sábado, 30 de novembro de 2013

FLAMENGO, TRICAMPEÃO DA COPA DO BRASIL

Paulo Baier foi o ídolo de Mano Menezes por um dia e uma noite.
O veterano jogador do Atlético-PR, que nessa temporada chegou ao centésimo gol em edições de Brasileiros por pontos corridos, era talvez a grande esperança do ex-técnico da seleção brasileira para não ser "tão lembrado" pelos flamenguistas no lotado estádio do Maracanã.
Em vão. A emoção superou a razão. Por que no futebol é assim, tem que ser assim.
O Atlético-PR tem um bom conjunto, um time bem montado, entrosado, faz uma ótima campanha no Campeonato Brasileiro, assim como fez na própria Copa do Brasil. Deve se classificar para a Copa Libertadores de 2014. Mas encontrou na final da Copa do Brasil um Flamengo que cresceu na segunda metade do torneio. De um time assustado e desacreditado, com Mano Menezes, passou a ser um time confiante e determinado, com Jayme de Almeida. Da prepotência e austeridade de Mano Menezes à humildade e carisma de um autêntico boleiro na beira do campo. E com um fator a mais: o empurrão da torcida, que fez a diferença nos mata-matas.
Os dois rubro-negros chegaram às finais. Cada um com seus méritos. O Atlético-PR tinha somente o 1º jogo das finais para fazer a lição de casa e sonhar com o título. O empate de 1 x 1 acabou com as chances de ser campeão. Porque no Maracanã suas chances seriam remotas. E o placar de 2 x 0 para o Flamengo, no Rio, coroou a festa do futebol. Uma festa que vem da energia das arquibancadas, razão de ser desse esporte.
Quando saiu da Gávea, Mano Menezes argumentou que "não conseguiu transmitir seus conceitos de futebol àquele grupo de jogadores". Certamente o próprio treinador precisa agora repensar os seus conceitos de futebol, já que nem os melhores jogadores do país conseguiram assimilar, uma vez que Mano também teve passagem recente e frustrada pela seleção brasileira.
Jayme por sua vez conseguiu repassar seus conhecimentos de futebol ao mesmo grupo de jogadores até com certa facilidade e o Flamengo de tanta gente foi campeão da Copa do Brasil, aliás tricampeão, e está garantido muito provavelmente como o único representante carioca na Copa Libertadores de 2014. O atual treinador, que cativou a confiança do elenco desde que entrou no lugar de Mano e com a sombra de Abel Braga, não fez nenhum milagre para o Flamengo ser campeão. Simplesmente deixou a boleirada a vontade e procurou não atrapalhar.
E a caminhada não foi nada simples. Passou por equipes que estão no topo da tabela do Brasileirão, como Cruzeiro (o campeão brasileiro), Botafogo e Goiás. E, por último, pelo Atlético-PR. Todos esses times estão há muitas rodadas nas primeiras posições do Brasileirão.
E a final diante de um Maracanã lotado mostrou que, no Rio de Janeiro e no Brasil, o rubro-negro legítimo, de raça, amor e paixão, continua sendo o Flamengo. Uma vez e sempre, como diz o hino.

foto: di_rj do Instagram

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