 a 1. Nos minutos seguintes houve tamanha intensidade que, aos 24, Jesus novamente estava na cara do goleiro e foi derrubado dentro da área sofrendo pênalti. Cleiton Xavier cobrou e converteu. 3 a 1 para o Verdão.
Daí em diante foi apenas festa, a torcida do Sport começou a sair do estádio, gritos de "segunda divisão" e de "festa no chiqueiro".


Acabou a "zica" da Ilha do Retiro, vieram mais três pontos e a confirmação da liderança. Hoje quem duvidava tem a certeza que sim, o Palmeiras briga pelo título do Brasileirão.
Eu, feliz, pois um pedacinho de meu sonho veio convertido em vitória.


* como todo brasileiro, Juliane Madison tem um pouco de comentarista esportivo, treinador e árbitro. Fanática e sempre direta ao ponto, ela vê no futebol muito mais que um gosto, mas uma paixão que carrega a cada dia e por toda a vida.

4 comentários:

Anônimo disse...

Belo texto senhorita juliane.

Juliane Satim disse...

Xará 👏👏👏👏

Juliane Satim disse...

Xará 👏👏👏👏

Anônimo disse...

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