terça-feira, 22 de janeiro de 2013

SELEÇÃO DO FELIPÃO AGRADA DO MEIO PARA A FRENTE


Luiz Felipe Scolari assumiu oficialmente como técnico da seleção brasileira. E da seleção que vai disputar a Copa do Mundo do Brasil de 2014. Felipão deve bem saber o que o espera nos próximos 18 meses. Nele foi depositada toda a esperança de grande parte da torcida de que o Brasil tenha novamente sua "família" na Copa mais difícil de todas, justamente porque será realizada no Brasil. Porque seria vergonhoso para o "país do futebol" perder mais uma vez o troféu dentro de casa, com a repetição do Maracanazzo de 1950.
O treinador divulgou a lista de convocados que vão enfrentar a seleção inglesa daqui a menos de três semanas, no estádio de Wembley, em Londres.
Para o gol, chamou Julio Cesar e Diego Alves. Não concordo. Julio Cesar ficou muito em baixa após o fiasco contra a Holanda na Copa da África de 2010. E caiu demais de produção. Joga atualmente no lanterna do Campeonato Inglês, o modesto Queens Park Rangers. Já Diego Alves atua pelo Valencia. E é a única coisa que eu sei sobre ele, nada mais. O goleiro titular teria que ser Cássio, em ótima fase no Corinthians que já dura meses. Para as laterais, Adriano e Flilipe Luis, ao lado de Daniel Alves. Não conheço o futebol de Adriano nem de Filipe. Felipão já deve pelo menos ter ouvido falar.
Para a zaga, convocou bem David Luiz, mas nada de Dedé. Preferiu um nome desconhecido: Dante. E Leandro Castán, ex-Corinthians, que não é jogador em nível de seleção brasileira. E outra pérola: Miranda, ex-São Paulo.
Para volantes, suas escolhas mais acertadas: Arouca, Paulinho, Ramires e Hernanes. Esse sim um quarteto de boa qualidade. E com o retorno do bom Hernanes à seleção, preterido por Mano Menezes desde o erro que cometeu num jogo contra a Argentina em 2011.
Como meias, Oscar e Ronaldinho Gaúcho. A aposta mais ganha de todas era exatamente a convocação do craque dentuço do Atlético-MG. E sim, com méritos, já que o veterano jogador fez um ótimo Campeonato Brasileiro, com belas jogadas e belos gols. E Oscar é jovem, além de excelente jogador. É a mistura da técnica cadenciada com a velocidade no meio-campo da seleção.
E na frente quatro grandes nomes: Neymar, Lucas, Fred e Hulk, mais uma interrogação chamada  Luis Fabiano. São dois jogadores extremamente rápidos e habilidosos (Neymar e Lucas), outro finalizador de ótima qualidade técnica (Fred), um de porte físico avantajado, trombador e goleador (Hulk) e uma última opção (Luis Fabiano) com bom posicionamento na área, fazedor de gols, mas de temperamento forte, genioso demais.
Essa é a nova família Scolari na seleção da Copa. Do meio para a frente, gostei. Tem futebol de qualidade. Mas do meio para trás, acredito ser uma grande aposta. Linha defensiva fraca, sem muitos recursos. E no gol talvez o maior equívoco.
Agora, fora da prancheta de convocação, surge o desafio: conseguir adotar um padrão de jogo com esse time que seja capaz de vencer a obediência tática do futebol atual, que cada vez mais valoriza a posse de bola, o volume de jogo como disciplina para se vencer. Mas como eu sempre digo, o talento sempre prevalece.


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