segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CAMPEÃO POR UMA QUESTÃO DE TEMPO. FAZ TEMPO.


O Corinthians de 2015 é bem diferente do time treinado pelo mesmo Tite em 2012 e 2013.
Aquele Corinthians chegou ao Olimpo, é verdade. Conquistou dois títulos expressivos, um deles inédito na história centenária do clube, que sepultou as "eternas" gozações dos rivais. Mas aquele era, de fato, outro time. Era um conjunto forte, vencedor, porém previsível demais. E apesar dos títulos, um time que não brilhava.
O time de 2015 joga bem, faz gols e muitas vezes encanta. O atual Corinthians de Tite não muda seu jeito de jogar, seja contra o Atlético-MG ou contra o Joinville, dentro ou fora de casa. O time atual foi eliminado da Copa Libertadores pelo Guaraní, do Paraguai, e também foi eliminado da Copa do Brasil pelo Santos, em ambos os torneios de maneira precoce, nas oitavas-de-final. E dentro do Itaquerão. Mas não mudou sua forma de jogar. O Corinthians deste ano deixou de lado a lendária "empatite" e os placares magros de 1 x 0. O atual time é goleador, mesmo fora de seus domínios. E mesmo com Vágner Love no lugar de Paolo Guerrero. E sem Emerson Sheik. O Corinthians de hoje não espera pelo erro do adversário. É um time impiedoso, mortal em seu vistoso toque de bola. Joga um futebol compacto, os jogadores sabem o que fazer com e sem a bola. Um time que joga com harmonia, muito bem treinado.
Quem joga hoje contra o Corinthians, em qualquer lugar, tem a missão de propor o jogo. Tem que se adaptar ao estilo de jogo do Corinthians. Jamais o contrário.
E não, a culpa não é da arbitragem. Os homens do apito vivem sim a pior fase na história do futebol brasileiro, são despreparados técnica e fisicamente, quase amadores. Mas erram (e muito) porque são incompetentes. E erram para todos os lados, não apenas para os lados de Itaquera. O árbitro não é tendencioso, até porque isso exige astúcia e inteligência. O árbitro é ruim mesmo. E um time que abre 11 pontos de vantagem sobre o 2º colocado e 20 pontos sobre o 4º colocado num torneio por pontos corridos, não tem nada a ver com isso.
A culpa não é da arbitragem quando o Palmeiras perde para Ponte Preta e Sport dentro de sua casa. Quando o São Paulo perde por 3 x 0 para o quase rebaixado Goiás em pleno Morumbi. Ou quando o Atlético-MG, vice-líder, empata com time rebaixado, sofre goleadas de Sport e Santos e perde para o próprio líder por 3 x 0, dentro de seu "famigerado" Horto. O tal do "Eu Acredito" nas arquibancadas do estádio Independência durou até o primeiro gol corintiano feito pelo veloz e inquieto Malcom. A vitória do Corinthians por 3 x 0 foi contundente e serviu, enfim, para carimbar a faixa de campeão brasileiro. E era quase óbvio que isso aconteceria. Afinal, o time de Tite estava muito mais concentrado e motivado do que o nervoso time de Levir Culpi.
O Corinthians colocou as mãos na taça há pelo menos três ou quatro rodadas. Pode finalmente levantá-la na próxima partida. Ou, quem sabe, na outra. Ou na outra. Isso não interessa mais, é apenas uma questão de tempo. Aliás, faz tempo.


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