segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O ACASO NÃO PROTEGEU O DISTRAÍDO


"Epitáfio", bela canção da banda Titãs, tem a estrofe que diz assim: "O acaso vai nos proteger enquanto eu andar distraído...".
Pois é. Só que o acaso não protegeu a "distração", o vacilo do Santos no clássico contra o Palmeiras.
Está certo que foi apenas o 2º jogo dos titulares santistas no Paulistão, está certo que o time está visivelmente desentrosado, errando passes demais, tendo que depender da "ligação Norte-Nordeste" dos limitados Pará e Maranhão nas laterais, a falta de vontade do Elano, etc. Porém, um time que está vencendo o jogo até os 41 minutos do 2º tempo e leva 2 gols em 6 minutos, realmente merece perder. Foi incompetente demais ao não conseguir segurar uma partida praticamente ganha e foi castigado por isso.
Santos x Palmeiras fizeram um jogo de baixo nível técnico. O calor atrapalhou? Um pouco. Mas não chega a ser desculpa para a enorme quantidade de cruzamentos e passes errados. De ambos os lados. No 1º tempo, foram duas ou três boas oportunidades de gol. Nada mais. O centésimo gol do Neymar deveria sair numa partida em que ele próprio jogasse mais futebol. O placar? 2 x 1 de virada para o Palmeiras, com direito a gol da vitória (contra) no último minuto. No entanto, o placar mais justo seria mesmo o 0 x 0. Mas como já disse, o Santos vacilou tanto que mereceu a derrota e o castigo no fim.
Neymar deveria ter sido expulso ainda no 1º tempo ao dar carrinho violento por trás, Valdivia se machucou novamente, Neymar fez seu centésimo gol no dia de seu aniversário de 20 anos, Daniel "gordo" Carvalho entrou e jogou melhor do que Valdivia, Marcos Assunção de novo bateu boas faltas e escanteios, Ibson foi expulso injustamente... Esses foram alguns "destaques" do clássico disputado na quente tarde de domingo de Presidente Prudente.
Após a partida, o técnico Muricy Ramalho erradamente pôs a culpa na expulsão de Ibson. Mas acertadamente disse que o "o time vai aprender com esses erros para a Libertadores". E tem que aprender mesmo, mais uma vez vacilar quando ainda é permitido vacilar. Não depois nos jogos decisivos.
Porque ficou provado que nem sempre o acaso vai proteger quem está distraído.

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