terça-feira, 9 de julho de 2013

O BRASILEIRÃO VOLTOU. E O SEU TIME?

Depois de quase um mês de recesso devido à disputa da Copa das Confederações, a bola voltou a rolar pelo Campeonato Brasileiro. A parada de quase 30 dias foi boa para uns e ruim para outros. É claro que ainda é muito cedo para qualquer tipo de previsão, seja na parte de cima da tabela, seja pela luta inglória dos que vão ser rebaixados. Mas alguns sinais se desenham desde já.
O Vasco é um time que certamente vai fazer seus torcedores sofrerem, nada diferente do que já vem acontecendo nos últimos tempos. Até o técnico Paulo Autuori já disse ter sido "iludido" pela diretoria do clube e deve sair. Provavelmente seu destino será o Morumbi. Os jogadores do Vasco sequer treinam devido à falta de pagamento dos salários, atrasados há meses. E nem o mais otimista dos vascaínos consegue enxergar alguma luz no fim do túnel. Estaria Eurico Miranda deixando saudades em São Januário?
O Flamengo já tentou se reerguer com Dorival Jr, Jorginho e agora apostou no retranqueiro técnico Mano Menezes. Futebol burocrático, mas que algumas vezes funciona. Depende bastante da filosofia de cada clube e acredito que por isso será pouco provável que tenha êxito no Flamengo.
O Corinthians pode voltar a ser um time normal. O conjunto ainda é forte, porém sem os mesmos resultados do ano de 2012. E Alexandre Pato continua sendo uma enorme interrogação, apesar dos 2 gols feitos por ele na vitória sobre o Bahia, fora de casa, por 2 x 0. Pato estava há mais de 10 partidas sem marcar, o que é ruim para um atacante como ele que custou a "bagatela" de R$ 40 milhões. Ainda não justificou tamanho investimento.
O Grêmio demitiu Vanderlei Luxemburgo depois de 16 meses atendendo a todos os pedidos do treinador, porém sem nenhum título conquistado. A gota d'água certamente foi a eliminação precoce na Copa Libertadores deste ano. Pior que a falta de resultados deve ser o montante de dívidas que geralmente os clubes herdam após as passagens de Luxemburgo. O time é bom, mas a folha salarial deve ser uma das mais elevadas do futebol brasileiro. E montar times caros não significa garantia de títulos.
O Atlético-MG vive um drama. Aposta todas as fichas na Copa Libertadores e deixou de lado o Brasileirão. É a sina de todos os times brasileiros que disputam o torneio sulamericano. Se não der certo na Libertadores, vai ter que amargar uma ressaca brava e tentar se reerguer no torneio nacional, o que é sempre uma situação complicada, pois o nível do Brasileirão é bem equilibrado. Além de ser mais um castigo para o técnico Cuca.
O Santos tem uma luz no fim do túnel. Talvez seja o time que mais se beneficiou com a parada do Brasileirão. O competente técnico Claudinei Oliveira, que para mim deve ser efetivado no cargo, teve tempo para trabalhar com a molecada e dar "sua cara" ao time formado basicamente por jogadores da categoria sub-20, que foram campeões da última Copa São Paulo de Futebol Junior. Garotos, irreverentes, atrevidos, identificados com a filosofia do clube, de jogar para frente. Pode dar certo como aconteceu em 2002 e 2010? Evidentemente que o elenco atual não tem a mesma qualidade desses outros, nem se compara. Mas pode dar certo sim. Afinal, vencer o experiente time do São Paulo por 2 x 0 em pleno Morumbi não é tarefa das mais fáceis para uma equipe que ainda nem possui o entrosamento ideal. Mas com certeza eleva o moral e diminui a pressão sobre os garotos, principalmente se Robinho realmente for recontratado. A chegada de um ídolo sempre tira mais a responsabilidade dos mais novos.
Ao São Paulo resta saber até quando vai reinar o totalitarismo do presidente Juvenal Juvêncio, que sente-se o dono do clube há anos. E quando os "medalhões" vão começar a decidir? O fato é que Luis Fabiano, Lúcio e especialmente Paulo Henrique Ganso não renderam absolutamente nada do que se esperava deles. Aliás, Ganso não rende nada há pelo menos 2 anos. É um mero "tocador de bola" para o lado e para trás, como muitos que se vê por aí e que não possuem nem um terço do glamour de Ganso. Jadson e Osvaldo mostram que também são jogadores normais. Só isso. Como bem declarou o ex-técnico Ney Franco em sua saída, "o problema do São Paulo não é tático, é técnico".
Em resumo, com a volta do Brasileirão as interrogações aumentaram e vem sempre aquela história de "tem muito campeonato ainda pela frente". Mas as premonições começam bem antes e podem se tornar realidade.