sábado, 21 de novembro de 2015

A HISTÓRIA DO SEGUNDO TEMPO DE DUAS PARTIDAS

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


O nosso amado Tricolor segue firme para terminar de forma honrada o campeonato em uma temporada em que vivemos de tudo. Mas, somos tão grandes e reconhecidamente o clube da Fé que na nossa crise, disputamos vaga na Libertadores.
O empate do Santos, claro, colaborou muito para renovar as esperanças para as rodadas finais e o Galo, que cá entre nós, estava apenas matematicamente na briga, foi vencido pela persistência do time do São Paulo.
Persistência, porque o Soberano esteve em desvantagem duas vezes ao longo da partida.
O jogo começou acelerado com os sistemas defensivos bem posicionados, o que provocou uma chuva de irritantes e improdutivos cruzamentos sem finalidade alguma. Esse foi o tom do primeiro tempo.

A etapa complementar parecia seguir a mesma pegada até que o Galo abriu a porteira para os outros cinco gols que aconteceriam em sequência pra lá de eletrizante.
Luis Fabiano deu as caras, chutou para que no rebote de Victor, Kardec deixasse tudo igual. Sem tempo para soltar aquele “ufa”, Dátolo em mais um lance bizarro da defesa do São Paulo apenas empurrou para o gol.
Só deu tempo para xingar Hudson, já que alguns minutos depois Michel Bastos dominou e sem deixar a bola pingar, chutou de fora da área anotando uma pintura de gol.
Quando aos 40 minutos veio a virada, me dei por muito satisfeita, mas ainda havia mais um gol guardado pelo destino para comemorar a marca de Luis Fabiano em sua 350ª partida pela equipe do Morumbi. Fim de papo, vamos pra próxima. Afinal, só dependemos de nós mesmos.
Muito se fala sobre quem será o técnico do São Paulo, muito se fala em possíveis reforços. Excelente, precisamos, sim, de técnico e de time. Contudo, essencialmente, precisamos de administração.
Não estou falando do beabá, não. Se o futebol mudou em campo, mudou muito mais nos corredores, nas salas de reunião e no escritório. Acordem, pois interesses, egos, politicagem e principalmente incompetência têm prazo de validade. A gestão eficiente e correta de hoje é a sustentabilidade institucional de amanhã.
O São Paulo ganhou dando o título para o Corinthians? Não, amigos. Esse é o tempero que a mídia desprovida de pauta inteligente precisa lançar mão para atrair.
Pragmatismo ou não, o Corinthians fez sua campanha em números e em um campeonato de perde-ganha, foi o time menos desequilibrado diante de tanta falta de qualidade técnica dos times e da arbitragem que pudemos ver nesta edição do Brasileirão.



E a Seleção do Dunga? Galera dividida. Uns torcem, uns torcem contra, uns simplesmente não torcem.
A performance contra a Argentina foi sofrível e sinceramente, embora tenham conquistado a vitória, contra o Peru não foi tão diferente, salvo por alguns aspectos que quero observar.
A entrada de Renato Augusto e Douglas Costa mexeram no time e creio que neste momento, com o modelo de jogo que tem sido visto (ou a falta dele, ainda não sei), ambos devem continuar como titulares.
O Peru não se intimidou na Fonte Nova. É claro que tem uma característica ofensiva, mas o fato é que o Brasil não inspira mais o mesmo respeito de antes.
No entanto, se deu a impressão que a qualquer momento sairia um gol peruano, pois a sensação de perigo iminente ficou presente o tempo todo na área brasileira.
Muito se fala que Willian tem atuado tão bem quanto no Chelsea, pois discordo. Evidente que ele tem se apresentado mais, principalmente pelos lados do campo e feito jogadas decisivas, mas ainda questiono muito a sua presença. Talvez, porque questione ou de fato, não entenda muito bem onde Dunga quer chegar.
No segundo tempo, vi Renato Augusto finalmente em sua posição de origem e gostei. Douglas Costa inverteu o lado e apareceu pela ponta direita, também gostei. Neymar tem deixado o futebol só no Barça, não gostei.
Enfim, o time chegou aos sete pontos em quatro rodadas. Deixou Argentina e Chile para trás. É alguma coisa? Não, é pouco, muito pouco para quem precisa fazer a torcida se apaixonar outra vez.


Já pouco é o que eu não espero do clássico espanhol entre Real e Barça. Os ataques em Paris deixaram o futebol europeu em estado de alerta. Em meio à tensão, a Espanha verá no sábado o seu jogo mais importante. O Santiago Bernabéu em Madrid espera por 90 mil pessoas e a partida é considerada de alto risco.
Que vençam o futebol, a paz e o amor sempre.


Um beijo e até a próxima!

* Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão. Contribui com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.

Nenhum comentário: