sábado, 13 de julho de 2013

ATLÉTICO-MG A UM PASSO DE CONQUISTAR O TORNEIO MAIS DIFÍCIL DO MUNDO


O Atlético-MG vive um momento de luz, mágico. Joga bonito, para frente, se torna até vulnerável por causa disso. Nunca chegou tão longe em sua história. Vive dias que antecedem as finais de uma Copa Libertadores da América. É o momento de chegar ao olimpo do futebol sulamericano. E quem disse que Ronaldinho Gaúcho estava morto é porque ainda não o tinha visto jogar no horto. O dentuço é o craque do time, dos pés dele saem as principais jogadas e, dentro de campo, é o porta-voz do técnico Cuca. Ele reclama, xinga, briga, com os adversários e com os jogadores de sua própria equipe. E o Cuca merece esse título. Sempre admirei os times dirigidos por ele pela competitividade, pelo espírito de equipe e por jogar de forma ofensiva. Cuca foi um jogador normal, porém que sabia fazer gols. Me lembro perfeitamente de seus gols com a camisa do Santos no final da década de 80 e início dos anos 90. Sempre foi um jogador de presença na área. E quando seus times estão em campo ele parece estar dentro de campo também. Pela determinação e por estar tanto tempo na estrada, garimpando, como boleiro e treinador, Cuca merece ganhar um título expressivo como esse. E a Libertadores é certamente o título que todo treinador sonhou um dia ter. Nem Vanderlei Luxemburgo conseguiu tal façanha, mesmo nos tempos em que seu trabalho era reconhecido em nível internacional, quando até chegou a dirigir o galáctico Real Madrid.
A Copa Libertadores da América é o torneio de futebol mais difícil do planeta. Catimba, força, nervos, tensão, brigas, viagens desgastantes, habilidade, camisa, técnica, raça, experiência, estádios acanhados, provocação, rivalidade, cansaço, disputa acirrada, estratégia, tradição. É o torneio onde quase vale tudo e é necessário estar de fato determinado e preparado para vencer. Duvido que algum time da Europa, qualquer um, seria capaz de conquistar um título da Libertadores. Aqui, para se vencer é preciso todas as formas de disputa em uma só partida. Não basta apenas saber jogar futebol. É preciso de todos os requisitos ao mesmo tempo. Ou alguém acredita que o Bayern de Munique seria recebido com flores quando chegasse ao estádio? Que o Real Madrid seria recebido com festa na casa do adversário? Que os jogadores do Barcelona teriam uma ótima noite de sono no hotel, sem foguetórios ou barulho na parte de fora? Que ao invés de água fria ou falta de água os vestiários do Paris-Saint-Germain teriam banheiras e sauna?
Não. Aqui na Libertadores a história é bem diferente. Levantar o troféu depois de 14 partidas é realmente uma conquista. E para se comemorar muito depois de vencer uma verdadeira batalha.
E o Atlético-MG está quase no topo da América para fincar sua bandeira alvinegra. A do seu rival, o Cruzeiro, já está lá faz tempo.
O time do batalhador Cuca joga bonito e tem condições e futebol para isso, até porque o Olímpia é um time mediano e do outro lado não está o São Caetano de 2002. Porém, se o clube mineiro não conseguir dessa vez, será muito difícil chegar novamente. O time e o Cuca.

2 comentários:

Unknown disse...

Até torço para o Atlético, e acho que chegar tão longe assim, faz dele merecedor. Mas agora vai precisar jogar em casa tudo que não jogou na 1ª partida. Dar o sangue, de verdade.

Sensato e inteligente.
Parabéns pelo blog, Amor. :)

Alessandro disse...

O Atlético-MG tem time e talento para ser campeão. E como na final não há bônus por gol marcado fora de casa, acredito sim numa vitória dos mineiros, até por um placar mais agudo. Uma campanha que merece o título. Até pelo bom técnico Cuca.