segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ATAQUE CONTRA DEFESA. MAS FICOU SÓ NO 2 x 1.


Poucas vezes o placar de um jogo foi tão enganoso quanto o 2 x 1 do Santos sobre o Palmeiras, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. E se o clássico foi a tal "prévia" das finais da Copa do Brasil, é bom o torcedor palmeirense ficar em alerta.
O Santos foi muito superior do início ao fim. E só não aplicou uma impiedosa goleada sobre o rival porque conseguiu a proeza de perder gols simplesmente imperdíveis, um atrás do outro. Pior: a infinidade de chances desperdiçadas poderia até ter custado ao time de Dorival Júnior sua atual vaga no G4. O gol "achado" do atacante palmeirense Dudu quase no fim da partida complicou uma vitória praticamente inquestionável da equipe santista.
O Santos jogou com facilidade e criou muito mais. Com toque de bola rápido e envolvente, chegava fácil na defesa palmeirense, porém pecou nas finalizações. Algo que não costuma acontecer. O time de Marcelo Oliveira assistia e quando tinha a posse da bola, não sabia o que fazer com ela. Abusou do excesso de faltas, talvez o único recurso para parar o veloz ataque santista. Ao contrário da partida anterior diante do São Paulo, o time de branco dessa vez não se acomodou no 2º tempo e continuou buscando o gol. Lucas Lima, Marquinhos Gabriel, Zeca e Thiago Maia chegavam a todo instante com alternância de posições e troca de passes sempre em velocidade. O Palmeiras, confuso, parava as jogadas nas faltas. Muitas. Em menos de 10 minutos de partida, o árbitro já havia assinalado seis faltas. Cinco cometidas pelo Palmeiras. O jogo se mostrava tão fácil para as investidas santistas que, pela quantidade de gols perdidos e de faltas, o clássico chegou a ter ares de "rachão". O goleiro Fernando Prass foi o melhor jogador do Palmeiras na partida. É claro que o excesso de preciosismo dos santistas na cara do gol colaborou bastante. Mas o goleiro ajudou a evitar o que poderia ser uma goleada histórica do Santos sobre sua equipe.
E por falar em Prass, o arqueiro voltou a trocar "farpas" com o atacante Ricardo Oliveira, artilheiro do campeonato com 20 gols. E é bom que seja assim. Afinal, clássico sem polêmica não é clássico. É até engraçada a "revolta" de muitos palmeirenses com as tais "provocações" do Pastor-artilheiro. Afinal, futebol é isso. É provocação, é tiração de sarro, é gozação, é deboche. Se um torcedor realmente acredita que as tais "provocações" de Ricardo Oliveira foram "mau-caratismo" da parte dele, é melhor passar a assistir jogos de tênis.
Com a derrota para o Santos, o Palmeiras praticamente está fora da briga pela vaga no G4 do Campeonato Brasileiro e suas chances de classificação para a Copa Libertadores do ano que vem se restringem agora à conquista da Copa do Brasil. Uma missão dura pelo que se viu na "prévia" disputada na Vila Belmiro.
O Palmeiras é um time tenso, com lampejos de lucidez. O Santos é um time bem mais confiante, mais atrevido e..."provocador". E, sendo assim, vale lembrar que estamos falando de futebol.

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